RELIGIÃO

  A MULHER NA RELIGIÃO



- A Bíblia é cheia de menções às mulheres em seus versículos e segundo os historiadores, na cidade de Nuzi, a esposa que não pudesse dar filhos ao marido, era obrigada a providenciar uma mulher substituta para ele, como fez Sara (Gênese 16.1), mulher de Abraão ao propor que ele tomasse sua escrava egípcia, Agar. Raquel fez o mesmo, quando disse ao esposo: - Eu tenho aqui a serva Bala; toma-a para que ela dê à luz sobre os meus joelhos e eu tenha filhos dela. O irmão mais velho, ao saber, mandou afiar as facas para matar o mais jovem.(Werner Keller do livro E a Bíblia Tinha Razão).

- Na década de 90 o papa João Paulo II autoriza meninas para subir ao altar como coroinhas em igrejas católicas de todo o mundo. Antigamente existia uma parte da igreja reservada para as mulheres, era o matroneo. Em 1973 um documento da Cúria Romana autorizou que mulheres católicas leigas ministrassem sacramentos se não houvesse um padre por perto. Um ano antes os homens ganharam o mesmo direito. 
- A Igreja Anglicana passou a permitir a ordenação de reverendas a partir de 1985. Na ocasião, Carmem Ethel Gomes foi a primeira mulher com direito a rezar missa e realizar casamentos e batizados. Atualmente, dos 34 países que integram a Comunhão Anglicana, apenas 15 permitem que as mulheres celebrem uma missa. Em agosto de 1985 foi criada a Primeira Delegacia de Mulheres no Brasil, no centro de São Paulo. Atualmente existem 124 em todo o Estado. 

- Segundo a Bíblia, a princesa Bel-Shalti-Nannar, irmã de Baltazar, trabalhava como sacerdotisa num edifício anexo ao templo, um verdadeiro museu na Mesopotâmia, que teria sido o primeiro do mundo. Nele todas as peças eram identificadas, peça por peça, num cilindro de barro. As coleções eram metodicamente registradas pela princesa. (Werner Keller do livro E a Bíblia Tinha Razão).

- A figura da contadora de histórias existe desde tempos imemoriais. Na Antiguidade era identificada como fofoqueira da cidade. Com o surgimento de Santa Ana, a avó de Jesus Cristo, que gostava de boa narrativa, a figura da contadora de histórias ganhou movo status.

- Na Idade Média a Igreja proibia as mulheres menstruadas de comungar. Na Inglaterra do século 19, a menstruação foi catalogada como doença. No século I, o pensador romano Plínio disse, em sua enciclopédia História Natural: 'Mulheres menstruadas tornam o leite azedo e as sementes estéreis'. 

 - Os padres, quando queriam seduzir as mulheres nos confessionários usavam palavras chulas, apalpavam-nas, se estas eram de condição inferior, como negras, libertas ou escravas. Já quando eram brancas, eram cheios de reverências, segundo o hisoriador Ronaldo Vainfas, um dos autores do livro 'História da Vida Privada no Brasil'. 

- Na Idade Média o cristianismo ajudou a legitimar o cinto de castidade e a tradição de oferecer virgens ao senhor feudal antes da noite de núpcias. Com a Inquisição estabeleceu-se uma relação direta entre a mulher, a bruxaria e o sexo. 

- As histórias de adultério e prostituição eram comuns na época bíblica, como o caso de Madalena e da esposa de Anúbis, irmão de Bata. Ela teria seduzido o cunhado, mais jovem do que o marido, e ao ser descoberta, afirmou que na verdade, a sedução teria partido dele e que ela negara as investidas do rapaz. Ela teria dito: - Tu és muito forte! Diariamente vejo a tua força... Vem! Deitemo-nos juntos por uma hora! Será agradável para ti. E eu te farei bonitas roupas. Naquele tempo, segundo o ator do livro que está entre parênteses, os amantes de ambos os sexos eram consagrados ao serviço do templo e os donativos por seus serviços iam para as caixas do templo como oferendas para a divindade. (Werner Keller do livro E a Bíblia Tinha Razão).

 - No início da Idade Média, na Europa, as facas eram usadas para cortar alimentos e os inimigos. Por isso só os homens poderiam usá-las e eram eles que cortavam os alimentos para suas companheiras. No século II uma princesa brizantina casou-se com o doge vezeniano Domenico Selvo e levou seus garfos de 2 dentes. O hábito foi visto como herético e serviu como justificativa religiosa para a morte precoce da moça.
 
- Lourença Coutinho, nascida no Rio e Janeiro no século 17 cometeu pecado grave para a época: o crime de consciência. Cristã-nova, foi presa pela Inquisição em 1712 porque secretamente continuava praticando a fé judaica. Ela foi presa, levada para Portugal, torturada e condenada ao degredo. Seu marido, o advogado e escritor Antônio José da Silva, que passou para a História como O Judeu, morreu nas mãos do Tribunal do Santo Ofício. Quando tinha 61 anos Lourença assistiu à execução do filho mais novo, que foi queimado vivo na fogueira. Cumprindo pena de prisão perpétua, ela morreu pouco tempo depois.

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