PRINCESAS, ESCRAVAS E AFINS









AISHA BINT Al HUSSEIN – Princesa nascida em 23/04/1968 (morto em 1999), filha do rei Hussein da Jordânia, é a primeira coronel do sexo feminino do estado Árabe. Até então as mulheres da Jordânia só podiam servir o Exército como professoras, secretárias ou enfermeiras. Estudou em Oxford. Em 1994 tornou-se a presidente da Diretoria para Assuntos da Mulher criada por Houssein a seu pedido. Entrou para a polícia em 1987 ao ver o irmão mais velho, Abdullah na Academia Militar Real Britânica em Sandhurt na Inglaterra. Casada com Zeid Saadedine, tem 2 filhos.




 
ADELINA, A CHARUTEIRA – Escrava e abolicionista nascida na Ilha do Amor, em São Luís do Maranhão no século 19, filha bastarda de seu proprietário com uma escrava, conhecida por "Boca da Noite", por causa do relacionamento com o senhor de escravos. Adelina vendia na rua os charutos que seu pai fabricava e por receber dinheiro por seu trabalho, era chamada 'escrava de ganho'. Sabia ler e escrever e aos 16 anos frequentava comícios da sociedade abolicionista no “Clube dos Mortos”, liderada por estudantes. Informava aos escravos sobre os planos da polícia para invadir os quilombos, o que contribuiu para a libertação de alguns negros. Por causa das reuniões, ficou conhecida por muita gente, ajudando na libertação dos escravos, sem levantar suspeitas. Seu pai nunca a libertou da escravidão, apesar das promessas de libertação à filha.


 

ANA BOLENA, Marquesa de Pembroke – rainha da Inglaterra nascida em 1500, filha de Thomas Boleyn, Conde de Wiltshire e de Isabel Howard, Anne Boleyn foi a grande construtora do poderio britânico. Casada com Henrique VIII e mãe da rainha Isabel I, conheceu o marido em 1527 quando era dama da Corte. Henrique, que era casado com Catarina de Aragão, brigou com a igreja ao ser impedido pelo papa de se casar com Ana. Ela foi coroada Rainha de Inglaterra sob o desagrado da população que boicotou as celebrações. Em 1536, quando a mulher de Henrique VII morreu de cancro, Ana vestiu-se de amarelo quando todos estavam de preto, e despertou a ira do rei. Foi condenada à morte acusada de atrair amantes com feitiçaria. Morreu decapitada em 19/05/1536, aos 29 anos. Onze dias depois, Henrique casou-se com Joana Seymour.



 ANA DA DINAMARCAPrimeira rainha da Inglaterra nascida em 12/12/1574, em Skanderborg, filha de Frederico II da Dinamarca e Noruega, foi casada com Jaime VI, da Escócia entre 1603 e 1625, com quem teve três filhos, entre eles o rei Carlos I. Mesmo com o fim do casamento, que foi feito por procuração, com objetivos políticos, viveram juntos, em total respeito, cada um com amantes fora do casamento. Jaime disse certa vez que o casamento é "o maior tormento ou miséria terrena que pode acontecer a um homem". O casal adorava dar festas nos salões do castelo até que ela teve várias doenças e passou a viver longe da sociedade. Assim que seu primeiro filho nasceu, o rei enviou a criança para ser criada em outra cidade, conforme a tradição e Ana fez campanha para trazer o menino de volta, jamais se recuperando do desgaste emocional e físico, inclusive sofrendo um aborto espontâneo por causa dos problemas com o marido. Converteu-se ao catolicismo em 1600 e provocou escândalo em 1603, quando foi coroada, segundo o ritual anglicano. Por causa das amizades com homens, o rei era constantemente alvo de piadas. Morreu em 02/03/1619, com 44 anos. Está enterrada na Abadia de Westminster.





ANA DE BRETANHA – Rainha consorte da França por duas vezes e Duquesa titular da Bretanha nascida em 25/01/1477, filha e única herdeira do duque Francisco II da Bretanha, foi mulher de Carlos VIII em 1491, e de seu sucessor Luís XII, em 1499. O casamento de sua filha Cláudia com o futuro Francisco I levou à união da França com a Bretanha. Separada, passou a participar de festas como dama-de-honra. Teve 6 filhos com Carlos, mas nenhum sobreviveu, e teve duas filhas com Luís. Ana criou o magnífico Livro das Horas. Morreu em 09/01/1514, no castelo de Blois. Seu enterro, em Saint-Denis, durou 40 dias, inspirando assim outros funerais de nobres franceses do século XVIII. Amante de música e de artes, foi considerada a mulher mais rica da Europa. Seu coração foi colocado num relicário de outro e transportado para Nantes para ficar ao lado de seus pais na Capela dos Freis do Carmo. Em 1991 o aniversário de 500 anos de Ana e Carlos VIII da França, foi celebrado em Langeais.



ANA DE CLÉVES – Rainha consorte da Inglaterra nascida em 22/09/1515 em Dusseldorf, filha de um nobre alemão, foi a quarta mulher de Henrique VIII. O casamento aconteceu em 1540 a conselho de Thomas Cromwell com a intenção de criar laços internacionais. Henrique, que havia visto uma pintura de Ana, não sabia que o rosto dela era marcado por cicatrizes de varíola, e só viu o erro ao conhecê-la pessoalmente. O casamento foi anulado 6 meses depois, porque não fora consumado (ele mantinha relações sexuais com uma jovem arranjada por Ana). Como indenização, Ana recebeu do rei um castelo, o título de princesa, e pensão. Morreu em 16/07/1557.



ANA MARIA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE - Condessa de Villeneuve, nascida em 1834, esposa do dono do Jornal do Commercio, Júlio Constâncio de Villeneuve, foi amante de D. Pedro II, com quem trocava cartas amorosas, como em 07 de maio de 1880: “Que loucura cometemos na cama de dois travesseiros”. Ela sempre respondia no mesmo tom: “Cada uma de suas expressões tão apaixonadas me faz estremecer de amor”, avisando que incluía no envelope uma foto com o vestido decotado, que ele pedira: “Eu te amo e sou tua de toda a minha alma”. Ela era nove anos mais jovem do que o imperador.(livro 1889, de Laurentino Gomes).




ANNA IVANOVNA – imperatriz da Rússia (1730/40) nascida em Moscou em 07/02/1693, filha de Ivan V, reinou como duquesa da Curlândia, atual Letônia, de 1711 a 1730 e como czarina da Rússia, de 1730 a 1740. Viúva do duque Frederico Guilherme, restaurou a polícia de segurança nacional, utilizada para perseguir e punir aqueles que iam contra suas decisões.Tendo gosto por humilhar a antiga nobreza, chegou a promover o casamento do príncipe Dmitri Galitzine com uma de suas criadas. O casal teve que se vestir de palhaços ea passar a lua-de-mel num palácio de gelo em pleno no inverno. Com a morte de Pedro II, foi eleita imperatriz pelo Conselho Supremo da nobreza, que governaria em seu lugar. Por meio de um golpe de Estado, depôs o Conselho, e governou sob influência de seu amante Biron. Seu reinado foi marcado por guerras contra os poloneses e os turcos. Morreu em 28/10/1740, com 47 anos.




ANA COMNENO – princesa, médica e historiadora bizantina nascida em 01/12/1083, filha mais velha do Imperador Aleixo I, foi criada pela imperatriz Maria de Alânia, mãe de seu primeiro noivo (era costume na época, ser criada pela sogra). Casou-se aos 14 anos com o nobre Nicéfaro Briénio, general e historiador, num casamento político que durou 40 anos e rendeu 4 filhos. Tentou, em vão, fazer ascender ao trono seu marido, Nicéforo Brieno. Também tentou tomar o trono de seu irmão, João. Escreveu ‘Alexíada ou Crônica sobre Aleixo Comneno’, uma biografia de seu pai, que analisa a primeira Cruzada. Estudou Ciência, História, Matemática e Filosofia Grega. Especialista em gota, cuidou ganhou um hospital de presente de seu pai e cuidou dele antes de morrer. Ao ficar viúva, abandonou a vida social e se trancou em casa, tornando-se monja antes de morrer em 1148, aos 70 anos.



ANA DA ÁUSTRIA – rainha consorte nascida em 22/09/1601, filha de Felipe III da Espanha e de Margarida da Áustria, Ana Maria Maurícia de Habsburgo governou no lugar de seu filho Luís XIV até que ele pudesse assumir o poder. Foi assessora no governo pelo Cardeal Mazarino, com quem teria se casado secretamente. Teceu intrigas contra o cardeal Richelieu. Com 14 anos, casou com o futuro rei Luís XIII da França, sendo ignorada po ele. Casou-se com Luís XIII e é mãe de Luíx XIV e de Felipe I d'Orleães. Sofreu alguns abortos e isso abalou seu casamento e fez com que ela se retirasse para um convento, onde em 20/01/1666, de câncer de mama, aos 64 anos.




ANA PIMENTEL – Fazendeira nascida em Portugal, prima de Dona Catarina, foi a primeira mulher no Brasil e talvez do mundo a exercer o Poder Executivo. Casada com o governador das Índias, Martin Afonso de Souza, veio para o Brasil em 1534. Assumiu o governo da Vila de São Vicente quando o marido viajou para a Ásia por 10 anos. Publicou decretos, impôs normas e mandou trazer de Portugal mudas e sementes de arroz, trigo, laranja e cana, e começou a implantar lavouras que se espalhariam por todo o Brasil.





ANNIE BESANT– teósofa e reformadora social nascida em 01/10/1847 em Londres, Inglaterra, Annie Wood foi militante do socialismo Fabiano e ficou conhecida como uma das primeiras defensoras do controle da natalidade. Foi presidente da Sociedade Teosófica Mundial e defensora da independência da Índia em 1917. Foi casada com o reverendo Frank Besant, com quem teve dois filhos, Mabel e Arthur. Ela lutou pela causas liberdade de pensamento, pelo direitos das mulheres e pelo controle de natalidade Em 1888, liderou uma greve por melhores condições de trabalho numa fábrica de fósforos. Morreu em 30/09/1933.




ANITA GARIBALDIi – Dona-de-casa nascida em 30/08/1821 em Morrinhos (SC) filha de um tropeiro, Ana Maria de Jesus Ribeiro participou da Guerra dos Farrapos ao lado do marido Giuseppe Garibaldi e da luta pela unidade italiana. Quando se conheceram, em Laguna, ela já era viúva e dois meses depois já estavam viajando juntos. De dia Anita cuidava dos feridos, cozinhava e lavava. À noite combatia ao lado do marido. Viveram juntos por 10 anos e tiveram 4 filhos (Certa vez, no combate do Campo das Forquilhas, teve autorização para percorrer o campo de batalha e ver se entre os mortos estava seu marido. Ela levantou cada corpo para olhar no rosto e ter a certeza de que Garibaldi estava vivo. Por sorte estava). Em 1842, casaram-se no Uruguai. Em 1848, com a anistia concedida pelo papa Pio IX aos condenados políticos, voltaram para a Itália, onde foram recebidos por uma multidão. Voltaram a viajar, mas Anita morreu grávida em 04/08/1849, em Romanha. Ele beijou o corpo de Anita por muitas vezes e custaram a tirar o cadáver de seus braços. Em 1859 Garibaldi buscou o corpo da mulher para enterrá-lo em Nice. Sua vida é contada no livro “Anita Garibaldi, Uma Heroína Brasileira”.


CARLOTA JOAQUINA - Princesa nascida em 25/04/1775, filha do rei de Portugal Carlos IV, Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon e Bourbon casou-se por procuração aos 10 anos com Dom João VI, com quem teve nove filhos. Veio para o Brasil com a família real fugindo de Napoleão Bonaparte. Autoritária, ninfomaníaca, politizada, culta e emancipada para os padrões da época, acabou sendo vítima de historiadores liberais do século 19, que a viam como um símbolo do atraso absolutista. Em 1806 tentou um golpe contra o marido alegando sua insanidade (ele sofria de depressão). Seu caráter explosivo fazia jus à sua fama de megera. Certa vez mandou açoitar o representante diplomático americano no Rio de Janeiro porque ele não a reverenciou na rua. Sua grande ambição era comandar a partir de Buenos Aires, a resistência do império espanhol e chegou a doar suas jóias para financiar uma campanha militar contra o avanço dos adeptos da independência em Montevidéu. O 'carlotismo' teve muitos partidários na região, mas não teve sucesso nas questões políticas. Conseguiu colocar no trono de Portugal, seu filho dom Miguel. Morreu em 07/01/1830. 


CCARLOTA JOAQUINA, Maria II de Portugal – Imperatriz nascida em 04/04/1819 no Rio de Janeiro, filha de D. Pedro I e da Imperatriz Maria Leopoldina, Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga, por causa do bom senso no trono, foi homenageada pelo Papa Gregório XVI com a Rosa de Ouro. Ficou conhecida como 'A Educadora' ' 'A Boa Mãe', por causa da boa educação que deu aos filhos.Morreu em 15/11/1853, em Portugal.





CATARINA - rainha de Portugal nascida em 21/01/1507, filha de Felipe I de Castela e da rainha Joana, foi casada com o rei D. João III. Muito inteligente e de personalidade forte, influenciou o governo do marido e com a morte dele, tornou-se regente durante a menoridade de seu neto, D. Sebastião, herdeiro do trono. Morreu em 12/02/1588.



CATARINA II, a Grande – imperatriz nascida em 21/04/1729 na Alemanha, Sofia Augusta Frederica de Anhalt-Zerbst foi imperatriz da Rússia, de 1762 a 1796, revolucionando as ciências e as artes na Alemanha. Casou-se aos 15 anos com o futuro czar Pedro III. Em 1762 mandou assassiná-lo e foi coroada czarina, com o nome de Catarina II. Influenciada pelas idéias do Iluminismo, reformou o sistema educacional, ampliando-o aos pobres, deu grande impulso à literatura e às artes, ativou a economia com a modernização do porto de Odess e a construção do Sebastopol, aboliu a tortura e a pena de morte, tolerou todos os cultos religiosos, decretou igualdade de leis para todos no Império. Também estimulou o comércio internacional e a instalação de manufaturas e procurou agradar a nobreza fazendo-lhe várias concessões. Mas assinou uma lei que piorou a situação dos pobres, causando revoltas. Considerava-se discípula do Iluminismo, mas na verdade era enérgica com os empregados, adorava jóias e futilidades. Governou por 44 anos. Morreu em 06/11/1796.


CATARINA DE ARAGÃO - Princesa nascida em 16/12/1485 em Alcalá de Henares, filha de Isabel de Castela e Fernando II de Aragão, mãe da rainha Maria I, foi a primeira rainha consorte de Henrique VIII da Inglaterra. Foi casada com o príncipe de Gales Artur Tudor, que morreu de cólera. Viúva, casou-se com Henrique VIII, teve o casamento anulado, mas não deu o divórcio ao marido. Ficou grávida muitas vezes e seu filho Henrique morreu pouco tempo depois de nascido. Falava espanhol, latim, francês e inglês. Ficou famosa pelas obras de caridade, o que lhe conferiu o amor do povo inglês (seu túmulo em Peterborought nunca está sem flores). Morreu de cancro em 07/01/1536.


CATARINA DE BRAGANÇA – Rainha da Inglaterra e regente de Portugal nascida em 26/11/1638 em Viçosa filha de D. João IV de Portugal, e de sua mulher, Luísa de Gusmão, Catarina Henriqueta de Bragança foi casada com o rei Charles II, num casamento conturbado por ela ser católica e por não ter gerado herdeiros para o trono. O bairro Queens Borough, em Nova Iorque, tem esse nome em sua homenagem. Mas em 2001 moradores do bairro, a maioria negros, fizeram protesto contra a instalação de um busto em sua homenagem. Para eles, a rainha tinha ligações com poderosos de Portugal e da Inglaterra que se beneficiaram com a exploração do tráfico de escravos da África. Mas, segundo historiadores ela era escravagista, e em seu testamento teria deixado dinheiro para libertar escravos. Católica, não falava inglês, e constantemente era traída pelo marido. É tia, de sétima geração, da princesa Isabel do Brasil. além de ter sido responsável pela introdução do chá nos costumes do povo britânico, também apresentou o garfo à corte inglesa. Morreu em 31/12/1705.


CATARINA, A HERÓICA – Condessa de Schwarzburg, é conhecida por sua coragem, daí o apelido. Em 1547, quando as tropas do imperador Carlos V atravessaram a Turíngia, depois da batalha de Muhlberg, ela prometeu doar alimentos aos soldados, desde que eles não mexessem com os moradores da cidade. Porém, durante um almoço oferecido ao imperador e ao príncipe Henrique Brunswick, ela ficou sabendo que o gado estava sendo roubado. Rapidamente mandou fechar as portas do castelo e avisou que se continuassem, o sangue dos animais ia se juntar ao dos dois poderosos. Sem saída, Carlos V mandou que os soldados parassem de pilhar a cidade.



CATARINA DE MÉDICI – Rainha da França nascida em 13/04/1519 em Florença, filha de Lourenço II de Médici e de Madalena de La-Tour de Auvérnia, Catarina Maria Rômula di Médici foi uma nobre italiana que se tornou rainha consorte da França aos 14 anos, de 1547 até 1559, quando casou-se com Henrique II. Eles tiveram teve 10 filhos (3 morreram), entre eles Isabel, que viria a casar-se com Filipe II da Espanha e Francisco II, que governou entre 1574 e 1589. Com a morte do marido, tornou-se regente da coroa francesa e governou durante um período de extrema agitação. Voltou-se contra os partidários da Reforma, foi uma das inspiradoras da Noite de São Bartolomeu, na qual foram massacrados milhares de huguenotes em todo o país. foi a mulher mais poderosa da Europa no século XVI. Morreu durante a insurreição de Paris contra Henrique III, desiludida com o insucesso de sua política, em 05/01/1589.


CLEÓPATRA - rainha do Egito nascida em dezembro de 69 a.C. em Alexandria, filha de Ptolomeu Aulete, Cleópatra VII Thea Filopator assumiu o governo aos 17 anos junto com o irmão Ptolomeu Dionísio, de 10 anos. Três anos depois os protetores do menino tomaram o poder e Cleópatra exilou-se na Síria. O imperador César, em sua passagem pelo Egito apaixonou-se por ela e lhe devolveu o trono, assassinando Ptolomeu. César acabou assassinado em 44 a.C. e o governo do Oriente foi entregue a Marco Antônio, que também se apaixonou por Cleópatra. Otávio, que também governava Roma, decidiu lutar contra eles e venceu. Marco Antônio e Cleópatra fugiram para Alexandria (capital do Egito na época), mas o exército de Otávio os alcançou. Sabendo que estava derrotada, Cleópatra deitou-se em sua futura sepultura e mandou avisar a Antônio que havia se suicidado. Desesperado, Antônio se matou. Cleópatra, para não cair nas mãos de Otávio, fez o mesmo deixando picar-se por uma serpente. Ficou no poder por 21 anos, sendo a a primeira governante de sua família a aprender egípcio (sabia outras 8 línguas). Apresentava-se aos seus súditos como filha de Rá, o deus egípcio que representava o sol. A História conta que foi uma das mulheres mais belas da época, mas na verdade, tinha cabelos ralos, nariz em forma de bico de gavião, olhos azuis, pele morena, um metro e meio de altura. Tinha noção de sua sedução: Certa vez convidou Antônio e sua comitiva para subirem ao navio para uma festa e quando o general romano elogiou deslumbrado, ela o presenteou com tudo o que havia na sala. Para seduzir César ela se enrolou num tapete que foi entregue a ele como presente. Teve três filhos, um de Marco Antônio e dois gêmeos com César. Morreu em 12 de agosto de 30 a.C.

CHICA HOMEM – Bandeirante mameluca nascida no século 17 nos sertões de Goiás (GO), filha de índia com português, morou na Vila de São Paulo de Piratininga. Tinha o hábito de fumar (ela própria secava, enrolava e colocava as folhas de tabaco num cachimbo que mantinha na boca o dia inteiro). Era ótima domadora de potros e muito corajosa. Manejava armas de fogo e chegou a matar a golpes de machado dois índios que participaram de uma invasão à vila. Costumava acompanhar as tropas quando havia entradas para o sertão. Tratava os feridos com ungüento, que aprendeu com os índios. Vivia às margens do rio Anhangabaú. Morreu após o ataque de um touro. Seu nome verdadeiro é desconhecido.

CHICA DA SILVA – Escrava nascida em 1732 em Arraial do Milho Verde - Distrito de Diamantina (Arraial do Tijuco ou "Tejuco") filha de negra com branco, Francisca da Silva Oliveira teve vida de madame contrariando os costumes do século 18. Pertencente a um médico mineiro, chegou ao Arraial de Tejuco (atual Diamantina, MG) em 1753, onde foi vendida para João Fernandes de Oliveira, contratador de diamantes que trabalhava para a corte portuguesa. Três meses depois ele lhe deu a alforria, propriedades, escravos e incentivou sua alfabetização. Chegou a construir para ela um edifício em forma de castelo com capela, teatro, jardins e um lago. Tiveram 14 filhos. Inteligente, ela administrava os bens do companheiro e se impunha às autoridades. Viveram juntos a 1763 e 1771. Chica não foi a única escrava a obter privilégios naquela época, nem foi promíscua. Esse mito teria sido alimentado pelo memorialista Joaquim Felício dos Santos, autor de críticas e crônicas sobre a personagem. Morreu em 1796, sendo enterrada na igreja de S. Francisco de Assis, privilégio reservado apenas aos brancos ricos. Sua vida foi contada em peças teatrais, filme e novela.Morreu em em 15/02/1796.

CLARA FILIPA CAMARÃO índia potiguar nascida no Rio Grande do Norte, no século 17, viveu na capitania de Pernambuco, ao lado de Antônio Filipe Camarão. Com ele participou da guerra de expulsão dos holandeses, que iniciaram a invasão de Pernambuco em 1630. Quando a sorte dos conflitos virou contra os portugueses, foi para a frente da batalha defender posições militares e a população civil, que abandonou a cidade para se refugiar. Comandou um batalhão feminino que teve atuação decisiva na batalha ocorrida na cidade de Porto Calvo em 1637.








CLARA MARIA DO CAFÉ CARVALHISTA- Revolucionária nascida no século 19, em Pernambuco, descendente de índios, lutou nas ruas do Recife na Revolução de 1824. Vestia farda de soldado e lutava bravamente com os homens.




CONDESSA DE BARRAL – Professora dos filhos de D. Pedro II, nascida na Bahia, Luísa Margarida Portugal de Barros, filha de Domingos Borges de Barros, Visconde de pedra Branca e dono de fazendas no Recôncavo Baiano, passou a maior parte da vida na Europa. Ela permaneceu nove anos da Corte do Rio de Janeiro, e além de amante do imperador, foi confidente dele até o fim da vida. Ela era nove anos mais velha do que D. Pedro II, era da meia-idade, estatura mediana, morena, nariz bem desenhado e olhos grande, cabelos lisos e grisalhos. Além do português, ela falava inglês e francês com fluência e demonstrava confiança nas rodas sociais. Os dois, que sempre se corresponderam por cartas, morreram no mesmo ano, ela em janeiro, ele em dezembro. Durante uma viagem ao Egito, em 1881, ele escreveu: “Olho sempre com imensas saudades para os quartinhos do anexo do Hotel Leuenrolth (local onde supostamente os dois se encontravam em Petrópolis, RJ). Em 1837, Luísa casou-se com o nobre francês, Jean Joseph H. Ela escreveu 90 cartas para o imperador, e ele, 300 para Eugéne de Barral, o conde de Barral. Ela foi dama de honra de dona Francisca, irmã de D. Pedro. ara ela. A rainha, Tereza Cristina, conhecia os romances do marido, mas fingia não perceber. A vida da Condessa é contada na biografia da historiadora Mary Del Priore.


DADÁ - Costureira nascida em Belém do São Francisco (BA), em 25/04/1915, Sérgia da Silva Chagas viveu com o cangaceiro Corisco, o 'Diabo Loiro', braço direito de Lampião, desde os 13 anos, quando foi raptada pelo bando do cangaceiro. Tiveram 7 filhos, mas apenas 3 sobreviveram, escondidos em casas de familiares para não serem mortos em emboscadas. Ao perder a virgindade, teria sofrido uma hemorragia que quase a levou à morte. Passou a morar sozinha, em 1940, após uma emboscada da polícia, em que o marido foi morto e ela levou um tiro na perna direita, que depois foi amputada. Ao levar um tiro numa das mãos, perdeu a capacidade de atirar e acabou trabalhando em outras funções e não mais como cangaceira. Foi a única mulher do bando a usar fuzil. Foi a última cangaceira do bando de Lampião e por isso deu muitas entrevistas em jornais, TV e rádio. Dadá lutou por uma legislação que assegura o respeito aos mortos fosse cumprida, e a exposição do Museu Nina Rodrigues tivesse fim. Só em 1969 é que os restos mortais dos cangaceiros puderam ser inumados definitivamente (o museu, então, fez moldes para expor as cabeças, em substituição). Por sua luta e representatividade feminina, foi homenageada pela Câmara Municipal de Salvador, nos anos 80 Chegou a passar 8 meses com os índios pankararé, no Raso da Catarina, quando esteve grávida e já havia perdido um bebê durante uma perseguição. Morreu em Salvador (BA), em 07/02/1994, aos 79 anos.


DANDARA DOS PALMARES -  Escrava nascida na Capitania de Pernambuco, Alagoas, em 06/02/1694, teria se casado com Zumbi, tendo com ele 3 filhos (há desconfiança de que tenha nascido na África e não no Brasil, já que não há muitos registros referentes à ela). Conhecedora das técnicas de capoeira, lutou bravamente em combates, protegendo Palmares dos invasores, na Serra da Barriga, no século XVII. Após ser presa, suicidou-se em 1694, despencando de uma pedreira, para não retornar à condição de escrava. Virou símbolo das mulheres negras no Brasil. Sua história é contada num cordel escrito por Jurid Arraes.



DOMITILA DE CASTRO (Marquesa de Santos) - Marquesa nascida em 27/12/1797 em Santos (SP), filha de um visconde, Domitília de Castro e Canto Melo, foi amante de D. Pedro I, com quem teve 5 filhos (o primeiro nasceu morto, e a última só foi reconhecida pelo imperador, às vésperas da morte dele. Seu primeiro casamento foi com o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça, com quem teve três filhos (um deles morreu ainda bebê). Após a morte da imperatriz Leopoldina, foi morar no castelo com D. Pedro e o relacionamento acabou em 1829. Em 1842 ela casou-se com o milionário Rafael Tobias de Aguiar e passou a morar em Sorocaba (SP). Tiveram 4 filhos. Em 1834, ela comprou um Solar que tornou-se o centro da sociedade paulista, onde eram produzidos saraus literários e bailes de máscaras. Morreu em 03/11/1867 vítima de enterocolite. Foi enterrada no Cemitério da Consolação, num terreno doado por ela. D. Pedro casou-se novamente, com Amélia. A irmã de Domitila também era amante de D. Pedro I.



ELIZABETH I – rainha da Inglaterra nascida em 07/09/1533 em Greenwich, Inglaterra, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, seguiu a linha absolutista do pai, centralizando o poder. Incentivou a construção naval, as indústrias de ferro, estanho e chumbo, a pesca e o comércio. Criou a Bolsa de Londres e fundou a Companhia das Índias orientais, para comerciar com todas as terras a leste do cabo da Boa Esperança. Apesar de tudo o que fez, seu reinado terminou com enormes taxações, o que gerou descontentamento geral contra os privilégios comerciais e monopólios industriais. Subiu ao trono em 1558, após a morte de sua meio-irmã Maria Tudor (que mandou executar). Seu primeiro passo foi restabelecer a estrutura da igreja Anglicana, que havia sido substituída pelo catolicismo durante o reinado de Maria Tudor. Não se casou nem teve filhos, mas teve vários romances com nobres entre eles Robert Dudley e Conde de Leicester. Ficou no poder por 45 anos. Morreu em 23/03/1603, em Surrey, Inglaterra.



ELISAVIETA PETROVNA – imperatriz nascida na Rússia em 29/12/1709, filha de Pedro, o Grande, em 1741 organizou um golpe contra o regente Ivan, seu primo, e tomou o poder. Continuou as reformas iniciadas por seu pai, libertou a Corte de influência da Prússia e, durante a Guerra dos Sete Anos, tomou partido da Áustria. Em 1755 fundou a Universidade de Moscou, e em 1758, a Academia de Belas Artes de São Petersburgo. Ficou no poder entre 1741 e 1762. Morreu em 25/12/1761.






EMMA GOLDMAN Anarquista, escritora e ensaísta de Filosofia, nascida em Kovno (atual Kaunas), Rússia em 27/06/1869, numa família de 6 filhos, pela rebeldia na adolescência, era constantemente agredida a chicotadas pelo pai, o que mais tarde lhe causaria frustração sexual. O pai desejava para ela um futuro com casamento e Emma queria estudar (ele chegou a agredi-la com livros). Mudou-se para os Estados Unidos, em 1885, tendo sido presa por provocar distúrbios em 1893, 1916 e 1917 em defesa do controle da natalidade e contra o recrutamento para a Primeira Guerra Mundial. Deportada, viveu na Rússia, Inglaterra e Canadá. Em 1906 fundou o jornal anarquista "Mãe Terra" (Mother Earth), e seus escritos políticos e conferências alertaram multidões e por isso ela teve um papel importante no desenvolvimento do Anarquismo na América do Norte. Em 1908 se apaixonou por um médico, mas o relacionamento não deu certo. Na adolescência morou em Nova Iorque, com a irmã, e trabalhou na indústria têxtil e numa fábrica de espartilhos, onde acabou sendo violentada por um oficial russo (era constantemente paquerada no trabalho) e o estupro a deixou ainda mais traumatizada. Foi casada com um colega de trabalho, Jacob Kersner, que era impotente e muito ciumento. Separada, foi tratada pelos pais como "perdida" e proibida de visitá-los em casa. Acabou conhecendo Alexander Berkman, com quem acabou presa por incentivar a população a boicotar os jovens a não se alistarem ao serviço militar. Chegou a trabalhar uma noite num prostíbulo, mas foi desincentivada por um cliente e deixou o local. Em 1934 o escritor chinês, Ba Jin, publicou o livro "O Geral, o Clamor do Meu Espírito", dedicando-o à Emma. Morreu em 14/05/1940, em Toronto, Canadá. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Waldheim, Illinois, em Chicago, a pedido da população, na época. Sua vida é contada no livro "Emma Goldman", pela Universidade de Illinois.



EMMA HAMILTON dama da sociedade inglesa nascida na Inglaterra em 26/04/1765, filha de um ferreiro, Amy Lyon de Ness foi criada pela mãe e ficou famosa por ser amante do Almirante Horatio Nelson, sobre quem exerceu grande influência. Foi casada com William Hamilton, tio de um amante, com quem teve duas filhas, sendo que a segunda morreu na infância. Também teve um relacionamento à três, que chamou a atenção da sociedade na época. Viúva de todos os maridos e amantes, morreu pobre, de problemas no fígado em 16/01/1815, em Calais, França. Teve uma filha, Horatia Nelson.




EUGÊNIA DE MONTIJO – imperatriz da França entre 1853 e 1870 condessa de Teba, imperatriz francesa nascida na Espanha em 05/05/1826, Maria Eugenia Ignatia Augustina Palafox-Kirkpatrick foi casada com Napoleão III. Exerceu grande influência sobre o marido, convencendo-o a declarar guerra à Prússia, e foi regente por 3 vezes durante a ausência dele. Depois da queda do imperador, asilou-se na Inglaterra. O imperador Napoleão III, fez-lhe a corte e conta-se que um dia numa conversa mais íntima lhe perguntou ao ouvido: "Senhora qual o caminho para chegar aos seus aposentos?" Ela respondeu :"Pela capela, senhor, pela capela". era considerada extremamente bonita, tinha uma cor de cabelo com o tom conhecido por "castanho Ticiano". Foi a primeira noiva a ir de vestido branco, o que era completamente novidade. Elegante, fez renascer a indústria das sedas de Lyon e lançou o uso de leques, em público. Teve apenas um filho, que morreu tragicamente, aos vinte e três anos. Morreu em 1920, no exílio, em 11/07/1920.




FILIPA DE LANCASTRE - Princesa da Inglaterra nascida em 31/03/1360, tornou-se rainha consorte de Portugal através do seu casamento com o rei João I em 1387. Como rainha foi adorada pelo povo.  Com a morte da mãe por peste, foi criada pela amante do pai, que já tinha se casado novamente. Aprendeu 3 línguas e teve uma educação primorosa, recebendo exemplo do pai, que era um mecenas (incentivador de artistas). Foi uma rainha generosa e amada pelo povo e por isso foi chamada de Rainha Santa. Morreu de peste negra em 19/07/1415. Teve 4 filhos. Dá nome à uma Escola Secundária, em Lisboa. Seu corpo foi enterrado na Capela do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Lisboa, Portugal, ao lado do marido. É a única mulher a ser representada, em efígie, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.




FELIPA DE SOUZA – Costureira nascida em 1556 em Tavira-Algarve, Portugal, foi castigada pela Inquisição. Chegou à Bahia, Brasil, em data ignorada. Casou-se duas vezes e teve quatro relacionamentos homossexuais, alguns iniciados na igreja. Trocava beijos em público e muitas vezes fingia-se de doente para ficar com a amante na cama em que dormia com o marido. Outras vezes pulava o muro para trocar carícias com a vizinha. Alfabetizada, tentava conquistar seus amores com cartas e presentes. Aos 35 anos, viúva de um pedreiro e casada com um lavrador, foi denunciada ao Tribunal do Santo Ofício ao confessar que se envolvia com mulheres por amor e atração carnal. Foi punida com açoite em público e Inquisição. A sentença foi dada quando ela assistia missa na igreja da Sé, em Salvador, em 1592.


FREDEGUNDA – Rainha da Nêustria nascida em 545 em Paris. Para casar-se com o Rei Chilperico, levou-o a repudiar sua primeira esposa, Audivera e assassinar a segunda, Galesvinta. Casada com o rei, em 578 assassinou Merroveu, filho do primeiro casamento dele. Também é suspeita de matar outro filho do marido, Clóvis e do próprio marido. Fez reconhecer seu filho, Clotário, como rei da Nêustria, e assumiu a regência. Morreu em 597.





FLORISBELLA– Heroína da Guerra do Paraguai, engajou-se no conflito no Rio Grande do Sul, acompanhando o marido, que pertencia ao 29º Corpo de Voluntários da Pátria. Gostava do front e quando um homem tombava ferido, empunhava a carabina dele e combatia até o final. Ainda ajudava no hospital. Morreu no Rio Grande do Sul, no esquecimento. Não recebeu homenagens por seus feitos.

GUILHERMINA Rainha da Holanda e dos Países Baixos, nascida em 31/08/1880, filha e sucessora de Guilherme III, Wilhelmina Helena Pauline Marie van Oranje-Nassau reinou os Países Baixos por mais tempo que qualquer outro monarca holandês. Seu reinado acompanhou muitos pontos cruciais e decisivos na história holandesa e do mundo: a Primeira e a Segunda Guerra Mundial e a Grande Depressão, em 1933. Foi a principal responsável pela neutralidade da Holanda durante a Primeira Guerra Mundial. Depois de comemorar seu jubileu de ouro em 1948, abdicou em favor de sua filha, Juliana. Morreu em 28/11/1962.


HATSHEPSUT - Rainha do Egito Antigo nascida em data desconhecida, filha de Tutmés I, teria ocupado o trono dos faraós em 1500 a. C. Governou com seu marido e meio-irmão Tutmés II, tornando-se depois regente do filho dele, Tutmés III, assumindo os poderes e títulos próprios do cargo de faraó. Construiu o grande templo de Deir el-Bahari, perto de Tebas. Foi a primeira que se arrogara a divindade e a realeza, usando a Dupla Coroa, que indicava a soberania sobre as duas regiões do Alto e do Baixo Egito. Em algumas estátuas ela é mostrada com atributos masculinos, como barba postiça. No 9o ano  de seu reinado, obedecendo a um oráculo de Amon, expediu uma frota para buscar árvores de mirra, saindo Nilo para um o mar Vermelho por um canal a leste do delta, para chegar a Punt, onde trocou mercadorias por peles de pantera e de macacos, madeiras de ébano e outras coisas exóticas. Abandonou a guerra e fez o Egito voltar a atividades pacíficas, como a construção de grandes monumentos e a manutenção das rotas do comércio como o exterior, que tinham sido fechadas durante o domínio dos hicsos. Contou com vários partidários, entre eles o ministro de obras públicas, Senmut, que foi seu assistente de maior confiança. Porém, ao saber que ele fez esculturas de sua própria imagem no templo dela, Hatshepsut mandou mutilar o túmulo dele e quebrar seu sarcófago. Também mandou apagar e arrancar imagens que ele fizera nas paredes. O seu reinado, de cerca de 22 anos, foi de prosperidade econômica e paz. Ficou conhecida como a Primeira Grande Mulher da História.



HILDEGARDA DE BINGEN - Monja beneditina, mística, teóloga, compositora, médica informal e escritora nascida em 17/09/1179 no Mosteiro de Rupertsberg, em Bingen am Rhein, Alemanha, era conhecida como Sibila do Renoe se tornou santa da Igreja Católica em 2012.  Sua família trabalhava para os condes de Sponheim e começou a escrever na juventude, criticando o preconceito contra as mulheres, a heresia e a corrupção na igreja, denúncias que faziam também através de discursos. Através de seus estudos com as plantas, desenvolveu medicamentos, compôs musicas, escreveu livros e é muito citada em obras e estudos acadêmicos. Nascida quase cega e com a saúde frágil,  foi oferecida como dízimo. Tinha dez irmãos. Aos três anos de idade ela teve sua primeira experiência espiritual e logo se tornou famosa por adivinhar o futuro. Em 1995 a Alemanha lançou o Prêmio Hildegard von Bingen, destinado a jornalistas e publicitários que lutam em causas humanitárias e dá nome ainda à outras condecorações. Sua vida é contada no filme "Vision - Aus dem Leben der Hildegard von Bingen", lançado em 2009.


INÊS DE CASTRO – Sobrinha do rei de Portugal D. Afonso IV, nascida em 1320, ilha de João Manuel de Castela, um poderoso nobre descendente da da Casa real Castelhana, Inês Pires de Castro foi protagonista de episódio histórico motivado por seu romance com D. Pedro, herdeiro do trono, que depois tornou-se seu marido. Sabendo da amante do marido, Constança, usou da ingenuidade de Inês para pregar-lhe armadilhas. Foi tema de várias obras literárias, entre elas, ‘Os Lusíadas’ de Camões. Morreu em 07/01/1355, degolada no Mosteiro de Santa Clara em Coimbra, Portugal, a mando de seu sogro, Afonso IV. Seus restos mortais estão no Mosteiro de Alcobaça, ao lado de D. Pedro.


INÊS DE SOUZA - Portuguesa casada com o governador Salvador Correia de Sá, do Rio de Janeiro entre 1578 e 1579, enfrentou os franceses quando três navios tentavam aportar na Baía de Guanabara. Sem o marido, ela mandou que as mulheres vestissem armaduras masculinas para espantar os inimigos. Assustados, eles desistiram de entrar na cidade e levaram apenas pau-brasil.



ISABEL DE BOURBON - Rainha da Espanha, Portugal, Sicília e Nápoles nascida em Fontainebleau, França em 22/11/1602, filha de Henrique IV da França e de Maria de Médicis, foi casada com o herdeiro das coroas espanhola e portuguesa Filipe III. Ficou conhecida pela influência que tinha no seu marido. Foi uma rainha participativa.Morreu em Madri, em 06/10/1644, com 41 anos, de causas naturais.







ISABEL DE CASTELA – Rainha da Espanha de 1474 a 1504, nascida em Madrigal de Altas Torres em 1451, herdeira do trono de Castela, casou –se com Fernando de Aragão em 1469, possibilitando a unidade territorial e política espanhola. Durante seu reinado foram construídas novas estradas, padronizada a cunhagem de moedas, codificada a lei espanhola e reduzidos os poderes dos nobres. Expulsou os mouros da Península Ibérica e deu apoio a Cristóvão Colombo em suas viagens para a Índia. Ficou conhecida como 'A Católica'. Morreu em 1504.






ISABEL I, ou ELIZABETH I Rainha da Inglaterra e da Irlanda, nascida em Londres em 07/09/1533, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, implantou definitivamente o protestantismo na Inglaterra. Também combateu Filipe II da Espanha e mandou executar Maria Stuart, sua prima, rainha católica da Escócia, depois de mantê-la presa por muitos anos. Subiu ao trono em 1558, após a morte de Maria Tudor. Adepta do Absolutismo, governou sem o auxílio do Parlamento, cercando-se de colaboradores. Restringiu ao máximo as despesas oficiais, administrou através de decretos e proclamações. Em seu governo, a Inglaterra passou por um surto de industrialização, prelúdio da Revolução Industrial do século 18, que iniciou no país. Adotou uma política de protecionismo alfandegário que beneficiou os produtos manufaturados ingleses e atendia aos interesses da burguesia. Seus súditos a chamavam 'Rainha Boa', 'Rainha Virgem' e 'Gloriana'. Tinha três anos quando sua mãe foi decapitada.

ISABEL FRY – Milionária nascida em 1869 na Inglaterra, foi a primeira pessoa a entrar em uma cadeia feminina. Acabou conquistando a amizade das presas e fundou uma escola para elas. Lia a Bíblia nos cárceres e chegou a passar a noite ao lado de uma mulher que seria enforcada na manhã seguinte. Ficou conhecida como “o anjo dos presos”. Costumava dizer: “Nunca procuro saber do crime dos outros, pois todos temos os nossos”. Morreu em 1958.





JOANA I de ANJOU – Condessa e rainha de Nápoles nascida em 1328 entre 1343-1382, ocupou o trono aos 17 anos, com a morte do pai. Casou-se 4 vezes, entre elas com um príncipe húngaro narigudo (ela achava que o tamanho do nariz tinha a ver com o pênis. Mas se enganou e mandou estrangular o marido). Em 1347, aos 21 anos, regulamentou os bordéis de Nápolis, na Itália, denominado os locais como “Casa da Mãe Joana”. Morreu em 1382.















JOANA D’ARC – Heroína nascida em 06/01/1411 na aldeia de Domremy, França, filha de camponeses, foi peça importante na Guerra dos 100 anos. Aos 13 anos, acreditou ter ouvido vozes e visões de São Miguel Arcanjo, que lhe ordenou expulsar os ingleses da França. Em 1429, partiu para a guerra para coroar o Delfim Carlos de Valois (que estava sem prestígio e sem exército) e libertar a França do jugo inglês. Após conseguir seus objetivos, foi aprisionada e vendida aos ingleses. Invejosos de seu prestígio, conselheiros intrigam-na com o rei. Em 1431 foi processada por heresia e bruxaria, e no dia 30/05/1431 foi queimada viva em Rouen. Em 1496 foi anulado o processo que condenou Joana D’ arc, reabilitando sua memória. Em 1909 foi beatificada. Em 1920 foi canonizada pela igreja.


JOAQUINA DE POMPÉU - latifundiária e política nascida em Minas Gerais em 20/08/1750, filha do padre Jorge de Abreu Castelo Branco, Joaquina Maria Bernarda da Silva Abreu Castelo Branco Souto Maior de Oliveira Campos foi casada com o capitão Inácio de Oliveira Campos, ex-pretendente da irmã, com quem teve 10 filhos. Ao ficar viúva, herdou 5 mil quilômetros em propriedades, mais de mil escravos e uma fazenda num local que passou a se chamar Pompéu. Tirana e malvada, vivia brigando com a latifundiária Maria Tangará. Em 1799 obteve do governador de Vila Rica licença para andar armada. Em 1808 remeteu 200 bois a Dom João VI para minorar uma crise de alimentos na Côrte. Ofereceu a D. Pedro I todo o seu gado, escravos, filhos e ela mesma, para lutar pela Independência. Exigia que todos os seus escravos fossem alfabetizados. Teve 74 netos, que tornaram-se políticos influentes da Arena Mineira, como Castelo Branco, Afonso Arinos e Prudente de Morais, além de Gusmão, o inventor do aeróstato. Morreu em 17/12/1824. Costumava dizer: 'Sou talvez o único homem dessas redondezas'. Sua vida é contada no livro 'Dona Joaquina de Pompéu'. 




JOVITA ALVES FEITOSA - Voluntária da Guerra do Paraguai, nascida em Tauá, em 08/03/1848. Morreu em 09/10/1967, no Rio de Janeiro, alistou-se aos 17 anos, travestida de homem, e com os cabelos cortados. Apesar de ter conseguido enganar os policiais, foi delatada por uma mulher, que reconheceu seus traços femininos. Ao ser interrogada, chorou muito e acabou sendo aceita para o combate pelo então presidente do Piauí, Franklin Dória, que a incluiu como segundo sargento. Ao chegar ao Rio de Janeiro, tornou-se notícia e teve que dar entrevistas num quartel. Dois meses depois, teve seu embarque negado pelo ministro da Guerra, sob alegação de que o cargo não cabia à uma mulher. Aos 19 anos, apaixonada pelo engenheiro inglês Guilherme Noot, que a abandonou, entrou em depressão profunda e cometeu o suicídio com uma punhalada no coração. Seu nome foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 17/03/2017, que se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. 





KATHLEEN M. KENYON - Arqueóloga inglesa nascida em 05/01/1906, filha de um diretor de museu britânico, especializou-se em estudar a Bíblia, com escavações em locais conhecidos como sagrados. Interpretou antigas linguagens de túmulos e segundo ela, Jericó seria a cidade mais antiga do mundo. Foi a primeira mulher a presidir a Academia Arqueológica de Oxford. Trabalhou com Gertrude Caton-Thompson nas escavações do grande Zimbágue e com o arqueólogo Sir Mortimer Wheeler. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu como comandante de Divisão da Cruz Vermelha em Hammersmith, Londres. Morreu em 24/08/1978.



JOSEFINA BONAPARTE – Amante de Napoleão nascida em 23/06/1763 na Martinica, Marie Josèphe Rose Tascher de la Pagerie era seis anos mais velha que ele. Viúva de um nobre, brilhava em festas da alta sociedade. Em longas cartas, Napoleão elogiava os seios da amada. Acabaram casando-se após muita insistência dele. Com a 15 anos, casou-se com o Visconde de Beauharnais. Em 1796, viúva e com dois filhos, Eugênio e Hortênsia, casou-se com Napoleão, com quem dividiu a sua fortuna. Em 1809 os dois se divorciaram, porque ela não conseguiu engravidar. Morreu em 29/05/1814.





LADY GODIVA - Condessa nascida em 990, mulher de Leofric, conde de Mércia nascida em 1040, ficou conhecida por ter pedido ao marido que fundasse monastérios em Conventry e Stowy e reduzisse os impostos de seus vassalos. Para isso ela aceitou a condição de cavalgar nua pela da cidade. Seu nome deriva do anglo-saxónico para "presente de Deus". Após a morte de Leofric em 1057, Godiva sobreviveu, até ser registrada no livro de Domesday de Guilherme o Conquistador, sendo a única mulher a ter um registro como dona de terras após a conquista. Em 1086, quando o registro de Domesday foi feito, Godiva já havia morrido, mas seu nome continuou lá. A processão de Godiva foi instituída em maio de 1678.Dos anos 80 em diante, a moradora, Pru Poretta, adotou o hábito de figurar Lady Godiva para atrair visitantes e festas do município. Desde 2005, Porretta mantém o status de embaixadora não-oficial de Coventry. A cada setembro, Poretta lidera uma marcha conhecida como as Irmãs Godiva em prol da paz mundial e união dos povos. Godiva foi imortalizada num poema de Alfred, Lord Tennyson. Morreu em 10/09/1067.




LADY JANE - Rainha da Inglaterra por apenas nove dias no ano de 1553, nascida em 1537, Jane Grey foi casada com Guilford Dudley, filho do Duque de Northumberland, por interesse. nunca foi coroada. Educada como menino pela mãe, Frances, sua mãe, era dura e brutal. Parecia não perdoar a Jane e suas irmãs terem nascido de sexo feminino. Com a morte do primo Eduardo VI, foi proclamada rainha, sendo decapitada em 12/02/1554, aos 17 anos.







LEONA VICÁRIO - Revolucionária nascida em 10/04/1789 no México, Leona Vicario de Quintana Roo apoiou a causa da independência. Atuou como espiã e mensageira, enviou informações, facilitando o fortalecimento do exército sublevado e doando-lhe parte de sua fortuna. Foi casada com Andrés Quintana Roo. Morreu em 24/08/1842.







LUIZA MAHIN - Dona-de-casa nascida no século 19, transformou sua casa em quartel general das principais revoltas negras que ocorreram em Salvador na época. Participou da Revolta dos Malês em 1835, conseguiu escapar da violenta repressão desencadeada pelo Governo da Província e partiu para o Rio de Janeiro, onde também teria participado de outras rebeliões negras. Acabou sendo presa e, possivelmente, deportada para a África. Teve um filho, o poeta Luiz Gama. Em 09/03/1985, o nome de Luiza Mahin foi dado a uma praça pública, no bairro da Cruz das Almas, em São Paulo, área de grande concentração populacional negra.




LUCRÉCIA BORJA – Duquesa de Ferrara nascida em 04/1480, Subiaco, Espanha, filha do papa Alexandre VI, Criada en Roma casou-se três vezes, para agradar ao pai: com João Sforza (o casamento foi anulado em 1493), Afonso de Aragão (assassinado por interesses dos Bórjas) e com Afonso D´Este, Duque de Ferrara. Acompanhava as orgias no palácio e junto com o pai incentivava as cortesãs a fazer brincadeiras com os irmãos e convidados. Morreu em 1519.







MADALENA CARAMURU – Dona-de-casa nascida na Bahia, filha da índia Moema e do português Diogo Álvares Correia (náufrago que conseguiu chegar à costa da Bahia em 1510 e acabou sendo apelidado de Caramuru pelos índios), foi a primeira mulher brasileira a saber ler e escrever. Foi casada com o português Afonso Rodrigues, responsável por seu ingresso nas letras. Em 1561, indignada com os maus-tratos com crianças escravas, escreveu uma carta de apelo ao bispo de Salvador.Em homenagem a Madalena, os Correios lançaram um selo que simboliza a luta pela alfabetização da mulher no Brasil, em 14/11/200.


MARGARET SANGER -  Defensora do acesso à contracepção, teve ajuda da anarquista Emma Goldman, de quem se tornou amiga. Cunho o termo "Controle de natalidade" e disseminou informações sobre métodos contraceptivos em sua revista "A Mulher Rebelde" (The Woman Rebel), lançada em 1914. Baseado na Lei de Comstock, chegou a ser presa por causa de seus artigos, considerados obscenos. Ela e Emma chegaram a distribuir panfletos pelas ruas com informações sobre natalidade e fizeram uma turnê nacional para divulgar suas idéias contra a contracepção desenfreada.



MARIA BONITA – Cangaceira nascida em 08/03/1911 em Jeremoabo (BA), Maria Gomes de Oliveira foi companheira de Lampião desde que o conheceu na casa da mãe dela, em 1929, sendo a primeira mulher a participar do bando de cangaceiros, a partir de 1931. Antes foi casada com o sapateiro, José de Nenén, comerciante e sapateiro, mas não tiveram filhos. Ela o abandonou para correr pelo Nordeste ao lado de seu grande amor. O apelido Maria Bonita foi dado por Lampião que a achava linda. O casal morreu em Poço Redondo, Sergipe, em 28/07/1938, numa emboscada militar. Vaidosa, gostava de usar chapéus e 'pega-rapaz' sobre a testa. Passava a maior parte do tempo costurando em sua máquina de costura no acampamento. Foi criada no povoado de Malhada de Caiçara, Bahia. Tiveram 3 filhos: Ananias, Expedita e Arlindo. Em 2006 a prefeitura de Paulo Afonso restaurou a casa de infância de Maria Bonita, inaugurando ali o Museu da cangaceira. Sua vida é contada no seriado da TV Globo 'Lampião e Maria Bonita', e nos livros "A Trajetória Guerreira de Maria Bonita, a Rainha do Cangaço". de João de Souza Lima, e "Lampião. As Mulheres do Cangaço", de Antônio Amaury Correa de Araújo.

MARIA CURUPAITI – Dona-de-casa, Maria Francisca da Conceição nasceu em Pajeú, Flores (PE),  Baixa e muito magra, lutou na Guerra do Paraguai ao lado do marido, cabo dos Pantaneiros do Exército, entre 1964 a 1870, em vez de ficar no acampamento destinado às mulheres dos soldados. Vestiu-se com trajes militares masculinos no conflito, cortou os cabelos e continuou no front mesmo com a morte do marido. Os companheiros só descobriram que era mulher, quando foi atingida, por uma espada, na cabeça, e foi levada para o hospital. Por sua bravura, os colegas de farda passaram a respeitá-la como soldado. Morreu pobre no Rio de Janeiro. Lutou também na segunda Batalha do Tuiti, na fileira como número 42o do Corpo de Voluntários da Pátria. Nomeia uma rua de São Paulo (SP).


MARIA I, A LOUCA – Rainha de Portugal nascida 17/12/1734 em Lisboa, filha de D. José I, Maria Francisca Isabel Josefa Antônia Gertrudes Rita Joana sucedeu o pai em 1777. Usou o título de Princesa da Beira até se tornar rainha. Chegou ao Brasil em 07/03/1808 acompanhando seu filho D. João VI e o resto da corte portuguesa. Contrária à orientação do Marquês de Pombal, aceitou a demissão do mesmo quando assumiu o governo. A partir de 1792 deixou de participar efetivamente dos assuntos de Estado por causa da perturbação mental que sofreu. Seu filho, o príncipe D. João, passou então a exercer o poder. Começou a enlouquecer a partir da morte do filho, José. Foi declarada incapaz mentalmente em 1792. Morreu aos 81 anos em 20/03/1816 no Rio de Janeiro.



MARIA II – Rainha de Portugal nascida em 04/04/1819 no Rio de Janeiro, filha de D. Pedro I, imperador do Brasil, Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga casou-se com seu tio, D. Miguel, por motivos políticos (o casamento não chegou a se efetivar em vista da tenra idade da noiva e por motivo de rompimento entre D. Pedro e D. Miguel). Com a derrota de D. Miguel, ela ocupou o trono de Portugal em 1931, tendo o pai como regente. Em 1834 passou a exercer sozinha o poder. Casou-se no mesmo ano com Carlos Eugênio Napoleão, enviuvando logo após. Em 1936, casou-se com o príncipe Fernando de Saxe Coburgo e Gota, com quem teve 11 filhos. Apesar das agitações que tumultuaram seu governo, foi uma rainha competente. Era mãe de D. Pedro V. Foi a primeira rainha constitucional de Portugal. Morreu em 15/11/1853, em consequência de parto.

MARIA ANTONIETA DA ÁUSTRIA - rainha consorte da França nascida em Viena, Áustria, em 02/11/ 1755, filha do imperador do Sacro Império Francisco I e da Imperatriz Maria Tereza, Maria Antónia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena foi casada com o rei Luís XVI com quem teve um casal de filhos. Sua impopularidade contribuiu para aumentar o descrédito da monarquia no período anterior à Revolução Francesa. Foi morta na guilhotina em 16/10/1793, em Paris. Tornou-se odiada pelo povo francês por causa de sua insensibilidade em relação à miséria popular. Amiga do luxo, patrocinava festas caras, participava de jogos de azar e dava presentes valiosos para as amigas, o que lhe valeu o apelido de lésbica. Apaixonada por pedras preciosas caiu numa cilada pregada por uma mulher que lhe vendeu uma jóia falsa e falsificou sua assinatura. Acabou presa, julgada e executada na guilhotina em 07/1793, aos 37 anos, enquanto a multidão gritava “vivas”. Algumas horas antes, Maria Antonieta fora acusada pelo próprio filho, uma criança, de ter com ele praticado atos imorais. Um dia antes seus cabelos foram cortados no calabouço para melhor passar a lâmina no pescoço. Seus filhos foram entregues para conhecidos.


MARIA DO EGITO - Escrava mulata, nascida em 1828 em Aracaju, aos 30 anos, moveu um processo contra seu dono, Evaristo José Santana, exigindo sua alforria (liberdade), em troca de sua virgindade, e dos 14 anos que mantiveram relação sexual. Ele era casado, e para despistar a esposa, arranjou um casamento entre a escrava e seu sobrinho, de quem Maria acabou engravidando. Ao saber da gravidez, o proprietário dela rasgou a carta de alforria, espancou-a, fazendo com que ela abortasse. O juiz deu ganho de causa ao homem, sob alegação de que a palavra de uma escrava não merece confiança. Ela também recrutou pessoas para se juntarem à rebelião de Padre Cícero contra as tropas Rabelistas.

 

MARIA LEOPOLDINA – Arquiduquesa da Áustria e primeira imperatriz do Brasil nascida em 22/01/1797 em Viena, filha de Francisco I, da Áustria e de D. Maria Isabel de Bourbon Nápoles, Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo casou-se por procuração com D. Pedro I, imperador do Brasil, em 1817, sendo a primeira esposa dele. Partidária da Independência, teve papel importante na libertação do Brasil de Portugal. Em agosto de 1822 ficou como regente, quando D. Pedro viajou para a província de São Paulo para apaziguar a política local, que culminou com a proclamação da lndependência. Foi coroada imperatriz em 01/12/1822, considerada a primeira mulher a tornar-se chefe de estado no Brasil. Morreu ao dar à luz o sétimo filho, em 11/12/1826, no Rio de janeiro (RJ). Sua vida é contada nos livros "Imperatriz Leopoldina do Brasil", de Johanna Prantner e "Dona Leopoldina, Uma Habsburg no Trono Brasileiro, de Glória Kaizer, entre outros.
 


MARIA LUÍSA DA ÁUSTRIA – Imperatriz da Áustria nascida em Viena em 12/12/1791, filha de Francisco II da Alemanha e de Maria Teresa de Bourbon Sicília, Maria Luisa Leopoldina Francisca Teresa Josefa Lucia foi casada com Napoleão por procuração, deu a ele um filho, Napoleão II, coisa que a mulher dele, Josefina, não conseguiu. e irmã de D. Maria Leopoldina da Áustria (Mulher de D. Pedro I, do Brasil). Quando Napoleão foi exilado para a ilha de Elba, ela e o filho mudaram-se para a Áustria, mas foi forçada a se afastar do filho. Tornou-se duquesa de Parma, Piacenza e Guastalla e de Lucca de 1814 a 1847. Deixou o filho em Viena e se mudou para Parma com seu ajudante de ordens, o general conde Adão Adalberto de Neipperg, com quem qual teve vários filhos, casando-se com ele, após a morte de Napoleão. Ao enviuvar de Neipperg em 1829, casou-se pela terceira vez, com Charles René, conde de Bombelles. Morreu em 17/12/1847.



MARIA DE MÉDICIS – Rainha consorte da França nascida em Florença em 26/04/1573, filha de Francisco I, Grão Duque da Toscana, com a morte do rei, em 1610, tornou-se regente, já que seu irmão tinha apenas nove anos. Segunda esposa do rei Henrique IV, o primeiro dos Bourbon no trono francês, não soube governar. Tiveram sete filhos. Chegou a ser regente do reino durante a menoridade do seu filho Luís XIII da França. Em 1614 seu irmão Luís XIII foi declarado maior e em 1617 mandou matar Maria, que retirou-se do País. Enviuvando, Francisco se casou em 1578 com sua concubina Bianca Capello, que morreu envenenada pelo cunhado, o cardeal Ferdinando. Depois de perambular por vários países europeus, morreu em Colônia, na Alemanha em 03/07/1642.



MARIA ORTIZ – Dona-de-casa nascida em 14/09/1603 em Vila de Vitória, na capitania do Espírito Santo, filha de imigrantes espanhóis (seu pai era comerciante de vinhos e tinha uma taberna e ela perdeu a mãe ainda na adolescência), teria ajudado na expulsão dos holandeses, jogando sobre os invasores, tachos de óleo e água fervente na ladeira do Pelourinho de Vitória (tinha apenas 21 anos). Depois de dias de conflito, os holandeses foram expulsos com a chegada de uma esquadra portuguesa. Considerada heroína, seu nome ostenta a ladeira do Pelourinho, um bairro e uma escola da cidade. Morreu em 25/05/1646, em Vitória.



MARIA DO ESPÍRITO SANTO ARCO-VERDE - Índia caeté nascida no século XVI em Pernambuco, em 1510, filha de um cacique,Muira Ubi tinha esse nome por ser exímia em arco e flecha. Foi casada com o chefe militar Jerônimo de Albuquerque, colonizador português, com quem teve oito filhos. Condenado à morte, ela impediu que ele fosse assassinado, mas perdeu um olho na disputa com os índios. É conhecida como Princesa Tabajara. Morreu em 1558. Seu nome foi uma homenagem ao Dia do Pentecoste, celebrado no dia de seu batismo.




MARIA QUITÉRIA DE JESUS MEDEIROS – Revolucionária nascida em 27/07/1792 em São José das Itapororocas (BA), filha de portugueses, ficou conhecida como Patrono do Quadro Complementar do Exército. Tinha 22 anos quando alistou-se como ‘Soldado Medeiros’ (nome de seu cunhado), na artilharia para combater as tropas portuguesas da Bahia, que não reconheciam a Independência do Brasil (só depois eles perceberam que se tratava de uma mulher). Órfã de mãe aos 09 anos, na juventude caçava, montava, manejava armas de fogo e dançava lundus com os escravos. No final de 1822 começou a fazer parte do Batalhão de voluntários do Imperador, tornando-se oficialmente a primeira mulher a fazer parte de uma unidade militar, tendo alistado com a farda do tio, nas tropas que lutavam pela independência do Brasil, ingressando no Regimento da Artilharia, sendo mais tarde transferida para o Batalhão de Periquitos. Em 1823 recebeu de Dom Pedro, o posto de alferes e passou a carregar no uniforme a comenda de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. Muitas mulheres seguiram seu exemplo e ela se pôs a frente de uma campanha feminina, que se destacou na ação contra os portugueses que pretendiam desembarcar próximo à foz do rio Paraguaçu. Entrou depois para o Exército Libertador, sendo condecorada no Rio de Janeiro, com a insígnia de Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro. Foi casada com o lavrador Gabriel pereira de Brito e te uma única filha, Luísa da Conceição. Morreu em 19/08/1853, em Salvador, já quase cega.



MARIA STUART – Rainha da Escócia nascida em 08/12/1542 em Linlithgow Palácio, Escócia, subiu ao trono em 1561, era antipatizada pelos escoceses por ser católica (a maioria aderiu à Reforma) e pela vida desregrada que levava. Viúva de Francisco I, dois anos após o casamento, casou-se com o nobre Lord Darnley, que foi assassinado. Casou-se novamente, com o conde Bothwell, que tinha participado do complô contra Darnley. Sobrecarregou o tesouro real com despesas supérfluas e em 1558 uma revolta popular obrigou-a a abandonar o país. Refugiou-se na Inglaterra, sendo a princípio, bem acolhida pela prima Isabel, que mandou aprisioná-la ao saber de seu plano para tomar seu lugar. Ficou 18 anos encarcerada até ser decapitada aos 45 anos, em 08/02/1587.


MARIA TEREZA – Arquiduquesa da Áustria, rainha da Hungria e da Boêmia nascida em 13/05/1717, filha de Carlos VI, com a morte do pai em 1740, foi impedida de assumir o poder por várias potências européias dando origem à Guerra de Sucessão da Áustria. Mas sua ação enérgica fez com que seus direitos fossem reconhecidos em 1748. Casada com o imperador Francisco de Lorena, preocupou-se em dar unidade administrativa ao Estado austríaco, reformou o sistema de ensino, desenvolveu a agricultura, organizou o exército, promoveu o comércio e aboliu alguns privilégios da Nobreza, sendo considerada uma "déspota esclarecida". Chefiou um dos Estados mais importantes de seu tempo, governando grande parte da Europa, ficando 40 anos no poder. A partir de 1765,  associou ao trono seu filho e futuro sucessor, José II, que seria o continuador do despotismo na Áustria. Teve 16 filhos (3 morreram ainda na infância), entre eles, as rainhas Maria Antonieta de França e Maria Carolina das duas Sicílias e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico, José II e Lelpoldo I.  Na infância, gostava de praticar canto e arco e flecha. Apaixonada por cavalos, foi impedida pelo pai de fazer equitação. Sua educação ficou a cargo de padres jesuítas. Apaixonada pelo marido e muito ciumenta, sofria ao saber das várias amantes dele. Morreu em 29/11/1780.


MARIA TUDOR, A SANGUINÁRIA – Rainha da Inglaterra, Irlanda e França, como Maria I, nascida em 18/02/1516 em Greenwich, filha de Catarina de Aragão e Henrique VIII, subiu ao trono em 1553, após a morte de seu irmão, Eduardo VI. Durante seu reinado restabeleceu a religião católica na Inglaterra, proibiu o Protestantismo, e perseguiu cruelmente os protestantes, que foram queimados em fogueiras. Em 1533 seu pai decidiu anular o casamento com sua mãe para se casar com Ana Bolena, declarando Maria Tudor como filha ilegítima, excluindo-a da linha de sucessão. substituindo-a pela irmã, Isabel. Retornou ao trono através de uma lei aprovada em 1543. Foi casada com Filipe da Espanha em 1554, que era 11 anos mais moço, num casamento realizado para estreitar os laços entre as duas maiores monarquias católicas da época, e a cerimônia causou protestos da população. Não teve filhos, mas algumas gravidezes psicológicas. É reconhecida como a primeira mulher a obter sucesso na reivindicação do trono da Inglaterra, chegando a ser reverenciada pelo papa Paulo IV, com uma Rosa de Ouro.  Morreu em 17/11/1558 em Londres, Inglaterra. Sua vida é contada em vários livros, entre eles "Maria Tudor", de Victor Hugo e na série de TV "The Tudors", pela BBC, em 2007.




MARIA ÚRSULA DE ABREU E LANCASTRO – Soldado nascida no interior do Rio de Janeiro em 1682, é descendente da Casa Real de Lancaster, da Inglaterra, que foi derrotada na Guerra das Duas Rosas. Abandonou a casa dos pais aos 18 anos, fugindo de um casamento forçado, para Portugal, em 01/11/1700, onde se alistou no Exército, disfarçada de homem, com o nome de Baltasar do Couto Cardoso. Lá adotou trajes masculinos e o nome de Balthazar do Couto Cardoso e foi mandada servir na guarnição da Índia Portuguesa. Após dez anos de luta, sem revelar o sexo, deixou a vida militar para se casar com o tenente, Afonso Teixeira Arrais de Melo, em 12/05/1714, quando obteve baixa, data em que deixou seus disfarces e passou a vestir-se como mulher. Ela o defendeu de ser atacado, ficou gravemente ferida e descobriram que ela era mulher, ao tirar-lhe as roupas. Seus serviços foram reconhecidos por D.João V, rei de Portugal, que a beneficiou com uma pensão vitalícia. Morreu em Goa, Índia, cercada de honras. Conhecida como 'Mulher Soldado' e vestia-se com fardas militares, quando acompanhava o marido, que era governadfor do Forte de São João Batista, em Goa, em cerimônias. Sua vida é contada no livro "A Senhora de Pangim", do escritor Gustavo Barroso, de 1932.



MARIE-ANNE CHARLOTTE DE CORDAY D'ARMONT - Revolucionária política, monarquista, girondina nascida em Saint-Saturnin-des-Ligneries, Normandia, França, em 27/07/1768, assassinou a facadas o jornalista jacobino Marat, que defendia o Terrorismo jacobino. Por causa do crime, os clubes políticos femininos da época foram fechados e muitos girondinos, condenados à morte. Foi educada num convento, em Caen e devota dos ideais católico-iluministas. Morreu guilhotinada em Paris em 17/07/1793, quatro dias após o assassinato de Marat, que antes de morrer, pediu-lhe ajuda, que ela negou. Foi capturada ainda no banheiro (ele foi morto na banheira), confessou o crime e disse que não estava arrependida. Dispensou o carrasco e se posicionou embaixo da lâmina para ser executada. Antes, pediu desculpas ao pai, através de uma carta. Tinha 24 anos. Foi considera uma traidora, enquanto Marat virou mártir, nomeando escolas, ruas, e monumentos. Como último desejo, pediu que pintassem seu retrato, que está hoje no Museu de Versalhes, uma obra do pintor Jean-Jacques Hauer.



MARQUESA DE ALORNA – poetisa, tradutora, pedagoga e marquesa  nascida em 31/10/1750, em Portugal, Leonor de Almeida Lorena e Lencastre foi condessa de Oeynhausen e 7.ª condessa de Assumar. Filha do 2.º marquês de AIorna D. João de Almeida Portugal e de Leonor de Lorena e Távora, dos 8 aos 18 anos foi confinada junto com a mãe e a irmã no convento de Chelas, enquanto o pai foi preso na Torre de Belém, suspeito de ter tido conhecimento do crime dos Távoras. Durante o tempo de confinação, escreveu poemas e recebia cartas do pai, escritas por ele com o próprio sangue. Foi casada com o conde Carlos Augusto de Oeynhausen, com quem teve uma filha. Casou-se depois com o 6.º marquês de Fronteira, D. João José de Mascarenhas Barreto e teve seis filhos. Frequentadora do salão de Madame Necker, conheceu em 1780, Madame de Stael, com quem teve um romance, anos depois, no exílio. Era neta da marquesa de Távora e foi dama de companhia da princesa Carlota Joaquina, no Brasil, e de D. Maria I, mas voltou para Lisboa, com a morte do pai. Morreu em Benfica em 11/10/1839.



MATILDA DA INGLATERRA - Imperatriz nascida em Londres em 07/02/1102, Inglaterra, filha de Henrique I da Inglaterra e da princesa Matilde da Escócia, tornou-se única descendente legítima do trono depois que seu irmão morreu num naufrágio (ao todo teve 22 irmãos, filhos bastardos do seu pai). Ficou noiva de Henrique V, com 8 anos de idade, em 1109, enquanto o rapaz tinha 24, mas o casamento só aconteceu, em 1114, com celebrações extravagantes quando ela foi coroada Rainha dos Romanos. Não tiveram filhos. Com o segundo marido, Godofredo, ela teve 4 filhos. Consorte do Sacro Império, Condessa de Anjou e herdeira do trono de Inglaterra, não chegou a governar por causa da guerra civil chamada Anarquia. Para evitar uma guerra civil pela sucessão, seu pai nomeou-a como sua sucessora. Morreu num convento em Ruão, França, em 10/09/1169, após fugir para a Inglaterra.



NARCISA RIBEIRO – Escrava nascida em 1748 em Vila Rica (MG, atual Ouro Preto), pertencente ao sacristão Diogo Pereira, acabou sendo processada porque vivia como uma dama da sociedade e não como escrava: vestia-se como as mulheres ricas, usava saias de camelão (tecido de pêlo de cabra), calçava chinelas (na época as escravas andavam descalças) e não ia às missas. Não costumava ir às missas e possuía vestidos, apesar do preço alto. Por causa de seus gestos escandalosos teve a vida vasculhada entre 1748 e 1749, mas não se sabe se foi punida. Não se sabe ao certo a data de sua morte.


NEFERTITI Rainha do Egito Antigo em 1353 a.C, casou-se aos 12 anos com o faraó Amenófis IV no século 14 a.C. Teve vários bustos e relevos em sua homenagem, mas perdeu o prestígio para uma de suas 6 filhas. Morreu há 3.300 anos e seu corpo desapareceu. Mas arqueólogos acreditam que encontraram sua múmia há 100 anos. Em 2003 cientistas reproduziram seu rosto baseado em estudos e bustos. 








PRINCESA ISABEL - Princesa brasileira filha de D. Pedro II nascida em 29/07/1846 no Rio de Janeiro (RJ), sabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, foi casada com o príncipe francês, o conde D´Eu, com quem teve 3 filhos: Pedro, Luís Filipe e Antônio Gastão. Herdeira da coroa brasileira, por três vezes assumiu o governo do Império como regente durante as viagens do pai à Europa. Apoiou o movimento para extinção da escravatura e assinou a Lei do Ventre Livre (que libertou os filhos dos escravos) e a Lei Áurea (que aboliu definitivamente a escravidão negra no Brasil). Por causa disso foi chamada de “A Redentora” e condecorada pelo papa Leão XIII com a “Rosa de Ouro”. Deve-se à ela o primeiro recenseamento do Império, o desenvolvimento da viação férrea, a solução de limites territoriais e o estabelecimento das relações comerciais com os governos vizinhos. Morreu em 14/11/1921.



RAINHA CRISTINA rainha da Suécia nascida em Estocolmo em 18/12/1626, governou entre 1632 e 1654, sucessora do pai, o rei Gustavo II Adolfo, que morrem em batalha. Tinha seis anos quando subiu ao trono. Protegeu as artes e atraiu para sua corte muitos estudiosos. Adorava ciência, religião, alquimia e música. Recusou-se a casar e abdicou em 1654, deixando o país em má situação. Foi recebida pela Igreja Católica Romana em Innsbruck, e no ano seguinte, estabeleceu-se em Roma. Suas duas tentativas para reconquistar o trono (1660 e 1667), falharam. Dormia três a quatro horas por noite e se vestia como homem, por achar mais prático. Apesar da beleza, não tinha vaidade e raramente penteava os longos cabelos rebeldes.Também vivia com eles em rodas de conversas e seu comportamento masculino inspirou romances, peças teatrais, óperas e filmes. Sua grande paixão da juventude foi a amiga Ebba Sparre, com quem trocava cartas românticas, e chegou a se apaixonar pelo primo, Carlos Gustavo. Morreu em Roma em 19/04/1689, com 63 anos. O nome da rainha está em rio e num Forte, Sua vida é contada no filme "Rainha Cristina", com Greta Garbo e no teatro com a peça "Queen C". A rainha tornou-se um símbolo do lesbianismo e do feminismo.



SISSI (rainha Elisabeth da Áustria) – Imperatriz da Áustria e Rainha da Hungria nascida em 24/12/1837 em Munique, Elisabete Amália Eugênia casou-se com seu primo, Francisco José em 1854 e com ele assumiu a coroa real da Hungria em 1867. Era amazona, poetisa e poliglotaPor causa de sua beleza e dedicação a obras filantrópicas, teve grande popularidade. Visitou orfanatos, asilos e feridos de guerra em hospitais em plena epidemia de cólera. Anoréxica, de tanto vomitar tinha mal hálito e os dentes estragados (por isso quase não sorria e evitava falar). Tinha medo de envelhecer e passava 3 horas por dia na frente do espelho para pentear os cabelos de 1,30m de comprimento. Mandou construir salas de banhos nos palácios para que todos passassem a tomar banho diariamente (fato pouco comum na época), mandou que as criadas usassem uma bolsinha com sangue para que as pulgas ali se instalassem e parassem de picá-las e transmitissem doenças. Criou um programa de alfabetização dos súditos, pioneiro na Europa, defendeu o nacionalismo da Hungria, fato que foi decisivo para a criação da monarquia dual (austro-húngara, em 1867). Foi casada com o imperador da Áustria-Hungria, Franz Joseph. Foi morta a punhaladas por um anarquista italiano em Genebra em 10/09/1898. Sua vida é contada no filme “Sissi”. Sua vida foi abalada pela morte do filho único, Arquiduque Rodolfo em 1889.



SUSAN BROWNELL ANTHONY – Ativista, sufragista, abolicionista, filha de produtor de algodão nascida em 15/02/1820, em Adams, Massachussetts, junto com Elizabeth Cady lutou pelo direito de voto das mulheres, chegando a ser presa por votar, em 1872 e condenada a pagar U$100 por desobedecer às leis. Ela se recusou a fazer o pagamento e pediu que fosse encarcerada, como determinava a legislação, mas o pedido foi negado. Entre 1846 e 1849, ingressou na Academia Eunice Jenyon1s Quaker, em Nova Iorque, percorrendo todo o país lutando contra a opressão feminina e a abolição da escravatura. Em 1856 trabalhaou na American Anti-Slavery Society. Morreu solteira, em Rochester, Nova Iorque (EUA), em 13/031906, aos 86 anos. Foi musa inspiradora de vários escritores.







 
TEODORA – Imperatriz do Império Bizantino, nascida em 500, filha de um tratador de ursos, foi dançarina, atriz e cortesã. Casada com Justiniano I, exerceu grande influência nas atitudes do marido. Durante a revolta de 530, que quase derrubou o imperador, ela se recusou a fugir com ele e pronunciou a frase: “Tu podes fugir, César, tens teus navios, teu tesouro e o mar é livre. Quanto a mim, fico, pois aprecio a velha máxima que diz ser a púrpura uma bela mortalha. Justiniano acabou enfrentando e derrotou os adversários. Foi responsável pelo afastamento de Belisário, o melhor general de Justiniano, do comando do exército bizantino. Advogou os direitos das mulheres casadas a cometer adultério, e os direitos de mulheres serem socialmente apoiadas. Também defendeu as prostituas. Morreu em 28/06/548. Foi canonizada e seu dia é comemorado em 14 de novembro.

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