
ACÁCIA BRAZIL DE MELLO - Harpista formada pela Escola Nacional de Música, nascida em Niterói (RJ) em 24/05/1921, filha do cientista Vital Brasil, estreou aos 10 anos, em 23/08/1923, no teatro Cassino. Foi aluna da harpista espanhola, Lea Bach e fez parte da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, foi fundadora e diretora da American Harp Society, da Corporation of World Harp Congress, dos Estados Unidos, e da Sociedade Ludovico, da Espanha. Escreveu para várias revistas, artigos sobre música e se apresentou na Europa, Ásia e Estados Unidos. Em 1939 casou-se com Ernesto Imbassahy de Mello, com quem teve 3 filhos: Lívia, Luiz Ernesto e Raul. Morreu em 28/10/2008, com 87 anos.


ADEMILDE FONSECA - Cantora brasileira nascida em 04/03/1921 em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, Ademilde Ferreira da Fonseca foi considerada a "Rainha do Choro" e começou a carreira após ser aprovada num concurso de calouros na Rádio Clube do Brasil. Foi casada com Naldimar Gideão Delfino (que lhe emprestou o sobrenome que a tornou famosa), que a levou para o Rio de Janeiro em 1941. Durante dez anos trabalhou na TV Tupi e chegou a vender meio milhão de cópias de discos, no Brasil e no exterior. Seu sucesso mais famoso é "Tico tico no Fubá". Desde 1997 fazia parte do conjunto "As Eternas Cantoras do Rádio". Morreu em 27/01/2012 no Rio de Janeiro, aos 91 anos. Foi sepultada no cemitério São João Batista. Em Pirituba (RN), há uma praça com seu nome.Em 1952 cantou em paris numa festa dada por Assis Chateaubriand, e 1984, em Nova Iorque (EUA), abriu o carnaval Brasileiro.

ALCIONE - Cantora brasileira nascida no Maranhão em 21/11/1947, filha de um policial e uma dona-de-casa, Alcione Dias Nazareth começou a carreira aos 12 anos de idade, se apresentando na banda da polícia militar, ao lado do pai, que era também professor de música. Formada em Magistério, chegou a lecionar por dois anos, quando foi demitida por ensinar as crianças a tocar trompete. Alcione tem nove irmãos e outros nove por parte de pai, que a mãe amamentou, por acreditar que as crianças não tinham culpa pelas traições do marido. Sem trabalho, começou a cantar em bares, nas décadas de 60 e 70 e em 1976 foi para o Rio de Janeiro, onde começou a fazer sucesso, depois de participar de programas de auditório e de calouros. Chegou a morar na Europa por dois anos. Em 2007 participou do seriado Amazônia, interpretando a cantora americana Lady Brown. Nunca se casou mas tentou diversos tratamentos para engravidar, sem sucesso.

AMY WINEHOUSE - Cantora e compositora nascida em Londres em 14/09/1983, numa família de músicos, Amy Jade Winehouse era filha de um músico amador, motorista de táxi, e de uma farmacêutica, começou a carreira na adolescência, apresentando-se em pequenos clubes e bares, e e alcançou o sucesso rapidamente por causa da voz, comparada às divas do jazz. Seu primeiro contrato com uma gravadora foi em 2002, mas ficou conhecida internacionalmente em 2066, quando vendeu seis milhões de discos em todo o mundo. Em 2008 venceu a 50a edição do Grammy Awards, ano em que foi eleita a "heroína suprema" dos britânicos pela Sky News e foi incluída na lista "Personalidades Mais Influentes da Música, pelo periódico TH. Em sua carreira vendeu mais de 40 milhões de álbuns em todo o mundo. Ficou conhecida ainda pela maquiagem carregada nos olhos e pelo topete nos cabelos pretos, que imitava os penteados da atriz francesa Brigitte Bardot. Sua rebeldia teria fundamento nas traições do pai, que não escondia os casos amorosos, e sofria de transtornos alimentares, que provocou sua magreza exagerada. Viciada em bebida e outras substâncias, ela chegou a se apresentar bêbada em programas de TV. Amy teve um casamento conturbado com Blake Fielder-Civil. Antes da fama chegou a trabalhar como jornalista num jornal. Morreu sozinha, em 23/07/2011, aos 27 anos, em sua casa, em Ibid, de overdose de bebida alcoólica, após longa abstinência. Após sua morte, seu disco "Black to Black" foi o mais vendido do século 21 no Reino Unido. Em 2012 ela entrou para a lista das "Cem Grandes Mulheres na Música", do VH1, ficando em 26o lugar. Em Canden Town, Londres, há uma estátua em sua homenagem, em tamanho real.
ÂNGELA MARIA - Cantora nascida em Macaé (RJ), em 13/05/1929, filha de uma dona-de-casa e um pastor de igreja, Abelim Maria da Cunha foi considerada uma das vozes mais belas do Brasil, tendo sido eleita Rainha do Rádio em 1954. Antes de ser famosa, trabalhou numa fábrica de lâmpadas, e como tecelã numa fábrica de tecidos. Perdeu muito dinheiro nas mãos de empresários e para pagar as dívidas chegou a fazer faxina, época que tentou o suicídio. Casou-se 6 vezes e teve relacionamentos conflituosos. Nunca conseguiu engravidar, apesar dos tratamentos clínicos, e acabou adotando. Em 1973 atuou como atriz no filme de Mazzaroppi, "Portugal..minha saudade". Em 1979, aos 50 anos, conheceu, numa festa, Daniel D'ângelo, de 18 anos, que viveu com ela até o fim da vida, atuando também como seu empresário. Os dois adotaram 4 crianças e se casaram no civil em 2012, ano em que se candidatou a vereadora pelo Estado de São Paulo. Serviu de inspiração para vários cantores brasileiros e estrangeiros, entre eles Elis Regina, Djavan e Gal Costa. O nome artístico foi usado para esconder da família que cantava na noite. Morreu em 29/09/2018, em São Paulo, aos 89 anos, após uma parada cardíaca por causa de infecção generalizada. Foi enterrada no Cemitério Congonhas. Sua biografia é contada no livro que leva seu nome, do jornalista Rodrigo Faour. Recebeu do presidente do Brasil, Getúlio Vargas, o apelido de Sapoti, uma fruta muito doce, que segundo ele, seria como a voz da cantora.

BARBRA
STREISSEND - Cantora e compositora, nascida em Nova
Iorque em 24/04/1942, Barbra Joan Streisand é também atriz, produtora
e diretora de cinema, vencedora de 2 Oscar, tendo sido indicada a outras 03
estatuetas. Vendeu mais de 71,5 milhões de
CDs nos Estados Unidos e
140 milhões de álbuns em todo o mundo, sendo uma das poucas estrelas do show
business a conquistar prêmios em diversas áreas da arte. Foi a primeira mulher
a simultaneamente produzir, dirigir, escrever e atuar em um filme ("Yentl", de 1983). Começou a carreira em 1962 com a peça da Broadway "I Can get
it For you Wholesale". Seu primeiro disco, "The Barbra Streisand
Album", foi lançado em 1963 e a premiou com
dois Grammy. Estreou no cine em 1968, com o musical "Funny Girl",
que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. Foi indicada também pelo
filme "Nosso Amor de Ontem" em 1973. Também ganhou o Oscar de melhor canção pelo
filme "Nasce uma Estrela" em 1976. Em 1964, casou-se com o ator Elliot Gouldy
com quem teve seu único filho, Jason. Divorciada, Barbra teve vários romances, até
se casar novamente, em 1998, com
o ator e diretor James Brolin.
Seu filme mais famoso foi “O Príncipe das Marés”, em que atuou e dirigiu (seu
filho na vida real foi também seu filho no filme).
BETH CARVALHO - Cantora e compositora de samba nascida em 05/05/1946, no Rio de Janeiro, filha de um advogado e de uma pianista, Elizabeth Santos Leal de Carvalho começou a fazer sucesso na década de 70 e apadrinhou vários cantores, como Zeca Pagodinho e Jorge Aragão. Na infância e adolescência, estudou violão e balé e chegou a dar aulas de música. Antes de se tornar famosa, fazia participações musicais em festas, sempre levada pelo pai, até que ele foi cassado em 1964, pelo regime militar e Beth teve que trabalhar para ajudar no orçamento doméstico. Em 1979 casou-se com o jogador, Edson de Souza Barbosa, com quem teve a única filha, Luana, em 1981. O casal se separou alguns anos depois. Participou de vários festivais de música, ganhando vários prêmios e recebeu o Grammy pelo conjunto de sua obra. Militante política, apoiou a candidatura de Lula e Dilma Rousself. Apaixonada por carnaval e mangueirense, foi injustiçada pela Mangueira, impedida de sair num cvarro alegórico, e só fizeram as pazes, em 2011, quando recebeu desculpas formais da direção da escola. Morreu em 30/05/2019, aos 72 anos, de infecção generalizada, em decorrência de problemas na coluna. Tinha uma irmã, Vânia, que também era cantora.

CARMEM COSTA - Cantora e compositora nascida em Trajano de Moraes (RJ), em 05/06/1920, Carmelita Madriaga era empregada do cantor Francisco Alves e aos 15 anos, numa festa em sua casa, ele pediu que cantasse para os convidados e foi incentivada por eles a seguir a carreira musical. Começou a fazer sucesso após uma apresentação como caloura no programa de Ary Barroso, saindo-se vencedora, nos anos 40. Cinco anos depois casou-se com o norte-americando Hans Van Koehler e foi morar com ele nos Estados Unidos. Separada, voltou ao Brasil nos anos 50 e conheceu o compositor Mirabeaul Pinheiro, com quem se casou e teve sua única filha, Silésia. Juntos, fizeram sucesso com a música "Cachaça não é água", tendo sido acusados de plágio, mas sua canção mais famosa é a versão "Está chegando a Hora". Participou de alguns filmes como "Prá Lá de Boa" de 1949, "Carnaval em Marte" de 1955 e "Vou te Contá" de 1958. Sua última gravação musical foi com o cantor Elymar Santos, em que era convidada para participar em alguns shows dele. Em 2003 ela foi "tombada" como patrimônio cultural do Brasil, pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ocasião em que compôs a música "Tombamento", que cantou ao lado de Gilberto Gil, que era ministro da Cultura. Morreu em 25/04/2007 no Rio de Janeiro, aos 86 anos, de parada cardíaca, no hospital Lourenço Jorge, após alguns dias internada.
CARMEM MIRANDA - Cantora nascida em Várzea da Ovelha, Marco de Canaveses, Portugal em 09/02/1909, Maria do Carmo Miranda da Cunha fez fama internacional nos anos 30 e foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15a maior voz da música brasileira. O nome Carmem foi dado por um tio dela que adorava óperas (Carmem é o nome de uma ópera). Seu primeiro sucesso foi com a música "Ta-hí", em 1930, que vendeu 36 mil cópias em seis meses e a fez a cantora mais famosa do Brasil na época. No ano seguinte ela fez sua primeiro turnê internacional, na Argentina. Logo foi para Hollywood onde atuou em filmes como cantora/atriz, como no filme "Banana da Terra" e "Serenata Tropical" e chegou a receber o maior salário pago a uma mulher americana, numa fortuna estimada em dois milhões de dólares, o que era muito para a época. Fez um total de 14 filmes nos Estados Unidos entre 1940 a 1953. Já no Brasil, foi a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, já que até então os artistas recebiam apenas cachês por shows. Também foi artista do Cassino da Urca. Sua popularidade diminuiu até a Segunda Guerra Mundial. Foi ainda a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir as mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre em 1941, e a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama. Seu jeito peculiar até hoje é copiado no mundo todo, sendo sua marca os turbantes com frutas que usava na cabeça, os inúmeros acessórios, as sandálias plataforma que antes dela eram usadas apenas por deficientes e que nos pés da cantora viraram um sucesso (um sapateiro da época foi convencido por ela a colocar saltos maiores em todas as sandálias, o que ele contestou:"Mas, dona Carmem, esse tipo de sapato é usado por quem tem uma perna menor do que a outra". E ela ordenou: "Faz aí, fulano"). Em 20 anos de carreira gravou mais de 300 canções. No Brasil, no Rio de Janeiro, foi construído um museu em sua homenagem.Sua vida é contada no documentário "Banana is my Business", de Helena Solberg. Em Portugal há um museu com seu nome. Antes da fama, Carmem e a família moraram em sobrados de São Paulo e sua mãe chegou a abrir uma pensão que servia refeições aos empregados do comércio, para ajudar no orçamento doméstico. Namorou com Arturo de Córdova, os americanos John Payne, Dana Andrews, Harold Young e Donald Buka, com o brasileiro Carlos Nyemeyer, na época piloto da Força Aérea Brasileira e foi casada com o produtor americano David Sebastian. Não teve filhos, apesar do desejo de engravidar, e sofreu de depressão após sofrer um aborto espontâneo.Morreu de parada cardíaca aos 46 anos, em Los Angeles, Estados Unidos em 05/08/1955 (seu corpo foi encontrado no corredor de sua casa no dia seguinte). Seu corpo foi trazido de avião ao Brasil e o cortejo correu as ruas do Rio de Janeiro. Era irmã da cantora Aurora Miranda e tinha mais dois irmãos.

CÁSSIA ELLER -Cantora e violonista nascida no Rio de Janeiro em 10/12/1962, filha de um sargento pára-quedista do Exército e de uma dona-de-casa, Cássia Rejane Eller começou a fazer sucesso em 1981, quando participou de um espetáculo com Oswaldo Montenegro. mas antes trabalhou em corais, foi corista em óperas e se apresentou como cantora num grupo de forró, além de cantar em rodas de samba e bares. Para sobreviver em Belo Horizonte, trabalhou ainda como servente de pedreiro. Seu nome foi dado pela avó, devota de Santa Rita. Aos seis anos mudou-se com a família para Belo Horizonte (MG) e voltou ao Rio de Janeiro, aos 12 anos. Começou a gostar de música aos 14 anos quando ganhou de presente um violão. Não terminou o Ensino Médio por causa dos shows que fazia. Teve doze anos de carreira. Teve um único filho com um músico que morreu de acidente automobilístico dias antes da criança nascer. Homossexual, o menino, Francisco passou a ser criado pela namorada dela, Maria Eugênia Vieira Martins. Apaixonada pelo Atlético Mineiro, chegou a ser homenageada pelo clube com o troféu "Galo de Prata" seus instrumentos musicais eram enfeitados por ela com o escudo do time. Morreu em 29/12/2001, aos 39 anos, de um infarto repentino, que gerou especulações na época de que teria tido uma crise pelo uso de cocaína, o que foi descartado tempos depois por perícia médica.
CELINE DION - Cantora e compositora canadense nascida em 30/03/1968 em Charlemagne, Quebec, filha de uma dona-de-casa e de um açougueiro, Céline Marie Claudette, numa família de 13 irmãos (um dos filhos morreu de câncer), começou a carreira na infância. Mas, fez sucesso em 1980, quando conheceu o empresário René Angéli, 26 anos mais velho do que ela, com quem se casou e teve dois filhos. Já sem dinheiro, recém-divorciado, ele hipotecou a própria casa para custear a gravação de Céline e da imagem dela, já que a cantora e tinha os dentes encavalados (René morreu em 2016, de câncer, aos 73 anos). Em 1983, ela se tornou a primeira artista canadense a receber um disco de ouro na França pela música "D'amour ou d'amitié" e ganhou diversos Félix Awards, incluindo "Melhor Performance Feminina" e "Descoberta do Ano". Em 1989, durante uma apresentação Céline perdeu a sua voz e se recuperou após três meses de silêncio absoluto. Em 1991, foi uma das solista no álbum "Voices That Care", uma homenagem às tropas americanas que lutaram na Operação Tempestade no Deserto". Em 2002 ela assinou um contrato de três anos no Coliseu no Caesars Palace, Nevada. Ganhou cinco Grammy Awards, sendo a segunda artista feminina que mais vendeu discos nos Estados Unidos durante a era Nielsen Sound Scan. Seu nome é derivado da música "Céline" do cantor francês Hugues Aufray, gravada dois anos antes de seu nascimento. Seu maior sucesso veio com a música tema do filme "Titanic", de 1997. Em 2002 ela assinou um contrato de três anos no Coliseu no Caesars Palace, Nevada. Ganhou cinco Grammy Awards, sendo a segunda artista feminina que mais vendeu discos nos Estados Unidos durante a era Nielsen Sound Scan. No dia 22 de maio de 2016, foi premiada pela revista Billboard, tendo recebido o prêmio do filho de 15 anos, causando emoção na platéia. Céline tem mais dois filhos gêmeos, que nasceram em 2010, de inseminação artificial, com o sêmen congelado do marido.
CELLY CAMPELLO - paulista nascida em 18/06/1942, em Taubaté, São Paulo, Célia Benelli Campello, foi precursora do rock no Brasil, sendo a sua música mais famosa "Estúpido Cupido", tema da novela do mesmo nome, em que ela participou interpretando a si mesma em 1977. Seu primeiro disco foi lançado em 1958, quando ela tinha 15 anos e lançou moda com os cabelos curtos lambuzados de laquê. Apesar do sucesso, deixou a carreira aos 20 anos, em 1962, para se casar com seu primeiro namorado, o contador da Petrobrás, Eduardo, e disse numa entrevista que jamais se arrependeu. Ela recusou todos os convites para voltar a gravar discos e até mesmo a estrelar o programa "Jovem Guarda", posto que foi ocupado pela cantora Wanderléia, nos anos 70. Depois de casada, passou a assinar Célia Campello Gomes Chacon. Começou a carreira na infância, participando de programas infantis de TV e programas de auditório, sendo que aos 12 anos já tinha seu programa na Rádio Cacique. Também participou como atriz no filme "Jeca Tatu", de Mazzaroppi. Recebeu muitos prêmios no Brasil e no exterior, ficando conhecida como "A Rainha do Rock Brasileiro". Teve dois filhos, Eduardo e Cristiane, e dois netos. Celly morreu de câncer de mama, aos 60 anos, em 04/03/2003, no hospital Samaritano de Campinas (SP), onde vivia.
CHERR - Cantora e atriz nascida em 20/05/1946 El Centro, Califórnia, Estados Unidos, Cherilyn Sarkisian, filha de um caminhoneiro e de uma atriz e modelo estrangeira, ficou conhecida como a "Deusa do Pop", tendo iniciado a carreira em 1965 ao lado do marido, o cantor Sonny Bono, com a dupla Sonny e Cher, e venderam cem milhões de discos. Nos anos 80 estreou na Broadway e recebeu indicação ao Oscar pelo filme "Skilwood, o Retrato de uma Coragem". Nos anos 90 estreou como produtora no filme "O Preço de Uma Escolha", em que sua canção "Believe" se tornou a mais famosa de sua carreira. Em 2000 ela assinou um contrato milionário para se apresentar por três anos no Caesars Palace, em Los Angeles. Foi a primeira artista a receber um Oscar, Um Emmy e um Grammy, três Globos de Ouro e o prêmio de melhor atriz coadjuvante em Cannes. É a única artista a ficar no primeiro lugar das paradas de sucesso da Billboard em muitas décadas. Em 1975 teve um programa de TV "Sonny and Cher Show". Em seguida sua carreira começou a declinar mas ela voltou a fazer sucesso a partir de 1980. Os pais se separaram quando ela tinha dez meses e a mãe namorava muito e por isso, ela e a irmã saíram de casa alguma vezes e Cher chegou a morar num orfanato, até que em 1961 a mãe de Cher casou-se com um banqueiro e a vida delas melhorou. Na juventude, namorou o ator Watten Beaty. Tem uma filha. Sua maneira de se comportar e de vestir, a voz grave e as campanhas em favor da mulher, de causas humanitárias e campanhas sociais, a fazem uma personalidade muito conhecida em todo o mundo. Entre seus filmes estão "Feitiço da Lua", "The Player" e "Prét-a-Porter". Em 1992, por motivos de saúde, passou um tempo reclusa, mas voltou a fazer sucesso. Sua vida é contada na autobiografia "The First Time". É conhecida como a primeira mulher a mostrar o umbigo na TV americana. É política, engajada, do partido Democrata.
CHIQUINHA GONZAGA - Compositora e maestrina nascida no Rio de Janeiro, em17/10/1847, Francisca Edwiges Neves Gonzaga era filha de um general do Exército e de uma negra, desde criança gostava de participar de rodas de música e foi aluna do maestro Lobo, famoso na época. Começou a compor aos 11 anos. É dela a música "Ó Abre Alas que eu Quero Passar", feita para o Carnaval carioca no início do século XX, sendo a primeira compositora carnavalesca, em 1899. Foi a primeira pianista de choro do Brasil e para homenageá-la, o escultor Honório Peçanha fez para ela uma obra que pode ser vista no Passeio Público do Rio de Janeiro, e em 2012, no dia de seu aniversário, foi instituído o Dia Nacional da Música Popular Brasileira. Namorou e se casou várias vezes, sendo a primeira aos 16 anos, por ordem do pai, e a última com um adolescente que ficou ao lado dela até sua morte (quando se conheceram ela tinha 52 anos e ele, 16 e por isso, fingia que era seu filho). O romance entre os dois só foi descoberto após a morte dela, através das cartas de amor que trocavam. Ao se separar do marido, foi humilhada pela família e pela sociedade e impedida de criar os três filhos. Para sobreviver, e cuidar do filho João Gualberto, começou a compor músicas e a tocar em festas. Mas, seu grande amor foi o jornalista João Batista, que a traía com outras mulheres. Foi grande amiga de Nair de Tefé, primeira-dama do país, que a convidada para saraus no Palácio do Catete. Chiquinha participou ativamente da campanha abolicionista e pelo fim da monarquia. Sua vida foi contada em livros e no seriado Chiquinha Gonzaga, na TV Globo em 1997. Foi homenageada pela Mangueira no carnaval de 1985 no Rio de Janeiro. Morreu aos 87 anos, em 28/02/1935.
CLARA NUNES - Cantora brasileira nascida em Paraopeba (MG) em 12/08/1942, Clara Francisca Gonçalves de Araújo trabalhou numa fábrica de tecidos em Belo Horizonte (MG), antes de ser famosa. Considerada uma das maiores intérpretes de samba do País, começou a carreira cantando boleros e fez sucesso também internacionalmente, tendo sido uma das primeiras cantoras a vender mais de cem mil cópias de discos. Foi descoberta em 1960 ao vencer o concurso "A Voz de Ouro ABC", com a música "Serenata do Adeus" e foi apresentada a cantores famosos, por Aurino Araújo (irmão do cantor Eduardo Araújo), com quem ela namorou por dez anos. Durante três anos foi considerada a melhor cantora de Minas Gerais e passou a se apresentar como crooner em clubes e boates da capital mineira, chegando a trabalhar com o cantor Milton Nascimento. Em 1963 ganhou um programa na TV Itacolomi chamado "Clara Nunes Apresenta", que ficou no ar por um ano e meio. Dois anos depois mudou-se para o Rio de Janeiro e em 1969 ganhou o primeiro lugar no Primeiro Festival da Canção Jovem de Três Rios com a música "Pra Quê Obedecer". No ano seguinte se apresentou em Luanda, na África, e a partir daí passou a se vestir com roupas em estilo africano (na capa de seu disco ela aparece com os cabelos vermelhos). Em 1974 integrou a comissão que representou o Brasil no Festival do Midem, em Cannes, mesmo ano em que ela atuou como atriz na peça sobre Dolores Duran. Em 1975 casou-se com o compositor e poeta Paulo César Pinheiro e em 1979 retirou o útero após sofrer três abortos espontâneos por causa dos miomas. Em 1982 lançou seu último disco "Nação". Morreu aos 41 anos, em 02/04/1983, no Rio de Janeiro, após complicações de uma cirurgia de varizes (ela teve reações alérgicas à anestesia e ficou na UTI por 28 dias). Na época, artistas de todo o Brasil e fãs rezavam e fizeram vigília em frente à Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, onde ela estava internada. Seu corpo foi velado na escola de Samba Portela, que ela adorava e enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, a rua da fábrica onde ela trabalhou passou a ter o seu nome. No Rio, a rua Arruda Câmara, onde fica a Portela, também foi trocada por rua Clara Nunes. Em Caetanópolis, sua irmã mais velha, Maria Gonçalves, criou um museu com objetos de Clara Nunes, anexado à creche que leva seu nome. Em 2001 Eduardo Granja Coutinho lançou o livro "Velhas Histórias, Memórias Futuras", em que faz referências diversas à cantora. Em 2006 a prefeitura de Caetanópolis lançou o Primeiro Festival Cultural Clara Nunes, e no ano seguinte, lançou a Casa de Cultura clara Nunes. Um documento confidencial de 1971 do Centro de Informações do Exército menciona a cantora como colaboradora da Ditadura Militar no ano de 1964, apesar de ela jamais ter engajado politicamente.

CLEMENTINA DE JESUS - Sambista brasileira nascida em 07/02/1901 em Valença RJ), Clementina de Jesus da Silva é considerada a "Rainha do Partido Alto", "Rainha Ginga" e "Quelé". Mudou-se com a família para a capital carioca aos oito anos de idade, morando no bairro Oswaldo Cruz, de onde acompanhou de perto o surgimento da escola de Samba Portela. Em 1940 casou-se e mudou de escola para a Mangueira. Antes de ser famosa trabalhou como doméstica por mais de 20 anos, até ser descoberta, aos 63 anos, pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho, em 1963, que a levou para participar do show "Rosa de Ouro". Muito devota, participou de cantorias em festas das igrejas da Penha e de São Jorge, tendo gravado músicas afro-brasileiras. Em 1983 foi homenageada num espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Morreu no Rio de Janeiro em 19/07/1987.
DALVA DE OLIVEIRA - Cantora brasileira nascida em Rio Claro (SP), em 05/05/1917, filha de um carpinteiro e de uma dona-de-casa, Vicentina de Paula Oliveira foi considerada, pela revista Rolling Stone, como a 32a maior voz da música brasileira de todos os tempos. Foi apelidada como "Cantora da voz de Rouxinol". Em 1935 conheceu o compositor Herivelto Martins, com quem se casou dois anos depois e teve dois filhos: o cantor Peri Ribeiro e Ubiratan Oliveira Martins.. O casal formou o "Trio de Ouro", ao lado de Francisco Sena. Em 1939 passou a cantar sozinha. Ciumenta, separou-se 1947 e então, passaram a se ofender através da música. Herivelto e o jornalista David Nasser também fizeram matérias que denegriam a cantora, no jornal Diário da Noite, o que culminou com a internação dos filhos num internato, de onde só saíram com 18 anos. Em 1952, recebeu o título de Rainha do Rádio e numa turnê pela Argentina, conheceu Tito Clemente, com quem se casou e algum tempo depois adotaram uma menina, Dalva Lúcia Oliveira Clemente, num orfanato de Buenos Aires. Nos anos 60 se separaram por ciúmes dele, que ficou com a guarda da criança. Dalva só via as crianças. Em 1969 ela se casou com Manuel Nuno Carpinteiro, 20 anos mais jovem, o que lhe causou ferrenhas críticas. Em 1951 participou dos filmes "Maria da Praia" e "Milagre de Amor". Ela também dublou as falas da Branca de Neve no desenho animado da Disney. Ao todo ela gravou mais de 400 músicas. Morreu em 31/08/1972, vítima de hemorragia causada por um câncer de estômago. Pediu à grande amiga, Dora Lopes, que a maquiasse para que todos pudessem vê-la em seu último dia de vida. Seu corpo está enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Em 1974 foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, e em 1976 foi homenageada pela escola de samba Turunas do Riachuelo, em Juiz de Fora (MG). Em 1987 recebeu homenagem da escola de samba Imperatriz Leopoldinense com o enredo "Estrela Dalva". Sua vida é contada no seriado "Dalva e Herivelto", de 2010, pela Rede Globo. Em Rio Claro a praça principal se chama Dalva de Oliveira. As filhas Dalva e Margarida estiveram ao lado da cantora quando ela entrou em coma.
DIRCINHA BATISTA -Cantora e atriz brasileira nascida 07/04/1922 no Rio de Janeiro, Dirce Grandino de Oliveira, irmã da cantora Linda Batista, fez muito sucesso principalmente com músicas carnavalescas, em 40 anos de carreira, tendo gravado mais de 300 discos. Começou a carreira ainda na infância, apresentando-se em festivais aos seis anos de idade, ao lado do pai em shows pelos Rio e em São Paulo. Junto com a irmã, foram homenageadas pelo então presidente do país, Getúlio Vargas, como "patrimônio nacional". Gravou seu primeiro disco em 1930, aos oito anos de idade. Chegou a participar dos filmes "Alô, Alô, Brasil", "Alô, Alô, Carnaval", "Futebol em Família", "Banana da Terra e "Bombonzinho". Ficou conhecida ao ser apresentada por Francisco Alves no programa da Rádio Cajuti como "A menina da garganta de Pássaro". Foi eleita, em 1958, como "Rainha do Rádio". Em 1939 venceu o concurso do jornal O Globo como a cantora preferida da capital federal, que na época era o Rio de Janeiro. Em 1952 apresentou o programa "Recepção" no Rádio Clube, dedicado a compositores populares brasileiro, que lhe rendeu uma placa de prata da SBACEM e um troféu pela UBC. Em 1953 atuou como atriz no teatro. Nos anos 60 começou a sofrer de depressão, ainda no auge da carreira, internando-se em clínicas e sanatórios e em 1970, abalada com a morte da mãe, parou de cantar. Dez anos depois conheceu o cantor José Ricardo que a amparou, acolhendo ainda suas irmãs Odete e Linda, como membros da família. Em 1990 a vida das cantoras é contada no musical "Somos Irmãs", com Nicette Bruno e Suely Franco. Nunca se casou e não teve filhos. Em 1974 trancou-se no apartamento em Copacabana, saindo de lá apenas para se tratar na Casa de Saúde Dr. Eiras e no Centro Gerontológico Mercedes Miranda. Morreu em 18/06/1999, no Rio de Janeiro, de parada cardíaca, aos 77 anos, no hospital São Lucas. Seu corpo está enterrado no cemitério São João Batista.
ELIS REGINA - Cantora brasileira nascida em Porto Alegre (RS) em 17/03/1945, Elis Regina de Carvalho Costa é considerada a maior cantora popular do Brasil desde os anos 60 até os 80 e foi eleita pela revista Rolling Stone como a 14a melhor voz feminina da música brasileira. Seu nome foi tirado de um romance que sua mãe leu. Começou a carreira num programa infantil na rádio Farroupilha, aos 11 anos de idade, e aos 13 passou a apresentar um programa na Rádio Gaúcha, chegando a gravar três discos. Em 1961 foi para o Rio de Janeiro, e em 1965 saiu-se vencedora no festival da TV Excelsior, quando foi convidada para apresentar na TV, "O Fino da Bossa", dirigido por Ronaldo Bôscoli, com quem, se casou e teve o filho João Marcelo. Depois casou-se com o pianista César Camargo Mariano, com quem teve dois filhos: Pedro e Maria Rita. Os dois ficaram juntos até 1981. Foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. No início da carreira ela cantava balançando os braços e só conseguiu tirar esses trejeitos ao conhecer o coreógrafo Leni Dalli. Engajada politicamente, criticou a Ditadura, em músicas e entrevistas, e em 1969 disse que o Brasil era governado por gorilas, sendo obrigada pelas autoridades a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo num estádio, o que provocou revolta da esquerda (fez isso para fugir da prisão). Morreu em 19/01/1982, após overdose de cocaína e de bebia alcoólica, aos 36 anos. Todos os filhos de Elis são artistas musicais. Em 2005 foi inaugurado em Porto Alegre, um acervo com seus objetos na Casa de Cultura Mário Quintana. Sua vida é contada no filme "Elis", lançado em 2016.
BETH CARVALHO - Cantora e compositora de samba nascida em 05/05/1946, no Rio de Janeiro, filha de um advogado e de uma pianista, Elizabeth Santos Leal de Carvalho começou a fazer sucesso na década de 70 e apadrinhou vários cantores, como Zeca Pagodinho e Jorge Aragão. Na infância e adolescência, estudou violão e balé e chegou a dar aulas de música. Antes de se tornar famosa, fazia participações musicais em festas, sempre levada pelo pai, até que ele foi cassado em 1964, pelo regime militar e Beth teve que trabalhar para ajudar no orçamento doméstico. Em 1979 casou-se com o jogador, Edson de Souza Barbosa, com quem teve a única filha, Luana, em 1981. O casal se separou alguns anos depois. Participou de vários festivais de música, ganhando vários prêmios e recebeu o Grammy pelo conjunto de sua obra. Militante política, apoiou a candidatura de Lula e Dilma Rousself. Apaixonada por carnaval e mangueirense, foi injustiçada pela Mangueira, impedida de sair num cvarro alegórico, e só fizeram as pazes, em 2011, quando recebeu desculpas formais da direção da escola. Morreu em 30/05/2019, aos 72 anos, de infecção generalizada, em decorrência de problemas na coluna. Tinha uma irmã, Vânia, que também era cantora.

CARMEM COSTA - Cantora e compositora nascida em Trajano de Moraes (RJ), em 05/06/1920, Carmelita Madriaga era empregada do cantor Francisco Alves e aos 15 anos, numa festa em sua casa, ele pediu que cantasse para os convidados e foi incentivada por eles a seguir a carreira musical. Começou a fazer sucesso após uma apresentação como caloura no programa de Ary Barroso, saindo-se vencedora, nos anos 40. Cinco anos depois casou-se com o norte-americando Hans Van Koehler e foi morar com ele nos Estados Unidos. Separada, voltou ao Brasil nos anos 50 e conheceu o compositor Mirabeaul Pinheiro, com quem se casou e teve sua única filha, Silésia. Juntos, fizeram sucesso com a música "Cachaça não é água", tendo sido acusados de plágio, mas sua canção mais famosa é a versão "Está chegando a Hora". Participou de alguns filmes como "Prá Lá de Boa" de 1949, "Carnaval em Marte" de 1955 e "Vou te Contá" de 1958. Sua última gravação musical foi com o cantor Elymar Santos, em que era convidada para participar em alguns shows dele. Em 2003 ela foi "tombada" como patrimônio cultural do Brasil, pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ocasião em que compôs a música "Tombamento", que cantou ao lado de Gilberto Gil, que era ministro da Cultura. Morreu em 25/04/2007 no Rio de Janeiro, aos 86 anos, de parada cardíaca, no hospital Lourenço Jorge, após alguns dias internada.


CÁSSIA ELLER -Cantora e violonista nascida no Rio de Janeiro em 10/12/1962, filha de um sargento pára-quedista do Exército e de uma dona-de-casa, Cássia Rejane Eller começou a fazer sucesso em 1981, quando participou de um espetáculo com Oswaldo Montenegro. mas antes trabalhou em corais, foi corista em óperas e se apresentou como cantora num grupo de forró, além de cantar em rodas de samba e bares. Para sobreviver em Belo Horizonte, trabalhou ainda como servente de pedreiro. Seu nome foi dado pela avó, devota de Santa Rita. Aos seis anos mudou-se com a família para Belo Horizonte (MG) e voltou ao Rio de Janeiro, aos 12 anos. Começou a gostar de música aos 14 anos quando ganhou de presente um violão. Não terminou o Ensino Médio por causa dos shows que fazia. Teve doze anos de carreira. Teve um único filho com um músico que morreu de acidente automobilístico dias antes da criança nascer. Homossexual, o menino, Francisco passou a ser criado pela namorada dela, Maria Eugênia Vieira Martins. Apaixonada pelo Atlético Mineiro, chegou a ser homenageada pelo clube com o troféu "Galo de Prata" seus instrumentos musicais eram enfeitados por ela com o escudo do time. Morreu em 29/12/2001, aos 39 anos, de um infarto repentino, que gerou especulações na época de que teria tido uma crise pelo uso de cocaína, o que foi descartado tempos depois por perícia médica.


CHERR - Cantora e atriz nascida em 20/05/1946 El Centro, Califórnia, Estados Unidos, Cherilyn Sarkisian, filha de um caminhoneiro e de uma atriz e modelo estrangeira, ficou conhecida como a "Deusa do Pop", tendo iniciado a carreira em 1965 ao lado do marido, o cantor Sonny Bono, com a dupla Sonny e Cher, e venderam cem milhões de discos. Nos anos 80 estreou na Broadway e recebeu indicação ao Oscar pelo filme "Skilwood, o Retrato de uma Coragem". Nos anos 90 estreou como produtora no filme "O Preço de Uma Escolha", em que sua canção "Believe" se tornou a mais famosa de sua carreira. Em 2000 ela assinou um contrato milionário para se apresentar por três anos no Caesars Palace, em Los Angeles. Foi a primeira artista a receber um Oscar, Um Emmy e um Grammy, três Globos de Ouro e o prêmio de melhor atriz coadjuvante em Cannes. É a única artista a ficar no primeiro lugar das paradas de sucesso da Billboard em muitas décadas. Em 1975 teve um programa de TV "Sonny and Cher Show". Em seguida sua carreira começou a declinar mas ela voltou a fazer sucesso a partir de 1980. Os pais se separaram quando ela tinha dez meses e a mãe namorava muito e por isso, ela e a irmã saíram de casa alguma vezes e Cher chegou a morar num orfanato, até que em 1961 a mãe de Cher casou-se com um banqueiro e a vida delas melhorou. Na juventude, namorou o ator Watten Beaty. Tem uma filha. Sua maneira de se comportar e de vestir, a voz grave e as campanhas em favor da mulher, de causas humanitárias e campanhas sociais, a fazem uma personalidade muito conhecida em todo o mundo. Entre seus filmes estão "Feitiço da Lua", "The Player" e "Prét-a-Porter". Em 1992, por motivos de saúde, passou um tempo reclusa, mas voltou a fazer sucesso. Sua vida é contada na autobiografia "The First Time". É conhecida como a primeira mulher a mostrar o umbigo na TV americana. É política, engajada, do partido Democrata.



CLEMENTINA DE JESUS - Sambista brasileira nascida em 07/02/1901 em Valença RJ), Clementina de Jesus da Silva é considerada a "Rainha do Partido Alto", "Rainha Ginga" e "Quelé". Mudou-se com a família para a capital carioca aos oito anos de idade, morando no bairro Oswaldo Cruz, de onde acompanhou de perto o surgimento da escola de Samba Portela. Em 1940 casou-se e mudou de escola para a Mangueira. Antes de ser famosa trabalhou como doméstica por mais de 20 anos, até ser descoberta, aos 63 anos, pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho, em 1963, que a levou para participar do show "Rosa de Ouro". Muito devota, participou de cantorias em festas das igrejas da Penha e de São Jorge, tendo gravado músicas afro-brasileiras. Em 1983 foi homenageada num espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Morreu no Rio de Janeiro em 19/07/1987.

DIRCINHA BATISTA -Cantora e atriz brasileira nascida 07/04/1922 no Rio de Janeiro, Dirce Grandino de Oliveira, irmã da cantora Linda Batista, fez muito sucesso principalmente com músicas carnavalescas, em 40 anos de carreira, tendo gravado mais de 300 discos. Começou a carreira ainda na infância, apresentando-se em festivais aos seis anos de idade, ao lado do pai em shows pelos Rio e em São Paulo. Junto com a irmã, foram homenageadas pelo então presidente do país, Getúlio Vargas, como "patrimônio nacional". Gravou seu primeiro disco em 1930, aos oito anos de idade. Chegou a participar dos filmes "Alô, Alô, Brasil", "Alô, Alô, Carnaval", "Futebol em Família", "Banana da Terra e "Bombonzinho". Ficou conhecida ao ser apresentada por Francisco Alves no programa da Rádio Cajuti como "A menina da garganta de Pássaro". Foi eleita, em 1958, como "Rainha do Rádio". Em 1939 venceu o concurso do jornal O Globo como a cantora preferida da capital federal, que na época era o Rio de Janeiro. Em 1952 apresentou o programa "Recepção" no Rádio Clube, dedicado a compositores populares brasileiro, que lhe rendeu uma placa de prata da SBACEM e um troféu pela UBC. Em 1953 atuou como atriz no teatro. Nos anos 60 começou a sofrer de depressão, ainda no auge da carreira, internando-se em clínicas e sanatórios e em 1970, abalada com a morte da mãe, parou de cantar. Dez anos depois conheceu o cantor José Ricardo que a amparou, acolhendo ainda suas irmãs Odete e Linda, como membros da família. Em 1990 a vida das cantoras é contada no musical "Somos Irmãs", com Nicette Bruno e Suely Franco. Nunca se casou e não teve filhos. Em 1974 trancou-se no apartamento em Copacabana, saindo de lá apenas para se tratar na Casa de Saúde Dr. Eiras e no Centro Gerontológico Mercedes Miranda. Morreu em 18/06/1999, no Rio de Janeiro, de parada cardíaca, aos 77 anos, no hospital São Lucas. Seu corpo está enterrado no cemitério São João Batista.
ELIS REGINA - Cantora brasileira nascida em Porto Alegre (RS) em 17/03/1945, Elis Regina de Carvalho Costa é considerada a maior cantora popular do Brasil desde os anos 60 até os 80 e foi eleita pela revista Rolling Stone como a 14a melhor voz feminina da música brasileira. Seu nome foi tirado de um romance que sua mãe leu. Começou a carreira num programa infantil na rádio Farroupilha, aos 11 anos de idade, e aos 13 passou a apresentar um programa na Rádio Gaúcha, chegando a gravar três discos. Em 1961 foi para o Rio de Janeiro, e em 1965 saiu-se vencedora no festival da TV Excelsior, quando foi convidada para apresentar na TV, "O Fino da Bossa", dirigido por Ronaldo Bôscoli, com quem, se casou e teve o filho João Marcelo. Depois casou-se com o pianista César Camargo Mariano, com quem teve dois filhos: Pedro e Maria Rita. Os dois ficaram juntos até 1981. Foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. No início da carreira ela cantava balançando os braços e só conseguiu tirar esses trejeitos ao conhecer o coreógrafo Leni Dalli. Engajada politicamente, criticou a Ditadura, em músicas e entrevistas, e em 1969 disse que o Brasil era governado por gorilas, sendo obrigada pelas autoridades a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo num estádio, o que provocou revolta da esquerda (fez isso para fugir da prisão). Morreu em 19/01/1982, após overdose de cocaína e de bebia alcoólica, aos 36 anos. Todos os filhos de Elis são artistas musicais. Em 2005 foi inaugurado em Porto Alegre, um acervo com seus objetos na Casa de Cultura Mário Quintana. Sua vida é contada no filme "Elis", lançado em 2016.
ELLA FITZGERALD - Cantora jazz nascida em 27/04/1917, em Newport News, Virgínia, EUA, teve uma infância difícil com a separação dos pais e com a morte da mãe, de infarto. Estreou na carreira aos 17 anos, em 1934, quando deixou os estudos. Para sobreviver, chegou a trabalhar num bordel e em casas de jogos, onde conheceu a máfia e chegou a ser presa por envolvimento com pessoas de má índole. Ficou internada ainda num reformatório, de onde fugiu e passou a viver nas ruas, sendo levada depois para um orfanato, no Bronx. Em 1935 passou a integrar a Orquestra de Webb no Savoy, no Harlem. O líder da banda, Chick Webb morreu em 16 de junho de 1939, e sua banda passou a se chamar "Ella Fitzgerald and her Famous Orchestra". Tinha oito cordas vocais e muita habilidade com o improviso. Venceu 14 prêmos Grammye e recebeu a Medalha Nacional das Artes, do presidente americano Ronald Regan e a Medalha Presidencial da Liberdade, de George W. Bush. Se casou três vezes, sendo uma com o traficante de drogas condenado, Benny Kornegay (o casamento foi anulado dois anos depois), com o contrabaixisa Ray Brown (o casal adotou um filho da meia-irmã de Ella) e com o norueguês Thor Einar Larsen (os dois se casaram em segredo mas ele acabou preso por roubar uma garota com quem tinha um caso extra-conjugal). Sua carreira durou 59 anos e ficou conhecida como "Primeira Dama da Canção" e "Lady Ella". Foi a primeira negra a se apresentar no Mocambo, a pedido da atriz Marilyn Monroe, ao dono do local e o fato virou peça teatral, em 2005. Também trabalhou no cinema, em filmes como "Pete Kelly's Blues" e fez muitos comerciais para TV. Morreu em 15/06/1996, aos 79 anos, na Califórnia, vítima da diabetes, depois de ter ficado cega e ter as duas pernas amputadas. Seu corpo está enterrado no Inglewood Park Cemetery, na mesma cidade. Seus acervos musicais estão guardados na Biblioteca do Congresso e seu arquivo musical, no Museu Nacional de História Americana. Já sua coleção de partituras está guardada na Biblioteca Schoenberg, na UCLA.



FAFÁ DE BELÉM - Cantora brasileira nascida no Pará em 09/08/1956, filha de um advogado e de uma dona-de-casa, Maria de Fátima Paglia de Figueiredo começou sua carreira musical fazendo pequenas apresentações em eventos e ficou famosa em 1975, com a música "Filho da Bahia", que fez parte da trilha sonora da novela "Gabriela". Parente de políticos, de família de classe média-alta, chegou a fugir de casa algumas vezes para fazer apresentações em shows. Em 2011 foi condecorada com a Medalha de Mérito Turístico de Portugal. Tem uma filha, Mariana, com o saxofonista Raul Mascarenhas, com quem teve um rápido romance. A gravidez de Fafá foi muito comentada, porque ela não estava casada e afirmava que o desejo de ser mãe não incluía casamento. Em 1998 ela engravidou novamente, do namorado, mas sofreu um aborto espontâneo e entrou em depressão profunda, principalmente porque tentou ter mais filhos mas não conseguiu. Em 1984 a cantora participou das "Diretas Já", campanha política para votação direta para presidente do Brasil, ficando conhecida como "A Musa das Diretas". Também nos anos 80 quebrou o protocolo ao cantar durante a visita do Papa ao País, e correu até ele para lhe abraçar, fato muito comentado na época. A marca da cantora é sua gargalhada. Tem duas netas.

ISAURINHA GARCIA - Cantora brasileira nascida em São Paulo, em 26/02/1923, filha de um ventríluco, Isaura Garcia era sobrinha do pintor Giuseppe Pancetti. Foi considerada a Edith Piaf brasileira, tendo gravado mais de trezentas canções, entre elas, "Mensagem", seu maior sucesso. Foi casada com o organista Walter Wanderley, com quem teve a única filha, Mônica. O casamento foi conturbado porque ele era mulherengo, e ela muito ciumenta, tendo inclusive estapeado a cantora Claudette Soares, por causa de um romance entre ela e seu marido, na época. Antes da fama foi lavadeira junto com a mãe, ajudou na loja de vinhos da família e trabalhou como cantora no bar de seu pai. Começou a carreira participando de programas de calouros e começou a fazer sucesso em 1938, quando foi contratada por uma rádio. Sem dinheiro, ela pegava o bonde ou ia a pé todos os domingos se apresentar no programa. Foi campeã de vendas da gravadora RCA/ Columbia, com 50 anos de carreira. Morreu pobre, em 30/08/1993. Dez anos depois foi homenageada pela atriz Rosamaria Murtinho numa peça teatral "Isaurinha, jazz e Bossa Nova". Recebeu de Blota Júnior o slogan: "Isaurinha, A Personalíssima", que acabou batizando o seu primeiro LP.



MARIA BETHÂNIA - Cantora brasileira nascida em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 18/06/1946, Maria Bethânia Telles Veloso é filha de um funcionário público e uma dona-de-casa, e irmã do cantor Caetano Veloso. Na juventude os dois participaram de festivais da canção e de peças teatrais e em 1965 mudaram-se para o Rio de Janeiro, quando começaram a fazer sucesso, e ela substituiu a cantora Nara Leão no espetáculo "Opinião", ano em que também assinou contrato com a gravadora RCA e lançou um disco. Foi eleita a 5ª maior voz da música brasileira pela revista "Rolling Stone Brasil". Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais em mais de 40 anos de carreira. Não se casou nem teve filhos. Nos anos 90 disse numa entrevista que havia colocado silicone nos seios. Em junho de 2015, a cantora foi acusada de porte ilegal de armas, por emprestar um revólver para seu segurança, registrado em seu nome.


MARLENE - Cantora brasileira nascida em 22/11/1922 em São Paulo, Victoria Bonaiuti de Martino Delfino dos Santos gravou mais de mil canções. Junto com Emilinha Borba foi um dos maiores mitos do rádio brasileiro em sua época de ouro. Participou como atriz de onze filmes, TV e peças teatrais, como "Corações sem Piloto", de 1944 e "Depois do Casamento", em 1952. Participou de turnês internacionais pelo Uruguai, Argentina, Estados Unidos e França (apresentou-se por quatro meses e meio no Teatro Olympia, em Paris, a convite de Edith Piaf). Morreu em 13/06/2014. Foi casada com o ator Luíz Delfino,
de quem adotou o sobrenome Delfino após o casamento.

MAYSA - Cantora, compositora e atriz brasileira nascida em 06/06/1936 no Rio de Janeiro, de família tradicional, Maysa Figueira Monjardim era neta do barão de Monjardim, presidente da província do Espírito Santo e sua família era dona da fazenda Jucutuquara, em Vitória, onde hoje é o museu Solar Monjardim. A família mudou-se para Bauru (SP) em 1947. Maysa estudou em colégios tradicionais e se casou aos 18 anos com o empresário André Matarazzo, com quem teve o único filho Jaime Monjardim, que hoje é diretor de novelas da TV Globo. No auge da carreira, deixou o menino num colégio interno, para se dedicar à carreira e isso criou um afastamento do filho, que depois passou a ser criado pelo pai e pela madrasta. Em 1957 separou-se e voltou a usar o sobrenome de solteira, Figueira Monjardim e ficava nervosa quando a chamavam de Matarazzo. No mesmo ano foi apontada como A Maior Revelação Feminina" e foi chamada de "A Melhor Cantora do Brasil", além de receber muitos troféus. Com apenas um disco gravado vendeu milhares de cópias. Teve vários relacionamentos, entre eles com o compositor Ronaldo Bôscoli, com o maestro Julio Medaglia e com o empresário espanhol Miguel Azanza. Também teve um romance com o ator Carlos Alberto. Como atriz, participou das novelas "O Cafona", "Bel-Ami" e o espetáculo "Woyzeck". Em 1958 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi contratada da TV Rio, patrocinado pelos Biscoitos Piraquê, sendo uma das cantoras mais bem pagas do país. Sua música mais famosa é "Meu Mundo Caiu". Em 1960 tornou-se a primeira cantora brasileira a se apresentar no Japão. Passou a morar nos Estados Unidos e voltou ao Brasil em 1969. Nos anos 70, com depressão, passou a viver isolada em sua casa de praia em Maricá e se apresentava em boates e a agenda de shows passou a enfraquecer. Compôs 30 músicas em sua carreira. Morreu em Niterói (RJ) em 22/01/1977, num acidente de carro na ponte Rio-Niterói, quando ia para o casamento do seu filho. Em 2014 foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, com o enredo "Verdes Olhos sobre o Mar, no caminho: Maricá".




WANDERLÉYA -Cantora brasileira descendente de libaneses, nascida em 05/05/1946 em Governador Valadares (MG), conhecida como Ternurinha, Wanderléa Charlup Boere Salim começou a carreira nos anos 60 e ficou famosa em 1965, durante a Jovem Guarda, programa de TV dominical ao lado de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, época em que também atuou como atriz em filmes como "Juventude e Ternura" (1968) e "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" (1968). Morou em Lavras (MG) durante a infância, e na juventude se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Começou a carreira aos dez anos de idade, participando de concursos em rádios, lançando seu primeiro disco em 1962, e aos 15 já fazia shows em boates com autorização do pai por ser menor de idade. Foi casada duas vezes e tem duas filhas, mas em 1982 seu filho Leonardo, aos dois anos de idade morreu afogado na piscina de casa, enquanto ela estava fora fazendo shows. Sua irmã, ainda criança, morreu vítima de bala perdida e seu irmão, na fase adulta, morreu de Aids e após depressão profunda, a cantora foi diagnosticada com câncer e útero e teve que retirá-lo. Aos 16 anos ficou noiva de Zé Renato, filho do apresentador Chacrinha e ficou com ele por sete anos, mesmo após um acidente que o deixou tetraplégico. Seu segundo marido foi o guitarrista chileno Lalo Califórnia, pai de seus filhos. Eles continuam juntos, mas moram em casas separadas.
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