domingo, 5 de agosto de 2012

Confusão de idéias e ideais!

Ao abrir meu blog, me deparei com dois comentários de pessoas indignadas com minha postura de feminista, no texto que escrevi "Quem paga a conta?". Mas, ser feminista não me tira a condição de criticar os homens ou outras mulheres. Realmente, acho deselegante um homem convidar uma garota para sair, e depois cobrar dela o suco que tomou. O mesmo acontece se uma mulher convidar um homem para um jantar, ir a um restaurante caro e deixar que ele pague tudo, sem saber se ele tem dinheiro para tanto. Não sou radical, e em relação ao universo amoroso, as questões sociológicas são deixadas de lado. A realidade dá espaço para o romance, e não há nada de mal nisso. O casal terá a vida inteira para dividir as despesas, e do primeiro encontro, prevalece a imagem do comportamente de cada um.
Todo Movimento (Feminismo, Socialismo, entre outros), quando surge, vem de uma deficiência da sociedade e tem boas intenções. Mas, como aparece muitas vezes, de forma radical, nem sempre dá os resultados desejados. A idéia do Feminismo é que as mulheres tivessem os mesmos salários dos homens, as mesmas oportunidades e o respeito da sociedade. Muitos sutiãs queimados depois, percebe-se que pouca coisa mudou. A agressão, a diferença salarial e o desrespeito, ainda fazem parte do cotidiano feminino. Mesmo no comando da Justiça, da delegacia, das polícias, muitas mulheres se  comportam de forma machista.
Feminismo não é apenas dividir as contas ou as tarefas do lar. É uma condição de respeito pela mulher como um todo, sabendo que ela é um ser de direitos, que pode e deve tomar as decisões de sua vida: se deseja casar, ter filhos, continuar solteira, ou posar nua para uma revista. É decidir com quem tem sua primeira transa, ou qual emprego escolher. É não ter medo da sociedade, das críticas. Ser feminista é viver com total intensidade, todas as fases da vida. É não perder o senso de criticidade, é amar e ser amada. É ter direitos e deveres, como qualquer pessoa. E não apenas por ser mulher, mas por ser gente.

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