Poucos docentes, muitos professores!

O governo tenta, através de propagandas, convidar pessoas a escolherem a docência como profissão. Mas, nos tempos atuais, de violência nas escolas e desvalorização salarial, quase ninguém quer enfrentar uma sala de aula. No entanto, se a profissão já não agrada como antigamente, os professores da vida estão cada vez mais entusiasmados. E se intrometem em tudo! Numa linguagem mais grosseira,  são os filósofos de botequim. Eles sabem de tudo, têm muita experiência de vida e se julgam no direito de dar palpites sobre todos os assuntos. Porém, quase nunca sabem viver do que aprenderam. Sim, porque um professor nunca conhece tudo, e tem humildade para perceber seu próprio erro. Mas, os docentes do cotidiano se acham poderosos demais, quase deuses, perfeitos no corpo e na alma!

Esses filósofos costumam dar muitos conselhos, geralmente, acompanhados de palavras bonitas ou frases utilizadas pelos verdadeiros pensadores. É muito comum reconhecê-los em reuniões familiares ou no trabalho, ditando regras, principalmente para os novatos na vida ou na empresa. E agora, numa linguagem menos culta ainda, são uns chatos!!! Estes "sabedores" de tudo dão opiniões até mesmo em assuntos  que não lhes dizem respeito.

Há alguns meses, ouvi comentários a respeito do meu blog, em que utilizo de experiências próprias para escrever  (e é para isso que ele serve) e fiquei constrangida. Num primeiro momento, tive vontade de apagar tudo. Num segundo momento, pensei em tirar satisfações e esclarecer sobre meus pensamentos. E agora, já mais calma e com mais tempo, decidi voltar a fazer o que gosto. Adoro escrever e pronto. Se incomodo, me desculpe, filósofo, mas este é o meu jeito de ser e de interpretar a vida. Se a experiência fosse válida como sabedoria por si só, estes pensadores fajutos saberiam prestar atenção no sentimento por trás das palavras, e não ficar bisbilhotando, como num buraco de fechadura, a vida dos outros. Me desculpem, foi apenas um desabafo! E como fez bem para minha alma!!!