POLÍTICAS

ABIGAIL ADAMS – Dona-de-casa nascida em 11/11/1744, em Weymouth, Abigail Smith Adams era filha de William Smith, ministro da Igreja Congregacional, e uma das primeiras-damas mais conhecidas do mundo. Casada com o segundo presidente americano, John Adams, ela ficou conhecida como “Senhora Presidente” por causa de sua influência sobre o marido e pelos bons contatos com a imprensa. Sempre lutou pelo direito das mulheres, e exigiu do marido, que elas fossem respeitadas e lembradas na Constituição Americana. Enquanto ele estava em Filadélfia, Pensilvânia, John e Abigail trocavam cartas, muitas delas com conselhos políticos à ele. Apaixonada por literatura clássica, filosofia, ela defendia os direitos das mulheres, a democracia, a liberdade e os direitos humanos. O  casal teve 6 filhos. Morreu em 28/10/1818, em Quincy, aos 73 anos, de febre tifóide.




ADALGISA NERY – Escritora e política nascida no Rio de Janeiro em 29/10/1905, de um funcionário da prefeitura, Adalgisa Maria Feliciana Noel Cancela Ferreira ficou órfã de mãe aos 8 anos de idade. Foi eleita deputada no Rio de Janeiro pelo Partido Socialista Brasileiro em 1960. Foi casada com o desenhista Ismael Nery e com o diplomata Lourival Fontes, de quem se separou em 1953. O casal teve sete filhos, todos homens, mas somente o mais velho, Ivan, e o caçula, Emmanuel sobreviveram. Viúva aos 29 anos, com dois filhos para criar, trabalhou na Caixa Econômica e no Conselho do Comércio Exterior do Itamaraty. Em 1941 disse numa entrevista para a revista ‘Cruzeiro’ que achava a independência da mulher um mal. Morreu no Rio de Janeiro em 07/06/1980.



ALICE ROOSEVELT – Política nascida em 12/02/1884 nos Estados Unidos, filha do presidente americano Theodore Roosevelt, Alice Lee Roosevelt Longworth contrariou o pai diversas vezes com suas idéias inovadoras, além de causar escândalo na sociedade com seus romances. Adorava badalações e em 15 meses chegou a participar de mais de 300 festas. Fumava em público e escolhia seus pares para dançar, o que para a época, era um escândalo. Morreu em 20/02/1980.



ALZIRA NOGUEIRA REIS – Farmacêutica, professora, escritora, jornalista, feminista e médica brasileira (a primeira do Estado de Minas) nascida em 08/11/1886, em Minas Novas (MG), foi a primeira mulher a votar, tendo conquistado o direito em 1905, ao alistar-se, com duas amigas, também professoras, Cândida Maria Souza e Clotilde de Oliveira, baseado na Constituição, que garantia o mesmo direito a ambos os sexos. A votação provocou revolta na época, e três anos depois os votos das três foram cassados. Formou-se em Medicina pela UFMG, em 1920, depois de muita luta para conseguir a aprovação do Ministério da Educação, que já havia lhe negado tal pedido. Também enfrentou a família e ficou sem conversar com a mãe por seis meses, por sua decisão de "fazer coisa de homem" (ou seja, faculdade de Medicina). Em 1931, alinhou-se à Federação para o Progresso Feminino, e no ano seguinte lançou-se candidata à Assembléia Constituinte. No posto de saúde de Niterói, lutou em defesa dos portadores do Mal de Hansen. Fundou o Educandário Vista Alegre, foi presidente da Associação Fluminense de Assistência aos Lázaros por 20 anos, lutou pelo voto feminino e contribuiu para vários jornais de Teófilo Otoni e Mucuri, em Minas, e para a revista Feminina, de São Paulo (SP), muitas vezes, sob o pseudônimo de Selva Americana. Foi casada com o advogado, Joaquim Vieira Ferreira Neto, 15 anos mais jovem que ela, com quem teve os 4 filhos, Miguel, José Bento, Fernanda e Vicente. Aposentou-se em 1941. Morreu em 21/08/1970 em Niterói (RJ), após 9 anos viúva. Desde 2004 dá nome à maternidade municipal da cidade carioca. Seu corpo está enterrado no Cemitério do Maruí.  



ALZIRA SORIANO – Fazendeira e política nascida em Jardim de Angicos, Rio Grande do Norte, em 24/04/1897, filha de coronel, Luiza Alzira Soriano Teixeira foi a primeira mulher a conquistar um cargo executivo no Brasil e na América do Sul. Em 1929, aos 31 anos, viúva do promotor Thomaz Soriano de Souza Filho, com 3 filhas, tomou posse na prefeitura da cidade de Lajes, no Rio Grande do Norte (naquele Estado as mulheres participaram das eleições tendo direito ao voto e a se candidatar). Elegeu-se com 60% dos votos. Chamada de prostituta nas ruas, respondia com bofetadas. Uma de suas primeiras ações como administradora de Lajes foi convocar intelectuais do Estado para desenvolver projetos de educação, saúde, urbanização e construção de estradas. Com a Revolução de 1930, perdeu o seu mandato, por não concordar com as normas ditatoriais do Governo de Getúlio Vargas. Em 1947, voltou a exercer um mandato de Vereadora do Município de Jardim de Angicos, cargo para o qual foi eleita três vezes pelo UDN, União Democrática Nacionalista. Morreu em 1963.



ALZIRA VARGAS – Advogada nascida em 22/11/1914, filha do ex-presidente Getúlio Vargas, Alzira Vargas do Amaral Peixoto criou o PTB, Partido Trabalhista Brasileiro a pedido do pai. Teve papel fundamental na crise político-militar que culminou com o suicídio de Getúlio, em 1954. Casada com o político Ernani Amaral Peixoto, teve a única filha, Celina (mulher do ex-governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco). Em 1960 publicou o livro ‘Getúlio Vargas, Meu Pai’ e passou a dirigir a Casa do Pequeno Jornaleiro, fundada pela mãe, Darci Vargas. Morreu em 1992.



ANNA ELEANOR ROOSEVELT – Ativista política nascida em 11/10/1884 em Nova Iorque (EUA), foi casada com ex-presidente americano Franklin Delano Roosevelt, com quem teve os filhos Anna Eleanor, James, Elliott, Franklin Delano Jr, e John Aspinwall. Em 1950, entrou para o Partido Democrata. Teria tido um romance secreto com a jornalista Lorena Hichok e com o jovem sargento Joseph Lash (assim que descobriu o caso, o presidente teria ordenado que o militar fosse enviado para a frente de batalha, na Europa). O suposto romance está no livro que Lash escreveu e com o qual ganhou o prêmio Pulitzer em 2001. Morreu em 07/11/1962.




ANGELA DAVIS - Oradora e filósofa nascida em 26/01/1944 em Birmingham (EUA), Ângela Yvonne Davis ficou conhecida na década de 70 como ativista radical do movimento político black power - as panteras negras. Lutou contra o racismo e a discriminação contra a mulher. Escreveu: “Leitura e Liberdade”, “Mulher, Raça e Classe”, “Mulher Negra na Academia”, entre outros. Em 1972 foi acusada de assassinar um juiz, e na prisão, fazia 100 flexões por dia (ficou um ano presa). Absolvida em 1979, candidatou-se à vice-presidência dos Estados Unidos pelo Partido Comunista Americano. É professora da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Sua vida é contada em sua autobiografia: "Angela Davis".



ANGELA DOROTHEA MERKEL – Física, química e política nascida em 17/07/1954 em Hamburgo, Alemanha, filha de um pastor, é líder do Partido Democrata-Cristão, o CDU desde 2000, sendo a primeira mulher a presidir um governo alemão. Trabalhou num instituto científico de Berlim, foi ministra da Mulher e da Juventude, e Ministra do Ambiente. Casada com o químico Joaquim Sauer, recebeu dele o apelido Merkel. Não tem filhos.






AUNG SAN KYI Ativista política nascida em 19/06/1945 em Yangon, filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia que foi assassinado quando Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade, foi Líder da oposição da ditadura militar em Mianmar (antiga Birmânia).









BÁRBARA  DE ALENCAR - Política republicana e revolucionária, mãe do escritor José de Alencar, nascida em 11/02/1760, no Ceará, Bárbara Pereira de Alencar participou da Revolução Pernambucana em 1817, sendo a primeira prisioneira política da História do Brasil, e da Confederação do Equador. Foi casada com o comerciante português, José Gonçalves do Santos. Morreu em 18/08/1832 em Fronteiras, no Piauí, mas foi enterrada em Campos Sales, no Ceará. Seu túmulo está em processo de tombamento. Sua vida é comentada no livro "Romanceiro de Bárbara", de Caetano Ximenes de Aragão.




BENAZIR BHUTTO – política, filha do presidente Zulfiqar Ali-Bhuto nascida em 21/06/1953 em Karachi, foi a primeira mulher a chefiar um governo de um país muçulmano e a dar à luz no poder, em 1988, aos 35 anos. Teve seu destino definido com a deposição de seu pai, deposto em 1977, e executado 2 anos depois. Educada nos Estados Unidos e Inglaterra, foi alçada à condição de herdeira política do pai durante a ditadura de Zia Ul-Haq. Perseguida, presa e exilada, voltou ao país em 1986, quando o ditador deflagrou uma abertura política. Zia tentou utilizar de forma negativa a gravidez de Benazir, marcando a eleição para o mês de novembro (o ditador calculava que nessa época ela estaria dando à luz seu primeiro filho, o que atrapalharia sua campanha. Mas o bebê nasceu em setembro e Benazir carregou o filho em sua pregação pelo país). Derrotada em 1990, voltou em 1993, mas foi afastada em 1996, acusada de corrupção. Foi casada com o empresário Asif Zardari, com quem teve 3 filhos. Foi morta em 27/12/2007 (a princípio noticiou-se que ela fora assassinada, o que causou irritação de políticos em todo o mundo, mas a perícia comprovou que ela bateu a cabeça no teto do carro, perfurando seu crânio com uma alavanca do automóvel). Benazir significa ‘a única’.



BENEDITA SOUZA DA SILVA – Ativista política, senadora e assistente social, nascida no Rio de Janeiro em 26/04/1942, filha de lavadeira, Benedita Sousa da Silva Sampaio foi vendedora de limão em sinais de trânsito, feirante, doméstica, camelô e funcionária do hospital Miguel Couto. Em 1965, foi Miss Samba. Viúva de dois maridos, é casada com o ator e vereador Antônio Pitanga. Tem 5 filhos.






BERTA LUTZ – Bióloga, zoóloga, advogada e política nascida em 02/08/1894 em São Paulo, filha do cientista suíço Adolph Lutz (pioneiro da Medicina Tropical no Brasil) e da enfermeira inglesa Amy Fowler, Berta Maria Júlia Lutz foi fundadora do Movimento Feminista Brasileiro, ao voltar da Europa, onde estudava, em 1918. Na Inglaterra, acompanhou de perto a campanha sufragista. No Brasil publicou um artigo no jornal lançando uma campanha para a fundação de uma liga de mulheres brasileiras e liderou a campanha do voto feminino, só conquistado na Constituição de 1934. Militante, chegou a jogar de um aviãozinho, panfletos sobre o Congresso Nacional, pedindo o direito de votar, e com suas colegas sufragistas, conseguiu convencer o então presidente Getúlio Vargas a instituir o voto das mulheres no País, em 1932. Foi deputada em 1936 e representou o Brasil na conferência de São Francisco, em 1945. Continuou sua luta pelas condições femininas, até morrer de pneumonia em 16/09/1976 aos 82 anos.



BESSIE LIILIAN GORDY CARTER– Enfermeira nascida na Geórgia (EUA) em 15/08/1898, filha de um agente dos correios, mãe do ex-presidente americano Jimmy Carter, escandalizou seus vizinhos brancos ao atender trabalhadores negros das fazendas da região, em plena vigência da segregação racial. Casada com James Earl Carter, teve 4 filhos. Em 1976, um ano antes da posse do filho, Miss Lílian trabalhou numa clínica de planejamento familiar na Índia. Morreu de câncer aos 85 anos em 30/10/1983, em Americus, Geórgia, EUA.




CARLOTA PEREIRA DE QUEIROZ - Médica e política nascida em 13/02/1892 em São Paulo (SP), foi a primeira mulher a tomar assento na Câmara como constituinte em 1933 (tomou posse vestida de tailleur e chapéu). Como deputada federal, de 1933 a 1937, apresentou o primeiro projeto brasileiro de Estudos Sociais. Foi a primeira representante feminina de São Paulo e a única mulher a ser eleita para a Assembléia Constituinte. Decepcionou as feministas ao combater a criação do Departamento Nacional da Mulher. Entrou para a política em 1932 durante a Revolução Constitucionalista, quando o Estado de São Paulo rebelou-se contra o governo provisório de Getúlio Vargas. Na ocasião ela organizou um grupo de 700 mulheres para dar assistência aos feridos. Fundou a Associação Brasileira de Mulheres Médicas, e era membro da Academia Paulista de Medicina e da Academia Nacional de Medicina de Buenos Aires. Trabalhou em hospitais da Alemanha, França e Suíça. Morreu aos 90 anos em 14/04/1982.






CELINA GUIMARÃES VIANA - Feminista e professora de desenho, nascida em Natal em 15/11/1890, aos 29 anosm, foi a primeira mulher nordestina a votar, em 05/04/1928, em Mossoró (RN), conseguindo o feito a partir de um requerimento baseado na lei promulgada no Rio Grande do Norte, que dizia que todos poderiam votar, sem distinção de sexo. Antes dela, a dentista Izabel Mattos Dillon teve aprovação da Justiça,para se inscrever como eleitora, no Rio Grande do Sul, em 1880. O fato foi noticiado em vários países. Foi casada com o professor Eliseu de Oliveira Viana. Morreu em Belo Horizonte (MG), em 11/07/1972.





CHANDRIKA BANDARANAIKE – política socialista e advogada nascida em 29/06/1945, em Colombo, filha do ex-primeiro-ministro, Solomon Bandaranaike e da ex-presidente, Sirimavo Bandaranaike, Chandrika Bandaranaike Kumaratunga foi presidente do Sri Lanka de 1994 a 2005, sendo a primeira mulher no mundo a ocupar esse cargo. Ela substituiu o marido, candidato a presidente, que foi assassinado. Foi reeleita em 1999. É formada em Ciência Política.





CHRISTABEL PANKHURST - Ativista nascida em 22/09/1880 Sufragista, filha de Emmeline Pankhurst, Christabel Harriette Pankhurst lutou junto com a mãe pelo voto feminino, utilizando de protestos violentos, como depredação em casas. Foi a primeira suffragette a ser presa em 1905, ao esbofetear um policial após invadir a sala de um parlamentar. Em janeiro de 1912, o partido que criaram em 1903, o WSPU ("União Social e Política das Mulheres") promoveu um incêndio num correio em Londres. Três ativistas foram presas e só saíram depois de 6 meses de cadeia. Em novembro do mesmo ano, durante uma passeata, as representantes do WSPU apedrejaram as vidraças da Câmara dos Comuns, sede do Poder Legislativo inglês. Morreu em 13/02/1958.


CLARICE HERZOG – Empresária e publicitária nascida no Rio de Janeiro (RJ), viúva do jornalista Wladimir Herzog, lutou pelo esclarecimento da morte dele, nas dependências do DOI-CODI, durante o regime militar, em 1975. Ela nunca acreditou na versão de suicídio e foi à luta para esclarecer o caso. Sobre o caixão do marido, ela ousou gritar: 'Assassinos'! O processo contra o capitão Pedro Gracieri, que chegou a declarar que faria tudo de novo, foi arquivado. Serviu de inspiração para a música “O Bêbado e o Equilibrista”, de Aldir Blanc e João Bosco (...“Choram Marias e Clarices, no solo do Brasil”...).


CORAZON AQUINO - nascida em 25/01/1933, em Manila, Maria Corazon Sumulong Cojuangco Aquino foi presidente das Filipinas entre 1986 e 1992. Casada com o ex- ditador, Ferdinando Marcos, conseguiu a a destituição dele, em 1986. Renunciou à sua candidatura às eleições presidenciais de 1992, por ter falhado em tentar acabar com a miséria econômica do país. Foi sucedida por Fidel Valdez Ramos.






DAYSE BATES - Jornalista nascida em 11/11/1914 em Arkansas (EUA), Daisy Lee Gatson Bates foi líder na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, publicou relatos de brutalidade contra os negros em seu jornal, o 'Arkansas State Press'. Atraiu a fúria dos racistas, ao ajudar nove estudantes negros ao serem admitidos na escola estadual de Little Rock (EUA), em 1957. Sua mãe morreu ao resistir a uma tentativa de estupro por homens brancos, e seu pai foi forçado a abandonar a cidade. Em 1996, em reconhecimento à sua luta, carregou a tocha olímpica nos Jogos de Atlanta. Morreu em 04/11/99, aos 84 anos.




DIANA – Princesa e professora de maternal nascida em Londres em 01/07/1961, Inglaterra, filha do conde Spencer, Diana Frances Spencer ficou famosa ao se casar com o príncipe Charles, em 1982. O casal teve 2 filhos, William e Harry. Em 1994 teria tentado o suicídio, ao descobrir que o marido a traía com a amante Camile Parker Booles. Separada, teve romances com milionários. Conheceu o príncipe quando dava aulas num jardim de infância e dividia um apartamento com três colegas. Morreu num acidente de carro em 31/08/1997, em Paris, ao lado do namorado, o empresário Dodi Al Fayed. Charles e Camila casaram-se em 2005.



DOLORES IBARRURI – Militante política nascida em Gallarta, Espanha em 09/12/1895, participante de protestos contra o general Franco, Isidora Dolores Ibárruri Gómez exilou-se na União Soviética com a vitória dele, em 1939. Voltou à terra natal em 1977, como presidente do Partido Comunista Espanhol. Viúva do mineiro socialista Julián Ruiz, mãe de 6 filhos, 'La Pasionaria'. Morreu em Madri aos 93 anos, em 1989. Segundo o escritor Ernest Hemingway "ela tinha a voz poderosa, capaz de fazer as pessoas acreditarem nela".





DONNA HRINAK – Diplomata nascida na Pensilvânia (EUA) em 1950, Donna Jean Hrinak foi embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, eleita uma das 10 mulheres mais bem-sucedidas nos Estados Unidos, em 1985. Entre 1998 e 2000 foi embaixadora na Bolívia, supervisionando com mãos de ferro um programa de redução do cultivo de coca no país. Já foi embaixadora também na República Dominicana. Na Colômbia negociou um acordo de combate ao narcotráfico. Poliglota, fala 4 línguas. Atualmente, dá palestras em empresas. Casada com Luís Flores, tem um filho.





ELLA JOSEPHINE BAKER - Ativista dos direitos civis e humanos dos afro-americanos, nasica em Nortfolk, Vigínia, Estados Unidos, em 13/12/1903, cresceu na Carolina do Norte, onde ouviu as histórias sobre escravidão contadas pela avó. Em 1927, após sua formatura na Shaw University, mudou-se para Nova Iorque, onde se juntou a ativistas sociais. Em 1930 ingressou na Liga Cooperativa dos Jovens Negros. Atuou por 50 anos ao lado de líderes como Martins Luther King Jr., Du Bois, Rosa Parks e Bob Moses. Desempenhou um papel fundamental em organizações como a NAACP, opnde trabalhou por 3 anos, a Southern Chirstian Leadership Conference de Martins Luther King e o Student Nonviolent Coordinating Commitee. Foi co-fundadora da organização In Friendship, que arrecadou dinheiro para a luta contra as leis de Jim Crow. Em 1957 mucou-se para Atlanta, onde dirigiu uma campanha de recenseamento eleitoral, a Cruzada pela Cidadania. Morreu em 13/12/1986, em Nova Iorque (EUA).


EMMELINE PANKHURST - Sufragista nascida em 14/07/1858 em Manchester, filha de advogado e da feminista Sophie Crane, Emmeline Goulden participou de movimento sufragista aos 14 anos, ao lado da mãe. Foi a fundadora do WSPU (União Social e Política das Mulheres), a principal organização sufragista da Inglaterra. Em 1907 mais de 100 mulheres membros da WSPU foram presas, entre elas, a irmã de Emmeline, Mary, que morreu na cadeia. Por incentivar a agressividade em sua luta, como a depredação de casas, ficou conhecida como terrorista. Ela e sua filha, Christabel, foram presas várias vezes. Na maioria delas, Emmeline conseguia ser solta após severas greves de fome. Foi casada com o advogado Richard Pankhurst, defensor da emancipação da mulher e autor da lei que garantiu às inglesas o direito à propriedade. O casal teve 4 filhas. Morreu em 14/06/1928, com 70 anos. Sua vida em contada em sua autobiografia 'My Own Life'.



DORIS LESSING– Escritora e militante do Partido Comunista nascida em 22/10/1919, em Kermanshah, Irã, filha de um oficial britânico, morou no Zimbábue e na Grã-Bretanha. Seus livros tratam da violência e a sujeição da mulher num mundo dominado por homens. Opôs-se ao Stalinismo e lutou a favor dos negros na África. Escreveu 19 livros, entre eles ‘O Cane Dourado’ e ‘O Quinto Filho’.









DUQUESA DE WINDSOR – Plebéia, nascida em 19/06/1896 nos Estados Unidos, Wallis Simpson casou-se com o príncipe Edward, Duque de Windsor, em 1937, quando estava em processo de divórcio, o que causou uma crise no Reino Unido, e terminou com a abdicação dele ao trono. O casal era visto como simpatizantes do nazismo, e ela. Morreu aos 89 anos em 24/04/1986.







EDITH WILSON – Mulher do ex-presidente americano nascida em 15/10/1872, Woodrow Wilson, Edith Bolling Galt Wilson ajudou-o a governar os Estados Unidos, quando ele sofreu um derrame em 1919 (dois anos antes do término de seu 2º mandato). Também impediu que Wilson renunciasse, como queriam seus assessores. Morreu em 28/12/1961.









RAINHA MÃE (Elizabeth) Mãe da rainha Elizabeth II nascida em 04/08/1900 em Londres, Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon era considerada a mais simpática e inofensiva da família real. Adorava festividades. Durante a Segunda Guerra recusou-se a buscar refúgio nos Estados Unidos. Costumava visitar os bairros de Londres mais atingidos pelos bombardeios inimigos. Foi casada com o rei George VI, morto em 1952. Morreu em 2002, aos 100 anos.






ELIZABETH II (rainha) – Chefe da Comunidade Britânica das Nações, filha mais velha de George VI e da rainha Mãe, nascida em 21/04/1926, Elizabeth Alexandra Maryé a atual rainha e chefe de estado do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Também é chefe da Comunidade Britânica e Governante Suprema da Igreja da Inglaterra. É a chefe de estado mulher que está há mais tempo no poder. Tornou-se herdeira do trono com a abdicação de Eduardo VIII, em 1936. Sua coroação como rainha aconteceu em 1953. Casada com seu primo Philip Mountbatten, tem 4 filhos, entre eles o príncipe Charles.




ELIZABETH CADY STATON - Ativista política nascida em 12/11/1815 em Johnston, Nova Iorque, filha de um juiz, representou papel importante nas conquistas femininas dos Estados Unidos, como o direito à propriedade. Também organizou a Convenção pelos Direitos das Mulheres em Nova Iorque em 1848, e redigiu a Declaração dos Sentimentos, baseada na Declaração de Independência americana, que dizia que homens e mulheres eram criados iguais. O encontro reuniu 300 pessoas e é considerado o marco do movimento sufragista americano. Foi casada com um jornalista. Morreu em 26/10/1902.



EMMA GOLDMAN – Anarquista nascida em 27/06/1869 na Lituânia, ficou conhecida pelos seus textos e discursos feministas. Após emigrar para os Estados Unidos, em 1919, foi expulsa por causa de sua intensa atividade política. Viveu em vários países e participou da guerra civil espanhola. Antes de enveredar pela política, trabalhou anos na indústria têxtil. Foi casada com o colega de trabalho, Jacob Kersner. Escreveu ‘anarquismo e Outros Ensaios’ e ‘O Significado Social do Teatro Moderno’. Morreu no Canadá em 1914.




EMILY GREENE BALCH Socióloga, economista e pacifista norte-americana nascida em 08/01/1867, foi vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1946, secretária da Liga Internacional de Mulheres pela Paz e Liberdade, em 1919/22 e 1934/35, e presidente honorária desta instituição em 1936. Morreu em 09/01/1961.









EMILY WILDING DAVISON - Sufragista nascida em Londres, Inglaterra em 11/10/1872 militante do WSPU (Women Social and Political Union), jogou-se na frente do cavalo do rei da Inglaterra em 04/06/1913, durante uma corrida de cavalos. O objetivo foi chamar a atenção sobre o direito das mulheres de votar. Levada ao hospital, morreu 4 dias depois. Em sua lápide está escrito: "Ações, Não Palavras". Já havia sido presa outras vezes por incendiar postos dos correios e apedrejar a Câmara dos Comuns. Morreu em 08/12/1913 em Epsom.





ESTER GROSSI - Política e professora de matemática nascida em Santa Maria, em 24/04/1936, Ester Pillar Grossi foi secretária da educação de Porto Alegre e deputada federal pelo PT do Rio Grande do Sul. É autora de 25 livros sobre política e outros temas. Sua militância começou em 1970, quando, junto com 49 professores, fundou o Geempa, Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação. Desde 2002, coordena em Porto Alegre, o Projeto 'O Prazer de ler e escrever de verdade', que tem como objetivo, alfabetizar mulheres. É conhecida pela cor dos cabelos, que pinta de acordo com as roupas que usa. Casada com o pediatra Sérgio Grossi, tem 3 filhos.


EVA BLAY - Política, socióloga e professora da USP nascida em 04/06/1937, Eva Alterman Blay embrenhou-se nos anos 70 por sindicatos e fábricas de São Paulo para levantar as condições de trabalho das operárias. Ex-senadora e ex-candidata a deputada federal do PSDB em São Paulo em 1994, atuou no Senado como suplente de Fernando Henrique Cardoso quando ele era ministro da Fazenda. Encaminhou projeto de lei que trata dos direitos reprodutivos da mulher. Em 1985, passou a dirigir o Conselho Estadual da Condição Feminina e a Delegacia de Defesa da Mulher, pioneira no mundo. É autora do livro 'As Prefeitas'. 


EVELINA ARRUDA PEREIRA - Feminista nascida no início do século XX, foi a primeira presidente da Liga Paulista do Progresso Feminino (FBPF), em 1923. As reuniões aconteciam em sua casa, com a presença das mulheres que buscavam os mesmos direitos dos homens nas áreas política, social, etc.









EVITA PERON – Primeira-dama da Argentina nascida em 07/05/1919 em Los Todos, filha de uma costureira, Maria Eva Duarte saiu de casa aos 16 anos para tentar a vida em Buenos Aires, onde trabalhou como locutora e atriz de cinema e de rádio-novela. Chegou a dormir com diretores para conseguir papéis em filmes, até conhecer numa festa, o coronel Juan Domingo Perón, em 1945. Casaram-se no mesmo ano, ela com 26 anos, e ele com 50, e ficaram juntos por 7 anos. Apaixonada por luxo, usava peles, colecionava jóias e gastava 50 mil dólares por ano com roupas e acessórios, apesar de posar como madrinha dos descamisados, sendo chamada de Santinha. Adotou o coque de tranças como penteado oficial. Em seus discursos na Casa Rosada evocava Cristo para convencer a população. Mobilizou os trabalhadores para criar a Federação Geral dos Trabalhadores, a CGT, conquistou o direito ao voto para as mulheres e ajudou a eleger as primeiras senadoras do país. Aos 30 anos descobriu que estava com câncer de útero mas recusou tratamento médico. Em suas últimas semanas de vida, Perón mandou trancá-la em um quarto para não ouvir seus gritos de dor nem sentir o mal cheiro que dela exalava. Morreu aos 33 anos em 26/07/1952. Seu corpo foi embalsamado mas seu cadáver foi sequestrado em 1955 percorrendo diversos países até voltar para a Argentina em 1971, onde foi sepultado no cemitério de la Recoleta, que acabou se transformando em centro de peregrinação e turismo. Sua vida é contada no filme 'Evita'. Sua fortuna era avaliada em 260 milhões de dólares num banco da Suíça. Tinha dois irmãos.



FANNY TABAK - Ativista política, socióloga e professora nascida em 1924, no Rio de Janeiro (RJ), filha de imigrantes russos, passou a infância num subúrbio carioca, onde percebeu as dificuldades dos trabalhadores. Estudou Normal, Filosofia e Ciências Sociais. Participou da Liga de Defesa Nacional, nos anos 40, indo às ruas protestar em favor dos pracinhas que lutaram na Guerra Mundial e foi lá que conheceu o marido, o químico Salomão Tabak, com quem teve três filhos. Foi filiada ao Partido Comunista do Brasil (PCB), incentivou a criação de grupos de mulheres de bairro, conhecido como Uniões Femininas, que em 1949 deram origem à Federação das Mulheres do Brasil. Foi diretora da revista Movimento Feminino por dez anos e dirigiu a Escola de Quadros Comunistas. Em 1961 mudou-se com a família para Moscou, onde estudou e trabalhou como professora em faculdades. De volta ao Brasil em 1967, trabalhou na faculdade de Araraquara (SP), mas no Rio de janeiro foi demitida da Fundação Getúlio Vargas, por causa de seu passado comunista. Viúva em 1972, não se casou novamente. Trabalhou então na PUC de São Paulo por 20 anos e dirigiu o Primeiro Núcleo de Estudos Sobre a Mulher, o NEM, que serviu de exemplo para a criação também em outros Estados brasileiros. Publicou vários livros e estudos acadêmicos sobre a situação da mulher no mundo.


GLORIA ARROYO – Política e economista nascida em 05/04/1947 em San Juan, nas Filipinas, filha do ex-presidente do país, Diosdado Macapagal foi colega do ex-presidente norte-americano, Bill Clinton, na Universidade de Georgetown, em Washington. iniciou sua carreira política no Ministério da Indústria e Comércio, onde foi promovida pela ex-presidente Corazon Aquino. Em 1992 foi eleita senadora. Em 1995, foi reeleita com o maior número de votos já registrados em uma eleição filipina. Em 2001 teve uma vitória esmagadora para assumir o lugar de vice na presidência de Joseph Estrada. Foi reeleita em 2004.


GRO HARLEM BRUNDTLAND - Médica nascida em Baerum, em 20/04/1939 ganhou respeito mundial por sua militância ecológica. Primeira-ministra da Noruega de 1986 a 1992, é a única mulher a ocupar este posto. Pertencente ao Partido Trabalhista, ficou famosa em 1984 quando recebeu da ONU a incumbência de preparar um relatóo mundial sobre a saúde ambiental do planeta. O documento ficou conhecido como Relatório Brundtland. No seu país ela passou a cobrar imposto sobre CO2.  Na Noruega, preside o Comitê Executivo da Fundação das Nações Unidas, tendo sido a primeira mulher e a pessoa mais jovem a se tornar primeiro-ministro da Noruega, cargo que ocupou por duas vezes, entre 1989 a 1996. Entre 1998 e 2003 assumiu a direção geral da Organização Mundial da Saúde e de 1974 a 1979 foi ministra do Meio Ambiente de seu país. Em 1983 foi convidada pelo secretário-geral da Onu, Javier Pérez de Cuéllar, para montar e liderar a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Esse grupo de especialistas elaborou em 1987 o relatório “Nosso Futuro Comum”, chamado também de “Relatório Brundtland”, no qual surgiu o conceito de “desenvolvimento sustentável”, base para os debates da Eco-92 e outros sobre o mesmo assunto. Naquele ano, numa viagem com uma caravana de jovens noruegueses a Manaus, Amazonas, ela plantou um dos marcos inaugurais do Parque do Mindu, árvore que hoje é um símbolo da defesa da ecologia e do rompimento de limites fronteiriços.  Casada, tem quatro filhos.

HELENA BESSERMAN VIANNA – médica psicanalista clínica e militante de esquerda, ficou conhecida por denunciar o médico Amílcar Lobo, que fez parte de sessões de tortura em presos políticos na década de 70. conhecida em todo o mundo pela defesa da ética, condecorada com a medalha Chico Mendes como lutadora pelos direitos humanos, dedicou sua vida às causas ligadas à luta pela democracia e em defesa dos oprimidos. Enfrentando o regime militar e instituições corporativas, correu elevados riscos ao denunciar médico que participava de torturas na ditadura.Tinha três filhos, entre eles o humorista Bussunda. Escreveu vários livros. Morreu em 07/04/2002, aos 70 anos.




HELOÍSA HELENA – senadora petista nascida em 06/06/1962 em Pão de Açúcar (AL), filha de trabalhadores rurais, Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho foi eleita vice-prefeita da capital na chapa de Ronaldo Lessa (PSB) em 1992. Em 1998, com 56% dos votos, conquistou a vaga para o Senado. Em 2001 foi acusada pelo senador Antônio Carlos Magalhães de ter votado contra a cassação de Luiz Estêvão (PMDB-DF). Irritada, disse que daria um tapa na cara no senador. Estudou em colégio de freiras holandesas e para se sustentar dava aulas particulares de Matemática. Aos 16 anos mudou-se para Maceió e filiou-se ao PT em 1985. Em 2004 deixou o governo de Lula por não aceitar a política do então presidente do Brasil.


HILLARY CLINTON - Senadora e advogada nascida em 26/10/1947 em Chicago (EUA), filha de dona-de-casa e de um empresário têxtil, Hillary Diane Rodham Clinto foi eleita pelo Estado de Nova Iorque em 2000. Casada com o ex-presidente americano, Bill Clinton, tem uma filha, Chelsea. Em 1998, causou indignação das mulheres, por ter perdoado o marido, de ter tido uma relação amorosa com a ex-estagiária da casa Branca, Monica Lewinsky.



IARA LAVELBERG – Psicóloga e professora universitária nascida no Rio de Janeiro 07/05/1944, na cidade de São Paulo, de origem judaica, destacou-se na luta armada contra a ditadura militar em 1964. Andava sempre armada e desde a faculdade de Psicologia, lutava por mudanças no ensino e nas questões sociais. Filiou-se ao POLOP, grupo de jovens socialistas contrários aos Partido Comunista Brasileiro, e foi militante da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) liderada por Carlos Lamarca, com quem teve um romance. Em 20/08/1971, aos 27 anos foi encontrada morta em Salvador com um tiro no peito. A versão oficial é de que teria se suicidado para não ser presa e torturada. A família acredita que ela tenha sido assassinada por policiais. Vizinhos e a porteira do prédio disseram ter escutado vários disparos e um grito de rendição. O corpo de Iara ficou por 30 dias na geladeira de um necrotério para servir de isca para Lamarca, que estava escondido no interior da Bahia. Como ele não apareceu, a morte dela foi anunciada. Porém, algum tempo depois, Lamarca foi assassinado. Em 2003 seu corpo foi exumado para descobrir a verdade sobre sua morte. Aos 16 anos, Iara se casou com Samuel Halberkon um médico. Separou-se três anos depois e aderiu à militância política.entre seus namorados, o então líder estudantil José Dirceu.


IMELDA MARCOS - Ex-primeira dama das Filipinas, nascida em 02/07/1929 em Manila, Imelda Romuáldez Marcos foi casada com o ex-ditador Ferdinando. Em 1986 foi acusada de fraude, roubo e extorsão, num rombo de 100 milhões de reais. Apaixonada por luxo, chegou a ter três mil sapatos. Ficou conhecida da população,como 'Vampira'. Quando Ferdinando morreu, o caixão foi colocado numa câmara refrigerada, além de ter a camisa trocada duas vezes por semana, para mantê-lo com boa aparência.





IZABEL MATTOS DILLON - Dentista formada pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, foi a primeiura brasileira a votar, fato ocorridono Rio Grande do Sul, em 1880. Incialmente seu pedido havia sido negado pelo juiz municipal, mas acabou sendo aprovado pelo juiz de direito, Dr. José Lomelino de Drummond, que baseou-se no art. 4º da Lei Saraiva, que diz que “Serão eleitores todos os diplomados por qualquer faculdade do Império”).


INDIRA GANDHI- Estadista nascida na Índia em 19/11/1917, filha do político Nehru, foi primeira-ministra entre 1966 e 1977. Em 1939 filiou-se ao Partido do Congresso Nacional Indiano e foi ministra de Informações e Radiodifusão de Lal Bahadur Shastri. Sua popularidade aumentou quando implantou um programa socialista e separou a Índia do Paquistão, numa guerra que deu origem a Bangladesh. Morreu assassinada por separatistas sikhs, no jardim de sua caa em Nova Délhi, em 31/10/1984. Foi jurada de morte 4 meses antes, quando mandou o exército invadir o Templo do Ouro, que provocou a morte de 600 sikhs. Seu filho mais velho, Rajiv Ganchi, a sucedeu como primeiro-ministro, mas em 1991, foi assassinado durante a campanha de reeleição (ele recebeu um buquê de flores, com uma bomba dentro). Apesar do sobrenome, não era parente de Mahatma Gandhi.


JANDIRA FEGHALI - Médica e política nascida em 07/05/1957 no Rio de Janeiro, foi a primeira deputada brasileira a conseguir licença-maternidade. Deputada estadual pelo PC do B, denunciou o tratamento que as empresas dispensam às funcionárias, e acompanhou o reingresso de 800 trabalhadores da Telerj, Embratel e Correios, exonerados pelo então presidente da República, Fernando Collor de Melo. Na adolescência, foi baterista da banda 'Los Panchos', até 1981, quando se enveredou pela política, e entrou para a faculdade de Medicina.




JAQUELINE KENNEDY ONASSIS - Fotógrafa e repórter nascida em 28/07/1929, Jacqueline Lee Bouvier Kennedy Onassis foi casada com o ex-presidente americano, John Kennedy, assassinado em 1966, quando os dois faziam uma visita de carro pelo Texas. Apaixonada, se recusou a tirar o vestido sujo de sangue, e foi com ele para o enterro do marido. Também perdoava as traições dele com belas mulheres, como a atriz Marilyn Monroe. Foi símbolo de elegância e de compulsão (gastava muito dinheiro com roupas, mas não se importava de devolvê-las no dia seguinte). Tinha dois filhos com o ex-presidente, entre eles, o playboy John Kennedy Jr, morto num acidente de avião, ao lado da esposa. Foi casada também com o milionário grego Aristóteles Onassis e com o comerciante de jóias, Maurice Tempelsman. Há suspeitas de que tenha tido um romance com o ex-presidente americano, Lyndon Johnson. Morreu em 20/05/1994, de câncer linfático, aos 64 anos.


JIRINA SIKLOVA – Veterana da resistência à invasão soviética de 1968, sempre lutou por um regime político e econômico que não pertencesse a nenhum dos 2 blocos. Em 1989 foi um dos símbolos da “Revolução de Veludo” de Praga. É também líder de associações femininas em Praga. De acordo com ela “o capitalismo em nada melhorou a vida das mulheres, mas no socialismo os salários das mulheres eram mais baixos”. 







LALA MERYEN – Irmã do rei Mohamed 6º, coroado em 1999, exerce a função de primeira-dama e luta pelos direitos da mulher, realizando campanhas públicas pela melhoria da condição legal das mulher e pela alfabetização feminina. Teve uma educação vigiada pelo pai, no palácio real de Rabat. Divorciada do empresário Fouad Filali, tem 2 filhos.






LEOLINDA DE FIGUEIRA DALTRO – Professora nascida em 1860 na Bahia, trabalhou com grupos indígenas em Goiás e foi a primeira brasileira a iniciar a campanha pelo direito do voto feminino, em 1917 e em 1910 fundou o Partido Republicano Feminista, depois que a Justiça recusou seu pedido de alistamento eleitoral. Em 1934 lançou sua candidatura pelo Partido Nacional do Trabalho e para isso fez uma peregrinação solitária por vários Estados. Em 1940 fundou a Federação do Progresso Feminino, no Rio de Janeiro. Antes de ser política, foi diretora da Escola de Ciências, Artes e Profissões Orsina da Fonseca. Casada, teve 5 filhos. Morreu em 1935 no Rio de Janeiro.


LÚCIA VIVEIROS – Engenheira civil, arquiteta e ex-deputada nascida no Pará, Lúcia Daltro Viveiros foi pioneira em dois atos feministas. Em 1979 foi pela primeira vez ao plenário da Câmara dos Deputados usando calças compridas e em 1981 foi a primeira mulher a presidir uma sessão da Câmara. Elegeu-se por duas vezes seguidas, de 1979 a 1983 e de 1983 a 1987. Em 1964 foi uma das fundadoras do MDB. Passou pelo Partido Popular e pelo PDS, no qual foi a única integrante do partido de seu Estado a votar da emenda de Dante de Oliveira, a das 'diretas já'. Após a morte do marido, Júlio Viveiros, e da derrota nas eleições de 1986, passou a dirigir suas três fazendas e a Lempa, Legião Paraense da Mulher, entidade assistencial que fundou há mais de 20 anos depois de abandonar a Legião da Boa Vontade, onde foi presidente e co-fundadora.


LUÍZA ERUNDINA – Assistente social nascida em Uiraúna (PB) em 30/11/1934 filha de artesão de selas e de vendedora, Luiza Erundina de Sousa foi vereadora, deputada estadual e federal pelo PSB e prefeita de São Paulo em 1987 pelo PT. Candidata ao Senado em 1994, tentou uma aliança com o PMDB, quando foi apelidada de 'quarta via'. Em 1971, na ditadura, foi perseguida por suas idéias de justiça social e mudou-se para São Paulo. Em 1979, foi eleita presidente da Associação Profissional das Assistentes Sociais de São Paulo, foi convidada por Lula para fundar o Partido dos Trabalhadores. Começou a trabalhar ainda na infância, vendendo bolos que a mãe fazia. Aos 24 anos assumiu o cargo de diretora de Educação e Cultura da Prefeitura de Campina Grande e em 1964 foi nomeada secretária da Educaçãoi e Cultura da cidade. Na época da Ditadura, foi perseguida por causa da militância política. Em 2018 foi reeleita deputada federal por São Paulo. Não se casou nem teve filhos. Tem 6 irmãos. Ajudou a fundar a faculdade de Serviço Social em Campina Grande e chegou a cursar Medicina, mas não completou o curso por falta de dinheiro. Mudou-se para São Paulo em 1971, ao ser aprovada num concurso de assistente social e passou a trabalhar com nordestinos migrantes nas favelas da cidade.

MALIKA OUFKIR – Plebéia nascida em 02/04/1953 no Marrocos, África, filha de um general do rei Mohamed V, foi criada no castelo com os mesmos privilégios da princesa Lalla Mina. Acabou presa junto com a mãe e os 5 irmãos quando seu pai traiu o rei e acabou morto. Seu caso ficou conhecido quando ela contou tudo numa rádio, ao fugir da prisão cavando um túnel com uma colher e uma lata de sardinhas. Sua vida é contada no livro “Eu, Malika Oufkir, prisioneira do rei”.






MARGRETEE VESTAGER -  Política nascida na Dinamarca, em 13/04/1968, filha de pastores, é conhecida pela fama de durona, na caça aos desvios de dinheiro por empresas internacionais. Serviu de inspiração para a famosa série de TV "Borgen". Em 2016 obrigou a Irlanda a recolher da Apple 13 bilhões de euros em impostos, acusando a fabricante do iPhone de se beneficiar de um acordo fiscal ilegal entre 2003 e 2014. Por causa das medidas duras, ganhou o apelido de “o pesadelo das multinacionais”. Casada, tem duas filhas.




 

MARIA DA CONCEIÇÃO DA COSTA NEVES - Política e atriz de comédia nascida em Juiz de Fora, MG, foi também diretora da seção paulista da Cruz Vermelha, entre 1943 e 1945 e fundadora da Associação Paulista de Assistência aos Doentes de Lepra. Começou a carreira política em 1947, sendo a primeira mulher eleita para a Assembléia Constituinte de São Paulo, sendo reeleita cinco vezes. Seus debates, fervorosos, causavam respeito e admiração no plenário. Articulada, não se importava de usar métodos antiéticos contra seus colegas, como apresentação de documentações comprometedoras, por exemplo.



MARIA DULCE BARBOSA: Primeira vereadora da Paraíba. Engajou-se na política dos anos 30/40 pelos direito da mulher. Formada em Pedagogia, assumiu a prefeitura em 1963, uma das primeiras do País. Em seu governo, criou uma escola (que tem o seu nome), ampliou estradas e construiu uma mercado público. Aos 55 anos formou-se em Direito. Dona Dulce, como é chamada, Não se casou nem teve filhos. 


MARIA EUGÊNIA CELSO CARNEIRO DE MENDONÇA - Sufragista nascida em 19/04/1886 em São João Del Rey (MG), filha de uma dona-de-casa e do historiador Afonso Celso e neta do Visconde de Ouro Preto, mudou-se para Petrópolis (RJ) ainda na infância, com a família. Em 1917 casou-se com um alto funcionário do governo, com quem teve um filho, que morreu ainda criança e em sua homenagem escreveu o livro Vicentinho, publicado em 1924 por Monteiro Lobato. Antes havia lançado seu livro de poemas Em Pleno Sonho. Teve uma filha, Maria Vitória. Na década de 20 passou a colaborar com textos para a imprensa nas revistas Fon-fon e Revista da Semana, além de ter uma coluna diária no Jornal do Brasil. Trabalhou ainda na Rádio Nacional no programa Quartos de Hora Literários. Participou de programas sociais, entre eles Damas da Cruz Verde, responsáveis pela criação da maternidade Pró-Matre, no Rio de Janeiro. Pertencia à Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino (FBPF), e é dela a composição do Hino da entidade. Lutou pelo direito de voto das mulheres, ao lado de Berta Lutz e de outras feministas. Fundou ainda a faculdade de enfermagem Ana Néri.Por problemas de saúde deixou de atuar politicamente, dedicando-se apenas à literatura, com a publicação de vários livros, entre eles, sobre a vida da Princesa Isabel.


MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES - Política portuguesa nascida em 24/04/1930 em Anadia, graduada em Matemática, veio para o Brasil em 1954, por causa do regime fascista, formando-se também em Economia, recebendo o prêmio Visconde de Cairu em 1960. Deu aulas nas faculdades UFRJ e Universidade de Campinas. Foi uma das responsáveis por criar a faculdade de Economia no Brasil e escreveu livros e artigos sobre temas econômicos. Foi consultora da ONU e pesquisadora de várias faculdades nacionais e estrangeiras, além de eleita para a Câmara Federal pelo PT/RJ. Foi casada duas vezes, e tem dois filhos.


MARIA JOSÉ REBELLO MENDES - Professora de línguas no Rio de Janeiro , nascida em 20/09/1891, em Salvador (BA)foi a primeira diplomata mulher brasileira, ocupou o cargo no início do século 20, após intervenção do ministro da época Rui Barbosa, porque o governo recusou sua inscrição. Para se preparar para o concurso, ela estudou datilografia, Direito por conta própria, contabilidade e economia. Nilo Peçanha, também ministro, voltou atrás e admitiu Maria José para o cargo, mas não aceitava que uma mulher ocupasse a vaga, por considerar que esse serviço era de responsabilidade masculina. Marieta, como era conhecida, teve apoio da Revista Feminina e da população da época, que fizeram manifestações a seu favor. Ela passou em primeiro lugar na prova escrita, em 1918, e quatro anos depois casou-se com o diplomata Henrique Pinheiro de Vasconcelos, que fez parte da bancada do concurso. Ela pediu a aposentadoria em 1934 para acompanhar o marido, nomeado para trabalhar na Bélgica. Morreu em 1936, aos 45 anos, no Rio de Janeiro. Em 1938 o ministro Oswaldo Aranha proibiu as mulheres de ingressaram no Ministério das Relações Exteriores, o que obrigou outra mulher, Sandra, Maria Cordeiro de Melo, a entrar na Justiça ao passar no mesmo concurso que Marieta. Apenas em 1954 a liberdade de acesso das mulheres à carreira diplomática foi aceita. Em 1950 Odette de Carvalho e Souza assumiu o cargo de diplomata no Brasil.


MARIA LACERDA DE MOURA - Anarquista, escritora e feminista nascida em 16/05/1887 em Manhuaçu (MG), estudou Pedagogia e Higiene e começou a escrever ainda na juventude, com lançamento de livros que falavam sobre os direitos das mulheres. Casada, adotou duas crianças, um menino e uma sobrinha, já que não podia engravidar. Entre seus livros estão: Em Torno da Educação e Renovação.Foi colaboradora de Bertha Lutz na fundação da Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher. Ao mudar-se para São Paulo, conheceu as dificuldades do proletariado e passou a defendê-los, lutando por melhorias trabalhistas. Em 1921 conseguiu a inclusão da disciplina História da Mulher, nas escolas brasileiras. Foi presidente da Federação Internacional Feminina. Em 1933 lançou a revista Renascença, da qual foi colaboradora também. Morreu em 1945.


MARIA LOPES - Ativista política e costureira nascida no início do século XX, juntou-se às Terezas Fabri e Carini, na luta pelos direitos trabalhistas da mulher, em 1906, num manifesto dirigido às trabalhadoras de São Paulo, publicado no jornal A Terra Livre. Foi militante do Partido Comunista do Brasil (PCB) do Rio de Janeiro.


MARIA DA PENHA NASCIMENTO SILVA - Empregada doméstica nascida em 1949, em João Pessoa, PB, filha de uma camponesa (que depois virou prostituta e alcoólatra), e de um alemão desconhecido, Penha, como ficou conhecida, se tornou famosa com o livro Violência Rural e Reforma Agrária, em que revela seu sofrimento diante da situação de trabalho que viveu. Criada pela avó, começou a trabalhar no campo aos sete anos, e só foi registrada aos 15 anos, quando se casou. Em 1980 participou da criação da CUT, Central Única dos Trabalhadores, a convite de Maria Margarida Alves, que foi assassinada dois anos depois. A tragédia fez com que Angélica intensificasse a luta contra a violência e a impunidade dos latifundiários. Foi candidata a vereadora pelo Partido dos Trabalhadores em Alagoa Grande e depois deputada federal. Fundou o Movimento das Mulheres do Brejo (MMB). Morreu em 15/036/1991, num acidente de carro em que estava Beth Lobo, ano em que lançou o livro porque Trabalhar com Mulheres.









MARIA TEREZA GOULART - Egiptóloga viúva do ex-presidente João Goulart, o Jango, Maria Teresa Fontela Goulart foi símbolo de elegância nos anos 60, comparada com Jaqueline Kennedy. Mas em 1995 sem dinheiro, foi processada pela butique Scarphé do Rio de Janeiro por dívidas não pagas. Casada com separação de bens, não se beneficiou do patrimônio do ex-marido, que incluía terras e imóveis no Brasil e exterior. Tem 2 filhos, Denise e João Vicente.


MARINA SILVA - Professora de História e senadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT) do Acre, filha de seringueiros nascida em 08/02/1958 em Seringal Bagaço, Osmariana Silva começou a trabalhar aos 15 anos, quando ficou órfã e teve que cuidar de 14 irmãos. Ativista do Movimento dos Seringueiros, fundou com Chico Mendes a Central Única dos Trabalhadores do Estado. Obteve o maior número de votos como vereadora em Rio Branco em 1988, como deputada em 1990 e senadora em 1994. Em 1984 fundou o Partido Comunista Revolucionário, o PCR. Foi eleita para o senado em 1994, com 64 mil votos. Luta pela defesa da Amazônia e contra o preconceito social. Casada duas vezes, tem 4 filhos. Antes de entrar para a política, foi empregada doméstica e freira no Convento das Servas de Maria Reparadoras. Aprendeu a ler no Mobral. Seu interesse pela política surgiu durante as aulas que lecionava.


MARTA SUPLICY – Sexóloga e psicóloga nascida em 18/03/1945 em São Paulo (SP), estreou no Congresso como deputada Federal pelo PT de São Paulo, e em 2000 foi eleita prefeita da mesma cidade. Apresentou projetos pelos direitos dos homossexuais e o aborto. Foi casada 30 anos com o senador Eduardo Suplicy, com quem tem 3 filhos: Eduardo, João e André ( o cantor de rock Supla). Antes de entrar para a política apresentou o quadro ‘Conversando Sobre Sexo’ na TV Mulher, na Rede Globo, nos anos 80. Escreveu os livros ‘Conversando Sobre Sexo’ e ‘De Mariazinha à Maria’. É casada com seu assessor Luis Favre. Em 2004 perdeu a prefeitura para José Serra.



MASAKO OWADA – Princesa filha de diplomata, em 09/12/1963, em 1993 tornou-se a primeira profissional a se casar com um membro da familiar real, no Japão. Foi membro do serviço estrangeiro japonês e teve que desistir da carreira para viver no Palácio Togu, em Tóquio, ao lado do príncipe Naruhito. Passa a maior parte do tempo tocando flauta e jogando tênis. Em 2001 teve sua filha, Aiko, por inseminação artificial após 6 anos de tentativa para engravidar. A partir de então o Palácio passou a lhe torturar psicologicamente, uma vez que pela tradição, o trono só é passado a meninos. Ela então deixou de participar de eventos, teve herpes pelo corpo. No palácio o casal não pode receber amigos, não tem telefone particular e deve prestar contas de tudo o que gasta, pois tudo é bancado pelo Estado.


MEGAWATI SUKAMOPUTRI – Presidenta da Indonésia, nascida em Yogyakarta, em 23/01/1947, filha mais velha do ex-presidente Sukarno, assumiu o cargo em 2001 em substituição a Abdurrahman Wahid, acusado de corrupção. Do Partido da Luta Democrática, conquistou a maioria dos votos nas primeiras eleições livres do país em 1999 mas acabou atropelada politicamente por Wahid. Casou-se 3 vezes e tem 3 filhos. Cursou duas faculdades mas, não concluiu os cursos.







MONICA LEWINSKI - Psicóloga nascida em 23/07/1973 na Califórnia (EUA), Mônica Samille Lewinsky teve um caso com o presidente Bill Clinton, que culminou com a impopularidade dele, quando era estagiária da Casa Branca. O romance veio a público quando uma amiga de Monica gravou a conversa das duas pelo telefone. Após o escândalo, Monica tentou vender produtos de emagrecimento, tentou fabricar bolsas, mas nada deu certo. Escreveu a biografia "Monica's Story'. Atualmente ganha muito dinheiro como garota propaganda de uma empresa de produtos dietéticos.



NAIR DE TEFÉ – Primeira-dama do país, nascida em 10/06/1886, em Petrópolis (RJ) filha de Antônio Luís von Hoonholtz, o barão de Tefé, Nair von Hoonholt, foi também a primeira caricaturista brasileira. Desenhou para as revistas “A Careta”, “O Malho”, “Fon Fon” e para revistas francesas com o pseudônimo de Rian. Educada em conventos franceses, começou a desenhar na adolescência retratando a sociedade. Em 1912 apresentou-se como cantora no Jeremias Café, ato que acabou lhe rendendo uma bronca da professora de canto. Em 1913, aos 27 anos, casou-se com o presidente da República Hermes da Fonseca. No Palácio do Catete lançou a moda de calças compridas para mulheres e promovia saraus com maxixe, dança proibida na época, tendo sido, por isso, criticada até no Senado. Quando ficou viúva em 1922, adotou 3 crianças. Morreu em 1981 quase na miséria aos 96 anos. É autora do livro “A Verdade Sobre a Revolução de 22”. Escreveu seu livro de memórias aos 88 anos. Idosa, defendia o uso da minissaia, do divórcio, além de apostar em jogos.


NÍSIA FLORESTA NEGRA – Abolicionista nascida em 12/101809 no no sítio Floresta, em Papari (RN), filha de um advogado português, Dionísia Gonçalves Pintos Lisboa foi pioneira do feminismo no Brasil. Aos 20 anos, publicou no jornal pernambucano, o artigo “Espelho das Brasileiras”, abordando a condição feminina e defendendo sua emancipação. Em seus escritos, associava o crescimento da mulher ao seu acesso à educação. Lançou seu primeiro livro em 1832, uma tradução de 'Direito das mulheres e injustiça dos homens', publicação que causou polêmica e deu à ela, o título de precursora dos ideais de igualdade e independência da mulher brasileira. Escreveu outros livros, ensaios e romances. Como educadora, foi uma vanguardista fundando, em 1838, o Colégio Augusto, que oferecia ensino para meninas que combinava a aprendizagem dos trabalhos manuais com conhecimentos de línguas e de ciência. Casou-se aos 13 anos, mas um ano depois voltou para a casa dos pais. Apaixonada, passou a morar com um estudante de Direito, com quem teve dois filhos (o companheiro morreu com 25 anos. Morou em várias cidades européias e foi amiga de Augusto Comte. Morreu na França, aos 75 anos, em 24/04/1885, de pneumonia. Sua cidade natal, Papari, hoje leva seu nome.



ODETTE DE CARVALHO E SOUZA – Diplomata nascida no Rio de Janeiro em 1904, foi a primeira mulher no mundo a ocupar o posto de embaixatriz, em Israel, em 1956. Trabalhou ainda em Lisboa, e mereceu notas na imprensa da época, tendo recebido inúmeras homenagens pela competência o cargo. Representou o Brasil junto ao Mercado Comum Europeu.







OEDNA COLOSIO - Primeira prefeita de Handeara (SP), ao assumir a posse, pintou de cor de rosa prédios públicos, cestos de lixo das ruas e os pára-choques dos carros oficiais. Também mandou plantar rosas cor-de-rosa na praça. Segundo ela, rosa é a cor do coração. Casada e mãe de 3 filhos, diz que veste roupas rosa 3 vezes por semana e tem 8 conjuntos de lingerie dessa cor.


ROSE KENNEDY – Matriarca da família Kennedy nascida em 22/07/1890 nos Estados Unidos, filha de um prefeito de Boston, Rose Fitzgerald Kennedy desafiou o pai ao casar-se com o pobretão Joseph Kennedy. Quando descobriu que o marido a traía, voltou para a casa dos pais, grávida do 4º filho. Mas foi obrigada pelo pai a voltar e agüentar a humilhação. Ao ganhar a oitava filha, Jean, recebeu um buquê de flores da atriz Glória Swanson, amante do marido. Também suportou que Joseph bolinasse as amigas de suas filhas adolescentes. Vaidosa, torrava a fortuna em roupas para competir com a nora, Jackie. Em 1990, quando completou 100 anos, já havia recebido a extrema-unção 5 vezes. Desde 1984, quando sofreu o primeiro de uma série de derrames, vivia numa cadeira de rodas. Morreu de pneumonia aos 104 anos em 1994 em Massachusetts. Teve 9 filhos, perdeu 3 por morte violenta (o ex-presidente John Kennedy, Joseph Jr. e o senador Bob). A filha mais velha, Rosemary, nasceu com dislexia e passou por uma lobotomia - a menina acabou perdendo a fala e o controle do corpo. Atribuía todas as tragédias à vontade Divina. Morreu ém 22/01/1995.


ROSEANA SARNEY – Ex-governadora e socióloga nascida no Maranhão em 01/06/1953, filha do ex-presidente José Sarney, foi a primeira mulher a governar um Estado. Desistiu de concorrer à presidência da República em 2003 por causa da acusação de corrupção. Trabalhou pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor e brigou com o ex-presidente Itamar Franco por causa da moratória de Minas. Foi casada duas vezes com o marido Jorge Murad, que foi seu secretário de planejamento. Contra o aborto, tem uma filha adotiva, Rafaela. Em 1998 foi reeleita no Maranhão.


RUTH CARDOSO - Antropóloga e ex-primeira-dama nascida em Araraquara (SP), Ruth Valença Correia Leite Cardoso mudou-se para São Paulo aos 15 anos. Estudou em colégio de Freiras e na USP, onde conheceu o marido Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil. Presidiu o Conselho de Programa Comunidade Solidária, plano de ação social do governo, representou o Brasil na Conferência pelos Direitos da Mulher em Pequim. Nos anos 60 e 70 participava de reuniões na casa da atriz Ruth Escobar, que discutia o feminismo.




SAYAKO KURODA - Princesa do Japão nascida em 18/04/1969, única filha do imperador Akihito e da imperatriz Michiko do Japão, desistiu do título real, ao se casar com o funcionário público, Yoshiki Kuroda, em 15/11/2005, aos 36 anos. Ela saiu do palácio para viver num apartamento alugado pelo marido. É formada em Língua e Literatura do Japonesa.






SIRIMAVO BANDARANAIKE – Estadista do Sri Lanka nascida em Ratnapura, Ceilão em 17/04/1916, Sirimavo Ratwatte Dias Baramaike, levou seu partido a uma vitória em 1959 após a morte do marido o Primeiro-ministro Solomón Bandaranaike. Como primeira-ministra, nacionalizou as escolas particulares e as indústrias de petróleo, melhorou os serviços públicos de saúde, alimentação e educação. Perdeu o Ministério em 1965, mas retornou ao posto em 1970 com a vitória de sua coalização de esquerda. Estadista, foi a primeira mulher do mundo a tornar-se primeira-ministra. Morreu em 22/10/2000.






SISSI, A IMPERATRIZ – Princesa nascida em Munique em 24/12/ 1837 na Alemanha, filha do duque Maximiliano e da princesa Ludovica da Baviera, Elizabeth von Witteslbach viveu no palácio da Ludwingstrasse, de Munique. Foi poeta e excelente amazona. Fez mudanças no castelo que na época eram absurdas, como obrigar os empregados a tomar banho todos os dias, e usar embaixo da roupa uma trouxinha com sangue de boi como chamarisco para as pulgas. Era favorável ao casamento e teria sido lésbica, apaixonada pela sua dama de companhia, Ida von Ferenczy. Casou-se com Francisco José em 1854 numa cerimônia com muita luz e fogos de artifício. Quando o casamento ficou tedioso, manteve flertes que acabaram sendo comentados em seus poemas. Perdeu dois filhos, Rodolfo, com 30 anos e Sofie com 2. Foi assassinada a punhaladas pelo anarquista Luigi Lucheni aos 60 anos, quando embarcava de Genebra para Montreux, Suíça. Na chegada do corpo de Sissi à Viena, a multidão ficou calada e só se ouviam cascos dos cavalos da carruagem que levavam seu corpo para o enterro.


SYLVIA PANKHURST – sufragista nascida na Inglaterra em 05/05/1882, Estelle Sylvia Pankhurst, foi uma das pioneiras na defesa do direito de voto das mulheres, junto com a mãe Emmeline e a irmã Chistabel. As três souberam aproveitar as lentes dos fotógrafos e câmeras como armas no combate à discriminação. Nas manifestações, sempre eram fotografadas. Ficaram conhecidas como sufragistas. O triunfo veio em 1928, quando todas as inglesas conquistaram o direito de votar. Morreu em 27/09/1960.




TERESINA MARIA CARINI ROCCHI – socialista revolucionária ligada aos anarquistas nascida em 1963 na província de Reggio-Emilia, Itália, veio para o Brasil em 1890 quando acompanhou o marido, que era músico, numa excursão. Morou em Poços de Caldas (MG), Iguapé, Santos e São Paulo (SP). Apesar de nunca ter sido militante, cultivou o socialismo marxista nas cidades onde viveu. Sua vida é contada no livro 'Teresina e seus amigos'.


VERA NIKOLAYEVNA – líder revolucionária nascida na Rússia em 07/07/1852 em San Pietroburgo, Vera Nikolayevna Figner, foi uma das principais figuras do movimento Narodnik. Em 1875 passou a trabalhar como enfermeira entre os camponeses com o objetivo de esclarecê-los de que o czar não era seu protetor. Em 1881 esteve envolvida no atentado contra o czar Alexandre II e por isso ficou presa entre 1884 a 1904. Depois foi confinada em Arkhangelsk até a Revolução Russa em 1917. Suas obras foram publicadas em 1932 na URSS. Morreu em 15/06/1942.




VERA WOLLENBERGER – Deputada federal nascida na Alemanha, integrante de um pequeno partido ecológico da Stasi, foi perseguida e exilada em 1988 por sua militância em defesa dos direitos humanos. Quem a delatou foi seu marido, Knud, um informante recrutado pela Stasi. Primeiramente ele negou, mas depois, diante das provas, admitiu a verdade.








WANGARI MAATHAI - Ambientalista, bióloga e ministra do Meio Ambiente do Quênia nascida em Nyeri, Quênia em 01/04/1940, foi a primeira mulher da África Centro-Oriental a conquistar um título de doutorado e a primeira africana a receber o Nobel da Paz, em 2004. Á frente do Movimento Cinturão Verde, organização ecológica que promoveu o plantio de milhões de árvores na África, luta pela ecologia, por direitos humanos e contra a corrupção.






WINNIE MANDELA – Ex-primeira-dama da África do Sul nascida em 26/09/1934, ex-mulher de Nelson Mandela, foi símbolo de resistência ao racismo até 1991, quando foi condenada a 6 anos de prisão, pelo sequestro de 4 adolescentes, e assassinato de um deles. Foi denunciada por seu motorista, John Morgan. Em 1992 separou-se de Mandela, e foi obrigada a abandonar o cargo no Congresso Nacional. 







  ZULAIÊ COBRA RIBEIRO - Advogada e política nascida em São   José do Rio Pardo (SP) em 18/11/1943, sempre lutou pelo direito das mulheres. É deputada federal, e foi a primeira mulher conselheira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). É relatora do projeto de reforma do judiciário, redigiu o decreto que criou a Delegacia da Mulher, e é autora da lei que obriga os restaurantes a permitirem o acesso dos clientes às sua cozinhas.