sábado, 5 de fevereiro de 2011

Depressão na gravidez




Desde que me casei com o Humberto no final de 2006, planejávamos um filho. O primeiro veio um ano e meio depois, mas não vingou e com um mês abortei espontaneamente. O segundo, está hoje, com um ano e 5 meses: o Eduardo. Ser mãe me completa como mulher e dedico meu tempo todo a ele. Fazer as coisas mais simples, como dar banho e alimentá-lo, tornaram-se prioridade na minha vida. Este instinto de proteção e zelo é muito forte e hoje e me ajuda a ver o mundo melhor.
Mas, apesar de tanto esperar por esse filho, tive depressão durante a gravidez e depois do parto, ficando irritada e chorosa o tempo todo. Por sorte, tive o Humberto ao meu lado. Sei que jamais cometeria um ato terrível contra meu filho, mas posso entender, agora, o sentimento de desamparo de quem passa por esse problema. A depressão é um mal absurdo, que ainda precisa ser tratada com mais seriedade pelas pessoas. Das vezes que procurei ajuda médica, ouvia a resposta de que deveria encontrar Deus em minha vida, como se eu estivesse afastada D'Ele. Na verdade, eu desejava uma solução para aquela tristeza tão profunda, que nunca ia embora.
Hoje o Dudu está grande e é meu orgulho, meu grande amor. Meu casamento ficou melhor com ele, minha vida ficou completa. A depressão pré e pós-parto não deve ser desconsiderada. Nestes casos, é importante que a mulher nunca fique sozinha. Como é um sentimento muito forte, pode-se cometer abusos. Não que a doença justifique os casos de infanticídio, mas com precaução, acredito que eles se tornariam bem menos frequente. 



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