PROFESSORAS




ADÉLIA SIGAUD – Professora nascida em 1840, no Rio de Janeiro (RJ), filha do médico francês José Francisco Xavier Sigaud, e de uma dona-de-casa, Adéle Marie Louise Sigaud era cega desde a infância e foi a primeira brasileira a aprender o método Braille, com o escritor Álvares de Azevedo, e a ensiná-lo no Instituto Benjamin Constant, a convite do imperador D. Pedro II, fundador da escola. Não há mais informações sobre a vida e data da morte de Adélia.




ANÁLIA FRANCO BASTOS - Professora, escritora e jornalista nascida em Resende (RJ), em 01/02/1856, foi pioneira na criação de creches para filhos de mães que trabalhavam fora. Colaborou com a imprensa escrita, falando sobre feminismo e sobre o analfabetismo. Em 1901 criou a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva de São Paulo. Em 1906, comprou uma fazenda na Móoca para servir de colônia para mulheres. Fundou mais de 70 escolas. Hoje, nomeia colégios, bairro e shoppings paulistas. Morreu em 1919, vítima da gripe espanhola.




ANEE SILLIVAN – professora nascida em 04/04/1866 em Massachusetts (EUA), filha de imigrantes irlandeses, Johanna Mansfield Sullivan Macy deu aulas para a escritora Helen Keller, que era cega. Órfã de mãe aos 8 anos, foi abandonada pelo pai, juntamente com os dois irmãos mais novos, que foram para um asilo em Tewksbury (o menino morreu alguns meses depois de tuberculose). Annie conseguiu escapar correndo e pedir ajuda a um grupo de assistentes sociais que visitavam a instituição. Tinha problemas de visão e aprendeu Braille na instituição Perkins para Cegos. Mais tarde uma operação lhe restituiu a visão. Morreu em 20/10/1936 em Nova Iorque (EUA).




ÂNGELA RUIZ ROBLES – Professora de datilografia, taquigrafia, ortografia e gramática espanhola, nascida em 2/09/1895, em Villamanín, León, Espanha, em 1949 criou a enciclopédia mecânica, considerada a precursora do e-book. O protótipo faz parte do Museu Espanhol da Ciência e Tecnologia, na Corunha. Em 1917 foi diretora da Escola Gordón e em 1925 foi homenageada pelos vizinhos por sua dedicação ao trabalho de docente. Em 1944 realizou o projeto do atlas científico-gramatical da Espanha. Trabalhou como diretora e professora também no Colégio Ibánez Martín, até se aposentar. Recebeu vários prêmios, entre eles, a Medalha de Ouro e Diploma na 1a Exposição Nacional de Inventores Espanhóis e o Laço da Ordem de Alfonso X o Sábio, Morreu em 27/10/1975, em Ferrol, Espanha.





ANTONIETA DE BARROS – Professora, jornalista e escritora nascida em 11/07/1901 em Florianópolis (SC), filha de um jardineiro e uma lavadeira, foi a primeira mulher eleita à Assembléia Legislativa de seu Estado e primeira prefeita negra do Brasil. Fundou em 1922 o Curso "Antonieta de Barros" com o objetivo de combater o analfabetismo. Foi professora de português e diretora do Colégio Dias Velho. Como jornalista usou o pseudônimo de Maria da Ilha. Fundou e dirigiu o jornal 'A Semana', foi diretora da revista Vida Ilhoa, escreveu artigos para jornais 'O Estado,' 'República' e o livro 'Farrapos de Idéias'. Em 1935 foi eleita deputada na Assembléia Estadual Constituinte pelo Partido Liberal Catarinense. Morreu ema 28/03/1952, aos 50 anos de idade.


ARMANDA ÁLVARO ALBERTO – Professora e ativista política nascida no Rio de Janeiro (RJ) em 1892, foi uma das pioneiras da ‘nova educação’ no Brasil. Publicou diversos trabalhos com base na realidade escolar carioca. Em 1921 fundou a Escola Regional de Meriti (RJ) que dirigiu até 1964. Participou ativamente da luta pela emancipação das mulheres, se tornando a primeira presidente da União Feminina do Brasil. Morreu em 05/02/1974.








ASPÁSIA DE MILLETO (século 5 a C) – Cortesã e professora de retórica em Mileto, imigrou para Atenas em 440 A.C., onde viveu como estrangeira, fato que permitiu que tivesse mais liberdade do que outras mulheres. Admirada por Sócrates, foi processada por irreverência e absolvida após um apelo do amante Péricles durante o julgamento. Os dois tiveram um filho, mas não se casaram por que uma lei proibia a união de estrangeiros.



CLEONICE BERARDINELLI – Professora de Letras nascida no Rio de Janeiro (RJ), em 28/08/1916, Cleonice Serôa da Motta Berardinelli foi uma das primeiras mulheres a lecionar esta disciplina no Brasil. Neta de sergipanos, morou com a família em vários lugares, acompanhando o pai, em suas transferências. Aprendeu a gostar de leitura com os pais, que contavam histórias para ela e os dois irmãos mais novos. Influenciada pela esposa, o pai de Dona Cléo, como é conhecida, escreveu artigos sobre Napoleão, para revistas militares. Apaixonada por Matemática, música e teatro, estudou piano e fez participações como atriz em peças teatrais. Trabalha na PUC-Rio desde 1963, dando aulas de Literatura Portuguesa.  Ocupa a cadeira número 8 da Academia Brasileira de Letras desde 2011. Em 2012 ganhou o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional. Suas principais obras são: "Estudos de Literatura Portuguesa", "Álvaro de Campos - a passagem das horas" e "Fernando Pessoa: outra vez te revejo...". Casada com um médico, não teve filhos, mas adotou as duas filhas dele como suas.




DORINA NOWILL - Professora, administradora e filantropa,  nascida em São Paulo (SP), em 28/05/1919, Dorina de Gouveia Nowill perdeu a visão de repente, aos 16 anos, após uma hemorragia nos olhos, quando estava na escola Caetano de Campos. Anos mais tarde, criou no local, um curso de especialização em ensino de cegos, o primeiro da América Latina, e começou a formar pessoas nessa área. Também propôs a lei, aprovada, que garante a matrícula de cegos em qualquer escola, além de criar a Fundação para o Livro do Cego no Brasil (hoje Fundação Dorina Nowill), e a implantação da imprensa Braille no País. Hoje, a fundação produz 100 mil volumes por ano e fornece livros para 700 organizações e par ao Ministério da Educação. Recebeu vários prêmios. Casada com o advogado carioca, filho de um pastor, Edward Hubert Alexander Nowill, teve  5 filhos. Os dois se conheceram nos Estados Unidos. Em 1989, o Congresso Nacional ratificou a “Convenção 1599”, da Organização Internacional do Trabalho, a respeito dos deficientes visuais. Em 1981, Ano Internacional da Pessoa Deficiente, ela representou o Brasil na Assembléia Geral das Nações Unidas. Em 2009 foi considerada pela Revista Época como uma dos 100 brasileiros mais influentes do ano. Morreu em 29/08/2010, aos 91 anos, em São Paulo, de parada cardíaca.


ELIZABETH ECKFORD - Ativista americana, e professora de História, nascida em 04/10/1941, foi a primeira mulher negra a desafiar o racismo nas escolas para brancos, nos Estados Unidos. Aos 15 anos, ela fez parte do grupo de 9 estudantes que, em 04/09/1957, saiu à pé, para a Little Rock Central Hight School, sendo escoltados pela polícia. Ela seguiu o trajeto sozinha, porque não havia recebido o recado para se encontrar com os outros jovens do grupo. Enquanto ouvia insultos da população, chmando-a de macaca, ela chegou a levar uma cusparada no rosto, por uma idosa. Impedida de entrar na escola, ao invés de correr dos rifles dos soldados, ela andou devagar até o ponto de ônibus e voltou para casa (os pais não receberam autorização para acompanhar os filhos). No ano seguinte, ela mudou-se para o Missouri, tornando-se a primeira mulher afro-descendente a formar-se na faculdade. Antes de conseguir emprego como professora, trabalhou num banco, em Saint Louis e serviu no Exército. Recebeu a Medalha de Ouro do Congresso e a medalha Spingam.  Em 2006 participou do programa de Oprah Winfrey, juntamente com os outros jovens, escolhidos pelo governo para a integração racial, na época. Tem um filho, Erin.

ENID LARSSONProfessora de Biologia nascida nos Estados Unidos, lecionou na Escola Secundária de Carmel, na Califórnia dos anos 50 aos 70. Incentivava os alunos a buscar resposta para as dúvidas através de pesquisas. Não utilizava livros didáticos e ensinava através da observação da natureza com ajuda de binóculos. Costumava dizer: “Basta dar a um jovem a idéia. Depois, é só sair do caminho”.




HANNAN AL HROUB – Professora nascida em 06/03/1972 em B Belém, na Cisjordânia, num campo de refugiados palestinos, foi eleita em 2016, a melhor do mundo pela Fundação Varkey, uma instituição beneficente destinada a promover a educação em todo o mundo. Passou a dar aulas para a comunidade depois que seus filhos foram alvos de tiros, e para ajudá-los desenvolveu jogos que ajudaram no processo de recuperação, ensinando conceitos de não-violência para os estudantes numa escola local. O prêmio, de 1 milhão de dólares foi anunciado pelo papa Francisco, em vídeo, no Global Education Forum. Seu método de ensino é explicado em seu livro, "Nós brincamos e aprendemos".


HIPÁCIA Escritora, professora de ciências e filósofa nascida em Alexandria, Egito, no ano 370 d.C., filha de Theon, escreveu comentários sobre Ptolomeu, Diofanto, entre outros ficando conhecida como a principal mente da escola filosofica neoplatônica de Alexandria. Foi assassinada (apedrejada) em 415 d.C por fanáticos cristãos formada por monjes e seguidores do bispo Cirilo (na época a Ciência era vista pelos cristãos como paganismo).





IVETTE SENISE FERREIRA - Advogada, jurista e professora de Direito nascida em Catanduva (SP) em 12/09/1934, em 1998, foi eleita como 37º diretora da faculdade de Direito da USP desde sua fundação em 1827. É integrante da comissão de juristas que estuda soluções para o sistema penitenciário e membro do Instituto Manoel Pedro Pimentel, como sua presidente desde 1996. Foi escolhida a Profissional de Direito do ano de 1994 pela Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica. Em 2010 foi eleita presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, a IASP. É vice-presidente da OAB de São Paulo. Foi casada com o professor Manoel Gonçalves Ferreira Filho, com quem teve quatro filhas. Em 2015 foi homenageada com o livro "Estudos em Homenagem a Ivette Senise Ferreira".


MADRE CRISTINA – Professora, pedagoga, filósofa, religiosa e psicóloga nascida em 07/10/1916 em Jaboticabal (SP), filha de advogado, Célia Sodré Dória adotou o nome Cristina por causa de Cristo. Mudou-se para São Paulo com a família, aos 10 anos, onde estudou numa escola para meninas. Cursou faculdade em Sorbone, Paris. Em 1977 fundou o Instituto Sedes Sapientae (em latim, Sede da Sabedoria) em São Paulo que até hoje oferece cursos de especialização nas áreas de pedagogia, psicologia e filosofia. Cônega da Congregação de Santo Agostinho, participou ativamente na resistência ao regime militar, em campanhas pela anistia polícia e na organização de movimentos sociais. Na época da ditadura militar recebeu ameaças de morte por ter intermediado encontros entre perseguidos políticos. Ela lançou a candidatura de José Serra, que na época era estudante de engenharia, para a presidência da UNE, União Nacional dos Estudantes. Foi pioneira nos estudos de psicodrama e psicoterapia em grupo, tendo atendido colegas traumatizados com os horrores da Ditadura. Fio professora da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Morreu em 26/11/1997.


MALALA YOUSAFZAI – Ativista paquistanesa nascida em 12/07/1997 no Vale do Swat, em Mingora, Paquistão, aos 15 anos, em 09/10/2012, foi vítima de um atentado por defender o direito das meninas de ir à escola (seu pai era professor e dono da escola). O ônibus em que ela estava, junto com outras adolescentes, foi atacado pelo grupo Talismã, e ao ser reconhecida, levou 3 tiros na cabeça. Levada para Birmingham, Inglaterra, em estado grave, ela sobreviveu  e continuou sua luta. Suas idéias revolucionárias para seu país, eram colocadas em seu blog, desde que foi criando em 2008, quando ela tinha 11 anos, e passou a ser ameaçada de morte. Aos 12, escondia o uniforme na mochila para não ser atacada pelo caminho (ela queria ser médica). Recebeu o Prêmio Nobel da Paz aos 17 anos, sendo a mais jovem a ser premiada. Recebeu ainda a Medalha da Liberdade, entre outras premiações. Malala significa "tomada pela tristeza". Sua vida é contada no livro "Eu Sou Malala", da escritora Cristina lamb.






MARIA DE ARRUDA MULLER Professora e poetisa nascida em Cuiabá (MT) em 09/12/1910, editou até 1950 a revista “A Violeta” que defendia a independência da mulher. Começou a lecionar em Cuiabá aos 16 anos. Criou em 1916, junto com outras professoras o grêmio literário Júlia Lopes. Foi a primeira mulher a conquistar uma cadeira na Academia Matogrossense de Letras, em 1930, presidiu a LBA durante a Segunda Guerra Mundial, tendo providenciado cuidados com as famílias dos soldados. Também fundou o Abrigo Bom Jesus, para crianças carentes, e o Abrigo dos Velhos. Em 1942, fundou a Sociedade de Proteção à Maternidade e Infância de Cuiabá. Parou de trabalhar em 1936, aos 38 anos, a pedido do marido, Júlio Muller, que assumiu o cargo de governador do Mato Grosso. Em 1998, centenário de seu nascimento, teve seus poemas publicados no livro “Sons Longínquos”. Em 2000, recebeu da Secretaria da Cultura o prêmio ‘Maria Muller de Mulher Cultura do Século’. Morreu de enfarto em 04/12/2003.


MARIA CAETANA AGNESI - Linguista, filósofa e matemática nascida em Milão, Itália em 16/05/1718 filha de um rico professor de matemática e homem de negócios, é é a primeira escritora a publicar um livro sobre cálculo diferencial e integral. Aos 5 anos já falava várias línguas estrangeiras e educou seus irmãos mais novos. Escreveu "Propositiones philosophicae" (Proposições Filosóficas) em 1738 e "Instituzioni Analitiche" (Instituições Analíticas), traduzida para o inglês e o francês. Aos nove anos, escreveu e falou um discurso sobre os direitos das mulheres, num encontro acadêmico. É autora da chamada "Curva de Angesi". Morreu em Pio Albergo Trivulzio, Milão, em 09/01/1799, numa instituição para idosos.


MARIA MONTESSORI Médica e educadora nascida na Itália em 1870, dedicou-se à psiquiatria e estudou crianças internadas em hospitais de doentes mentais. Foi a primeira mulher a se formar em medicina em seu país. Em 1907 inaugurou sua primeira ‘casa das crianças’ desenvolvendo um sistema de educação para crianças de 3 a 6 anos de idade baseado na liberdade de movimento, no estímulo à tomada de decisões e no emprego de atividades e equipamentos especialmente desenvolvidos. Em 1912 fundou a Casa Dei Bambini, instituição modelo da preparação pré-escolar. Lançou as bases da moderna pedagogia com o método Montessori divulgado no mundo inteiro através de congressos. As escolas montessorianas foram desenvolvidas mais tarde também para crianças maiores. Deixou a Itália em 1934, passando a morar na Holanda. Morreu em 1952.

MARY McLEORD – Educadora, educadora, filantropa, ativista nascida em 10/07/1875 em Mayesville, Carolina do Sul (EUA), numa fazenda de arroz, filha de escravos, Mary Jane McLeod Bethune foi defensora dos direitos dos negros, sendo conhecida como "A Primeira-Dama da Luta". Quando criança acompanhava a mãe, lavadeira, nas casas para entregar as roupas e foi impedida por uma criança branca a ver um livro porque não sabia ler. Entendeu, então, que a leitura era a única diferença entre brancos e negros e lutou para conseguir vida melhor para os descendentes africanos nos Estados Unidos. Na escola, estudou numa sala, a única reservada a negros e foi a única da família a estudar. Fundou a Escola Normal e Industrial de Daytona (particular) para moças negras em 1904, que virou a faculdade Bethune-Cookman, e dirigiu a Divisão de Assuntos dos Negros da Secretaria da Juventude nacional entre 1936 e 1944.  Foi apontada como conselheira do presidente Franklin D. Roosevelt como parte do que ficou conhecido como o "gabinete negro". Em 1930, foi incluída como a número 10 na lista das maiores mulheres norte-americanas. Em 1935 foi premiada com a Medalha Spingam  pela NAACP. Em 1973, foi incluída no National Women's Hall of Fam. Casada com Albertur Bethune, tiveram apenas um filho. Morreu em Daytona, de infarto, em 18/05/1955 e sua morte foi tema de reportagens e estudos na época.

NANCIEL ATWELL - Professora nascida em Nova Iorque (EUA) em 1957, foi a primeira do mundo a ser premiada com o Global Teacher Prize, em 2015. O prêmio, um milhão de dólares, foi doado para bolsas de estudos e para um centro de treinamento de professores. Nacie fundou sua própria escola, na área rural de Maine, para aplicar um método de ensino criado por ela, baseado na leitura de 40 livros por mês e produção de análises de vários textos. Os alunos podem escolher os livros que devem ler. Escreveu o livro "In The Middle: Understandings About Writing, Reading, and Learning, lançado em 1987. Casada, tem uma filha, Anne.

PAULA MONTAL FORNÉS professora nascida em Arenyz Del Marna, Espanha, em 11/10/1799, Madre Paula fundou em 1829, aos 30 anos, a Congregação de Filhas de Maria Religiosas das Escolas Pias, primeira devotada exclusivamente para o ensino feminino no Brasil (hoje aceita meninos também). Fundou também uma escola em sua terra natal. Teve infância difícil e ao contrário das mulheres da época, aprendeu a ler e a escrever. Foi beatificada pelo papa em 1993 e canonizada em 2001. Morreu em 26/02/1889, em Olesa de Montserrat, em Barcelona, Espanha. Está enterrada na capela da matriz da cidade. Seu dia é comemorado dia 26 de fevereiro, data de sua morte. Em 1993 foi beatificada pelo Papa João Paulo II, em Roma, e canonizada por ele, em 25/11/2001. Há vários colégios com seu nome espalhados pelo mundo.








ROSELI FISCHMANN Pegagoga nascida em São Paulo, é a única brasileira a integrar o júri internacional do prêmio Unesco da Educação para a Paz (o colegiado é composto por 5 membros). Aos 22 anos já dava aula na universidade. É pesquisadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da USP, onde coordena o Projeto Discriminação, Preconceito, Estigma desde o final dos anos 1980s, bem como articulou a proposta e atividades de criação da Rede Científica UNESCO das Américas e Caribe para Tolerância e Solidariedade, nos anos 1990, em articulação com comunidades étnico-raciais e minorias religiosas.


VERA LAZZAROTTO Professora, bailarina e fisioterapeuta nascida em São Paulo em 22/05/1935 Vera Maria Machado Lazzarotto,  deixou a zona sul do Rio de Janeiro onde morava para viver numa palafita na Baia de Todos os Santos influenciada pelas teorias do educador Paulo Freire, em 1976. Na ocasião dava aulas numa escola para militares. Na Bahia trabalhou como professora na Universidade Federal, mas continuou vivendo no mangue. Juntando donativos fez uma escola para 70 crianças num galpão em cima do lamaçal. Seus ex-alunos hoje são professores de sua Escola Popular Novos Alagados. Em 1998 foi a única professora da América Latina a figurar numa publicação da Unesco sobre 10 educadores que trabalham em condições extremas.

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