VIOLÊNCIA


- Segundo o Ministério da Justiça, dos 223 mil presos no país, 213 são do sexo masculino. O Estado de São Paulo tem o maior número de presas, com 5138, sendo que 3541 estão detidas em delegacias e cadeias públicas. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro com 662 mulheres no sistema carcerário. Paraná e Rio Grande do Sul vêm em seguida com 484 e 434 presas respectivamente. (2001).

 - Nas áreas muçulmanas da Nigéria os castigos corporais são um direito que os homens têm sobre suas mulheres, garantido por lei. O país ratificou em 1985 a Convenção Para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW), mas a sharia, restaurada em vários Estados desde 1999, permite que as esposas sejam maltratadas pelas maridos. Na Nigéria é comum a prática de punir com chibatadas as adolescentes solteiras que fazem sexo.
 
- Na África do Sul as mulheres, de qualquer idade, são vítimas constantes de violência e sadismo. São 116 ocorrências por grupo de cem mil habitantes. Ocorre um estupro a cada 20 segundos na cidade, e a cada hora uma criança é estuprada. A ‘cultura do estupro’ viceja entre bandos de jovens que chegam a competir quem violenta mais.

- Entre os anos 30 e 50 judias polonesas eram trazidas ao Brasil com promessas de casamento com um milionário. Mas ao chegar ao Rio de Janeiro ou em São Paulo, acabavam obrigadas a se prostituir, pela Zwi Migda, uma organização criminosa em Varsóvia. Elas só percebiam a armação quando estavam no navio, ao encontrar outras esposas do ‘marido’. Para encontrar essas mulheres virgens, agentes da organização viajavam pelas empobrecidas aldeias judaicas da Europa Oriental, afirmando serem comerciantes bem estabelecidos na América. As interessadas se casavam com eles, e uma vez perdida a virgindade, vendiam o corpo no Brasil ou na Argentina. Algumas conseguiram escapar, ajudadas por clientes. Ouras suicidaram-se. O tráfico de brancas foi contado no romance ‘O Ciclo das Águas’, de Moacyr Scliar e ‘Jovens Polacas’, da socióloga Esther Largman. As polacas estão enterradas num cemitério de Cubatão (SP), em frente á Petrobrás.

- Durante a Revolução Francesa a girondina Madame Roland foi encerrada num cárcere pelos montanheses e depois decapitada. No cadafalso pronunciou a frase: “Ó Liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome”. Os girondinos tinham sido aliados dos montanheses e juntos derrubaram a monarquia. Mas acusaram os girondinos de traidores à República e os condenaram a morrer no patíbulo.

- 680 prostitutas foram presas em 1986 em Tóquio. Dez por cento delas eram donas de casa que faziam bico para ajudar o marido nas despesas do lar. (2002)

 - Existem 6.000 militantes das causas feministas no Brasil, distribuídas em 1.000 ONGs. São 225 delegacias de mulheres em todo o país (2002).

- Em 16 de março de 1911 uma mulher foi atacada, perseguida, agarrada brutalmente no centro de São Paulo, porque estava com uma saia-calção que foi julgada pela multidão como imprópria. A roupa, chamada jupe-culote, mostrava as curvas da mulher, que com medo, se escondeu numa loja, a Camisaria Americana.

 - Existem 330 delegacias no Brasil e 55 em Minas Gerais. Em Belo Horizonte. A delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher registra em média 20 a 30 denúncias diárias. Apenas 2% das vítimas de maus tratos recorrem às delegacias.

- No Afeganistão as mulheres chegaram a exercer alguns direitos antes da tomada do poder pelos talebans. Ministravam 60% das aulas na universidade e respondiam por 70% do ensino básico. Ocupavam metade dos cargos públicos e eram 40% dos médicos. No Irã muitas são presas, agredidas e até mortas por não usarem o véu típico do islamismo. Qualquer homem que vir uma mulher ‘mal coberta’ tem o direito de açoitá-la. Muitos jogam ácido sulfúrico no rosto delas. Em Meca, na Arábia Saudita as mulheres têm que usar máscaras que mostram apenas seus olhos. No Sudão o comportamento da mulher é observado de perto por seus parentes, colegas, vizinhos, e informantes da segurança estatal.Se cometer adultério, será apedrejada até a morte (a lei islâmica prescreve a pena de 101 chibatadas tanto para a mulher quanto para o homem adúltero).

- Os artigos 218 e 219 do Código Civil Brasileiro prevê que um homem pode anular o casamento se descobrir que sua esposa não é mais virgem.

 - Em Bangladesh, na Índia os grupos muçulmanos fazem uma leitura primitiva do Corão, e se acham no direito de atacar mulheres com um ácido. As vítimas são sempre garotas pobres que recusaram casamentos arranjados, investidas sexuais ou a clausura que lhe querem impor os pais ou maridos. O ácido é vendido a 60 centavos de dólar e corrói a pele e os músculos das vítimas. Desta forma quase todas acabam rejeitadas pelas próprias famílias. E desfiguradas, dificilmente se casarão, e acabam mendicando nas ruas.

- O estupro em massa é usado como arma de guerra na Bósnia, inventada pelos sérvios como instrumento de limpeza étnica contra a população de religião muçulmana. Só em 1993, 20.000 mulheres foram estupradas na Bósnia.

- Na Arábia Saudita, Egito, Iraque, Jordânia e territórios árabes ocupados por Israel, as mulheres que tiverem relações extraconjugais são degoladas, enterradas vivas, envenenadas ou estupradas pelos próprios irmãos, pais, primos ou algum homem pago para isso. E desde 1979, com a revolução islâmica, a prostituição tanto masculina como feminina está proibida no Irã.

- Mais de 60% das denúncias apresentadas na Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal mexicano são de assédio sexual cometidos por funcionários da secretaria de Segurança Pública. As vítimas se queixam de ameaças, comentários grosseiros e propostas para manter relações sexuais por seus superiores.

 - Os estupros nos campi de universidades brasileiras são comuns e em 2012, estudantes da Universidade Federal Rural, em Seropédica (RJ), fizeram um protesto para pedir mais vagas nos alojamentos femininos. Elas também reclamaram dos abusos e pediram providências das autoridades. Em 2014 as universitárias foram à reitoria pedir segurança com cartazes, em que se lia: "Eu quero é ser feliz, andar tranquilamente com a roupa que escolhi". Nos Estados Unidos, 86 universidades estão sendo investigadas por estupros de alunos contra alunas. No Brasil, a USP (Universidade de são Paulo) é acusada, oficialmente de estupros entre estudantes, mas o Ministério Público acredita que haja mais vítimas, já que as mulheres nem sempre denunciam os agressores. Geralmente os estupros acontecem em festas e calouradas. Há denúncias ainda de que alguns mestres assediem as estudantes para lhes aprovar nos testes finais, e se não forem correspondidos, negligenciam os trabalhos das universitárias.
 
 - Na história antiga, Hamurábi criou o primeiro código de Justiça “Dente por dente, olho por olho”, em que previa: se um homem tomou uma esposa e não fez um contrato de casamento, essa mulher não é esposa. Se uma mulher não foi circunspecta, saiu de casa, arruinou o seu lar, menosprezou seu marido, será afogada.
- O imperador Cláudio (41 a 54), mandou matar Messalina e desposou Agripina, sua sobrinha e morreu envenenado por Locusta. O imperador Domiciano também foi envenenado pela esposa.



- Em Tejucupapo, distrito de Goiânia, todos os anos, no final de abril um grupo de mulheres do local representam a trajetória das mulheres que botaram os holandeses para correr em 1646, na batalha que ficou conhecida como a “Epopéia das Heroínas de Tejucupapo”. Na ocasião elas jogaram água fervendo com pimenta nos inimigos, além de agredi-los com paus e pedras. O espetáculo ao ar livre reúne 150 pessoas que mostram o modo de vida do século 17, no Brasil. A história sobre o fato histórico foi escrita por Luzia Maria da Silva, de 56 anos, que ouvia a respeito do assunto desde menina.


- No século IV o prefeito de Roma enviou Santa Inês a um prostíbulo porquê ela se recusou a se casar com o filho dele. A Santa foi depois decapitada.



- Segundo o Ministério da Justiça, dos 223 mil presos no país, 213 são do sexo masculino. O Estado de São Paulo tem o maior número de presas, com 5138, sendo que 3541 estão detidas em delegacias e cadeias públicas. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro com 662 mulheres no sistema carcerário. Paraná e Rio Grande do Sul vêm em seguida com 484 e 434 presas respectivamente. (2001).


- Em 98% das vítimas de violência procuram os serviços de saúde e apenas 2% recorrem às delegacias de mulheres. Dez por cento das denúncias estão relacionadas à violência sexual.

- Existem 330 Delegacias de Mulheres no Brasil.

- Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a cada cinco anos, a mulher perde um dia de vida por causa da violência.

- No Rio de Janeiro existem cerca de 1.050 presas, entre maiores e menores. De acordo com a Segunda Vara de Infância e Juventude, a venda de drogas superou os crimes contra o patrimônio e contra pessoas físicas. Elas atuam no comando de grupos ou driblando a polícia.

- Nos Estados Unidos, a cada 12 minutos, uma mulher apanha do marido e a cada dia, quatro mulheres são mortas em consequência dos maus-tratos.

- Entre os ciganos, as mulheres não podem estudar nem trabalhar e são obrigadas a casar virgens, apenas com ciganos. Para comprovar a virgindade, elas passam por testes feitos por uma mulher conhecida e a prova é mostrada aos convidados durante a festa do casamento. A cigana ainda passa pelo teste do lençol na Lua de Mel, onde o noivo verifica se a peça está manchada pelo sangue do hímem que acabou de se romper.

- Em 98% das vítimas de violência procuram os serviços de saúde e apenas 2% recorrem às delegacias de mulheres. Dez por cento das denúncias estão relacionadas à violência sexual.

- Existem 330 Delegacias de Mulheres no Brasil.

- Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a cada cinco anos, a mulher perde um dia de vida por causa da violência.

- No Rio de Janeiro existem cerca de 1.050 presas, entre maiores e menores. De acordo com a Segunda Vara de Infância e Juventude, a venda de drogas superou os crimes contra o patrimônio e contra pessoas físicas. Elas atuam no comando de grupos ou driblando a polícia.

- Nos Estados Unidos, a cada 12 minutos, uma mulher apanha do marido e a cada dia, quatro mulheres são mortas em consequência dos maus-tratos.

- As casas de prostituição de luxo em Natal, Rio Grande do Norte, imitam estratégias empresariais para oferecer um melhor serviço a seus clientes, segundo um estudo da estudante de psicologia da Universidade Federal de Natal, Ana Karina Azevedo. De acordo com ela existe uma sofisticada mentalidade mercadológica do agenciador das garotas de programa: as meninas seriam obrigadas a trabalhar no mínimo por apenas duas semanas, não sofrem violência física dos clientes e faturam até 6 mil reais por mês. O trabalho foi apresentado durante a 53a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em Salvador.

- Cerca de 30% das mulheres brasileiras desistem de denunciar os companheiros por maus tratos. Quando o caso chega à Justiça, outras 30% pedem o arquivamento do processo.

- Alagoas é o Estado recordista em homicídios de mulheres e o terceiro em casos de estupro, sendo 50% cometidos dentro de casa. Maceió é o município considerado o mais perigoso no Estado. A maioria das vítimas tem entre 18 e 29 anos, e apenas o primeiro grau. Os motivos são ciúme, traição ou desconfiança da traição.

- Várias revistas brasileiras estão recusando anúncios de lingeries da Du Loren. Em uma delas uma mulher aparece sendo violentada e esbofeteada. Ao lado, aparece a frase “Legalizem logo o aborto. Não quero ficar esperando”. A propaganda foi feita pela agência Doctor. (1996).

- Segundo a Central Única dos Trabalhadores e a Força Sindical, 52% das trabalhadoras acham que já foram sexualmente assediadas.

- Na Bahia existem 202 delegacias, sendo 45 por cento delas comandadas por mulheres.

- Nas cidades brasileiras são registrados mais de dez casos de estupro por dia. Em São Paulo, a média de estupros chega a 630 por mês.

 - Os homens usam o hemisfério esquerdo do cérebro e a as mulheres o lado direito para executar determinadas ações e isso explica porque eles, ao vestir o paletó, enfiam primeiro o braço esquerdo e depois o direito, enquanto elas usam o direito primeiro. Ao cruzar com uma mulher na rua, o homem se curva o corpo em sua direção enquanto ela passa, enquanto ela vira para o outro lado, instintivamente, para proteger os seios.

 - Segundo uma pesquisa encomendada em 1941 ao Gallup pela Motion Picture Reserch Bureau, a mitificação no cinema se processa primeiro entre as mulheres. E são elas que formam o maior percentual de fã: as mulheres copiam as divas e os homens as desejam. 

-  Em 09/08/1969 a atriz Sharon Tate foi assassinada por um grupo de hippies fanáticos chefiados por Charles Manson. Casada com o diretor Roman Polanski, ela estava grávida de oito meses. Em março do mesmo ano, a heroína da luta pela independência de Israel, Golda Meier é eleita primeira-ministra e assume o governo em Jerusalém. Antes Golda ocupava o cargo de ministro do Exterior, tendo tido importante atuação na ONU.

- Em setembro de 1970 foi presa, em Londres, a terrorista árabe Leila Khaled, por ter tentado sequestrar um avião, o que deu início a uma série de sequestros de aviões comerciais. Já em outubro do mesmo ano, foi presa nos Estados Unidos a militante extremista, Angela Davis, que pertencia ao grupo Panteras Negras. Assistente do filósofo Herbert Marcuse, ela foi acusada de ter fornecido armas a três militantes negros para que pudessem escapar do tribunal onde estavam sendo julgados. Depois de um processo que durou vários dias, Angela foi absolvida.



- Na Grécia Antiga, as mulheres tinham liberdade para beber vinho, tanto quanto os homens. Mas em Roma, elas e os homens menores de 30 anos eram proibidos de tomar a bebida. Se as casadas fossem pêgas desobedecendo essa ordem, o marido poderia lhes repudiar. Por volta ao ano 133 A.C, as mulheres romanas começaram a ter mais liberdade, uma vez que o poder paterno diminuiu.



- Os casos de estupro no Brasil são alarmantes: no Rio de Janeiro, ocorrem 17 estupros diariamente. Em São Paulo são 37 por dia, segundo a ONG Movimento de Mulheres em São Gonçalo (RJ). Em 2009 o crime passou a incluir o atentado violento ao pudor.


-  No Brasil colonial, em certas áreas, as mulheres representavam 1/3 ou 1/4 da população escrava. Os escravos do sexo masculino representavam 91% da população, portanto, 30 negros para uma negra no Sertão piauiense e 10 machos para uma fêmea nas Minas Gerais. (Revista da História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP).


 - No século XIX, no Brasil, a Igreja Católica autorizava e até, indiretamente, estimulava a excisão dos testículos dos “castrati”, peças fundamentais nos corais sacros, mas reprovava a castração dos escravos masculinos e femininos, mas há notícias de ter existido uma casa onde se praticava a clitoridectomia. Já masturbação nos dois sexos era permitida, conhecida como “vício solitário”, punheta ou molice, embora sua documentação seja raríssima. Já os cativos e libertos, na falta de mulheres, se satisfaziam com animais e frutas como a melancia, a bananeira ou a fruta do mandacaru (os zoófilos poderiam ser punidos com a pena capital pelos Inquisidores). (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP).

- O lesbianismo era descriminalizado pelo Inquisidores no Brasil Antigo e a documentação de amores entre mulheres era rara, Em 1646, foram denunciadas 18 mulheres, sendo 9 brancas, 5 índias e 4 negras e mulatas. Dentre as mais afoitas estava a negra forra, Francisca Luiz, natural da cidade do Porto, degredada para o Brasil em 1580. Em 1592 ela foi novamente acusada, desta vez por declarar em alto e bom tom “quero mais um a um cono (vagina) que quantos caralhos há...”. Sua fama era a de dormir carnalmente com Isabel Antônia, mulher solteira a quem a chamam de ‘a do veludo’ de alcunha, e que tem ajuntamento nefando com um instrumento coberto de veludo. Já na Bahia, era famosa a relação lésbica entre a portuguesa, Guiomar Pirraça, com uma negra da Guiné, Mécia, sendo a branca com 12-13 anos e a preta ladina com 18. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP) 

- Na África Ocidental, falos de cerâmica, chifre ou madeira são eram utilizados em várias tribos para deflorar cerimonialmente as raparigas, sendo chamado de “consolo” (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP)

- No Brasil antigo, era comum as pessoas acusarem o Diabo de manter relações sexuais com os mortais, como foi o caso da angolana Maria de Jesus, que declarou que aos 12 anos o Demônio tirou-lhe a virgindade, visitando-a regularmente com feição de “homem bem parecido, bonito de cara e fio de corpo”. Em outras situações, Satanás virava amazona, “tratando torpemente com ela como mulher, com figura de mulher, mostrando ter peitos pequenos e vaso de mulher como o dela, porém, mais pequeno. Quando o Demônio copulava com ela como homem, tinha ela trabalho e dores na parte pudenda, mas quando era em figura de mulher, não experimentava dor em si, antes deleite”. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP) 

- No Brasil Antigo o “coito interrompido” era a forma mais usual de contracepção praticada pelas negras escravas. Era comum a sodomia heterossexual. Alguns senhores de escravos foram denunciados por possuírem  escravas “à italiana”, sodomisando indistintamente negros e negras. Nas minas de Paracatu, Manuel de Almeida foi acusado de sodomisar não só sua escrava Ana Maria, como os moleques Antonio e Sebastião. Já em Mariana, a crioula forra Ana Maria acusou seu marido, o reinol Jacinto Costa, de obrigá-la ao nefando, chegando a dizer-lhe “que era casado e tinha liberdade de usar das duas vias...”, denunciando-o ao Comissário, de submetê-la a sexo pecaminoso e maltratando-a, espancando-a, sendo que uma vez ele abriu-lhe a cabeça com uma paulada, e noutra, com a espada, quebrou-lhe um braço, sendo forçada por isso a fugir de casa(Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP)

- A preta, Clara, escrava no Rio das Mortes, acusou seu senhor, Manuel Nunes Pelouro, de forçá-la a atos de sodomia: “levantando-lhe as roupas, lhe dizia que sendo sua cativa o havia de servir em tudo”.  Ele também “chegava a cheirar as suas partes vergonhosas”. Já o viajante francês Charles Expilly proclamou que “aquele que sentiu duas vezes o cheiro acre, mas embriagador, da catinga de uma negra, achará desde então muito desenxabido o cheiro que exala a pele da mulher branca”. No Recôncavo Baiano em 1703, a crioula Domingas, 30 anos, filha de mãe angolana, era amásia do sitiante João Carvalho de Barros e foi severamente açoitada por se recusar a manter cópula anal com ele. Em Sabará, o mineiro Jerônimo de Araújo, solteiro, ao voltar para o Reino, acusou-se à Mesa Inquisidora de ter “acometido pela traseira uma negra casada, Gertrudes, sem saber com certeza se o engano foi dele, cego do apetite, ou da dita preta”. Disse ainda: “que com outras três ou quatro pretas, também levantando-lhes a perna, não sabe se as penetrou pelo vaso natural ou pelo traseiro”. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP) 

- No Brasil, o Estado que mais ocorreram episódios eróticos foi em Minas Gerais, segundo historiadores, a riqueza fácil advinda do ouro e pedras preciosas,  a falta crônica de mulheres e o mau exemplo do Clero seriam as causas dos desvios. Em Pitangui, o minerador Antônio de Moura Carvalho foi preso por ter sodomisado à força a crioula Tereza, que gritou e foi socorrida. Ele foi liberto porque na época a cópula anal heterossexual era considerado somente “sodomia imperfeita”, pecado grave mas isento da fogueira, apesar de na opinião do promotor de Justiça de Minas Gerais, o réu “mercê a pena de morte por ter agido contra o Direito Divino e Humano”. Já o mineiro Manuel Pereira Guimarães declarou seu pecado ao Inquisidor Geral, alegando que pegava nas partes de escravas e escravas e mandava-os pegar nas dele também, sendo que chegava a pagar alguns por isso. Ele ainda confessou que mandava os escravos copularem enquanto ele se masturbava e que “estando na cama com uma mulher, tanto folgava na frente como por detrás, outras vezes metia o membro na boca de algumas mulheres e de homens mas nunca pulsei na boca de nenhuma, fazendo vezes com a minha mão pulsão a mim mesmo”. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP).

- No Brasil Colônia, consta nos Cadernos dos Solicitantes da Torre do Tombo, acusações contra sacerdotes de terem cometido inúmeros atos de impureza, convidando, acariciando, apalpando, bolinando e mesmo tendo cópula com negras e mulatas no próprio ato da confissão sacramental. Em Mariana (MG), o padre João Nunes da Gama ao confessar a nega mina Maria, escrava do sargento Mor, lhe disse “que queria ser seu filho e tomar uns amores com ela, e muitas coisas mais”. Acabaram vivendo amancebados por dois anos e ciumento, ele mandava um moleque espiar “se ela falava com algum homem”. Na freguesia de Nossa Senhora Mãe dos Homens dos Montes Altos, o padre Manuel Saraiva confessava num quarto interno da casa do capelão, que ao ajoelhar-se a seus pés a escrava Inácia, ainda moça, “solicitou-a com palavras e atos torpes”.  No Ceará o padre Bernardo Luiz da cunha é acusado de ter mantido tratos ilícitos e tocamentos com os pés em Maria Monteira, escrava do Tenente João Fernandes, e Frei Manuel de Jesus Maria ao confessar a escrava Luiza Francisca, de 18 anos, disse-lhe “que queria ver e apalpar com os dedos se estava honrada”, tocando sua genitália e pedindo segredo. Na Bahia, o padre "Baltasar vivia amancebado “de portas adentro” com duas mulheres (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP);

- No Brasil colonial, muitas negras adolescentes e mulatas viviam da prostituição, após terem sido “desonradas”, prática corrente em algumas sociedades africanas, mas que no Mundo Novo se amplia adquirindo conotação muito mais cruel e espoliativa em decorrência da própria estratificação estamental de nossa sociedade escravista. Em Itabira, o mineiro Manuel da Silva, em 1753, chegava a angariar semanalmente uma oitava e meia de ouro com o meretrício apenas de uma escrava e “costumava dizer queg gostaria imensamente que os negros se lhe convertessem em negras, porque rendiam mais que os jornais” (Souza, 1982:180). (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP).
- No Brasil antigo, algumas “quengas”mais salientes, como Inácia da Silva, parda forra, e as mulheres que com ela moravam, nos dias de missa iam à porta das igrejas de Vila Rica chamar os homens “e estes escapavam da sacristia para irem ter com elas (Souza: 192:183) (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP).

- A prostituição representava, no período colonial, uma das alternativas para a satisfação dos impulsos sexuais, sobretudo dos escravos, chegando a existir, na capital imperial, casas de tolerância especiais para este segmento populacional. Vários bordéis bas-fond ficavam situados na rua dos Ferradores, do Sabão, de São Pedro, do Hospício, etc. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP).

- No Brasil colonial, os forros gozavam de mais oportunidades sexuais e/ou matrimonias que os cativos: em 1813, o preto forro Hilário Pereira, de Valença, no sul da Bahia, “deixou a companhia de sua mulher e foi viver na roça amancebado com Francisca, crioula forra, viúva, e quando sua legítima mulher o procurava, ele lhe dava pancadas até que ela se retirasse, ficando ele com sua concubina. Em Sergipe, em 1834, 31% dos negros cativos eram casados, subindo para 47,3% os negros forros na mesma condição. O concubinato foi a forma mais usual de união praticada na sociedade colonial. Segundo o ditado popular da época “Negro não se casa, se junta”. No cômputo geral, prevaleciam as uniões de homens brancos ou pardos com negras ou mulatas. Já branca casas-se ou amigar-se com negro, representava conduta das mais recriminadas, sintoma de descaração por parte da mulher alva, considerada traidora e indigna. No Maranhão, em Magalhães de Almeida, é conhecida a história do casal que foi amarrado pela barriga, pelo dono do Arraial, ao saber que sua filha estava “buchuda” de um negro. Os dois foram enterrados vivos, numa sepultura dentro do quarto, em pé, numa cova feita pelos escravos que colocaram barro em cima. Um padre, encapuzado, foi chamado para a confissão dos dois. O capuz era para o padre não conhecer o local (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP).
 
- No Brasil colonial, para evitar desordens e disputadas das mulheres pelos escravos, os senhores regulavam a vida sexual de seus cativos com soluções nem sempre aprovadas pelo Catecismo, impedindo os negros de frequentarem as negras, reservando uma negra para quatro homens. Há indícios de que a poligamia africana, no Brasil, tenha sido substituída por uma sucessão de ligações passageiras, tendo sido prática comum também nos quilombos. Segundo Edson CARNEIRO, cada palmarino tinha “as mulheres que quisesse”. Ganga Zumba teria possuído três fêmeas e uma mulata. De acordo com a legislação criminal de Palmares, o adultério era punido com a pena de morte, equiparado ao roubo, homicídio e deserção. Nas Gerais, no século XVIII, o concubinato representava 95,2% das acusações de Devassas Eclesiásticas (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP) 

- No Brasil colonial, segundo documentos da época, um escravo anônimo do senhor de engenho, Domingos Dias Coelho, familiar do Santo Ofício de Sergipe Del Rey, nos inícios do século XVIII fugiu da fazendo de seu dono levando em sua companhia, duas pretas, escravas também de outros senhores, passando a viver com elas no campo e rios de Vazabarris. Mas, nem todas as negras aceitavam dividir, tranquilamente, seu homem com outras concubinas, como Ana Maria da Silva Rosa, liberta do gentio da Guiné, casada com Matias de Souza. Ela divorciou-se dele judicialmente por causa dos bens dela que ele utilizava para prodigalizar com suas amantes. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP) 

- Ser amante do senhor foi o destino de milhares de africanas e suas descendentes no Novo Mundo, a maioria usadas e abusadas como objeto sexual, algumas amadas e tratadas com amor e carinho, com foi o caso da negra Rosa Maria, vinda da Costa da Mina, de nação courana. Aos seis anos ela chegou ao Rio de Janeiro, tendo sido comprada pelo senhor José Souza Azevedo, tendo sido deflorada por ele. Aos 14 anos ele vendeu a menina para as Minas onde foi viver como meretriz. Já a mulata do Sergipe, Maria do Egito, teria sido desvirginada pelo seu senhor, com a promessa de libertá-la. Mesmo com a Alforria, ele a teve como barregã por mais 14 anos. Depois o senhor a fez casar-se com seu sobrinho, rasgou a carta de alforria e voltou a escravizá-la. Outros senhores preferiam ter um harém, como foi o caso de Antonio Gomes Castelo Branco, que foi denunciado à Inquisição, por abandonar a mulher na Bahia e formou um serralho onde colocou 50 escravas adultas e crianças, tendo deflorado muitas delas. Em Penedo, onde passou a morar, toda semana mandava trazer escravas nas canoas para fornicar. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP)

- No Brasil Antigo, muitos senhores de engenho, com o pretexto de corrigir as faltas de suas cativas, as castigavam severamente, como o caso do senhor da Casa da Torre, Garcia Dávila Pereira de Aragão, que mandava suas escravas deitarem-se com a saia levantada, enquanto botava ventosas de algodão e fogo nas suas partes pudendas, com a sua própria mão dizendo: “é para chuparem as umidades. Com sua crioula Tereza, crioula, casada, quando a apanhava dormindo antes da hora, levantava-lhe a saia, metia-lhe uma lamparina acesa pelas suas partes venéreas e a queimava toda, fazendo isso várias vezes, na ausência do seu marido. Ele praticava ainda outras atrocidades com as escravas, como arrancar-lhes os pelos dos púbis com cinza, açoites às negras, nuas, etc. (Revista de História, V.3, N.1, 1992 Depto. História UFOP)


25 de novembro – dia Internacional da Não-violência contra as Mulheres. Em 1981, durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, o dia 25 de novembro foi designado como Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, em homenagem a três irmãs, ativistas políticas: Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal. Elas foram brutalmente assassinadas pela ditadura de Leonidas Trujillo, na República Dominicana. A ONU reconhece a data em março de 1999, alterando discretamente seu nome para Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. O reconhecimento desta data pode ser considerado uma grande vitória do movimento de mulheres da América Latina.
29 de agosto – Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil. Em 29 de agosto de 1996, aconteceu o I Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE) onde, pela primeira vez, no Brasil, reuniram-se mais de cem mulheres lésbicas para discutir e rever os seus direitos e conceitos. Esta foi a razão que motivou a escolha data de 29 de agosto como a alusão a este marcante encontro, que possibilitou a abertura de um fórum oficial de discussões e que conferiu mais visibilidade às questões ligadas as mulheres lésbicas.

23 de setembro – Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças. A Conferência Munidal de Coligação contra o Tráfico de Mulheres de 1999, que aconteceu em Dhaka, Bangladesh, escolheu esta data como o Dia internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças. Este daí foi escolhida para lembrar a promulgação da primeira lei que puniu, com penas de 3 a 6 anos de prisão, quem promovesse ou facilitasse a prostituição e corrupção de menores de idade. A lei argentina, conhecida como Palacios, foi promulgada em 23 de setembro de 1913. 

 - Vários países estão tratando a prostituição como se fosse qualquer outro negócio. Na Alemanha, Holanda, Austrália e Nova Zelândia os bordéis têm licença para funcionar e as prostitutas podem ter carteira assinada, com direito a benefícios. Mas elas devem ter no mínimo 18 anos de idade.

 - No Brasil, muitas mulheres namoram presidiários, que conhecem em programas de rádio. Apenas 5% das presidiárias recebem visitas dos companheiros, contra 75% no sistema prisional masculino. O lesbianismo é comum nas cadeias. 

- A advogada Juliana Brizola acusou o deputado Pompeo de Mattos, presidente do PDT gaúcho, de assédio sexual. Aos 28 anos, neta do presidente nacional do partido, Leonel Brizola, ela formou a acusação nas instâncias do partido. O deputado renunciou ao cargo (1/5/2004).


- No Afeganistão, a queda do Talibã não livrou as mulheres de cobrir a cabeça com a burka. É que com o pano, elas escondem o corpo dos homens que agora ocupam o poder (muitos têm histórico de abusos). E lá o estupro é relativamente tolerado. Durante 5 anos elas sofreram com a polícia religiosa, que as espancavam caso estivessem com o rosto descoberto. Elas não podiam estudar, trabalhar, rir alto ou usar maquiagem, nem ser tratadas em hospitais. (2004). 

- Em 2000, 147.000 mulheres deram queixas contra os parceiros nas delegacias de São Paulo. No Rio de Janeiro, de 1991 a 2000 o registro de casos de lesão corporal em mulheres pulou de 17.596 para 34.831. 
- Em junho de 2001 o Ministério da Justiça, em parceria com a Organização das Nações Unidas, começaram a segunda etapa da pesquisa Circuito e Curtos-Circuitos do Enfrentamento do Abuso Sexual, em Vitória, Espírito Santo.

- No carnaval de 2001 a música mais tocada em Salvador foi ‘Tapa na Cara’, do grupo Pagodart. Indignados, deputados, artistas, a secretária de Segurança, Kátia Alves e o prefeito Antônio Imbassahy, mobilizaram-se para que a música fosse proibida. Segundo a prefeitura de Salvador, 80% das ocorrências policiais de agressão registradas nas festas e bailes estão relacionadas com a música. Segundo o Pagodart a canção teria sido feita depois que uma ex- namorada do vocalista Alessandro Cerqueira teria pedido uns tapas de amor.

- Em junho de 2001 foi lançado em Uberlândia (MG), um ônibus cor de rosa só para mulheres, que não aguentavam mais o assédio dos passageiros. A iniciativa partiu da prefeitura e organizações femininas.

- A Secretaria Estadual de Saúde informou em 2001 que 2.309 mulheres vítimas de violência doméstica foram atendidas pelo Centro de Atenção à Mulher Vítima de Violência nos 32 meses de funcionamento do SOS Mulher. As vítimas têm entre 19 e 29 anos. A maioria delas vem de lares violentos. De setembro de 1999 a setembro de 2001 foram atendidos 166 casos de violência sexual, incluindo 17 estupros domésticos e 79 não domésticos. 
- Em 2002, em todo o mundo, uma em cinco mulheres já sofreu violência física ou psicológica. E a cada cinco anos, as mulheres perdem em média um ano de vida em decorrência da violência doméstica. Na América Latina e no Caribe, essa violência atinge de 25% a 50% do sexo feminino. Nos Estados Unidos, por ano, 700 mil mulheres são violadas. No Brasil, cerca de 70% dos crimes contra as mulheres, são cometidos pelos próprios maridos ou companheiros.

- Em 1996 várias revistas brasileiras se recusaram a publicar anúncios de lingeries da Du Loren, que consideraram machistas. Em uma delas uma mulher aparece sendo violentada e esbofeteada. Ao lado, aparece a frase “Legalizem logo o aborto. Não quero ficar esperando”. A propaganda foi feita pela agência Doctor. (1996).

- Em 1998 a polícia da Jordânia registrou 25 assassinatos de mulheres praticados por seus parentes. Os crimes teriam sido cometidos por adultério, estupro, virgindade ou casamento contra a vontade da família. No local até as mulheres violentadas são pecadoras e por isso, muitas vezes, são mortas pela própria família. Para proteger as vítimas, a polícia costuma colocá-las na cadeia. 
- Em 1993, na Bósnia, mulheres eram usadas como instrumento de faxina étnica contra a população de religião muçulmana. Estupradas, muitas acabavam engravidando e ao dar à luz, abandonavam os recém-nascidos no hospital. Para as mães se trata de um ato de humilhação e de vergonha. O número de grávidas ultrapassa 1000, segundo a Cáritas, uma organização humanitária ligada á Igreja Católica. Na ocasião, 20.000 mulheres foram estupradas na Bósnia, a maioria muçulmana. Muitas eram violentadas todos os dias e muitas vezes com garrafas, o que acabou provocando infecções.

- Em 1979 a TV Globo exibiu ‘Malu Mulher’, com Regina Duarte no papel principal. No seriado ela se separa do marido e passa a criar a filha sozinha, mostrando a nova mulher, que trabalha e cuida da casa. Em 1980 a novela da Globo, ‘Agua Viva’, mostrou ao Brasil o topless na praia. No mesmo ano surgiu o programa ‘TV Mulher’, na mesma emissora com apresentação de Marília Gabriela. O vespertino discutia sexo, beleza, moda e Direito de 8 às 11 da manhã.

- Na Itália, até 1977 o crime de honra constava no Código Penal e previa penas de 3 a 5 anos de prisão para os culpados de assassinar filhas, mulheres e irmãs pegas em flagrante sexual.



- Em 1948, pela primeira vez uma Declaração Universal dos Direitos do Homem proclamou que todos os bens remunerados por ela deveriam ser reconhecidos e garantidos à mulher, como ao homem, “sem distinção do sexo”. Mas na prática pouca coisa funcionou. Tanto que em 1967 as Nações Unidas resolveram atrair a atenção dos Estados-membros para uma declaração sobre a eliminação das discriminações, como casamentos forçados de menores, não representação das mulheres nos órgãos públicos, desigualdades na área de educação e trabalho, etc.

- Os estupros nos campi de universidades brasileiras são comuns e em 2012, estudantes da Universidade Federal Rural, em Seropédica (RJ), fizeram um protesto para pedir mais vagas nos alojamentos femininos. Elas também reclamaram dos abusos e pediram providências das autoridades. Em 2014 as universitárias foram à reitoria pedir segurança com cartazes, em que se lia: "Eu quero é ser feliz, andar tranquilamente com a roupa que escolhi". Nos Estados Unidos, 86 universidades estão sendo investigadas por estupros de alunos contra alunas. No Brasil, a USP (Universidade de são Paulo) é acusada, oficialmente de estupros entre estudantes, mas o Ministério Público acredita que haja mais vítimas, já que as mulheres nem sempre denunciam os agressores. Geralmente os estupros acontecem em festas e calouradas. Há denúncias ainda de que alguns mestres assediem as estudantes para lhes aprovar nos testes finais, e se não forem correspondidos, negligenciam os trabalhos das universitárias.

- As histórias de adultério e prostituição eram comuns na época bíblica, como o caso de Madalena e da esposa de Anúbis, irmão de Bata. Ela teria seduzido o cunhado, mais jovem do que o marido, e ao ser descoberta, afirmou que na verdade, a sedução teria partido dele e que ela negara as investidas do rapaz. Ela teria dito: - Tu és muito forte! Diariamente vejo a tua força... Vem! Deitemo-nos juntos por uma hora! Será agradável para ti. E eu te farei bonitas roupas. Naquele tempo, segundo o ator do livro que está entre parênteses, os amantes de ambos os sexos eram consagrados ao serviço do templo e os donativos por seus serviços iam para as caixas do templo como oferendas para a divindade. (Werner Keller do livro E a Bíblia Tinha Razão).

 - No Brasil colonial, segundo a Revista da História (vol.3, 1992, Dep. Hist./UFOP), a região da Serra Leoa, era tabu ter relações sexuais antes da puberdade, e proibido qualquer ato libidinoso praticado dentro da mata, sendo obrigatório o banho antes de depois da cópula (Ottemberg, 1960:203), e antes dos jovens entrarem para a sociedade secreta, era feita a circunscisão e a cliteridectomia. Já o casamento poligínico era realizado através da compra da noiva (Turnbull, 1977:108/178), sendo o noivado podendo ser realizando antes mesmo do anscimento da menina, sendo que a cópula deveria ser consumada somente após a segunda menstruação da noiva. Era autorizado divórcio quando comprovado adultério ou impotência. Quando um rapaz se interessava por uma garota, ele oferecia pequenos presentes à sua eleita, enquanto a observava por dois meses, para certificar-se de sua fidelidade e só então, pagar o dote aos sogros. Era considerada grave blasfêmia gravidez anterior aos ritos de iniciação, pois acreditava-se que nasceriam crianças anormais. Algumas tribos africanas praticavam ainda a infibulação, que era a costura dos grandes lábios genitais (Lystad, 1965:191).



- Na Bíblia, (Deuteronômio 7.2), Moisés teria ordenado a morte de todos os varões, mesmo os de tenra idade e a degola de todas as mulheres que tiveram comércio com os homens, e que fossem poupadas as donzelas. (Werner Keller do livro E a Bíblia Tinha Razão).




- Na Argélia, em 1980, um projeto de lei propunha a especificação do comprimento da vara com que um homem pode bater na mulher.

- Na Inglaterra, até 1982, o homem podia bater à vontade na sua mulher, desde que não a matasse.

- Em 1991 o juiz Clarence Tomaz, 43 anos foi acusado de convidar para sair e contar suas proezas sexuais para sua secretária Anita Hill. Ela o denunciou e o caso foi parar na Justiça. Por causa da denúncia o juiz não pode ocupar o cargo na Suprema Corte. A partir daí surgiu o termo assédio sexual, que prevê punição para a tentativa de sedução de funcionários por seus superiores no trabalho. No Brasil a lei passou a valer em 2001, com a sanção do presidente Fernando Henrique Cardoso.

- Em Quito, Equador, 80% das mulheres se queixam de ter sido molestadas por maridos e amantes. Na Nicarágua, 44% dos homens admitem bater nas mulheres. (2001)

- Segundo o Ministério da Justiça, em 2001, dos 223 mil presos no país, 213 são do sexo masculino. O Estado de São Paulo tem o maior numero de presas, com 5.138, sendo que 3.541 estão detidas em delegacias e cadeias públicas. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro com 662 mulheres no sistema carcerário. Paraná e Rio Grande do Sul vêm em seguida com 484 e 434 presas respectivamente.

- Em 2000 o clérigo Lermal guran publicou na Turquia e Espanha o livro 'guia do Muçulmano', onde sugere que os maridos batam nas mulheres que forem teimosas. A surra não deve atingir os seios, o estômago ou o rosto. Se a mulher estiver doente e não puder cumprir suas obrigações domésticas, o homem pode arrumar uma segunda esposa se não tiver dinheiro para pagar uma empregada. Ele diz que os 'homens são superiores às mulheres'.

- Nos anos 60 a congressista Martha Griffiths ficou famosa ao defender Rosa Parks, uma negra detida por ter-se recusado a ceder seu lugar a um branco. Com isso houve boicote contra os ônibus por quase um ano. Antes havia uma lei que fazia distinção entre homens e mulheres. No Congresso a medida foi derrubada por 350 a 15 votos. 

 - O tráfico de seres humanos se intensifica numa guerra. No sudeste asiático jovens são vendidas por 50 a 700 dólares a organizações ilícitas que as revendem a países desenvolvidos. Algumas acabam em bordéis locais. De 1992 a 1995, na guerra da Bósnia 75 das traficadas deixaram suas casas por uma falsa oferta de emprego e acabaram sexualmente escravizadas. Na Libéria, de 1990 a 1998 6 mil crianças foram registradas como filhas de combatentes. Suspeita-se que muitas tenham sido frutos de estupro e várias foram abandonadas pelas mães. Mulheres são ainda vítimas de ferimentos por armas de pequeno porte e minas terrestres. Com o fim da guerra elas sofrem de desemprego, fome e consequências de agressões psicológicas. 

- Nos anos 60 a congressista Martha Griffiths ficou famosa ao defender Rosa Parks, uma negra detida por ter-se recusado a ceder seu lugar a um branco. Com isso houve boicote contra os ônibus por quase um ano. Antes havia uma lei que fazia distinção entre homens e mulheres. No Congresso a medida foi derrubada por 350 a 15 votos. 

 - A África do Sul é um dos lugares mais violentos do mundo. Lá o estupro é comum, e as vítimas são principalmente meninas. Os bandos de jovens chegam a competir quem violenta mais. A cidade registra até 116 ocorrências por grupo e 100 mil habitantes. Revoltada com a falta de punição, geralmente os familiares fazem justiça com as próprias mãos.

- No Afeganistão as mulheres chegaram a exercer alguns direitos antes da tomada do poder pelos Talibans. Antes de 1996 elas ministravam 60% das aulas na universidade, e 70% no ensino básico. Nos cargos públicos representavam 60%. Desde 1979 as afegãs estavam proibidas de usar maquiagem e eram proibidas de sair de casa sem a burka. O Taliban caiu em 2001, com a invasão dos Estados Unidos ao Iraque. Para os militantes as mulheres são a fonte de tentação.

- Em 1943 a francesa Louise Giraud foi guilhotinada por prática de aborto e foi uma das últimas mulheres a receber essa pena no país. Trinta anos mais tarde o aborto foi legalizado na França. Em 1990 o país introduziu a 'pílula do dia seguinte'. No final do século 19 o aborto na França era considerado 'crime contra a nação'.

- Na Idade Média o cristianismo ajudou a legitimar o cinto de castidade e a tradição de oferecer virgens ao senhor feudal antes da noite de núpcias. Com a Inquisição estabeleceu-se uma relação direta entre a mulher, a bruxaria e o sexo.

- Até os anos 80, no Brasil usava-se o termo 'legítima defesa da honra', para justificar crime contra a mulher e assim ser absorvido do assassinato.


- Na China, por causa da política de um só filho por casal instituída em 1979, meninas recém-nascidas são abandonadas na rua, ou colocadas em orfanatos, onde são amarradas em berços e morrem por inanição. O fato foi denunciado pela médica Zhang Shuyun, que trabalhou no Instituto de Beneficência Infantil de Xangai. As maldades resultaram no documentário 'Os Quartos das Morte'. A médica fugiu para os Estados Unidos. Escapa da morte crianças que conseguem ser adotadas.

- No começo do século 20 mulheres polonesas vieram ao Brasil com a promessa de casamento. Mas ao chegarem no porto, ficavam sabendo que estavam nas mãos de cafetões e terminavam por se prostituir. Elas ficaram conhecidas com polacas.

- Em 415, em Alexandria, a pensadora Hipácia, famosa por sua beleza, foi esquartejada por uma turba de cristãos fanáticos. Na época a disputa religiosa era violenta no Egito. 
- De acordo com o Código Civil de 1916, a virgindade é parte essencial do casamento e conforme os artigos 128 e 219 o marido tem 10 dias para anular o contrato matrimonial, caso descubra que a esposa foi deflorada por outro. Já o Código de 1940 estabelece que a mulher deve praticar o sexo apenas depois de casada. No mesmo código, no capítulo 'Dos Crimes contra os Costumes', mostra que o estupro pode ser interpretado como um simples atentado ao pudor. Na Constituição de 1988 a mulher passa a ser contemplada como cidadã brasileira, com 28 dispositivos inovadores. No artigo 3, a Carta Magna estabelece o princípio de igualdade numa sociedade livre dos preconceitos de origem, sexo, cor, idade e raça.

- Os padres, quando queriam seduzir as mulheres nos confessionários usavam palavras chulas, apalpavam-nas, se estas eram de condição inferior, como negras, libertas ou escravas. Já quando eram brancas, eram cheios de reverências, segundo o hisoriador Ronaldo Vainfas, um dos autores do livro 'História da Vida Privada no Brasil'. 
- As cortesãs teriam exercido influência sobre a cultura, desde a Antiguidade, segundo a feminista Susan Griffin, autora do livro 'O Livro das Cortesãs'. De acordo com ela, muitas foram patrocinadoras de pintores e filósofos. 

- O teatro de revista, sinônimo de mulheres nuas, lançou muitas artistas, mas só em 1922 é que elas apareceram sem roupa nos palcos numa excursão da companhia francesa Bataclan. Mas só as estrangeiras podiam aparecer peladas, privilégio concedido só mais tarde às artistas brasileiras. 

10 de outubro – Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher

25 de outubro – Dia Internacional contra a Exploração da Mulher

20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi escolhida para homenagear Zumbi dos Palmares, que nesta data teria sido assassinado na Serra dois irmãos, em Pernambuco.A historiografia tem poucas informações sobre o Quilombo de Palmares, mas, de qualquer forma, a escolha da data é uma homenagem ao maior líder e ícone de resistência negra no Brasil.

- Segundo o antropólogo M.Herskovits, no antigo reino de Benin, entre 09 e 12 anos as meninas eram confinadas a uma mulher-mestra encarregada do processo de alargamento de suas vaginas, utlizando massagens, movimentos mecânicos, substâncias vegetais irritantes e a introdução na genitália das meninas, de falos artificiais feitos de chifres de animais, madeira ou raiz de índigo (1967:278). Já menarca era objeto de comemoração familiar, assim como a circuncisão dos rapazes, entre os 17 e 19 anos. Era aceitável que as meninas tivessem relação sexual com os meninos ou com meninas, assim como a masturbação recíproca era considerado um "vício solitário". O lesbianismo era mais frequente do que a homossexualidade masculina, sendo que na África era conhecido o "casamento de mulheres", onde uma matrona "comprava" mais uma jovem para ficar sob sua tutela incorporada ao harém do marido (Bohannan, 1968).

- Na obra Viagem de África em O Reino de Daomé, de 1800, o padre baiano, Vicente Ferreira Pires, diz que naquela região o adultério era severamente castigado, sendo considerado crime, copular com mulheres grávidas ou menstruadas, existindo dois grupos estratificados em razão de sua função sexual: as meretrizes: "maricó", presas de guerra e propriedade do rei e numerosos eunucos, "leguedés", zeladores da segurança da família real (1957:III e ss.). Segundo ele, o amante de uma concubina do rei de Benin foi queimado vivo num espeto sobre fogueira enquanto a adúltera era suplicada sob copioso banho de azeite quente - provavelmente óleo de palma (dendê).

 - Em setembro de 1970 foi presa, em Londres, a terrorista árabe Leila Khaled, por ter tentado sequestrar um avião, o que deu início a uma série de sequestros de aviões comerciais. Já em outubro do mesmo ano, foi presa nos Estados Unidos a militante extremista, Angela Davis, que pertencia ao grupo Panteras Negras. Assistente do filósofo Herbert Marcuse, ela foi acusada de ter fornecido armas a três militantes negros para que pudessem escapar do tribunal onde estavam sendo julgados. Depois de um processo que durou vários dias, Angela foi absolvida.

-  Em 09/08/1969 a atriz Sharon Tate foi assassinada por um grupo de hippies fanáticos chefiados por Charles Manson. Casada com o diretor Roman Polanski, ela estava grávida de oito meses. Em março do mesmo ano, a heroína da luta pela independência de Israel, Golda Meier é eleita primeira-ministra e assume o governo em Jerusalém. Antes Golda ocupava o cargo de ministro do Exterior, tendo tido importante atuação na ONU.


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