tag:blogger.com,1999:blog-46924026994914388902024-03-05T02:28:53.680-03:00 OLHAR FEMINISTAO blog foi criado em 2007, sem objetivos acadêmicos, embora tenha servido de fonte para eventuais trabalhos em faculdades. As informações contidas nele foram tiradas de revistas antigas, livros e internet. carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.comBlogger197125tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-23284466689128992732020-12-30T22:10:00.005-03:002020-12-30T22:59:15.575-03:00 MANSÃO DOS HORRORES!!<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span>No domingo passado, o programa Fantástico, da TV Globo, mostrou o caso do empresário, Saul Klein, acusado de abusos sexuais contra jovens, a maioria menores de idade. Nas imagens, que ancoravam a reportagem, ele aparece rodeado de garotas, distribuindo presentes ou descendo as escadas de sua mansão, enquanto é aplaudido por funcionários e suas supostas vítimas. As cenas mostram-no como o centro das atenções e serviram como provas das acusações contra ele, num processo movido pelo Ministério Público, que somam 14 mulheres que se dizem vítimas do empresário. </span><span>De acordo com os demais depoimentos, Saul obrigava as vítimas a imitarem vozes infantis enquanto assistiam a filmes de violência sexual. </span><span>As acusações contra Saul incluem ainda aliciamento, estupro, cárcere privado e todo tipo de tortura contra as meninas, que eram impedidas ainda de se alimentar, de dormir e de se proteger contra o frio. <br /></span></span></div></blockquote><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span>A defesa de Saul nega as acusações e disse que as garotas faziam sexo com o acusado de forma consensual, alegando que o empresário é vítima das meninas e não o abusador, e que ele estaria sendo extorquido pelas denunciantes. Já o Ministério do Trabalho investiga denúncias de ex-funcionários por descumprimento de leis trabalhistas. Uma das </span><span>testemunhas de acusação é </span><span>a ex-governanta da mansão, que confirmou que aliciava as garotas para "festas" e contratos falsos de trabalho, em troca de cachês altíssimos pagos por Saul, que a teria estuprado ainda na adolescência. </span><span> </span><span>E ontem a Justiça de São Paulo determinou uma avaliação psicológica no acusado. </span><span>E talvez a Psicologia possa explicar as atitudes deste homem, que ao menos nas filmagens e fotos, ele aparece sendo aplaudido e beijado no rosto por duas garotas, enquanto outras dançam de forma sensual.<br /></span></span></div></blockquote><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span></span><span>Mas, não é apenas a figura do acusado a chamar a atenção nesta </span><span>história de horrores. Se de fato tudo isso ocorreu, porque nenhum funcionário denunciou o empresário, se a suposta prática de tortura vinha acontecendo há no mínimo 12 anos? Em casos como este, em que a violência é escancarada, há um consentimento de todos, seja de forma ativa ou passiva e a a subserviência, apatia diante </span><span>das torturas e dos abusos às vítimas e a subserviência cega, em se satisfazer o patrão, são corrosivos e tão desastrosos quanto os crimes cometidos pelo suposto violentador. E, segundo as investigações, funcionários colaboravam desde o aliciamento das meninas, até o confinamento delas na mansão, onde eram obrigadas a fazer sexo com aquele homem, 50 anos mais velho do que elas e tinham que seguir uma rotina para manter o corpo sempre em forma, pronto para servi-lo. </span></span></div></blockquote><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"> </span></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"> </span><span style="font-family: arial; font-size: large;">O curioso é que Saul tem um histórico de subjugação e tortura na família, não sofrido por ele, mas por seu pai, Samuel Klein, que </span><span style="font-family: arial; font-size: large;">viveu em Campos de Concentração, até fugir e vir para o Brasil em 1952. Durante a Segunda Guerra, o magnata do varejo, dono das Casas Bahia, ficou alojado em</span><span style="font-family: arial; font-size: large; text-align: left;"> </span><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial; font-size: large; text-align: left;">Budzin e </span><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial; font-size: large; text-align: left;">Maidanek, passou fome, frio e teve medo de que os carrascos o matassem. Mas, a sorte o ajudou ou, quem sabe, os soldados fingiram não vê-lo se escondendo nos milharais. E uma vez livre, Samuel criou um império e uma família, ao que parecia, exemplar. Já na mansão do terror, se as torturas de fato ocorreram, as vítimas não tiveram a mesma sorte.</span></div></blockquote><p> </p><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span face="arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #202124; text-align: left;">Beijos, </span></span></div></blockquote><p> <span style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial; font-size: large;">Carla Vilaça</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p> </p><p> </p><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: justify;"><br /></p></blockquote>carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-85468301296783759082019-02-09T21:38:00.000-02:002019-02-09T21:42:56.484-02:00O ANTES E O DEPOIS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Eu sou muito desanimada, odeio sair à noite e raramente compareço à festas, porque durmo muito cedo e não tenho companhia para passar a madrugada conversando e rindo de assuntos sem muita importância. Mas nem sempre foi assim. Aos 20 anos, era de praxe toda sexta-feira, após uma semana exaustiva de trabalho, eu e duas amigas irmos a um barzinho na região sul de Belo Horizonte, onde acreditávamos fazer parte de um grupo de intelectuais que havíamos conhecido há alguns meses. Eram médicos, advogados, dentistas e empresários bem sucedidos, que nos aceitaram no grupo, de forma respeitosa, apesar da nossa extravagância no falar, no agir e no vestir. Ao contrário deles, não tínhamos curso superior e nem dinheiro. Também não conhecíamos o mundo e nossas roupas não eram adquiridas em shoppings ou butiques, mas em lojas populares, a prestações a perder de vista. Nunca, naquele grupo, ouvimos qualquer crítica quanto ao nosso jeito de ser e era surpreendente a educação deles conosco. É verdade também que havia um afastamento da parte deles, que indicava um não pertencimento, mesmo que sutil. Mas, nosso raciocínio era no presente e naquele momento, só nos importava a diversão e não a filosofia.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">A juventude usa tapa-olhos que não permite uma criticidade no ato das ações ou antes delas. Por isso não se tem noção da extravagância ou dos abusos cometidos no meio externo. É também por esta razão, que muitas vezes, a pessoa madura tem vergonha do que já passou, do que produziu com sua falta de desconfiômetro, de tempos passados. Me sinto assim, neste exato momento, esperançosa de que as marcas da idade não me faça reconhecida por aqueles integrantes, que hoje também devem estar totalmente diferentes do que se apresentavam há décadas atrás.Não se trata de vergonha, mas da idéia do quão ridículas deveríamos ter sido, naquelas sextas-feiras em que nossas risadas chamavam tanta atenção naquele local sem música de fundo. Mas, se a juventude é cega, a maturidade é uma cirurgia de catarata, que permite a recuperação da visão, como num espelho dividido ao meio, cujo passado e presente podem ser comparados em tempo real. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Relembrar aquela época não me coloca em pé de igualdade com aqueles membros do grupo, porque jamais terei tanto dinheiro quanto eles e nem a posição social que ocupam. E nunca foi este o meu interesse. Tanto que eu e minhas amigas passamos a não frequentar mais aquele barzinho, sem dar satisfação ou qualquer despedida àqueles senhores e senhoras. I</span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">nicialmente, a </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">diferença financeira, social e intelectual pode até seduzir, mas com o tempo, vai ficando chato. E é bom que saiamos da festa antes que ela termine. Quem me vê, hoje, ainda percebe aquela menina risonha, divertida e alegre. Porém, estou mais comedida, mais ética, mais contida. Exatamente como aquele grupo, cujos integrantes nos entendiam e nos aceitavam, sem críticas. Mal sabiam que éramos nós três que mais aprendíamos com eles. </span></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Carla Vilaça. </span></span></div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-86974591075609863992018-05-08T18:20:00.005-03:002018-05-08T18:26:37.316-03:00Estudos nos ajudam em quê?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Fala a verdade: você já leu ou algum livro que ensina os homens a conquistarem as mulheres? Já participou de palestras ou debates, cujo tema principal fosse agradar a companheira na cama? Ou quem sabe tenha assistido vídeos no <i>Youtube</i>, que explicam como entender o sexo feminino? Pois é. Pode até ser que existam obras especializadas neste assunto, mas tudo o que li, até hoje, são dicas para nós, de como satisfazer os homens, como se eles fossem seres complicadíssimos e de satisfação misteriosa. Não é um machismo exacerbado, mas nos coloca numa posição de desvalor perante o sexo oposto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Durante séculos a mulher tentou agradar o marido, mesmo não amando-o, pois aprendeu que o casamento se perpetuava com compreensão, e isso se referia às traições dele. Estes conceitos eram passados oralmente, e com a invenção dos jornais e revistas, eles passaram a ser transmitidos e registrados, de forma escrita. E não foi fácil reverter este quadro, o que só começou a mudar a partir do Feminismo, na década de 50 do século XX. Então começamos a reivindicar o nosso espaço, aos poucos, começando dentro do lar, desbancando os maridos, irmãos e pais, e depois brigando na sociedade. Conseguimos respeito mas ainda somos vítimas de brutamontes e covardes, que nos açoitam com castigos físicos e psicológicos, tanto em casa, quanto no trabalho ou na rua. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E então surgiram os livros, que sem intenção de um discurso machista, acabam nos recolocando no lugar de onde saímos e que jamais queremos voltar. Pesquisas e estudos sobre as diferenças entre homens e mulheres vão muito além de simples normas e convenções e provam, por A mais B, que nosso cérebro é multifacetado. Isso explicaria o fato de fazermos várias coisas ao mesmo tempo enquanto os homens ficam no sofá em frente à TV, ocupados com o controle remoto, decidindo quem assiste o quê. Para os estudiosos, também somos mais ousadas do que os homens e por isso não temos vergonha de pedir informações ou ajuda a terceiros. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não sou contra os estudos, evidentemente. Mas, é que na prática, eles não favorecem a mulher. A definição de que somos multi-facetadas e multi-cerebrais acaba servindo como justificativa para o merecido descanso dos maridos, após o trabalho, enquanto à nós é reservado todo o serviço doméstico. Neste vai-e-vem de informações, somos prejudicadas, pois se restabelece o pensamento antigo de que nascemos para satisfazer os homens, já que</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> a nossa constituição física e mental favorece este papel. Se nosso cérebro consegue digerir várias informações, como garantem os estudos, nosso estômago não pode dizer o mesmo, pois sofre de congestão crônica e precisa, urgentemente, se desfazer das baboseiras que andam servindo como justificativas para a preguiça masculina!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-72986503101029718852018-02-27T17:01:00.003-03:002020-01-29T20:49:13.275-03:00Tirando os canalhas das nossas vidas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não sei você, mas eu já fui vítima de muitos caras que entraram na minha vida apenas para acabar com os meus dias e me deixar vulnerável, com uma sensação de que fui idiota mais uma vez. Esse tipo de homem, a quem chamo de "romanceopata", faz estragos no coração de uma mulher apenas pelo desejo de fazê-la sofrer, arrastando-se aos pés dele, enquanto esnoba a besta apaixonada por seus encantos fictícios. Nem sempre são atraentes, mas sabem conquistar e fazer chamego como ninguém, muitas vezes ocupando o buraco deixado por outro canalha como ele. E é assim que caímos no conto do príncipe falso. Porém, com o passar do tempo, fui aprendendo a detectar os imbecis e me desvencilho deles com facilidade, não importa o tamanho da minha paixão. Mas não têm um perfil facilmente detectável. Podem ser adolescentes ou velhos, ricos ou pobres, com ou sem filhos, um homem destes não respeita ninguém, principalmente as mulheres. Não têm ética e gostam de "passar a perna" nas pessoas, desde que aprenderam a sentir prazer na dor alheia. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na juventude eu adorava curtir as baladas, ir a barzinhos e danceterias, onde sempre conhecíamos alguém que nos prometia amor eterno, mas que não cumpriam a promessa. Com a alma ainda limpa, eles acabavam provocando em nós muitas cicatrizes, quando dava "bolo" na semana seguinte e acabávamos sozinhas por termos acreditando naquele crápula. E foi lá, na noitada, que aprendi a não só me livrar dos engraçadinhos, como a arremessá-los para o inferno através de uma resposta bem dada. Certa vez, numa danceteria, conheci um carinha interessante, que prometeu amor eterno e não me buscou para sairmos conforme ele havia prometido. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Passados 4 anos, nos reencontramos no mesmo local, e sem se lembrar de mim, me "cantou" novamente. Lembrei-o do ocorrido, na frente de seus amigos, virei as costas, e pude ouvir a gozação que ele levou. Da pista de dança, eu me deliciava ao ver seu sofrimento. Coisas de menina-moça aprendendo a se fazer respeitada.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em outra situação, após o divórcio, me apaixonei por um colega de academia, que me prometia amor eterno, e passou a me desdenhar quando percebeu que já havia me ganhado. Se antes ele me esperava para fazer ginástica, passou a ir mais cedo ou mais tarde, quando eu não estava no local, e não atendia mais minhas mensagens. Pura covardia</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">. Minha resposta foi trancar a matrícula e não voltar nunca mais àquele lugar. Os anos se passaram, eu o esqueci e não planejava vê-lo novamente. Como moramos perto, passei a evitar qualquer espaço que pudéssemos nos encontrar. Mas, foi num supermercado que ele veio correndo me cumprimentar, acreditando que mais uma vez eu cairia em seus encantos. No entanto, não foi o que ocorreu. Fiz perguntas muito simples, não dei importância para o que dizia e ele pediu que eu o adicionasse em meu celular. Não cumpri a promessa. Joguei fora seu número assim que cheguei no carro, onde uma música lembrava o nosso romance. Respirei fundo, entrei na garagem de casa, peguei as compras e subi para o apartamento. Feliz e aliviada. Afinal, acabara de tirar da minha vida mais um calhorda. Atitude de uma mulher, agora madura, aprendeu e exige ser respeitada.</span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Carla Vilaça</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-57918500086950147112018-02-19T21:36:00.001-03:002018-11-27T19:46:42.142-02:00Até os beijos mudaram!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Sempre fui atrasada em questões do amor e meu primeiro beijo aconteceu aos 14 anos, quando minhas amigas já estavam experientes no assunto. E foram elas que me mostraram o que fazer quando "o momento chegasse". Após as instruções, eu ensaiava no espelho e observava cada ângulo do meu rosto para não fazer feio diante do rapaz. Mas, apesar dos ensaios, não foi o que esperei. O tão sonhado encontro de lábios, na verdade, me causou nojo e constrangimento. Decepcionada, </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">após cada beijo, </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">eu corria para escovar os dentes, me perguntando o porquê daquilo. Seria mais fácil se já nascêssemos sabendo beijar. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Em resposta aos meus questionamentos, minhas amigas, práticas e emancipadas, me alertavam que, no futuro, eu até sentiria falta dos beijos e que o início de tudo é sempre muito ruim. E segui assim, acreditando que um dia os toques labiais, e linguais, me fariam feliz. Alguns meses depois, eu já estava de namorado novo. Um relacionamento rápido, como vários que se seguiram. Mas, ainda não era tão bom. Faltava alguma coisa. Eu não conseguia juntar emoção, beijos, abraços e palavras românticas. É muita coordenação de uma vez só e meu cérebro não conseguia anexar tudo ao mesmo tempo. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Não demorou para a confirmação da fala das minhas amigas. Nas festinhas corriqueiras eu sempre acabava beijando alguém, para assim, ter experiência. Por enquanto fui aprendendo apenas a técnica, passando ao segundo módulo, o das emoções. Somente ao final do curso é que nos era permitido toques mais íntimos, o que no meu caso demorou ainda mais, evidentemente. Na turma de amigos eu era conhecida como "A Difícil" e os meninos chegaram a fazer uma aposta para saber quem me beijaria primeiro. Nenhum deles ganhou a caixa de cerveja que seria sorteada.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Hoje os tempos mudaram e os beijos já não causam pavor. As garotas ultrapassam as etapas e muitas vezes, partem logo para o sexo. Mas, na minha adolescência, ser beijada ou despertar o interesse de algum rapaz, era como se fosse um prêmio. E o romance, que começava com uma música lenta, terminava com beijos escondidos dos pais e raramente dava em namoro. Como acontece atualmente, também não queríamos compromisso na juventude. A ideia de casamento nos causava pânico. No entanto, fomos aprendendo a usar o nosso cronômetro, que apitava ao menor sinal de avanço dos rapazes. Hoje se pode tudo. Não há tempo a esperar. Os beijos continuam os mesmos, mas se tornaram banais. Falta hoje, o que sobrava no passado: a ansiedade, a espera e a surpresa, elementos cruciais para o aflorar das emoções.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Um beijo. </span></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-79200195874580863462018-02-10T20:01:00.003-02:002018-02-13T21:26:30.668-02:00A beleza que vem da alma!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<br />
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<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A
beleza natural é uma espécie de prêmio, concedido por Afrodite <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Afrodite" target="_blank">(https://pt.wikipedia.org/wiki/Afrodite)</a>a poucos afortunados. Não há o que questionar, se um rosto não apresenta
defeitos ou se um corpo nos enche de admiração pelos traços bem feitos. O
privilégio é ainda maior quando tudo se apresenta numa única pessoa, o que não
é muito comum. Afinal, todos nós somos um pouco como o pavão, que esconde os
pés, horríveis, ao abrir suas asas lindas, quando deseja impressionar. Entre
nós, humanos, não há perfeição, porque, muitas vezes, uma pessoa
belíssima pode se tornar horrível por seus gestos com o outro. E o contrário também pode acontecer. É
possível que alguém se torne bonito aos nossos olhos, quando ele se mostra
generoso, educado e charmoso. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Mas, a beleza é efêmera e não resiste ao tempo. Por mais que os cosméticos e plásticas dêem uma aliviada, é impossível a falta de rugas. Você vai me dizer que algumas personalidades, como as atrizes Bruna Lombardi e Vera Fischer, continuam lindas apesar da idade. Sim, são ótimos exemplos, mas os cabelos brancos, com certeza são pintados e a pele do rosto foi esticada, nem que seja um pouquinho, pelas mãos de cirurgiões fantásticos. Mas, não é assim para simples mortais como eu e você, por exemplo. Sem contar que nosso cotidiano é bem mais comum do que a vida de celebridades que vieram ao mundo à passeio. Pegando transporte público, sem luxos e mordomias, não sobrevivemos à tantas décadas como se tivéssemos 20 anos de idade. As dificuldades parecem que tiram a vitalidade e cansam nossa alma. Nem sempre temos a oportunidae de aventuras amorosas ou viagens nas férias. Temos, sim contas a pagar, acordar muito cedo e comer rápido o que se consegue, dada a quantidade de tarefas diárias.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">No
início da minha carreira como professora, tive uma aluna que chamava a atenção
pela beleza e simpatia. Aos 8 anos de idade, com olhos azuis-escuros e cabelos
longos castanhos, ela era a versão morena da atriz Maitê Proença, um sucesso da
época. Com tantos atributos, era certeza de que seu futuro seria maravilhoso,
com todas as portas abertas para que alcançasse o sucesso. Mas, não foi bem
assim. Uma década depois, trabalhando num supermercado como demonstradora de
produtos, a encontrei numa situação difícil. Estava à procura de um emprego e
me pediu indicação. Conversamos rapidamente, ela se despediu com um aceno frio
e nunca mais soube de sua vida. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Depois
de tantos anos, me lembrei da Ana Carolina hoje cedo. Talvez ela tenha se
lembrado de mim também e, num cruzamento de pensamentos e lembranças, partisse
para um balanço, como o que faço agora. Naquele encontro não reparei em sua
beleza porque ela já não existia. O brilho no olhar dera lugar à tristeza
e os cabelos, sempre sedosos, estavam presos num rabo-de-cavalo. Mas, o que
mais me chamou a atenção foi a falta do sorriso largo daquela garota. Eu não
tinha visto dentes tão brancos e naquele dia eles mal apareceram durante nossa conversa.
Havia algo que não batia com o corpo e o rosto daquela jovem, que um dia fôra
objeto de disputa entre os meninos da escola e motivo de inveja das alunas. Não
tive tempo de saber. Ela estava muito apressada em busca de um emprego que
garantisse o pagamento de suas contas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A
beleza é uma dádiva e pode abrir portas numa sociedade que valoriza o ter mas,
ela não é o suficiente para garantir boas chances no mercado de trabalho. Minha
ex-aluna, mais bonita e mais jovem do que eu, passava por momentos difíceis e
via, naquele momento, o mundo cinzento. Sua vaidade dava lugar ao desânimo e à
descrença e não há rosto bonito que suporte tantas decepções. Carol não
precisou de muitas palavras para esboçar seus pensamentos. Estava tudo escrito
em seus olhos. Os mesmos olhos azuis-escuros, que um dia me causaram tanta
admiração, estavam rodeados de olheiras. Opacos, não transmitiam mais a luz
que, na meninice, representavam sua alma. Por um dia, naquele dia, me senti
mais bonita do que aquela menina. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></span></span></div>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-85554799186676589582017-09-22T16:42:00.002-03:002017-09-22T16:51:38.264-03:00A inocência e a covardia!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Eu sou viciada em leitura, e um dos livros que mais me marcaram, na vida, foi "Papillon", de Henri Charrie, autor francês, cuja obra inspirou um filme americano, com o mesmo título. Embora minha memória seja um pouco fraca, nunca me esqueci de tantos ensinamentos daquelas páginas, que faço uso até hoje. Entre elas, uma passagem em que o autor se decepciona ao pegar carona com três freiras e contar-lhes que guardava pérolas num saco de pano. Elas lhe deram abrigo, no convento, e ao acordar, além de ter sido denunciado à policia pelas religiosas, elas ainda o roubaram. É assim mesmo. A confiança que às vezes depositamos em pessoas, aparentemente inofensivas, pode ser desastrosa. Assim como Charrier, também me decepcionei várias vezes, acreditando que a farda, o hábito ou um jaleco, são garantias de segurança.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na faculdade, eu tive uma séria depressão, e desabei a chorar quando recebi uma nota baixíssima de uma disciplina. Acabei me desabafando com a professora, que se mostrou atenciosa e carinhosa. Ela chegou a me abraçar e a pegar na minha mão oferecendo ajuda, e assim o fez, até que ao final do semestre veio a bomba: ela me reprovou, depois de todo o meu histórico desnudado, sem pudor, para aquela docente. Com cara de assustada - e a dela de prazer - eu não acreditava no que fizera comigo. Não era possível que tivesse sido tão falsa durante todo aquele tempo. Cheguei a lhe pedir satisfação, mas ouvi o que não desejei e chorei o restante em casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
No semestre seguinte tranquei a matrícula e fiquei quase um ano sem estudar, cuidando apenas da saúde emocional. Fiz terapia, consegui um emprego e voltei para a faculdade, quando todos pensavam que eu jamais retornaria. Fortalecida, fiz questão de escolher outra professora para a tal disciplina e prometi ser mais discreta e desconfiada. O risco de se encontrar com pessoas traiçoeiras e muito grande. Porém, a nova professora já sabia da minha história, através de alguns alunos, e prometeu uma ajuda psicológica e pedagógica, que me foram de grande valia. Poucas vezes conversamos, mas seu jeito de ensinar não deixava dúvidas de seu respeito por mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Me formei em 2006 e antes de deixar a faculdade, agradeci toda a atenção da professora Dulce comigo. Quanto à outra docente, faço questão de esquecê-la. Mas não tem como apagar da memória as suas aulas chatíssimas, as nossas conversas em que me abri demais, e a decepção que tive com ela. Meiga por fora, e ruim por dentro, ela é a personificação das freiras malvadas do Henri Charrier. Ela sabia que eu tinha pérolas guardadas. E foi desrespeitosa com o meu segredo. Me expôs e pediu a minha "prisão". É exatamente assim que fazem os covardes!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ótimo final de semana. Beijos,<br />
<br />
Carla Vilaça</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-73169782385176008502017-09-01T19:34:00.002-03:002017-09-21T14:21:38.162-03:00Idiota, vá pro quinto dos infernos!!!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Ontem de madrugada, ao checar meus e-mails, vi um que se destacou, de cara, pela falta de elegância e de educação. Nele, um internauta me chamava de vagabunda e me mandava aprender a escrever (https://olharfeminista.blogspot.com.br/2017/08/a-mulher-e-midia.html). Inicialmente, pensei numa resposta simpática, mas por fim decidi ser tão grosseira quanto ele, aproveitando ainda para sugerir que voltasse a frequentar a escola, pois a erros de gramática e de pontuação indicavam que não frequentava as aulas havia muito tempo. Diante disso, ele acabou me bloqueando, mas não antes de criticá-lo a respeito do site que fez, e que fôra excluído pelo Google, provavelmente pelo péssimo conteúdo de cunho religioso, de acordo com o endereço que permitiu seu acesso para comentários. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Fazer críticas de forma anônima foi a encontrada pelo rapaz para agredir uma mulher que luta pelos direitos através da internet. Sem identificação fica fácil ser covarde. É exatamente assim que agem os marmanjos que espancam mulheres, matam gatinhos indefesos ou crianças inocentes, mas não são capazes de enfrentar homens maiores do que eles. São idiotas, que se escondem através da impunidade para perseguir, coagir, constranger e fazer ameaças. Graças à injustiça, continuam com suas imbecilidades dentro de casa, sentindo um profundo prazer em fazer o outro sofrer. Tipos como ele são fracos e precisam, através de escudos imaginários, mostrar sua força para continuarem no "poder". São exatamente estes que, uma vez na prisão, se tornam vítimas de outros brutamontes, que fazem com seus corpos o que eles fizeram com suas vítimas aqui fora.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Trata-se da falsa moral, imposta pelos presos, que vêem nas mulheres maltratadas, humilhadas e espancadas, torturadas ou mortas, suas mães, irmãs, filhas ou cunhadas. São imperdoáveis. E também este é um dos motivos pelos quais que as mulheres não denunciam o homem que amam, porque têm medo que eles se tornem mocinhas nas mãos dos bandidos, caso sejam presos. É uma sensibilidade que pode custar uma vida, pois no momento do crime, o marido agressor não tem medo do que possa lhe acontecer. Pensa apenas em ser obedecido e não tolera desobediência.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Fico pensando como um homem perde tempo agredindo com palavras uma pessoa que não conhece, como esse rapaz fez comigo. Talvez ele pensasse que eu pediria desculpas pelo que escrevi, mas coloquei-o em seu lugar. Sugeri ainda que procurasse Deus, pois de acordo com o nome do site que fez, ao que parece tem como ídolo o diabo (sim, com letra minúscula, porque não admito que sequer um ser imaginário tão horrível possa ser digno de uma inicial maiúscula), o "coisa ruim", ou outros nomes terríveis para o inimigo do Pai. Não sou muito religiosa, apesar de não parecer nesta minha indignação, mas já que o rapaz foi tão ofensivo, não merece meu respeito: que ele vá para o quinto dos infernos! </span></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-88347203437573980262017-09-01T18:35:00.002-03:002017-09-22T15:11:49.389-03:00"Qual a sua história, mamãe?"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center" style="text-align: center;">
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Meu inglês é precário, mas vou cantarolando músicas
estrangeiras no carro, fingindo traduzi-las para o meu filho, até chegarmos à
escola dele. E, assim vamos nos divertindo com as palavras cognatas (parecidas
com as brasileiras), já que não sei a tradução da maioria delas. Quando me animo
com a canção do Bruno Mars, explicando que “auuuuuuhhhh” quer dizer isso mesmo, caímos
na risada. E continuo o percurso, "traduzindo" as canções: "<i>I love you</i>: amo muito você"! E depois: <i>I believe angels. </i>Viu, Edu? Significa que a moça acredita em anjos e a mamãe também... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Sou mais criança do que o meu filho de oito anos e
ele sabe disso. Ás vezes me chama a atenção por não ser tão séria quanto as
mães dos colegas dele, mas ao dormir, diz que ama e me agradece por respeitar o
gosto dele por <i>funk</i>. Fazer o quê? Estilo musical é uma
particularidade. Na idade dele eu amava Roberto Carlos e cantores antigos, dos
tempos dos meus avós, e ninguém sabia porque tive um encantamento incomum para
uma menina que ainda aprendia músicas folclóricas, como o sapo-cururu e
atirei-o-pau-no-gato.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Mas, hoje uma pausa no CD fez o Edu me perguntar sobre a
minha vida pregressa. Revelou que vai morar sozinho, aos 18 anos, que será rico
e que não sabe quantos filhos terá. E sugeriu que nos mudássemos para os
Estados Unidos, “onde se fala inglês”, e que lá eu poderia ser mais feliz.
Continuei dirigindo, me questionando onde ele aprendeu a fazer tantas perguntas
embaraçosas, mas no fundo sei que saiu à mim. E chorei sem o meu filho ver. Como ele percebeu que não estou satisfeita
com a vida de solteira? Como sabe que tive um amor que mora fora do Brasil? “Papai
me contou, mãe” – revelou-me.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Assim como as mães sabem tudo sobre os filhos, sem
que eles digam, os rebentos conhecem a respeito de suas matriarcas, mesmo que
elas guardem segredos a sete chaves (embora eu não guarde nem com fita de cetim). Ao me perguntar sobre a minha história, Eduardo já sabia
mas, quis apenas a confirmação de que ao lado do pai dele eu era mais alegre. Confirmei
que ainda amo meu ex-marido, que me arrependi da separação, mas que vou dar a
volta por cima, pois era apenas uma situação recente, palavra que gerou novas
explicações ao meu filhote, que está crescendo rápido demais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">O divórcio não me fez uma mulher mais feliz. Ao
contrário, me deixou intranquila e insatisfeita, mas não há volta. A escolha foi
minha e hoje fico imaginando como alguém pode se separar do marido e voltar a
ter vida normal. Desde pequena meu sonho era me casar e ter muitos filhos e foi
para isso que me preparei. Mas, não foi do jeito que imaginei. A decisão foi
apenas uma das muitas que tomei de forma equivocada durante toda a minha existência.
Antes eu não estava feliz e hoje estou sozinha. Mas não é a solidão do
abandono, mas da falta de toque, de amor, de carinho. Não quero voltar para meu
ex-marido. É apenas um desabafo, enquanto seu lugar não é ocupado por outro, em
meu coração!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Beijos, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Carla Vilaça</span></div>
<br />
<div align="center" style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-64845907798636295542017-08-31T20:25:00.001-03:002017-08-31T20:53:07.666-03:00A heroína do caso Pedrinho<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">1986. Uma mulher entra
no quarto de uma maternidade, em Brasília (DF), se apresenta como enfermeira, pega o bebê recém-nascido para exames, e some com a criança, embrulhada numa
manta, dentro de uma sacola. Um taxista a esperava do lado de fora, sem
desconfiar de que participava de um dos maiores sequestros de crianças, na
história do Brasil. Tratava-se do caso Pedrinho, desvendado 16 anos depois,
graças à desconfiança de uma “prima” do menino, Gabriela Azeredo Borges,</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="color: #333333; display: inline; float: none; font-family: "uoltext" , "arial" , "verdana" , sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> </span>ouvir da tia (sequestradora
do garoto) sobre uma cirurgia de ligação de trompas décadas antes do nascimento
do menino.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Discreta, a adolescente
buscou na internet indícios de que o primo havia sido roubado, já que nunca se
falou em adoção na família. Num site de crianças desaparecidas, ela encontrou
um homem com os traços de Pedrinho e uma marca incomum na orelha, que não deixava
dúvidas. Ao entrar em contato sobre suas
suspeitas, a garota foi orientada a conseguir fios de cabelo de Pedrinho e
diante das provas, comprovou-se que tratava-se mesmo do garoto sequestrado. Era hora de a
polícia entrar em jogo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Assim que soube da notícia,
a verdadeira mãe de Pedrinho recebeu Pedrinho e sua mãe adotiva, Wilma, que
ainda usava os mesmos cabelos pretos e as sobrancelhas grossas de 16 anos
atrás, quando entrou no quarto e levou o menino. Era ela a própria
sequestradora, como reconheceu Maria Auxiliadora, verdadeira mãe do garoto, que com
elegância, agradeceu os cuidados que a mulher teve com seu filho, e só depois a
denunciou. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pedrinho tinha sido batizado
como Oswaldo Filho, nome do ex-companheiro de Wilma, um homem casado, que fora
enganado a respeito da gravidez da amante. Morreu sem saber a verdade, mas a
deixou bem financeiramente. Através de Pedrinho, a polícia descobriu
que Wilma havia sequestrado outra criança. Wilma chegou a ser presa, mas está em liberdade condicional. <span style="mso-spacerun: yes;">De acordo com a justiça brasileira, houve prescrição no crime.</span>Durante todo este tempo, a
mãe de Pedrinho nunca perdeu as esperanças de encontrar o filho. A
culpa pela inocência, o desespero e o vazio que sentiu, foram escritos num
diário, cujas linhas escondiam o ódio, a saudade e as lágrimas contidas. Auxiliadora
já tinha outros filhos, mas uma mãe pode ter 100 crianças, que sente falta
de cada uma delas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A história de Pedrinho virou um livro. O garoto, que hoje é pai de um menino, convive bem
com as duas mães e intercala visita na casa das duas, em tempos de férias. É um
caso horrendo que envolve muitas mulheres: uma mãe que teve o filho arrancado
de seus braços, outra que o sequestrou e uma terceira, que foi quem desvendou o
mistério do sumiço de Pedrinho. Pouco se falou da adolescente corajosa. Mas, a
meu ver, ela é a verdadeira heroína deste mistério. Provavelmente, a mãe de Pedrinho
a agradeceu, mas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>faço aqui um grande
elogio à ela, o mesmo quando premio minhas alunas por algum mérito em sala: “Parabéns, mocinha. Você tirou um 10”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Beijos, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Carla Vilaça</span></div>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-16535038422973295252017-08-17T18:23:00.004-03:002022-03-26T14:20:30.450-03:00A mulher e a mídia!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><br /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">Antes
do Feminismo, na década de 50, o lugar da mulher era em casa, criando
os filhos e cuidando do marido. Raramente ela tinha tempo para leituras
ou passeios sem a companhia masculina. Como o seu dia se resumia às
tarefas do lar, as revistas reafirmavam este papel, em publicidades que
reduziam a figura feminina perante a sociedade machista. Interessadas no
consumo, as empresa</span><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">s
apresentavam suas inovações tecnológicas, sempre colocando a mulher
como um mero objeto, desprovida de direitos e de sentimentos. Eram
comuns propagandas em que enceradeiras, fogões e geladeiras eram
oferecidos em páginas de revistas como a realização de todos os sonhos
femininos, uma espécie de príncipe encantado que facilitava o dia-a-dia
das donas-de-casa. E</span><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">m cores variadas, como amarelo, vermelho e azul-claro, os eletro-domésticos eram apresentados como parte da decoração. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">Num
tempo em que o mandonismo masculino ocupava as casas de todo o mundo,
restava à mulher, aceitar a condição de subordinada de maridos, pais e
irmãos. E, sem oportunidades no mercado de trabalho e impossibilitada de
estudar, sua diversão era passar o dia encerando, cozinhando ou
costurando. De vez em quando ela podia visitar parentes, sempre aos
domingos, na companhia do marido e do filho, geralmente após a missa. A
regra era ser contida nos sorrisos e prazeres, sempre focada na
felicidade alheia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">É
importante ressaltar que nem toda mulher aceitava esta imposição
machista, mas permanecia subordinada ao marido por condições econômicas.
Mesmo sendo humilhada ou reduzida ao papel de mãe, era difícil deixar o
lar para tentar uma vida independente. Há algumas décadas, sem métodos
contraceptivos, as mulheres tinham filhos praticamente todo ano e em
caso de insatisfação, não eram aceitas de volta na casa dos familiares.
Por causa desta situação, a mulher vivia num mar de sonhos que nunca se
concretizavam e essa pode ser uma explicação simplória dos antigos
romances em que os homens apareciam cheios de romantismo, ao contrário
dos maridos grosseiros e desrespeitosos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">O
Feminismo foi um movimento das mulheres corajosas, insatisfeitas com o
machismo, com o autoritarismo masculino sobre nossos corpos e mentes.
Nós, ao contrário da propaganda acima, sabemos que nosso lugar não é
apenas em casa cuidando dos filhos e do marido, mas é também na
faculdade, no trabalho, nos bares, e onde mais quisermos. A publicidade,
que ainda continua machista, faz mal uso da nossa imagem, nos colocando
como escravas do sexo masculino. É verdade que houve uma evolução. Mas,
ela só será total, no momento em que não mais permitirmos que nossas
curvas vendam todo tipo de produto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">A
propaganda mudou: deixamos de vender enceradeiras para anunciarmos
cerveja. A moda também é outra: as saias que antes eram longas,
encurtaram e hoje, até pneus são vendidos com a ajuda de bundas
femininas. Lindas, por sinal. Mas são pedaços de nossos corpos que ao
serem usados em anúncios publicitários, também fortalecem a ideia de que
somos objetos de uso masculino. Essa época de desvalorização já passou.
Precisamos crescer e fazer os homens compreenderem de que somos mais do
que sedução. Não estamos num açougue em que as carnes devam ser
expostas para vendas. Somos dignas de respeito e valorização. E esse
valor começa em casa e se estende para a empresa, aos amigos e na
sociedade. As feministas fizeram muito, mas será que estamos continuando
com os ideais ou paramos no meio do caminho? É apenas para pensar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">Beijos, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: small;">Carla Vilaça</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-19645093303237746872017-08-07T17:17:00.001-03:002017-08-09T17:11:24.203-03:00Quando a luz está distante!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Eu nunca fui uma pessoa discreta, destas silenciosas que guardam grandes segredos, seus e dos outros. Sou falastrona e gesticulo muito para me comunicar, chamando a atenção das pessoas, principalmente porque minha voz é muito grossa e minhas mãos enormes. Hoje em dia, depois de tantos anos aqui na Terra, não me incomodo mais com os comentários maldosos a respeito destas particulares, mas elas já foram alvo de <i>bullying</i> na escola e no meu trabalho. Mesmo avessa às fofocas, acabo virando assunto preferido de colegas maldosos, que encontram em mim, algo que não conseguem ser. E, como aprendo com a vida, se antes eles eram um problema, atualmente, me fazem sentir uma pessoa especial, capaz de atitudes que estas pessoas não têm. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Ser diferente é ser corajoso, ousado, capaz de carregar uma parcela de culpa pela inveja dos outros, pois a capacidade de certos desafios não é destinada aos covardes. E dói ocupar um lugar que se deseja e não se consegue, por medo de sair do igual, do comodismo. Tudo meu é muito intenso e visceral. Situações do tipo "arroz com feijão" ou "água morna" para mim, não funcionam, pois sou impulsionada pelo amor e pela paixão, seja pelo trabalho, pelas pessoas ou até mesmo com relação a tarefas simples, como escrever ou lavar vasilhas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Mudar pode causar sofrimento porque implica em alterações, mentais, psicológicas e às vezes, físicas, e é por isso que as decisões que tomamos exigem de nós tantos pensamentos antes da "batida do martelo". Somos, constantemente, bombardeados pelo medo do desconhecido, como se estivéssemos num túnel em que a luz para a saída está num ponto de difícil acesso. Então, é preciso coragem para atravessar os obstáculos, que podem acarretar em sofrimentos durante o percurso. Para evitar esta dor, é que muitas pessoas se acovardam e permanecem no mesmo lugar, que elas já conhecem e que não oferecem perigo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Quando conhecemos o mundo do amor, deixamo-nos ser levados pelos sentimentos e criamos uma coragem até então desconhecida por nós. É o coração que manda e ele é sedento de carinho, necessitado do ser amado, cuja presença se torna vital para sua sobrevivência. Ancorados nesta vontade pelo outro, somos capazes de matar ou morrer, como se ignorantes fôssemos até o fundo da alma. O campo amoroso não é protegido pelo academicismo ou pelas experiências românticas que tivemos. Sempre que amamos, o fazemos diferentemente das paixões antigas, como se para cada enamorado nos exigisse um coração virgem de carinhos. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Por outro lado, quando não estamos amando, ou deixamos uma grande paixão, nos sentimos estraçalhados, cortados na diagonal, por uma faca imaginária, que demonstra que alguém passou por ali, fez estragos e foi embora. É assim que me sinto hoje. O choro por um amor partido dá nós em volta do meu ser e me deixa solitária, como se eu jamais tivesse amado alguém. Já não sei quem sou, perdi a noção do romantismo, esfriei meus sentimentos. Tenho dificuldades em preencher meu coração com outro homem. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Já faz um ano que me separei e não encontrei substituto para meu ex-marido. Tenho culpa nisso por faço comparações. É preciso entender que tudo acabou. Foi tudo muito rápido, como começou. A mudança, no meu caso, não foi difícil. O que está complicado são os desafios que encontro no meio do caminho. A luz deste túnel está muito distante e estou gastando meu combustível para alcançá-la. As pedras são enormes e minhas pernas estão cansadas. Mas, não desisto. Estou certa de que a qualquer momento eu chego até a saída. Por enquanto, vou vivendo com a segurança de que fui responsável pela minha escolha. Agora, o destino, não tenho ideia de como ele será.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Beijos</span></span></div>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-32726304143595659032017-07-28T17:45:00.003-03:002017-07-28T17:45:25.325-03:00O livro e a alma alheia!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Quando criei este blog, meu objetivo era guardar, via digital, informações colhidas em revistas e livros a respeito da mulher, que eu colecionava desde criança. E por isso fico surpresa quando recebo pedidos para citações em trabalhos acadêmicos. Os leitores também me dão sugestões ou fazem fazem críticas que recebo com gratidão, pois estando de fora, conseguem ver o que não percebo. E lá se vão dez anos de muitos textos, na primeira página, que representam os meus pensamentos diante de fatos que acontecem comigo ou com outras pessoas. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Sou uma leitora voraz, assim como o meu pai, que nos incentivou, desde cedo, com suas histórias antes de dormir. Eu era a única que só cambaleava após o final da trama e sempre acabava sonhando com aqueles romances ou fábulas. Mas, a maioria dos livros que li na infância ou adolescência não foram sugestões, mas imposições da escola. Éramos obrigados a ler os clássicos brasileiros, como Machado de Assis e José de Alencar, ou gregos, como Ulisses e Medusa. No entanto, essa ditadura escolar, que poderia ter me afastado dos livros, fez o caminho inverso e me causou verdadeiro amor pela escrita. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Hoje, muitos anos depois, ensino "o caminho das pedras" aos meus alunos, que encontram nas histórias um mundo de possibilidades em relação ao que desejam quando crescerem. Logicamente que a realidade dos pequenos envolve bruxas, princesas e animais, que representam o lado bom ou ruim da vida, que eles começam a conhecer. Porém, não há imposição. Cada criança lê o que lhe interessa, sem obrigações de perguntas e respostas a seguir. Porque os livros são como as paixões em nossa vida. Suas páginas contém mistérios como a alma alheia: nunca se sabe o que elas guardam. E, apesar do medo do outro, jamais deixamos de amar. Aliás, muitas vezes, nos apaixonamos porque quem jamais tínhamos interesse inicialmente. A literatura também se dá assim. Geralmente as melhores obras não vêm com capa bonita. O que surpreende, é o conteúdo. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Beijos,</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Ótima sexta-feira.</span></span><br />
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">*L</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ivrarias que vendem publicações antigas.</span></span></div>
<br /></div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-38741587128582373832017-05-25T20:12:00.001-03:002020-03-01T18:32:03.286-03:00Ele não era nada daquilo!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Na adolescência fui apaixonada por um professor, cuja história já contei aqui (<a href="http://olharfeminista.blogspot.com.br/search?q=um+amor+de+professor">http://olharfeminista.blogspot.com.br/search?q=um+amor+de+professor)</a> e relato, agora, o nosso encontro, no início da semana, depois de três décadas. Nossos destinos jamais se cruzariam, não fosse a tecnologia. Ao encontrar seu perfil num site de relacionamentos, enviei-lhe uma mensagem, mas a resposta custou a chegar e não acreditei quando me convidou para sair. Pontual, cheguei ao restaurante de um hotel, escolhido por ele, às oito da noite, mas fui avisada de que se atrasaria por causa do trabalho. Tímida (sou assim em locais estranhos), me sentei no fundo e para passar o tempo, me distraí com o celular. Ao chegar, ele me tocou de leve, sorriu e me deu um selinho, como se não houvesse longa distância física durante tanto tempo.<br />
Já sentados, um de frente para o outro, ele me pediu desculpas pela demora e perguntou se eu o aguardava por muito tempo. Respondi, fazendo graça, que o esperei por... 30 anos! Então, contei-lhe sobre minha paixão e ouvi suas desculpas pela falta de conhecimento desta admiração antiga. Contamos um pouco sobre nossas vidas e falamos do passado e do presente. Era tão surreal aquele momento, que eu tinha a certeza de que seria acordada no melhor momento do sonho, como tantas vezes aconteceu. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de muita conversa, subimos para o quarto, e para minha decepção, foi péssimo. Não havia carinho, nem conversa nem beijos (o que eu fui fazer ali?). Tantos sonhos por tão pouco. O cara que imaginei era apenas ilusão. Não consigo descrever a frustração de ver todo meu sonho correndo pelo ralo. seu assunto, seu corpo, seu jeito em nada me agradaram e me deixaram confusa. Me senti um nada e ameacei ir embora. Esperava ao menos que ele me levasse para casa, mas para minha surpresa, me sugeriu pegar um táxi porque "estava a fim de dormir" e perguntou se eu tinha dinheiro para a corrida. Meu Deus! Em que mundo vivi durante tantas décadas, imaginando que meus sentimentos eram compartilhados por aquele ser? Sua falta de gentileza escancarava pelos lábios numa grossura irritante. Me vesti, peguei minha bolsa, calcei minhas sandálias e tentei sair dali. Tive dificuldades com a maçaneta da porta e nem isso ele me ajudou.<br />
No elevador, fiz careta em frente o espelho e me chamei de idiota, já totalmente descomposta, sem maquiagem, encostada na parede de vidro. Já no hall, fui praticamente destratada pelos recepcionistas que não me ajudaram a ligar para o Úber. Com 2% de bateria no celular, a única solução que encontrei foi ligar para alguém, mas após várias tentativas frustradas, me sobrou apenas uma opção e pedi, então, ao meu ex-marido que me buscasse. Vinte minutos depois ele chegou, desconfiado da minha roupa e do lugar onde me pegou, me fazendo perguntas durante o trajeto. Ao me deixar em casa, ainda me esperou entrar, como um bom cavalheiro. Não havia como comparar os dois, tão diferentes eram. E chorei enquanto fazia um chocolate quente. Quase meia hora depois o cara ligou, se fingindo de preocupado. Sem qualquer emoção, disse que à ele que iria dormir.<br />
Acabei pegando no sono por alguns minutos, até que o despertador tocou. Sem acreditar em tudo o que havia passado, me levantei, tomei um banho e fui trabalhar. Numa confusão entre fantasia e realidade, meu cérebro não relaxava, pensava no ocorrido e no quanto fui iludida. De volta à realidade, retomei minha rotina. E, por mais amarga que tenha sido aquela noite, foi melhor do que a ilusão, que transforma tudo em fantástico. Dois meses depois ele me passou mensagem querendo sair de novo comigo. Eu simplesmente o excluí dos meus contatos. Hoje, passados 3 anos, não me arrependo de ter saído com aquele homem e ter descoberto nele tanta normalidade. Coisificar, neste caso, foi a melhor solução para apagar um passado mal resolvido. Durante décadas eu fantasiei com alguém que nunca existiu. Foi uma cegueira longa! Mas hoje, na clareza dos sentimentos, vejo que foi necessário. Só assim mesmo para expurgar as ilusões.<br />
<br />
<br />
<br />
Carla Vilaça.</div>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-83981517513781312472017-05-17T17:12:00.002-03:002017-05-17T17:19:10.463-03:00Só queremos carinho, nada mais!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Os homens são loucos por sexo, certo? Nem sempre. Em muitos casos, eles preferem a satisfação solitária do que dividir a cama com uma mulher. Não me baseio em pesquisas para afirmar isso, nem tenho tanta experiência no assunto, mas esta é uma conclusão informal, tirada de conversas femininas com amigas, cujo assunto principal é a libido masculina (e sua performance sexual, posições, manotas durante a relação, tamanhos de uma coisa e de outra, etc). Nessas rodadas, chamadas também de tricotadas ou mexericos de comadre, entre risadas e teorias baratas, acreditamos que podemos analisar os homens através das relações amorosas que tivemos ou temos, com namorados, ficantes ou maridos.<br />
Fui criada acreditando que todo homem é safado, só pensa naquilo e que usa e abusa da mulher em todos os sentidos. Essa foi a maneira encontrada pela minha mãe para impedir que eu e minhas irmãs caíssemos em armadilhas de algum engraçadinho que pudesse nos engravidar antes do casamento. É um pensamento antigo, mas muito utilizado na minha adolescência pelas matriarcas que davam satisfações aos vizinhos e parentes. Isso mudou bastante, mas a verdade é que as meninas ainda recebem uma criação diferente das ofertadas aos meninos. O bom desta história é que na maioria das vezes me enganei, porque muitos rapazes não eram nada do que imaginei e quando estiveram comigo, desejavam apenas beijar, abraçar e conversar, antes de passar para a segunda fase, a do sexo (que não acontecia, logicamente). Eram o que chamamos de 'Homem prá Casar'. Mesmo assim só me casei depois de curtir muito a minha vida de solteira.<br />
Por outro lado, nossas mães têm razão em nos alertar sobre os tarados disfarçados de galã, capazes de nos enganar com cantadas esdrúxulas, que caímos ao menor sinal de interesse por parte deles, ou do nosso, evidentemente. Com suas lábias doces e garras afiadas, conseguem o que querem e depois vão embora sem pensar nos corações destroçados que
deixaram. Não falo da ingenuidade de uma garota, mas me refiro a todo tipo de mulher, de todas as idades que são levadas por promessas que jamais serão cumpridas pelo Don Juan, interessado apenas em conquistar e sentir prazer com qualquer uma que ele encontrar pelo caminho. Quase psicopatas - e alguns o são de fato - sabem agradar porque conhecem as artimanhas da sedução e sabem como enlouquecer uma mulher na cama. <br />
Em contrapartida, caso o interesse seja da mulher na conquista de um homem, é ela quem corre atrás da vítima, como caçadoras famintas, loucas para transar com aquele que considera seu objeto de prazer. Em muitas situações somos mesmo parecidos, homens e mulheres. Mas, neste caso, o sexo feminino consegue ser, algumas vezes, pior do que o masculino porque ela conhece os sentimentos a fundo, sabe articular muito bem e investigar cada passo do homem desejado e encurralá-lo para que não saia de seus braços. Não se trata de ciúme, mas de obsessão, um desvio de personalidade, talvez, que não me cabe aqui decifrar pela minha falta de conhecimento técnico. <br />
Mas, então tá. Se estamos apenas baseando em experiências particulares, partimos agora para teorias científicas que muitas vezes são usadas em barzinhos como afirmação das ideias. Segundo alguns estudiosos, como o sexólogo Gerson Lopes, ambos, homens e mulheres são idênticos em seus desejos sexuais, mas enquanto ela depende mais da estimulação romântica do que sexual, ele é capaz de permanecer interessado sempre que encontrar alguém com quem já transou, mesmo que esteja em outra relação amorosa. Ou seja, nos ligamos mais em carinho e atenção do que a transa em si.<br />
Voltando para a nossa realidade nua e crua, o que percebemos é que no fundo, no fundo, depende de como os homens recebem a orientação a respeito da mulher, ainda na infância. Ele poderá ser mais carinhoso ou egoísta à medida em que nos compreende e nos conhece. Valorizamos os sentimentos, os elogios, o carinho e o romantismo, a atenção. Para nós, o sexo não vem separado do corpo e da mente, mas é um todo e um item completa o outro. O que precisamos mesmo é de beijo na boca, sorrisos safados e um olhar de admiração, de desejo, de paixão. Não exigimos muito, não somos difíceis. Somos incompreendidas. Deu prá entender, rapazes?<br />
<br />
<br />
Beijos,<br />
<br />
Carla Vilaça</div>
</div>
carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-8614840026131466002017-05-12T19:31:00.002-03:002020-03-01T18:37:57.635-03:00No vai-e-vem-do cavalo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Um dos primeiros textos que escrevi no meu blog foi o que mais gerou comentários das leitoras, há alguns anos, e repito aqui, alguns trechos para dar um outro desfecho ao final da história em questão. Trata-se de um romance rápido que poderia ter selado o meu destino, mas que por forças inimagináveis, não se concretizou. Tudo tinha para dar certo, mas não deu. As peças se encaixavam, nós nos encontrávamos, mas não rolou. E, durante algum tempo, acreditei que eu não tinha sorte no amor, mas o futuro chegou e percebi que nem sempre a escolha que fazemos mentalmente, seria a melhor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Era um feriado prolongado de Semana Santa, e mais uma vez eu e minhas amigas fomos para Divinópolis, para mais uma aventura na cidade. Nada de estranhezas ou encontros mirabolantes, mas apenas noitadas em barzinhos e danceterias. No entanto, um rapaz lindo tomou conta do cenário e é dele, ou da atração que senti por ele, que falo aqui. Após uma discordância entre nós, meninas, decidi comprar passagem de volta para o domingo próximo, já que não havia retorno para BH naquele dia. Mesmo chateada, resolvi acompanhá-las à lanchonete, imaginando o quão seria chato aqueles dias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, a natureza é mesmo pirracenta, e para me castigar, colocou no meio do caminho um rapaz lindo, que nos foi apresentado enquanto comíamos hambúrgueres. Digno de filme internacional, com tantos atributos físicos (quero dizer, lindíssimo) era impossível não me apaixonar. E enlouqueci. Além da beleza, ele tinha muitos talentos: jogava futebol com maestria, tocava violão, contava piadas engraçadas e previa o futuro das pessoas, através da quiromancia. Assim que se apresentou, comentou sobre o tamanho das minhas mãos (são enormes, meio másculas) e disse que decifraria cada linha desenhada nelas. Calmamente ele disse que eu me casaria dali há dez anos e teria três filhos. Enquanto vasculhava o meu destino, eu não desgrudava os olhos dele, fazendo gracinha para as meninas, que riam em silêncio. Era muito bonito para deixar escapar - eu pensava!</div>
<div style="text-align: justify;">
À noite nos reencontramos num barzinho e aquele cara foi ainda mais gentil. Eu não estava bem de saúde e ele se ofereceu para me levar para casa (emprestada de um amigo) e ficou comigo até as meninas chegarem de madrugada. A casa ficava numa área rural, rodeada de matos, e ele teve medo de me deixar ali sozinha. Para passar o tempo, ficamos ouvindo música e acabei dormindo em seus braços. Ao sermos flagrados no sofá daquele jeito largado, a impressão que todos tiveram é de que algo mais sério tinha acontecido, mas eu ainda não estava preparada e não entrava na minha cabeça me entregar tão facilmente ao primeiro homem que aparece na minha frente. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na manhã seguinte, sem aviso, o bonitão apareceu na casa para me levar à chácara em que tínhamos planejado passar o feriado. Apenas nós dois fomos em seu carro, enquanto as outras meninas foram de carona com o namorado de uma delas. No meio da estrada, trocávamos beijos, ao som de Raul Seixas no toca-fitas (sim, toca-fitas, que era o de mais moderno naquela época), e muitas juras de amor. Até mesmo no momento de abastecer, ele fazia gracinhas através do vidro, esperando um sorriso meu, que era correspondido largamente. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ao chegarmos, fomos muito bem-recebidos, com uma mesa deliciosa de café e alimentos típicos. Os rapazes foram convidados a mochar bois enquanto as meninas ficavam apreciando aqueles corpos segurarem os bovinos e lhes cortar os chifres. Depois, arriscamos uma cavalgada e demos muitas risadas com as piadas contadas pelo bonitão na varanda. E foi de lá que o vi, andando a cavalo, com jeans e chapéu de caubói, num vai-e-vem enlouquecedor. Eu babava naquele cenário hollywoodiano, imaginando que aquele seria o primeiro homem da minha vida! </div>
<div style="text-align: justify;">
Após o almoço, fomos dar um passeio à pé, pela estrada, catando mangas de vez e descobrindo as maravilhas daquele lugar, como uma casa abandonada, lotada de morcegos que nos surpreenderam e nos obrigaram a correr para não sermos picados. Depois, nadamos na lagoa, e já cansada, ele me pegou no colo e voltamos para a chácara. Á noite, depois de uma festa no arraial, dormimos em quartos separados, vigiados pela dona do lugar. Tudo parecia mágico, era como se eu encontrasse meu grande amor num conto de fadas e eu não quis mais acordar daquele sonho.</div>
<div style="text-align: justify;">
No domingo, enquanto todos dormiriam até tarde, acordamos cedo. Era hora de ir embora e não deu tempo para despedidas. Apenas tomamos um café rápido e o bonitão me levaria para a rodoviária. mas, ao contrário do que imaginamos, veio conosco a mulher que não desgrudou de nós o tempo todo, na chácara. Ela pediu carona e não tivemos como negar. Falando demais, ela impedia que nos beijássemos como antes e acabei ficando calada o tempo todo. Quando ela enfim desceu do carro, fomos esperar pelo ônibus que só sairia duas horas depois. Para passar o tempo, resolvi que aquele seria meu grande momento. Acho que daria tempo de curtir minha primeira vez com alguém que eu acabara de conhecer, mas que havia sido tão especial. Após a decisão, procuramos a chave da casa e só então lembrei que havia deixado com a mulher para devolução ao dono. Foi outro gesto meu, de burrice, em tão pouco tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
No meio da estrada, relembrei em detalhes todo aquele romance e teria certeza de que me casaria com aquele homem, que reunia tudo o que uma mulher sonha encontrar. E dois dias depois, já em BH não suportei a saudade, liguei e resolvi encontrá-lo no fim-de-semana seguinte, o primeiro de muitos. Para quem não sossegava com paixões, fiquei enlouquecida e nosso relacionamento passou a ser visto pelos amigos como um possível casamento. Mas, de uma hora para outra a relação esfriou e nunca mais apareci na cidade com a intenção de ver aquele rapaz.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca mais o reencontrei aquele cara e nem soube da sua vida, até que no ano passado, ao visitar um parente, no meio de uma conversa, seu nome, que não é muito comum, foi citado como um marido que dá trabalho para a esposa. Curiosa, fiz perguntas, quis saber a idade, onde morava quando solteiro, e o que faz hoje, etc. Não havia dúvidas de que era ele. Sim, o bonitão, tão romântico, gentil, divertido, respeitador, se mostrava agora, um desalmado com a família, que traía a mulher sem o menor pesar. Fui, então, ao mesmo tempo, no passado e no presente, de uma maneira terrivelmente rápida. Fiz comparações, me coloquei no lugar da esposa e dos filhos, imaginei como o bonitão estaria agora, se ainda lhe valia este apelido.</div>
<div style="text-align: justify;">
Decididamente, aquele homem não servia para mim, pois era o contrário de tudo o que desejei. Um dia ele leu as minhas mãos e previu um futuro que não se concretizou. Ainda bem. e ao invés de arrependimento ou frustrações, agradeço pelos seus desacertos com relação à mim. Talvez suas previsões até estivessem certas, mas com a pessoa errada. Eu não me casei com aquele Casanova, nem tive filhos seus e foi o destino que não quis. Não sou infeliz porque não me casei com o bonitão. Sou feliz por não tê-lo em minha vida! </div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-6085587518081635132017-02-26T12:17:00.001-03:002021-11-26T09:11:33.732-03:00Elisa sumiu, mas os suspeitos estão soltos!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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No Brasil, o sistema prisional é uma dádiva concedida aos bandidos, que matam, roubam, estupram, corrompem, torturam. As penalidades, muito brandas, não servem como métodos pedagógicos, mas sinalizam que o crime compensa. É como passar a mão na cabeça do filho que cometeu besteiras, ao invés de lhe aplicar um castigo. Prisão não é hotel e quem comete um crime não deve ficar livre, mas encarcerado e pagar pelos próprios erros. A questão é quanto tempo de prisão o transgressor deve pegar, e não soltá-lo ou diminuir a pena por bom comportamento, ou ainda reduzi-la a um terço. A Justiça não deve ser uma madrasta, mas também não pode ser uma mãezona, daquelas complacentes e excessivamente permissivas e carinhosas. Afinal, quem comete irregularidades não sabe se comportar diante da sociedade, e é para estas pessoas que servem as cadeias.<br />
As leis existem para serem cumpridas, e a punição, para valer, precisa ser aplicada com rigor e não se deve abrir brechas para os bonzinhos que se comportam como atores na cadeia. Cientes de que terão a pena reduzida por bom comportamento, assassinos se tornam, de repente, cavalheiros dignos de filmes como "Os Três Mosqueteiros", em que o vilão é visto com orgulho, porque apesar de cometer irregularidades, têm um bom coração. Não há empatia em crimes, principalmente os bárbaros. Um assassino não pensa nos familiares da vítima, nem no sofrimento das mães com a perda de seus filhos nas suas mãos nojentas, imundas, por vezes, sujas com o sangue de quem acabou de matar. É vergonhoso aceitar que quem tira a vida do outro merece perdão. <br />
A Justiça é mãe quando justifica a soltura de certos presos sob o argumento de que "não apresentam riscos à sociedade" ou que "fulano não tem antecedentes criminais". Ora, qualquer pessoa pode matar, seja em legítima defesa ou por raiva, ciúme, ambição, inveja. E, para cometer um crime pela primeira vez, não é preciso ter um histórico assassino. Não podemos nos esquecer de que há sempre uma "primeira vez", até mesmo para os <i>serial killers</i> (assassinos em série). A intenção da Justiça não deveria ser a compreensão psicológica do assassino, mas aplicar a penalidade de acordo com o crime e não é isso o que vemos, no Brasil, comumente. Essa facilidade envergonha o sistema judiciário e favorece a violência.Tirar a vida de alguém e depois se comportar como um príncipe não é ser
um bom garoto: é cinismo!<br /><div style="text-align: left;">😈Ontem, mais uma vez o Brasil se viu chocado com a Justiça, quando o goleiro Bruno foi solto, depois de sete anos de prisão, pela morte da modelo Elisa Samúdio. Ele e o amigo, Macarrão, foram acusados de sequestrar a moça, mandar matá-la e sumir com o corpo dela (que teria sido dado a cães ferozes). Nenhuma prova concreta foi apresentada contra eles, apenas indícios de um suposto crime, já que o corpo jamais foi encontrado. Macarrão já estava livre e agora é Bruna quem volta à sociedade, depois de viver os horrores da prisão.</div></div>
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O Brasil é cheio de contrastes, principalmente em relação à Justiça e ao sistema carcerário, este separado por critérios que causam aberrações. Enquanto algumas cadeias são imundas, sem banheiro e lotadas de presos, outras, limpas e com certo conforto, são reservadas a criminosos famosos ou que possuem curso superior, favorecendo uma segregação por conhecimentos e cargos públicos. Mas, por outro lado, encontramos prisioneiros cujas penas ultrapassaram sua penalidade, mas por falta de advogado, continua preso e privado da mesma liberdade concedida a outros. Dá para entender? Não, não dá. É confuso demais.</div>
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Quem mata não está preocupado com as consequências de seus atos. O assassino pensa apenas em si no momento do crime. E é por este ato que se deve julgar, e não pelo que a pessoa foi ou será. Logicamente que há casos em que a legítima defesa deve ser levada em conta, mas até nisso é preciso ter cautela, pois do contrário, a matança seria exagerada, sempre com desculpas e justificativas variadas, que tanto podem ser verdade como mentiras deslavadas. Nós, cidadãos comuns desconhecedores a fundo das leis, vemos de fora os casos e os julgamos de acordo com os nossos conhecimentos e valores e por isso, muitas vezes, agimos com as próprias mãos, incrédulos na Justiça. </div>
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É preciso não só condenar ou liberar presos, mas avisar à população, em detalhes, o porque das decisões. Temos ao menos o direito de entender tais providências porque, se não somos juízes oficiais, fazemos julgamentos a todo momento. Infelizmente, nem sempre o que julgamos é correto, segundo a legislação. Mas, acreditamos que o que aqui se faz, aqui se paga. É o nosso senso de Justiça, baseado no que vivemos, no que somos, no que aprendemos. </div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-53415610578476341092017-02-23T18:54:00.002-03:002022-03-26T14:21:09.298-03:00A evolução que nos faz perder!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Há milhares de anos, a agricultura e a domesticação de animais causou uma grande transformação no modo de vida do ser humano, que até então vivia em cavernas e se mudava à medida em que o alimento acabava. Com oferta de leite, ovos, carnes e frutos, no próprio quintal, o homem passou de nômade a sedentário, acarretando um prejuízo à saúde que pagamos até hoje. Começou assim e terminou na tecnologia que avança a passos larguíssimos, a cada ano. Se antes precisávamos matar literalmente um boi por dia para comer, hoje encontramos o animal congelado, em pedaços, para cozinharmos diariamente. Nos supermercados, há também todo tipo de vegetais, vindos de toda parte do mundo. E nas prateleiras, encontramos ainda, biscoitos, doces, balas, manteigas e salgadinhos ensacados. Tudo com muito açúcar e sódio, que aumentam a glicose no corpo, causam pressão alta e permitem o acúmulo de gordura no corpo.</div>
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Há muito não precisamos matar um mamífero para servir de almoço, mas o que deveria ser um descanso, passou a ser o grande mal dos séculos. Do homem das cavernas até hoje, nossa alimentação foi se tornando cada vez mais "plastificada", com gostos muito parecidos, difíceis de serem definidos. Sem contar que preferimos refrigerantes à água, e sanduíche ao invés de um jantar saudável. E, se antes tínhamos que correr do perigo, ou em busca da caça, hoje temos tudo à mão, através do computador, controle remoto ou do aparelho celular. Com tanta comodidade, passamos a ficar mais tempo sentados ou deitados, do que em pé. Trocamos as caminhadas por esteiras e não há cheiro de flores ou de frutos, nem o frescor das matas, mas o som altíssimo das academias, que agridem os ouvidos, em tons confusos. E são justamente a ginástica localizada e os aparelhos tecnológicos que estão mudando nossas estruturas corporais. Se antes usávamos sobretudo os braços e pernas, hoje privilegiamos as partes do nosso corpo que poderão servir como um cartão de visitas para a delícia dos outros. E, apesar da substituição dos nossos membros inferiores e superiores (pernas e braços) por robôs em fábricas e construções, estamos gastando demais os dedos em mensagens que enviamos a todo momento através de aplicativos de celulares. </div>
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Nesse movimento de descobertas e invenções, estamos perdendo muito, a cada dia. A tecnologia, muitas vezes, não privilegia as relações humanas, pois nos torna solitários, mesmo diante de uma multidão. Nossa evolução inclui pontos de luz, vermelhos, que fazem milagres ao menor toque. Assim, consigo ligar a TV ou mudar de canal, sem sair da cama. Passando um cartão, é possível fazer compras, endividar e entrar em hotéis chiques. Os alimentos, já cortados, ensacados, evitam os cortes nas mãos e o toque nas texturas de carnes, frutos e verduras. Tudo mudou muito rápido e estamos vivendo sem prazer, numa disputa em todos os setores. Já não podemos perder tempo conversando, sorrindo e todos parecemos iguais, até mesmo nos rostos, agora engessados pelo Botox, que congela a face para evitar rugas. As bocas perderam seus formatos originais e se transformaram numa aberração preenchida com a proteína animal. Uma belezura de dar medo! </div>
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O mundo, apesar da tecnologia e das invenções mirabolantes, está tendo uma reviravolta, mas ao passado. Não estamos indo para fora de casa à toa. Cada vez mais estamos enclausurados em nossa "caverna", onde só saímos para o trabalho, para a escola ou baladas. É preciso ter um motivo sério para nos tirar de frente da TV. O quarto, que servia para dormir e para o sexo, virou o refúgio dos jovens que passam o dia em disputas digitais, se colocando no lugar de assassinos que dilaceram corpos, numa carnificina sem precedentes, coisificando a sanguinolência jorrada como água. Dá pavor presenciar crianças e adolescentes "matando" seres inanimados, feitos "à imagem e semelhança" do ser humano. Somos nada, fazemos pouco, não construímos, destruímos. E nos achamos demais! Tudo o que eu preciso é mostrar. E, nada melhor do que postando o que eu tenho, ou sou, na internet. A aprovação vem através dos <i>Likes</i>, das curtidas, dos comentários. </div>
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Se o homem pudesse atravessar os séculos, poderia presenciar tais mudanças com muito espanto, mas tudo o que ele sabe é através dos livros ou dos registros feitos por outras pessoas, em épocas passadas. Da minha infância até agora, vi a TV se afinando, colorindo, passando de estrela da casa, a eletrodoméstico barato. Acompanhei a substituição da máquina de escrever pelo <i>notebook</i>, mais ágil e mais leve, e ainda com capacidade para impressão. Aprendi a usar o microondas para esquentar a comida, mas me recuso a fazer comida no aparelho, cujo resultado é de um gosto duvidoso. E o que dizer do celular, que surgiu como um bloco de tijolo e hoje cabe no bolso, e que serve não só como meio de comunicação, mas também como banco, internet e cinema em miniatura? </div>
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As mudanças podem ser bem-vindas e necessárias, mas não me parece que o ser humano é mais feliz do que ontem. Fui uma criança que conheceu a rua como extensão do próprio quintal. Catei coquinhos na mata, criei passarinhos, colhi tanajuras no inverno e à noite guardava vaga-lumes embaixo da cama como se fossem abajur. Sou de um tempo em que os vizinhos faziam parte da família e os livros eram os companheiros na hora de dormir. Brinquei de boneca e troquei olhares com pretendentes nas escolas pelas quais passei. Televisão tinha hora para assistir, assim como a alimentação, que deveria ser balanceada e saudável. Hoje, as crianças estão viciadas em celular e os aparelhos viraram mania entre os adultos, que não conversam mais, mas passam o dia trocando mensagens e vídeos via <i>Wattsapp</i>. Não pretendo um retorno aos velhos tempos, nem reverenciar uma nostalgia dos tempos idos. É apenas uma reflexão, uma busca filosófica do que deixamos de ser, para nos tornarmos o que somos hoje. Pode ter havido um ganho excepcional com os adventos tecnológicos. Porém, o prejuízo às relações é incalculável. Tenho medo do que seremos no século seguinte. Ainda bem que não estarei aqui para contar a história.</div>
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Beijos, Carla Vilaça</div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-63792655447551937592016-12-26T13:36:00.003-02:002022-03-26T14:41:51.575-03:00De mulher à borboleta!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Nunca fui muito reservada em relação à minha vida porque sou muito transparente, não tenho grandes segredos a serem escondidos e por isso não me importo em dividir meus pensamentos com as pessoas. Desde criança falo o que penso e só tenho amizades com quem realmente gosta de mim como eu sou: geniosa, falastrona e muito, muito sincera. Mas, há épocas na vida em que deixamos de ser o que somos para nos vestir com uma capa para conseguir a aprovação dos outros. Então, camuflamos a nossa personalidade e nos transformamos no que os amigos, parentes ou companheiros desejam. Essa "mentira" a que nos propomos se transforma num dilema de alma que não cabe no corpo. E, sabemos que enganar muita gente, por muito tempo, é impossível. E então, aos poucos, vamos desmascarando estas falsidades e entramos em conflitos que muitas vezes exigem um apoio psicológico para voltar ao nosso eu de antes.</div></div>
<div style="text-align: justify;"><br />A fase em que mais isso acontece, logicamente é a adolescência, transição da infância para a fase adulta, que gera tantos contrastes, entre o que somos e o que achamos que podemos fazer ou ser. E são estas contradições que ajudam a completar o molde da nossa personalidade, que começou no útero e só termina quando morremos. Vivemos num constante aprendizado que nem sempre pode ser aplicado aplicado enquanto temos o vigor e a saúde da juventude. Por isso muitas vezes, os velhinhos dizem que são mais felizes hoje do que antes, pois detém uma sabedoria que foi adquirindo com o passar dos anos.</div>
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Particularmente, penso que a vida é errada porque o corpo não acompanha a mente. Como dizia um amigo de infância: "quando somos jovens temos tesão, mas não temos dinheiro. Quando temos dinheiro, já estamos velhos e não temos tanto tesão". Marcelo era um filósofo nato e morreu aos 21 anos e por isso não sei o que poderia achar deste pensamento décadas depois. Mas, o fato é que esta frase me acompanha por anos a fio e vivo a me perguntar porque tem que ser assim. Meu amigo não se referia apenas ao tesão em relação ao sexo, mas ao cotidiano, à busca pelas realizações, que nem sempre são concretizadas quando nossos músculos e hormônios estão à flor da pele. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tive muitos sonhos que não foram realizados e que jamais o serão, pela expectativa que não condiz com a minha vida de hoje. O que eu sonhava, aos 15 anos, em ser uma atriz de Hollywood, não combina em nada com a minha profissão de hoje, uma professora de escola pública, divorciada com filho para criar e a casa para arrumar, sozinha, diariamente. Meu cotidiano não tem nada a ver com tapete vermelho e aplausos. Quando abandonei o teatro eu ainda tinha sonhos em relação ao cinema, mas havia outros ainda mais importantes, como ter um filho, encontrar um amor de verdade e ser uma jornalista formada e bem sucedida. Atuei em teatro, fui casada com um grande amor e cheguei a trabalhar como redatora, locutora e produtora. Mas, destes três sonhos, apenas o da maternidade se completou por inteiro, com o nascimento do meu filho, que hoje tem sete anos.</div>
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Tenho contrastes que me incomodam e não me permitem uma linearidade no meu caminho pela vida. Planejo muito e concretizo pouco, mudo de foco e perco o interesse muito rapidamente pelas coisas. Sou assim em tudo: com a casa, a maquiagem, os livros que leio e até mesmo com os esmaltes, que chego a mudar de cor várias vezes ao dia. No entanto, os sonhos são pessoais, mas nem sempre a realização deles depende exclusivamente de nós. Para trabalhar na profissão escolhida, dependemos dos outros para as oportunidades nas empresas e moro num Estado com poucas oportunidades para as áreas de Comunicação e Artes Dramáticas, mas confesso que tentei de tudo para a realização dos meus desejos. Cheguei a viajar para o Rio de Janeiro, enviei currículos para emissoras e TV e fiquei horas sentada numa fila enorme, em frente à Globo para me inscrever como atriz. Depois de tanta insistência, me desiludi. </div>
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Não sou mulher de mochila e acampamento. Gosto do que é seguro, de ter o meu dinheiro para pagar as contas, e não ficar mendigando empregos em emissoras ou contando com o público de espetáculos que nem sempre correspondem às expectativas. Eu não estou mais feliz porque não estou atuando, nem menos satisfeita por não fazer reportagens. Acontece que a vida é imprevisível e a felicidade pode estar nas pequenas coisas. Não me imagino, atualmente, passar horas num aeroporto, esperar o dia inteiro para gravar uma novela ou representando aos domingos num teatro nem sempre cheio. Gosto de rotina e a vida glamourosa já não combina comigo. Tenho tantas responsabilidades, tantas atribuições no meu dia-a-dia que sequer posso pensar no que deixei de ser. </div>
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Olhando o meu passado, percebo que eu poderia ter sido mais firme nas minhas convicções. Se pudesse, voltaria tudo de uma forma diferente. Perdi muito tempo com bobagens. Eu teria me comprometido seriamente com os meus sonhos e só me sentiria feliz quando eles se realizassem. Eu seguiria a agenda e tiraria as pedras do caminho, com uma britadeira gigante. Também não daria vazão às opiniões contrárias às minhas e não teria tempo para romances. Na verdade, eu seria uma mulher mais forte do que sou hoje e aproveitaria com maestria todos os meus dotes pessoais nas minhas conquistas. Eu não aprendi a viver, fui vivendo, um dia após o outro, dormi demais. Acho, inclusive, que meus sonhos nunca combinaram com o meu jeito pacato de ser, um "bicho do mato", como me apelidou meu ex-marido. </div>
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Logicamente há momentos de arrependimento pela minha fraqueza diante das dificuldades, principalmente porque sei que muitas coisa é por acaso, e não o contrário. As buscas nem sempre correspondem às conquistas. Não dou passos largos a cada dia, mas muito, muito de vez em quando faço isso. Eu realmente não me imagino com outra vida, cheia de compromissos, principalmente à noite (durmo muito cedo), não me satisfaria com a exposição exagerada, tendo que dar autógrafos ou satisfações pelas decisões que tomei. </div>
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A questão é que anos depois ainda não me encontrei. Ainda busco satisfações que não estão em lugar algum. Me fechei num casulo gigante e estou numa fase "borboleta" e esta metamorfose me dá preguiça e desânimo. Quando eu acordar e me desvencilhar desta casinha de gravetos e folhas, espero ter algum benefício num mundo desconhecido como inseto e não mais como um ser que rasteja em busca de alimento. Estou vivendo uma adolescência às avessas e aprendendo, não com os outros, mas comigo mesma. Estou ansiosa para acordar, para voar e espero que eu tenha asas imensas, de um azul metálico como estas borboletas raras. Pretendo passar de flor em flor, me escondendo dos colecionadores, que ao menor descuido, podem me capturar e me exibir num quadro de vidro exposto na parede. Se isso acontecer, novamente, nada terá valido a pena!<br />
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-51339831020471443602016-10-12T12:00:00.001-03:002022-03-26T14:42:15.160-03:00Quem deveria proteger está matando!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">Medéia é uma personagem da tragédia grega, que enciumada, mata os próprios filhos para se vingar do marido. Não satisfeita, ela também mata a amante dele, que para salvá-la acaba morto por envenenamento. A história, representada há milênios, foi alvo de estudos em diversas áreas (psiquiatria, psicologia, Direito, etc), arespeito da atitude daquela mulher que ultrapassa o amor materno em razão do amor carnal. Sou uma mãe fervorosa e incapaz de pensar em tal insanidade, mas o fato é que cada vez mais o noticiário mostra que muitas crianças estão sendo vítimas dos próprios pais, que tentam se vingar de seus companheiros, assassinando os próprios filhos. Meninos e meninas, sem chances de defesa de adultos que deveriam lhes proteger, acabam sendo torturados, humilhados, destratados e mortos. As maldades chocam pela situação, mas ainda mais pela frieza. </div>
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Num destes casos horripilantes, um pai joga os dois filhos pela janela do apartamento e se suicida em seguida. Em outra situação, o padrasto de um menino de cinco anos asfixia-o e joga o corpo no rio, perto de sua casa. No interior de São Paulo, um homem dopa os dois filhos pequenos antes de esfaqueá-los, fotografa a cena sórdida e envia a para a ex-mulher, no celular. No exterior, outro padrasto joga a enteada de três anos na piscina, diversas vezes, até que ela morre afogada. Os dois estavam sozinhos, mas as câmeras do hotel flagraram-no cometendo a atrocidade. Ele acabou pegando cem anos de cadeia. </div>
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Sou muito passional, mas a maternidade pressupõe um amor que não se mensura. Filhos não são joguetes na mãos dos adultos. Eles têm personalidade, merecem respeito principalmente de quem deveria protegê-los. Como professora, vejo casos de amor extremo em que padrastos são até mais carinhosos que os próprios pais de alguns alunos. Porém, fico sabendo de situações que me fazem perder o sono, tamanha indignação perante os abusos cometidos por familiares, incluindo às vezes a mãe da criança. E são comuns os abusos sexuais, percebidos durante as brincadeiras em que uma criança repete com o colega o que viu em casa. Tive um aluno de três anos que simulava o ato sexual e beijava na boca das meninas enquanto eu contava histórias infantis. </div>
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Entre quatro paredes pode acontecer de tudo, sem que os vizinhos percebam. Mas, as crianças dão sinais de que algo não está correto e é preciso que as pessoas estejam atentas, o tempo todo, à mudanças de comportamento dos infantes. Quando desrespeitada, ela apresenta irritação, choro, angústia, medo exagerado. Estes traumas não desaparecem sem ajuda profissional. Há alguns anos um caso me chocou, numa coluna sobre relacionamentos numa revista feminina. A moça pedia ajuda a um psiquiatra, pois fora abusada sexualmente pelo pai durante muitos anos. Ao sair de casa, ela namorou com vários rapazes até se casar, mas era infeliz, pois jamais encontrou em outro homem, o olhar paterno, de tarado, que ela aprendeu a gostar durante os abusos que sofria!</div>
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O que me impressiona são os outros em relação aos abusos contra crianças. Parece que nos dias atuais os gritos por socorro ficaram sufocados e a ajuda nunca chega. Estamos muito preocupados conosco para auxiliar o próximo, numa frieza generalizada e muito preocupante. Apesar das leis que amparam as crianças e adolescentes, encontramos cada vez mais pessoas inescrupulosas, sádicas, que promovem todo tipo de atrocidades contra os pequenos. Mesmo que a tecnologia permita gravações dos abusos, não sei como certas pessoas conseguem sair de casa, à espera de que a câmera capte imagens de seus filhos apanhando, sendo abusados sexualmente ou até mesmo sendo assassinados. Ao menor sinal de desconfiança, o ideal é tirar o adulto abusador do convívio com a vítima, e não ficar esperando gravações para colher provas contra o agressor. Pode ser tarde demais. Devemos deixar a tecnologia de lado, quando se trata de seres humanos, e agir como adultos responsáveis, evitando que nossas crianças sejam maltratadas, humilhadas e mortas por lobos que se camuflam em peles macias de cordeiro!</div>
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Um beijo, </div>
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Carla Vilaça </div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-84909183518468849212016-07-27T15:42:00.001-03:002017-07-24T19:32:41.736-03:00Há muita faxina a fazer no cômodo do amor!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Às vésperas de comemorar uma década de casamento, decidi me divorciar. O relacionamento, no início cheio de romantismo, se tornou frio e nos distanciou. Houve várias tentativas de reconciliação, e muitas entre idas e vindas, achei melhor acabar com a nossa história, sem me deixar enganar pelas aparências ou pelos sonhos de uma união feliz. O dia-a-dia não é fácil porque a rotina corrompe, como ferrugem, as vigas frágeis que sustentam o casamento. Quando a vida do outro já não faz falta, é bobagem tentar uma volta. Isso quer dizer que quando a relação está desgastada e os defeitos substituíram os carinhos e os elogios e qualquer palavra dita se torna uma ofensa, é melhor abandonar a relação sem olhar para trás. <br />
Foi o que eu fiz. Mesmo amando o Humberto, preferi viver sem ele a ter que lembrá-lo de que existo e que sinto sua falta toda vez que ele sai para beber e jogar com os amigos e custa a voltar para casa. Me sinto substituída por pessoas que não fazem parte do nosso cotidiano e que interferem tanto, negativamente, em nosso compromisso de amor eterno. Sou muito caseira e desde que me casei só saía na companhia do meu marido, por isso nunca compreendi esta sua necessidade de liberdade. <br />
Conheci o Humberto em 2004 e dois anos depois nos casamos. Como todo casal, passamos por momentos difíceis, mas não se mede o amor pelo tempo ou pelas amarguras. Também não se adivinha o futuro e por isso fazemos planos que acreditamos dará certo. Entretanto, meu casamento não foi o que pensei e por isso não havia outra saída a não ser o término da nossa relação. <br />
Ter pedido o divórcio, aos olhos do meu marido, foi uma ofensa. O Humberto não imaginava que eu tivesse coragem de me separar, pois tem certeza do meu amor por ele. Está correto, mas ele se esquece que também me amo e que preciso me preservar das pessoas que já não me fazem felizes. Ainda moramos juntos e a convivência não é agradável, mas fazemos um esforço enorme por causa do nosso filho, que ainda é pequeno e precisa da nossa proteção. É pensando nele que estamos juntos, em casa, mas separados na cama e na vida. <br />
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Ser solteira novamente me dá uma liberdade que eu não queria tão cedo. Estou acostumada a uma companhia masculina no meudia-a-dia e dormir sozinha não é uma atitude das mais agradáveis, depois de tanto tempo sentindo o cheiro da outra pessoa no travesseiro. Mesmo separados eu e meu marido (ex-marido, quer dizer) tentamos mais uma conciliação que não deu certo porque ele insiste em cometer os mesmos erros e eu não quero isso mais. Embora eu tenha sofrido com o divórcio, me sinto aliviada. O Humberto é um grande amor, um homem cheio de qualidades que não merece ser esquecido. Só não serve para mim, para as minhas demandas. Sei que um dia encontrará uma mulher fantástica que o fará muito feliz, assim como fomos um dia. Quanto a mim, não espero nada de ninguém e não estou preocupada em viver com outra pessoa. Tenho muitos planos, que é o que movimenta os nossos dias, mas não estou preocupada com assuntos do coração. Quero paz, por enquanto. Amor de verdade não se aguarda. Ele chega de mansinho e toma um lugar especial em nossa alma. Por enquanto, não quero paixões nem amores. Meu coração está fechado para balanço e joguei a chave fora. Não me peçam para procurá-la, por favor! Estou muito ocupada no momento, com a faxina da minha mente. Ela está lotada de lembranças que pretendo limpar o mais rápido possível, e comecei pelo lado mais difícil: a do amor!<br />
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-6369067774486893062016-07-02T20:53:00.003-03:002016-07-02T20:55:03.042-03:00Os brutamontes ainda não entenderam???<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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A violência doméstica acontece a cada minuto em todo o mundo, envolvendo anônimos ou famosos, sendo o caso mais recente, o da ex-modelo Luíza Brunet, há dois meses, mas só divulgado agora. Após uma briga por ciúmes, o empresário Lírio Parisotto teria quebrado quatro costelas da ex-modelo, que deu queixa no Ministério Público contra ele. O bilionário nega a acusação. Aos 54 anos Luíza Brunet disse que sempre teve sua vida particular preservada, mas que não poderia deixar essa agressão impune. Num site de relacionamento, ela aparece muito maquiada para esconder as marcas do soco no olho que teria tomado do namorado. Os dois estavam juntos há cinco anos. </div>
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Não há justificativas para a violência, principalmente de homens contra mulheres. Não apenas pela força física masculina em detrimento da feminina, mas pelo fato de ainda sermos consideradas, por eles, como meros objetos, sem sentimentos, desmerecedoras de respeito e de sua admiração. Irritados, por motivos torpes, ameaçam, batem, esmurram, denigrem, matam-nos. Quem pensam que são? Homens mal amados!!! Sim, homens que não sabem o que é amar, que não têm empatia pelo outro, são frios e calculistas, que têm dentro do coração apenas pedras brutas, lascadas, imundas. Brutamontes que não aceitam recusas em suas ofertas de sexo chinfrim, que não sabem elogiar, não conseguem valorizar nossos talentos, que não sabem enxergar a riqueza das nossas almas, nos esmurram com suas patas nojentas. São ignorantes que não suportam a ideia de atrairmos outros homens, de sermos poderosas quando queremos, que somos lindas por dentro e ainda mais por fora. São fracos porque não sabem perder quando não os queremos mais. Aí matam. E o pior: o fazem com a certeza da impunidade. São calhordas privilegiado canalhas. É a Justiça falha de um país que protege os assassinos. Não toleramos isso e exigimos mudanças.</div>
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No mês passado uma adolescente foi vítima de estupro coletivo, armado supostamente pelo namorado dela. Alguns foram presos e outros, soltos por falta de provas concretas. Como assim, concretas? Só a falta de atitude diante de atrocidades já é um crime. Presenciar uma agressão é agredir também! Filmar, publicar na internet, curtir a violência, rir da situação não é apenas criminoso, é uma aberração! Estamos perdendo o senso de Justiça, que deve ser usada como um freio para atos insanos, impensáveis. Nossa sociedade está permissiva demais com os bandidos travestidos de maridos, de namorados, de paqueras ou amigos. O que estão fazendo conosco? E porque estamos permitindo? </div>
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É verdade que ainda ficamos casadas por motivos financeiros, amorosos, etc, mas nem por isso somos obrigadas a aguentar marmanjos batendo em nossos rostos, nos desfigurando por qualquer bobagem atribuídas a nós. Independente de sermos mulheres, somos seres humanos, dignas de amor, de respeito, de carinho e ternura. A Justiça tem que ser enfática: bateu, recebeu prisão e pronto. Não tem que obrigar o uso de tornozeleira, oferecer indultos ou propor ao agressor uma distância da vítima. Isso é furada e não impede a violência. É preciso ter firmeza nas decisões e colocar atrás das grades o sujeito que se acha o dono da mulher, que não tem parâmetros para seus atos perversos. </div>
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Os absurdos já não são novidades na mídia, mas a empatia está dando lugar, cada vez mais, ao egoísmo exacerbado de homens que acreditam serem os donos das mulheres. São covardes, assediadores, estupradores, agressivos, que pensam apenas em seus instintos mais primitivos, que não se colocam no lugar dos outros, que não sabem ouvir ou conversar, por falta de interesse, sadismo ou por falta de delicadeza mesmo. Acreditam os brutamontes que nós gostamos de safadeza, de desonestidade, da carne machucada. Estão enganados. Somos dignas de amor próprio e gostamos ser amadas. Quem não compreende isso não nos merece. </div>
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Nós, mulheres somos unidas quando se trata de violência doméstica, mas sozinhas não conseguimos frear os inescrupulosos. A Justiça tem que estar ao nosso lado, já que denunciar o agressor não é fácil. A dependência financeira, os filhos, a exposição, faz com que as mulheres agredidas interpretem o tapa no rosto com um fundo romântico e justifiquem as humilhações como merecimento. Por isso a mudança deve ser no sentido também, de nos conscientizarmos de que não somos escravas do sexo masculino, sempre prontas a atendê-los em seus desejos sexuais, financeiros ou domésticos. </div>
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Quase todo mundo já presenciou ou soube de casos de violência contra as mulheres mas nunca tomaram providências, denunciando o agressor à polícia. Temos a ideia de que na vida dos casais ninguém deve intrometer. Há muitos anos, eu e um namorado presenciamos uma discussão amorosa que me deixou muito chocada. Saíamos de um barzinho em direção ao carro, quando uma moça desceu a rua correndo atrás de um rapaz, implorando perdão. Irritado, gritando palavrões, ele puxou os cabelos dela e bateu sua cabeça no capô de um carro estacionado. O barulho foi apavorante e eu quis ajudar, denunciar, mas fui impedida. Segundo o meu namorado na época, "se ela estava apanhando era porque tinha feito algo de errado". </div>
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Aquele discurso machista foi uma agressão contra mim e sofri como aquela moça, pois aquela frase me emudeceu. Mas, me ensinou: o homem que pensa com ignorância, que não me respeita, jamais terá o meu amor. É assim que se deve pensar: com respeito a nós mesmas. Dinheiro, conforto, paixão, nada é vantajoso, para a mulher, se não há amor. E de uma vez por todas: não somos sacos de pancada, não gostamos de ser humilhadas, não somos bonecas infláveis, não toleramos agressões! Somos dignas de elogios, carinho, admiração. O homem que não entender isso está na fase zero da maturidade. É um meninão cheio de insegurança, de defeitos, de inveja do sucesso da companheira. Pequeno demais para uma mulher que conheceu seu próprio talento e por isso, indigno de nossa atenção. </div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-63495453736235995052016-06-28T06:16:00.002-03:002016-06-28T06:16:30.222-03:00Aquele objeto....<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Quando soube que eu ia me separar, minha amiga, vendedora de produtos eróticos, me presenteou com um pênis, acreditando que o "brinquedo" pudesse substituir meu marido em carências futuras. O objeto, enorme, bege, de silicone, veio embrulhado em papel brilhante com um laçarote vermelho, dentro de uma caixa que não fechava direito. Agradeci, fingi entusiasmo e prometi usá-lo, mas na verdade, guardei o danado no fundo de uma gaveta, misturado às minhas calcinhas, para, quem sabe, já que o o futuro a Deus pertence, talvez eu viesse a usá-lo. Porém, meu casamento virou um vai-e-vem e, sexualmente falando, meu marido continuou insubstituível. </div>
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Mesmo não tendo utilidade para mim, o pênis continuou guardado e, de vez em quando, eu via aquela caixa que passou a me incomodar. Comecei a sentir dó do danado, jogado às traças, sem serventia para mim. Mas, todas as minhas promessas íntimas de me desfazer daquele objeto foram por água abaixo. Era como se tivéssemos criado um laço de "amizade" e aquele membro estivesse à minha espera, para uma amizade profunda (ops, sem trocadilhos!). Mas, não rolou e fui me acostumando com a ideia do desapego de um pênis, que era meu por direito, mas que não me apetecia.</div>
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O tempo passou (dois anos, para ser exata) e me esqueci daquele objeto sexual - ereto, cor da pele, maleável - na minha gaveta. Até que um dia resolvi fazer outro armário e meu pai veio para me ajudar. Foi então que o inesperado aconteceu: ao retirar as calcinhas da gaveta, o pênis veio desenrolando como garrafa, caindo na cama, ficando com o corpo escondido e a cabeça para fora, no meio das roupas. Como uma cobra embaixo da pedra, era como se ele me olhasse indignado! Envergonhada, eu não sabia o que dizer (o melhor nestas horas é não dizer nada, ou dizer alguma coisa, ou rir, ou se assustar, sei lá...). Meu pai começou a assobiar para disfarçar a sem-graceza enquanto eu fazia cara de nada. Nãooooo...isso não estava acontecendo!!! </div>
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Não falei nada sobre o assunto e no dia seguinte tomei a decisão que deveria ter tomado há muito tempo: peguei a caixa com o pênis e dei de presente ao meu professor de ginástica, que é homossexual e vivia me falando sobre suas peripécias sexuais. Ele adorou, mostrou para seus colegas, fez brincadeiras e sonhou com as inúmeras possibilidades que aquele pênis poderia lhe proporcionar. Nos divertimos muito com aquele objeto e foi o melhor dia de musculação que já tive. Algum tempo depois eu mudei de academia e nunca mais me encontrei com o meu professor. Não sei se ainda ele tem o pênis ou se deixou de usá-lo. Mas, sei que foi um presente certeiro. Nada como a fome e a vontade de comer (novamente o trocadilho!!!). Simplesmente isso. </div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-20058360188766622852016-06-10T10:54:00.007-03:002022-03-26T14:42:50.315-03:00Tolerância zero: nós e os valores!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Sempre deixei claro que não gosto de animais e que não entendo o amor exagerado de algumas pessoas por seus bichinhos de estimação, mas esclareço também que isso não me dá o direito de judiá-los. Entendo, inclusive, a fidelidade e o carinho deles pelos donos. Tenho dificuldade mesmo é de compreensão em se humanizar os animais, colocando roupas, sapatinhos e fraudas por cima dos pelos dos caninos e felinos, como se sem os acessórios eles não sobrevivessem. Animais são seres vivos, capazes de sentir dor e amor como os humanos, mas jamais serão gente, por mais maravilhosas que sejam as justificativas. </div>
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Mas, hoje ocorreu um fato que me irritou profundamente, colocando à prova toda a minha teoria em desfavor dos bichos. Eu estava na fila da lotérica para pagar uma conta, quando fiquei ladeada por um cachorro que insistia em dar a volta pelas minhas pernas. Eu estava de bermuda e tentava espantá-lo para que me deixasse em paz para ler o meu livro, enquanto aguardava ser atendida. Até que em determinado momento, distraída, senti a língua gelada e molhada do cachorro enorme no meu joelho. Gritei de susto, chamando a atenção de todos que estavam na fila. O silêncio foi total, como se eu tivesse cometido um crime. Rapidamente apareceram os donos do cão, um casal mal educado que se ofendeu com o meu xingamento. Fui obrigada a ouvir que "as pessoas não se igualam aos animais", "o cachorro é limpo", etc, etc.<br />Não suportei a ofensa e respondi à altura, dizendo que não perderia meu tempo discutindo sobre cachorro com desconhecidos. Enquanto ouvia a grosseria, permaneci calada, fingindo não ser comigo até que me surpreendi com a fala de uma mulher, no final da fila. Ela chamou o dono do cão, disse à ele que eu não estava errada, que ali era um estabelecimento comercial e que os cachorros não eram bem-vindos. Rapidamente outras vozes a acompanharam e, sem graça, o homem chamou o cão ficando com ele do lado de fora da lotérica. Mais calma do que eu, aquela mulher soube expressar exatamente o que eu sentia e as outras pessoas também, mas que por receio, preferem se manter caladas diante de polêmicas. </div>
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Eu fiquei tão assustada com aquela atitude do homem que fiquei pensando no quão invertidos estão os valores. Eu posso não gostar de alguma coisa, mas sei dos meus limites, tenho conhecimento das barreiras que envolvem os sentimentos e sensações. Sou uma cidadã consciente dos direitos e deveres e jamais firo minha ética para obter vantagens. No caso do cachorro, a ofensa não acontece porque o cão lambeu meus joelhos, mas pela insatisfação dos donos do animal que não aceitaram o fato de eu não considerar o bicho tanto quanto eles. Oras, ninguém é obrigado a nada e principalmente a gostar do quê ou de quem. Sou muito sincera e se não gosto de algo não gosto e pronto. Detestei aquela lambida nojenta e não fingi que adorei porque tenho minhas convicções. Terminei a confusão não respondendo àquela ignorância por ser maior do que aquilo.<br />
Antes, bem antes de Cristo, os povos egípcios adoravam os animais e os consideram santos. Assim, serpentes, cachorros, leões, gatos, entre outros, eram representados de forma suntuosa, sendo adorados em rezas, procissões e homenagens. Na Literatura, cavalos tinham asas e poderes, e alguns personagens tinham o corpo de gente e a cabeça de animais, como a Medusa (mulher com cabelos de serpentes) e o Minotauro (homem com cabeça de touro). Essa adoração foi combatida fortemente pelo Cristianismo e não se remete aos dias atuais, que se deixe claro. Mas, o exagero me leva a compreender como aquele povo, que viveu no mínimo quatro séculos antes de nós, tinha o apelo tão forte pelos animais.<br />Não desejo fazer com que pensem como eu, mesmo porque alguns bichos são necessários pelos mais diversos motivos, mas o ser humano sempre foi, para mim, mais importante do que os animais. O que falta, no mundo moderno é a tolerância. É saber que o outro não precisa gostar do que eu gosto, não precisa se comportar como me comporto. Amar um animal não significa desamar as pessoas. Cada qual em seu espaço. Animais continuarão animais porque são irracionais, porque são diferentes de nós, anatomicamente falando. Pode-se amá-los o quanto for, mas jamais serão humanos.<br />
Estamos passando por um momento difícil na humanidade, em que todos os avanços tecnológicos, químicos, científicos facilitam nossas vidas, ampliam nossos conhecimentos, nos deixam mais confortáveis, mas não estão contribuindo com nossas mentes para que sejam mais abertas ao diferente. Com tudo isso as informações estão sendo exageradas, vivemos como se estivéssemos com um fósforo nas mãos ao lado de um barril de pólvora. Estamos voltando aos tempos bárbaros e isso me assusta. Não adianta amar um animal e por ele brigar, matar ou morrer. Não é saudável a substituição. Amor significa doar, agregar, não separar e diferenciar. Estamos em crise! Os amores estão invertidos, o respeito também. Podemos amar tudo e todos e devemos respeitar as ideias e os sentimentos com maturidade. Não se obriga a amar, sejam pessoas, animais ou coisas. A beleza da vida é mais simples do que se imagina. Ser radical nos sentimentos não valida nossas almas. É simples o velho ditado: "Meu direito termina onde começa o do outro". Só isso!!!</div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4692402699491438890.post-89939020565199410472016-06-01T16:55:00.004-03:002016-06-09T10:41:28.625-03:00Gorila não vale mais que uma criança!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Não sou apaixonada por animais e por isso tenho dificuldades em compreender a paixão exagerada de algumas pessoas por seus bichos de estimação. Muitos são tratados como membros da família, dormem na cama com seus donos e deles recebem beijos na boca. Nada contra, mas animal é animal, por mais simpático que ele seja. Não são humanos, não tomam banho todos os dias, não usam o vaso sanitário, e nem escovam os dentes após as refeições. Tudo bem que há pessoas que não se importam com a higiene, mas ainda assim bichos são seres irracionais. A paixão por eles não modifica esta condição. Um animal vive de acordo com suas necessidades e por isso a estranheza de ver cachorro usando roupas e sapatos, acessórios que seriam indispensáveis, uma vez que têm proteção natural contra o frio. </div>
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O fato de não gostar de animais não significa que eu machuque ou sinta prazer em ver massacres de bichos, domésticos ou selvagens, como acontece em várias partes do mundo. Não compartilho da insanidade de sacrificar elefantes por causa dos dentes, para aproveitar o marfim, nem compactuo com a morte de tubarões por causa de suas barbatanas, que acreditam alguns, são afrodisíacas. Apenas não me sinto a vontade com pêlos, escamas e peles. No entanto, essa dificuldade é minha e não me importo com o amor do meu filho pelos bichos. Ao contrário de mim, ele vive atrelado aos cachorros dos primos e tem sempre um bichinho de estimação silencioso (peixinhos), já que onde moramos é proibido animais.</div>
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Reforçando a ideia, não suporto é o exagero. Certa vez, fui visitar uma amiga e o cheiro de urina estava impregnado pela casa. Não tive coragem de tomar um café nem de sentar no sofá tamanha quantidade de pêlos espalhados nas almofadas. E da sala, enquanto conversávamos, pude perceber o cãozinho dela se arrastando pela cama repetidas vezes, num vai-e-vem engraçado, da cabeceira ao pé. Diante da minha curiosidade, minha amiga explicou que aquela era a maneira do bichinho coçar o bumbum porque ele estava com vermes. "Oxiúros????!!!", perguntei. Ela apenas sorriu e eu fui embora enojada pela situação. Já uma colega de trabalho gasta um salário por mês para cuidar dos cachorros que tem em casa: mais de dez. Segundo ela, uma paixão que não tem preço! Então tá!</div>
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Mas o que me choca mesmo é o peso das vidas, quando a do animal parece ser mais importante do que o ser humano, como no caso da semana passada, em que uma criança de quatro anos caiu no fosso dos gorilas, nos Estados Unidos (ver link <a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4692402699491438890#editor/target=post;postID=8993902056519941047">https://www.youtube.com/watch?v=SETDWlmKptk</a>). Após ser arrastado pelo enorme animal, a polícia concluiu que o menino corria risco de vida e sacrificou a gorila. A meu ver, foi a atitude correta e, sinceramente, acho que demoraram demais para matar a fera. O menino gritava, enquanto era examinado pelo gorila, foi arrastado e em algumas cenas não se sabe sequer o que ele fez com a criança. Mas, aos olhos de algumas ONGs protetoras dos animais, não havia necessidade do sacrifício e ameaçaram processar os pais da criança por negligência. No palavreado comum, é o mesmo que dizer: "Vocês acabaram com uma vida por tão pouco". E eu me pergunto: que vida? que pouco? Fiquei pensando se esses engajados são pais e mães, se se colocaram no lugar do menino ou da família dele. Não! Eles estavam preocupados com o gorila!. Quer saber? "Que se dane o gorila, que se danem seus defensores". Todo ser merece viver. Mas não me façam comparação entre um ser humano e um animal. Seja ele pequeno ou grande, sempre será animal. Seres humanos não têm preço. Defender animais é uma coisa. Colocá-los à frente de uma criança é outra coisa!</div>
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carla vilaçahttp://www.blogger.com/profile/10603228051548180465noreply@blogger.com0