ARTISTAS PLÁSTICAS E DESIGNERS



ABIGAIL DE ANDRADE – Pintora e desenhista nascida em 1864 em Vassouras (RJ), filha de fazendeiros do café, foi a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro de 1º grau em um salão nacional, em 1884. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e os 18 anos, em março de 1882, participou da primeira exposição organizada pela Sociedade Propagadora das Belas Artes. Enfrentou a sociedade por ter tido uma filha, Angelina Agostini, com seu professor Angelo Agostini, que era casado. O casal chegou a fugir para Paris, onde surgiu a segunda gravidez, mas o bebê não resistiu.  Pintou apenas 50 quadros, que estão na casa de colecionadores. Suas pinturas são tão reais, que parecem quadros e através deles é possível observar o cotidiano carioca, da época. Morreu em 1890, em Paris, França. Sua filha tornou-se também artista consagrada.


ANGELINA AGOSTINI - Pintora, desenhista e escultora nascida no Rio de Janeiro em 1888, aprendeu a pintar com o pai, o pintor Angelo Agostini e com a mãe, Abigail de Andrade, pintura e desenhista. Depois freqüentou a Enba, Escola Nacional de Belas Artes. Em 1911 recebeu menção honrosa na 18ª Exposição Geral de Belas Artes de  e na edições seguinte ganhou a pequena medalha de prata. Em 1913, com a tela "Vaidade", recebeu o Prêmio Viagem ao Estrangeiro concedido pelo Salão Nacional de Belas Artes, e no ano seguinte mudou-se para Londres, Inglaterra. Em Paris, expôs na Société Nationale des Beaux Arts e no Salão da América Latina. Em Londres, expôs na Academia Real Inglesa, na Society of Women Artists e no Imperial War Museum. Durante a Primeira Guerra Mundial, alistou-se na Cruz Vermelha. Morreu em 1973.
 

ANITA MALFATTI - Artista plástica nascida em 02/12/1896, em São Paulo (SP), filha da professora de pintura norte-americana, Betty Krug,  e do engenheiro italiano Samuele Malfatti, Anita Catarina Malfatti, participou da Semana da Arte Moderna e foi considerada a pioneira do modernismo no Brasil. Estudou pintura na Alemanha, onde recebeu influência do expressionismo e do cubismo francês. Expôs pela primeira vez em 1914. Em 1921, aos 17 anos, abalou São Paulo com suas telas expressivas e cubistas. A mostra que reuniu 53 obras foi criticada por Monteiro Lobato e outros intelectuais da época, e por causa disso alguns compradores devolveram as obras adquiridas. Anita nunca se recuperou do impacto, mas continuou vivendo do seu trabalho. Não se casou, mas teve um romance com o escritor Mário de Andrade. Morreu em 06/11/1964 aos 68 anos.





 
BÁRBARA HEPWORTH – escultora inglesa nascida em 10/01/1903 em Yorkshire, Inglaterra, filha de um engenheiro civil, seus trabalhos em pedra e bronze são em estilo abstrato. Entre 1933 e 1935 fez parte, em Paris, do grupo Abstraction-Création. Expôs na IV Bienal de São Paulo em 1959 recebendo o prêmio de melhor artista estrangeiro. Casou-se duas vezes e teve 4 filhos, sendo que o mais velho, Paul, morreu num acidente de avião da Força Aérea, na Tailândia. Estudou na Wakefield Girl's Hight School e acabou ganhando uma bolsa de estudos, ao ser premiada num concurso de música, em 1920. Morreu num incêndio acidental em seus estúdios, da Trewyn, em 20/05/1975, com 72 anos em Saint Yves, Cornualha. Tem dois museus com seu nome: em St Ives e em West Yorkshire. Em 2011, sua escultura "Two Forms", foi roubada em Dulwich Park, em Londres e acredita-se que os ladrões estavam em busca de sucata. A peça estava segurada em 500 mil libras.



BERTHE MORISOT pintora impressionista nascida em 14/01/1841 em Bourges, França, filha do admnistrador, Fragonard, Berthe Marie Pauline Morisot começou a pintar muito jovem. Expôs pela primeira vez, aos 23 anos, no Salão de Paris, em 1864. Seus quadros retratam a vida familiar da burguesia. Amiga de Manet, o incentivou ao ar livre e serviu como modelo para os quadros dele. Casada com Eugene, irmão de Édoard Manet, sua casa virou ponto de encontro de impressionistas. É considerada uma das grandes damas do Impressionismo. Tinha duas irmãs, Yves Ema e um irmão, Tiburce. Morreu de pneumonia, em 02/03/1895 doença que contraiu da única filha, Julie. Está enterrada no cemitério de Passy, em Paris.

CAMILLE CLAUDELL – Escultora nascida em 08/12/1864 em Villeneuve-sur-Fère, França, filha de um hipotecário e uma dona-de-casa, seu talento só foi descoberto 40 anos após sua morte. Amante de seu professor, o escultor Rodin (ela tinha 18 anos e ele, 42), foi incentivada por ele a destruir seu ateliê e trabalhar com exclusividade para ele. Ele a humilhava tanto, que aos 30 anos, Camile começou a beber, abortou, engordou e passou a destruir suas esculturas. Morreu em 19/10/1943 aos 46 anos no Hospício Montdevergues, onde fora internada pela família em 1913 após a morte do pai. Casado com Rose Beuret, Rodin morreu chamando por Camille. Sua vida é contada no filme “Camille Claudell”.

CHARLOTTA ADLEVORÁ - Pintora, artista gráfica, ilustradora, artista visual, diretora de arte, publicitária, gravadora e desenhista nascida em 1908 em Berlim, Alemanha, estudou na Escola de Artes e Ofícios Berlim-Charlottenburg e em 1939, morando em São Paulo (SP), naturalizou-se brasileira. A partir de 1952 dedicou-se à pintura. Realizou sua primeira exposição individual em Nova Iorque em 1965. Charlotta foi também uma das precursoras da história da propaganda no Brasil, trabalhando em agências até 1965, e expondo nas galerias das agências J. Walter Thompson, em São Paulo e Nova Iorque, entre 1964 e 1971.Morreu em 1989 em São Paulo.







DJANIRA – pintora, desenhista, ilustradora e gravadora nascida em Avaré (SP) em 20/06/1914, filha de um dentista ambulante, Djanira Mota e Silva foi abandonada pelo pai em casa de amigos. Na juventude foi para São Paulo e passou a vender mercadorias. Tuberculosa, internou-se num sanatório em São José dos Santos (SP), onde começou a desenhar. Mudou-se para o Rio de Janeiro e criou o ateliê-pensão. Estudou 5 anos com o pintor romeno Emerci Mercier (que a ensinou em troca de comida), e no Liceu de Artes e Ofícios. Expôs pela primeira vez em 1942 no salão de Belas Artes do Rio de Janeiro. Depois expôs na América e na Europa. Ganhou vários prêmios. Chegou a ingressar na Ordem das Carmelitas, mas nunca deixou de pintar. Em suas telas retratou um Brasil alegre, pobre e trabalhador. Para pintar o país, viajava em lombo de burro. Morreu em 31/05/1979, no Rio de Janeiro.

DOLORES OLMEDO - Colecionadora de arte pré-hispânica, filha de um advogado e de uma professora premiada, Dolores Olmido Patiño, foi grande amiga do pintor Diego Rivera (1886-1957) e guardiã das obras dele.  Perdeu os pais ao sete anos e sua mãe teve que trabalhar para sustentar a família, cheia de filhos. Aos domingos, sua casa era aberta para receber artistas que se reuniam em debates, o que era avançado para a época. Para a mãe de Dolores, essa era uma forma de inserir os filhos nas artes. Ela conheceu Diego num elevador da Secretaria de Educação e neste mesmo dia, ele a convidou para ser modelo vivo em suas pinturas. Com a autorização da mãe, que não sabia que a filha posaria nua, os dois se tornaram grandes amigos (a mãe de Lola acabou recebendo de presente a tela com a filha pelada). Lola e Diego foram apresentados pelo inglês raciado no México, Howard S. Phillips, publisher da revista americana Mexican Life, que mais tarde se tornaria seu marido. Vinte e cinco anos mais velho, ele era ciumento. Casaram-se em 1935 e tiveram quatro filhos. Ele obrigou a esposa a devolver a Rivera o quadro nu da esposa, com um bilhete: "Devolvo essas obras porque estou convencida de que não me foram oferecidas de boa-fé". Já casada, Dolores se tornou empresária e a maior colecionadora das obras de Diego, se tornando a primeira "mulher de negócios" do México. Ela chegou a conseguir uma petição do presidente em exercício da época, estabelecendo que todas as obras do amigo fossem transformadas em patrimônio histórico. Por gratidão, Rivera cedeu os direitos autorais e suas últimas obras à Lola, como era conhecida. Há suspeitas de que os dois tenham tido um romance e por isso, despertado ciúmes da pintora Frida Kahlo, com quem era casado. Lola se separou de Phillips em 1948, mas continuaram vivendo na mesma casa por dez anos, onde hoje é o museu (uma mansão) que leva seu nome, onde são guardadas as obras de Diego e Frida, bem como cartas de amor trocadas pelo casal e fotos, em Xochimilco, na Cidade do México. Dois anos antes, Diego voltou a entregar a tela com a amiga nua: "Devolvo essas telas hoje, 16 de agosto de 1955, porque sei que agora não duvidarás da minha boa-fé", porque ela é a única que existe para mim. A fé em meu grande amor não só persistiu, mas aumentou". O museu foi inaugurado em 1994. Dolores morreu em 2002, aos 93 anos.

EVA GONZALES – pintora francesa nascida em Paris em 1849, filha do romancista Manoel Gonzales, teve a permissão de escrever nos quadros: “aluna de Manet”. Suas cores são densas e seus contornos bem delineados. Foi casada com o artista Henri Guerard. Morreu em 1883 após um parto difícil.

FRIDA KAHLO– pintora nascida em 06/07/1907 no México, Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, só foi reconhecida após sua morte. Aos 7 anos teve poliomelite, que a deixou manca. Aos 18 sofreu um acidente de trem, quando fazia um passeio com o primeiro namorado, Alejandro, que a abandonou em seguida. No acidente um ferro atravessou sua bacia e entrou em sua vagina (ela disse que foi assim que perdeu a virgindade). Por causa disso nunca pôde ter filhos, mas chegou a ficar grávida e sofreu três abortos espontâneos. Pintou seu primeiro quadro aos 19 anos, quando seu pai colocou um espelho no teto para que ela visse como ficou após o desastre. Seu principal tema era o próprio corpo retalhado vestido com trajes mexicanos. Aos 22 anos entrou para o Partido Comunista onde conheceu o muralista Diogo Rivera, de 43 anos, com quem se casou em 1929 (Diogo a traiu com Cristina, irmã de Frida). Teve romances com homens e mulheres: o líder comunista Leon Trotski, o escultor Isamu Moguchi, o fotógrafo americano Nicholas Muray (diziam que na cama com as amantes, ela era melhor do que os homens). Vestia-se com trajes exóticos inspirados nos índios mexicanos, usava drogas, bebia e dava festas agitadas. Vaidosa, adorava fitas e saias e escondia os coletes ortopédicos com ajuda de anáguas e jóias. Morreu de embolia pulmonar em 13/07/1954 aos 47 anos. Diogo transformou a casa em que moravam na Cidade do México num museu de obras de Frida (há suspeitas de que ela tenha cometido suicídio por causa das dores insuportáveis). Sua vida é contada no filme 'Frida' e no livro 'O Diário de Frida Kahlo'.


GEORGINA MOURA ANDRADE DE ALBUQUERQUE – pintora, retratista e paisagista nascida em 04/02/1885 em Taubaté (SP), participou de exposições no Brasil e exterior. Em 1904 mudou-se para o Rio de Janeiro e estudou na Escola Nacional de Belas Artes, Enba, onde mais tarde foi professora de artes e diretora. . Sua obra é marcada pela luminosidade e pela cor. Um de seus quadros mais famosos é o ‘Sol de Verão’. Foi casada com o pintor Lucílio de Albuquerque. Em 1940 funda o Museu Lucílio de Albuquerque em sua casa, no barrio de Laranjeiras, Río de Janeiro. Morreu em 1962 no Rio de Janeiro.



LINA BO BARDI – Arquiteta e artista plástica nascida em 1914 em Roma, Itália, filha de um engenheiro, em 1945 fundou com Bruno Zevi o semanário 'A', de Arquitetura e Urbanismo, dedicado aos problemas habitacionais decorrentes da Segunda Guerra Mundial. Sua marca registrada era a integração à paisagem de elegantes formas arquitetônicas, geralmente caixas de concreto e vidro. Costumava dizer que era stalinista, militarista e antifeminista. Durante a vida realizou mais de cem projetos. Veio para o Brasil em 1946 a convite de Assis Chateaubriand para projetar o Masp de São Paulo. É dela também o projeto do Sesc Pompéia e a Casa de Vidro (SP) Acabou casando-se com o fundador do museu, Pietro Maria Bardi. Não teve filhos. Morreu em 20/03/ 1992 em São Paulo aos 77 anos de embolia pulmonar. Sua vida é contada no livro ‘Lina Bo Bardi’.


LÍGIA KLARK– pintora e escultora brasileira nascida em Belo Horizonte (MG) em 23/09/1920 estudou em Paris e fez parte do grupo brasileiro Frente, de tendência concretista. Em 1947 foi para o Rio de Janeiro, trabalhar por orientação de Burle Marx. De 1954 a 1958 desenvolveu uma pintura de extração construtivista, restrita ao uso do branco e preto em tinta industrial, em articulações tridimensionais, Casulos e Trepantes, onde vai se insinuando a participação do espectador. Em 1957 participou da I Exposição Nacional de Arte Concreta no Rio de Janeiro. Em 1961 conquistou o prêmio de melhor escultora nacional. Na década de 70 morou em Paris, onde lecionou na Sorbonne. Morreu no Rio de Janeiro em 25/04/1988. Não gostava de ser chamada de artista.



LOTA DE MACEDO SOARES - Arquiteta e feminista, nascida no Rio de Janeiro, ficou famosa nos anos 60, mesmo não tendo cursado faculdade. Viveu com a poetisa americana Elizabeth Bishop, no Brasil.



LYGIA PAPE – artista plástica nascida em Nova Friburgo (RJ) em 1929, identificou-se com o movimento conhecido por neoconcretismo. Considerada uma das mais importantes representantes da arte contemporânea no Brasil, começou a carreira com o abstracionismo geométrico. Foi também professora na Faculdade de Arquitetura Santa Úrsula e na Escola de Belas Artes da UFRJ. A  partir de 1962, passou a trabalhar com cinema, fazendo roteiros, cartazes e produção. Morreu em 03/05/2004, no Rio de Janeiro, aos 77 anos.

MARGARETH MEE - Ilustradora nascida em Chesham, Inglaterra em 22/05/1909, Margaret Ursula Mee, veio para São Paulo (SP) em 1952, acompanhando o marido. Apaixonada pela Mata Atlântica, começou a pintar plantas e flores que encontrava. Também fez expedições pela Amazônia entre 1956 e 1988, quando colecionou espécies de plantas, algumas batizadas em sua homenagem. Em 1962 foi convidada pelo Instituto de Botânica de São Paulo para ilustrar a seção de bromélias da "Flora Brasílica". Em 1968 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou com Guido Pabst em seu livro sobre as orquídeas brasileiras. Escreveu "Em Busca de Flores na Floresta Amazônica". Morreu em 30/11/1988 num acidente de carro em Leicester, Inglaterra após fundar o ‘Margaret Mee Amazon Trust’ com o objetivo de preservar suas pinturas e oferecer bolsas de estudos para cientistas brasileiros.

MARIA BONOMI – pintora, cenógrafa, figurinista e gravadora brasileira nascida em 08/07/1935 em Meina, Itália, Maria Anna Olga Luísa Martinelli Bonomi, veio para o Brasil aos 9 anos e estudou técnica de gravura com Lívio Abramo. Começou a expor em 1952 e fez sua primeira individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1956. Seus trabalhos mais expressivos são a xilogravura. Neta de Giuseppe Martinelli, construtor do primeiro arranha-céu da América Latina, o edifício Martinelli, em 1960 fundou o Estúdio Gravura, com Lívio Abramo. Em 2004 foi representada na minissérie "Um Só Coração", da TV.



Maria Helena Vieira da Silva - Pintora nascida em Lisboa em 13/06/1908, filha do embaixador Marcos Vieira da Silva, ficou órfã de pai aos três anos, tendo sido criada pela mãe e pelo avô, o director do jornal ‘O Século’. Começou a pintar e fazer esculturas em 1914. Foi casada com o pintor húngaro Arpad Szenes. Em 1935 expôs sua pintora em Portugal. No ano seguinte participou da associação ‘Amis du Monde’, criada por vários artistas parisienses devido ao desenvolvimento da extrema direita na Europa. Veio para o Brawil em 1939 fugindo da guerra. Vende obras para museus, realiza tapeçarias e vitrais, trabalha em gravura, faz ilustrações para livros e cenários para peças de teatro. Em 1962 ganhou o Grande Prémio da Bienal de São, e no ano seguinte o Grande Prêmio Nacional das Artes em Paris. Morreu em Paris em 06/03/1992.

Maria Werneck de castro - Ilustradora botânica nascida no Rio de Janeiro, teve seus trabalhos mostrados em duas séries de selos dos Correios. As 55 anos resolveu dedicar-se à ilustração botânica depois de ser consagrada como desenhista de documentação científica. Com a aposentadoria aos 77 anos resolveu desenhar apenas espécies ameaçadas de extinção. Morreu em 2000 aos 94 anos de pneumonia.





Marie Bracquemond Pintora nascida em 1841 na Bretanha, estudou pintura no atelier de Ingres em Paris. Sua obra foi exposta pela primeira vez no salão de Paris em 1874. Parou de pintar por volta de 1890. Foi casada com o artista Felix Bracquevmont com quem teve o filho, Pierre. O casamento era conturbado por causa do ciúme e a inveja de Felix. Morreu em 1946.


Mary Cassatt – Pintora nascida em 22/05/1844 em Allegheny (EUA), filha de um homem de negócios, aos 16 anos entrou para a Pennsylvania Academy of Fine Arts onde ficou por 4 anos, até a família mudar-se para a França. Viajou por vários países e participou de várias exposições. Seus temas preferidos eram as cenas familiares. Em 1912 viajou para o Egito em companhia do irmão, que morreu no meio da viagem. Deprimida e com catarata, passou a usar cores mais fortes em seus quadros. Foi casada com o pintor Degas. Morreu em 14/06/1926, na França.

Nicolina Vaz de Assis Pinto do Couto - Escultora nascida em Campinas (SP) em 1874, foi aluna da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. Viajou para Paris como pensionista do Estado de São Paulo. Foi casada com o escultor português Rodolfo Pinto Couto. Sua escultura no túmulo do General Couto de Magalhães, no Cemitério da Consolação foi a primeira manifestação do "art-nouveau" em São Paulo, mostrando uma figura feminina, simbolizando a glória, homenageando o último presidente da Província de São Paulo. Em 1913 foi contratada pela prefeitura de São Paulo construir uma fonte de mármore branco de Carrara e bronze, destinada a embelezar a esplanada em frente à Catedral da Sé, mas imprevistos atrasaram sua implantação em mais de dez anos. Optou-se, então, por destiná-la à Praça Vitória, junto à avenida São João e ruas Aurora e Vitória, no bairro de Santa Ifigênia. A medida visava embelezar a avenida mais larga da cidade na época. Em 1927, a fonte foi montada e inaugurada. No mesmo ano, a praça passou a se chamar Júlio Mesquita. Morreu no Rio de Janeiro em 1941.


Niki de Saint-Phalle - Escultora e pintora nascida em Paris, filha de um banqueiro nascida em 29/10/1930, começou a carreira nos anos 50 com os quadro-surpresa, nos quais o público tinha de disparar uma carabina em bolsas de tinta que explodiam sobre uma superfície de gesso para compor a obra. 1944Niki pinta de vermelho vivo as folhas da videira que cobrem os órgãos sexuais das esculturas gregas que decoram os pátios da escola Brearly. A diretora exige que ela se submeta a tratamento psiquiátrico ou que abandone a escola. Os pais transferem-na para outra escola religiosa em Suffern, Nova Iorque. Em 1965 criou suas primeiras 'nanas', garotas coloridas de papel marchê, gesso e tecido. Em 1966 expôs uma gigantesca figura feminina no Museu de Arte Moderna de Estocolmo, na qual o público entrava pela vagina, o que causou críticas da imprensa. Foi casada com o suíço Jean Tinguely. Morreu de doença pulmonar na Califórnia em 21/05/2002.

Regina da Costa Pinto Dias Moreira – Restauradora brasileira nascida na Bahia, trabalha na oficina do museu do Louvre em Paris há mais de 30 anos. Foi responsável pela restauração de quadros de Rafael, Botticelli e Monet. Estudou Belas Artes na Espanha em 1964, fez estágio no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa e no Instituto Real do Patrimônio Artístico de Bruxelas, na Bélgica. Entrou para o Louvre por concurso em 1973. Por cada quadro recebe entre 80 a 120 mil dólares.



Renina Katz – artista plástica nascida em 1926 em Niterói (RJ), filha de imigrantes poloneses, estudou gravura em madeira com o austríaco Axel Leskoscheck e metal com o italiano Carlos Oswald. A partir de 1948 expôs pintura, gravura, litografia (impressão em pedras) e aquarelas, em mostras coletivas ou individuais, no Brasil e no exterior. Em 1951, recebe o prêmio de viagem ao país no Salão Nacional de Arte Moderna. De 1951 a 1965 em São Paulo deu aulas de desenho e gravura no Museu de Arte e na Fundação Álvares Penteado. Novamente no Rio, lecionou no Museu de Arte Moderna. De 1973 a 1983 ensinou programação visual na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (SP).


Rosa Bonheur – Pintora nascida em Paris em 16/03/1822, filha de um professor de desenho, Maria Rosalie Bonheur aprendeu com ele algumas técnicas artísticas. Aos 11 anos perdeu a mãe e foi trabalhar numa casa de costura para ajudar a criar os 4 irmãos. Gostava de retratar animais e começou a procurar seus modelos em museus e matadouros (levava partes de animais mortos para o sótão de sua casa). Para evitar cantadas, cortou os cabelos e passou a vestiu-se de homem. Aos 31 anos, em 1953, expôs sua tela enorme, ‘Feira de Cavalos’ no salão de Paris chamando a atenção da imperatriz Eugênia que a condecorou com a recompensa ao mérito, o Oficial da Legião de Honra, sendo a primeira mulher a alcançar esse título. Passou a viajar por fazendas até se instalar numa floresta, reunindo grande variedade de animais, como leões, raposas e pássaros, ficando conhecida como a “Diana de Fontainbleau”. De volta a Paris começou a desenhar no circo e no show de Far West americano que Buffalo Bill estava apresentando na Europa. Atualmente o quadro ‘Feira de Cavalos’, de 25X5 metros ocupa o centro de uma galeria do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque. Não se casou, apesar dos pretendentes. Morreu em 25/05/1899.

Suzanne Valadon – pintora nascida na França em 23/09/1865, suas obras representam figuras humanas, dotadas de esplêndido vigor, contornos intensos e cores chapadas. Morreu em 07/04/1938.








Tarsila do Amaral Pintora paulista nascida em Capivari (SP), em 01/09/1886 filha de produtores de café, foi musa do Movimento de 1922, ao lado de Pagu, Anita Malfatti, Eugênia Moreira e Elsie Houstou. Teve obras expostas no mundo inteiro. Entre 1920 e 1922 morou em Paris. Em 1926 seu quadro Abaporu (canibal, em tupi-guarani) inspirou o movimento Antropofágico lançado por Oswald de Andrade, seu segundo marido (ele a traiu com Pagu). O primeiro casamento foi aos 20 anos, com um primo de sua mãe, André Teixeira Pinto, pai de sua única filha, Dulce. Seu terceiro casamento foi com o psiquiatra Osório César, que a fez entrar para o Partido Comunista. Os dois viajaram para a União Soviética e na volta, Tarsila foi presa por um mês, e com o jornalista Luís Martins (ela tinha 64 anos, e ele, 43), que a traiu com a sobrinha dela, a escritora Anna Maria. Sua neta, Beatriz, morreu afogada ainda criança. Morreu pobre em 17/01/1973, de câncer, aos 86 anos. Nos anos 90 'Abaporu' foi vendido por 1,4 milhão de dólares, um dos maiores valores já pagos por uma tela de artista brasileiro.

Tomie Ohtake – Artista plástica, nascida em 1913 Kyoto, naturalizada brasileira, fez carreira internacional, sendo premiada no Salão Nacional de Arte Moderna, em 1960. Em 1972, suas litografias foram exibidas na Bienal de Veneza. Em 1988, criou uma escultura pública comemorativa dos 80 anos da imigração japonesa, em São Paulo, e foi condecorada com a Ordem do Rio Branco. Sua pintura privilegia a cor. Começou a pintar aos 39 anos, quando viu uma exposição do pintor japonês Keisuke Sugano, em São Paulo, em 1952.

Yara Tupinambá – Pintora brasileira nascida em Montes Claros (MG), começou a pintar aos 12 anos. Nos anos 60 e 70 deu aulas de gravura e mural na Escola de Belas-Artes da UFMG. Atualmente dá cursos em casa, no bairro Serra, em Belo Horizonte. Tem mais de 3 mil trabalhos espalhados pelo Brasil e exterior.



Yoko Ono – Artista plástica e compositora nascida em 18/02/1933 em Tóquio, Japão, é conhecida como a viúva do cantor John Lennon, assassinado em 1982. Após a morte dele, jamais se envolveu com outro homem. Os dois tiveram um filho. Em 1964 representou no teatro a peça ‘Cut piece’, em que a platéia cortava pedaços de seu vestido branco até ficar nua. A idéia era protestar pela paz. Em 2003 a performance foi repetida, mas desta vez Yoko, aos 70 anos, usou vestido preto em protesto contra os ataques ao edifício World Trade Center, em 2001, nos Estados Unidos. Seu nome significa "Filha do Oceano. Teria sido responsável pelo fim dos Beatles, conjunto musical que fez sucesso nos anos 70, do qual Lennon era seu integrante. seu nome significa "Filha do Oceano".

Zina Aita – Pintora, ceramista e desenhista nascida em Belo Horizonte (MG) em 1900, filha de italianos, estudou em Florença, Itália. Retornou ao Brasil em 1920 e no Rio de Janeiro entrou em contato com os modernistas Manuel Bandeira e Ronald de Carvalho. Realizou a primeira mostra individual no Palácio do Conselho Deliberativo de Belo Horizonte em 1920 sendo considerada uma das precursoras do modernismo em Minas Gerais. Participou da Semana de Arte Moderna em 1922 em São Paulo expondo seus quadros. Também fez ilustrações para a revista ‘Klaxon’. Voltou para a Itália em 1924, quando passou a se dedicar à cerâmica e a dirigir a fábrica que comprou em Nápoles. Morreu na Itália em 1967.

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