domingo, 20 de abril de 2014

Os segredos de Jabor e o nosso casamento!

Nesta semana recebi, por e-mail, uma crônica de Arnaldo Jabor, sobre casamento. Nela, o jornalista fala sobre a felicidade e a disposição em se manter uma relação com a mesma pessoa por muitos anos, dá sugestões e dicas para um casamento bem sucedido, e critica os relacionamentos atuais, com pouca durabilidade. Casado há 30 anos, Jabor deixa claro que as discussões fazem parte do cotidiano de todo casal, mas que o mais importante é saber lidar com os conflitos, e que a compreensão e a ponderação, são os pontos mais importante diante dos problemas. Ele reclama da acomodação e sugere uma renovação no casamento, através de conquistas, namoros, nova lua-de-mel, e mudanças internas.
Os conselhos de Jabor seriam de muita serventia, se todos os homens tivessem este olhar de respeito e romance em relação à mulher. Dado às artes, viajado, intelectual, o cronista tem uma maturidade que o sexo masculino ainda precisa aprender. No dia-a-dia, o que encontramos são maridos impacientes, exigentes, chatos, que não nos elogiam, não nos levam para sair e não nos presenteiam. São homens amargos, estressados, que vivem no casamento uma solidão que nos incomoda. Há, apenas uma divisão de teto e de despesas, mas não de compreensão e de carinho. 
Os casamentos sempre foram motivos de discussão e análise, já que é uma relação difícil entre pessoas de famílias diferentes que se unem por vários motivos, sejam eles financeiros, sociais, amorosos, etc. E não é difícil manter um casamento, desde que não haja muitas exigências. É o que acontecia até algumas décadas atrás, quando as uniões se davam por interesse e não por amor. Sem vontade de ficar com as esposas, os maridos as traíam sem provocarem muitos transtornos, e não raro tinham outras famílias paralelamente. Desta forma, os casamentos poderiam durar muitos anos. Sem contar que o sexo feminino não tinha o direito de reclamar dos homens com quem escolheram para viver.
Humberto, eu e Dudu, nosso filho
Ao contrário de Jabor, tenho apenas oito anos de casada e meu marido já saiu de casa duas vezes, sendo a primeira delas, ainda recém-casados. Somos muito diferentes, mas nunca havíamos brigado seriamente na época do namoro. Isso só veio a acontecer, depois que passamos a morar juntos, e a conhecer o outro em todas as suas minúcias. Os defeitos, então, ficaram evidentes e se tornaram o foco das nossas discussões, enquanto o diálogo foi ficando cada vez mais escasso.
Da primeira vez que o Humberto foi embora, chorei muito e ele voltou para casa no dia seguinte. A segunda vez foi quando nosso filho estava com sete meses. Indiferente comigo e reclamão, preferi que me deixasse, mas insisti e ele retornou algumas semanas depois. Porém, acho que ele se acostumou com a vida livre, e já não caibo dentro dela como antes. Não que me traia com outras mulheres, mas meu marido se tornou ainda mais sério e mais contido em suas palavras. E não aprendemos com os erros, como era de se supor. Continuamos com as cobranças e com as discussões. Em alguns momentos, acreditamos que a separação é o melhor caminho, mas por vezes, fazemos as pazes e tudo recomeça.
Não sei se me casaria novamente com a mesma pessoa, como sugere Jabor. Não há tanta oferta de homens, nem estou tão atraente como antes, mas em caso de separação, eu preferia encontrar outro amor. E, a verdade é que me acomodei. Aprendi e gostei de dividir minha intimidade com um homem, e não pretendo mudar tão cedo. Meu marido precisa de muitos ajustes, assim como eu. Em poucos anos de casamento já brigamos, voltamos, tivemos um filho, fomos felizes e infelizes. Aprendemos muito pouco sobre relacionamento, e nos irritamos com o que antes admirávamos, e reclamamos do que antes era objeto de admiração. Talvez nos falte maturidade para entendermos que nossas vidas mudaram. Não para melhor ou para pior. Apenas mudaram. Mas, ainda assim aprendemos muito. Principalmente, que não se deve mandar embora uma pessoa que se ama. Vai que ela se acostuma e se recusa a voltar???
 
 
 
Segue abaixo, texto de Arnaldo Jabor:
 
Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui
> ficar casado 30
> anos com a mesma mulher. As mulheres sempre mais maldosas
> que os homens, não
> perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com
> o mesmo homem,
> mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que
> fazem as
> perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para
> manter um
> casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas,
> pelo contrário.
> Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito
> isso, minha
> resposta é mais ou menos a que segue:
>
> Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para
> escapar. Ninguém aguenta
> conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na
> realidade já estou em
> meu terceiro casamento  a única diferença é que
> casei três vezes com a
> mesma mulher.
>
> Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque
> ela pensou em
> pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento
> não é a harmonia
> eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução
> é ponderar, se
> acalmar e partir de novo com a mesma mulher.
>
> O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um
> casamento novo.
> Isso exige alguns cuidados e preocupações que são
> esquecidos no dia-a-dia do
> casal.
>
> De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De
> tempos em tempos é
> preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser
> seduzido. Há
> quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo
> você não tenta
> conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um
> pretendente em
> potencial?
>
> Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos
> eternamente brigando
> para ter a sua irrestrita atenção?
>
> Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você
> depois do
> casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um
> único mês, por
> que vocês não podem conseguir o mesmo?
>
> Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um
> casamento novo, você
> certamente passaria a frequentar lugares novos e
> desconhecidos, mudaria de
> casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o
> corte de
> cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que
> você se separe de
> seu cônjuge.
>
> Vamos ser honestos: ninguém aguenta a mesma mulher ou o
> mesmo marido por
> trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos
> amigos, com as
> mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está
> ficando chata e
> mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma
> desbotada decoração.
>
> Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é
> justamente um dos
> prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a
> nova vida, a nova
> casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.
>
> Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso.
> Basta mudar de
> lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso
> obviamente custa caro e
> muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar
> esses pequenos
> custos necessários para renovar um casamento.
>
> Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos
> filhos, novos
> móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos
> filhos do casamento
> anterior.
>
> Não existe essa tal estabilidade do casamento nem ela
> deveria ser
> almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua

> esposa, seu bairro e
> seus amigos.
>
>
> A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter
> uma relação
> estável, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa
> evoluir, estudar,
> aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria
> pensado em fazer no
> inicio do casamento. Você faz isso constantemente no
> trabalho, porque não
> fazer na própria família?
> > É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.> Portanto descubra a
> nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí
> tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos
> os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e
> aprenderão a importante
> lição de como crescer e evoluir unidos apesar das
> desavenças. Brigas e
> arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando
> é necessário se
> casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.
> > Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA  EXISTE COMPROMISSO,
> COMPROMETIMENTO E TRABALHO
>   é isso que salva casamentos e famílias.

Um comentário:

  1. Oi Carla ! Gosto muito das crônicas de Arnaldo jabor está que vc citou é uma delAs.
    Tem uma na qual gosto muito que vc deve conhecer que se chama o homem perfeito sobre a traição masculina que acho interessantíssimo há muitas verdades ali, se não todas kkkk, concordo que casamento não é fácil, conciliar 2 mundos, 2 pensamentos diferentes não é pra qualquer um é um exercício de paciência.
    Parabéns pelos seus textos ! Bjs Cynthia

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