quarta-feira, 25 de junho de 2014

Dia das Mães é todo dia!

Há quatro anos e meio pude experimentar a maternidade, com o nascimento do meu único filho, Eduardo. Previsto para nascer no dia do meu aniversário, oito de setembro, ele chegou ao mundo em 19 de agosto, após uma gestação de alto risco. Eu engordara muito, estava inchada demais e perdia líquido, fazendo com que a placenta ficasse mais seca a cada dia. E foi um exame de rotina que determinou que Dudu chegasse antes do tempo. O quarto dele estava pronto, as roupas compradas, mas eu não tive tempo de ir ao salão me embelezar. A cirurgia foi complicada por causa da anestesia, que não pegava (sou resistente a medicamentos), e a ansiedade tomou conta de mim e do meu marido. Eu só queria sair daquele lugar cheio de luzes no teto, branco demais para quem gosta de cores. Faltavam 15 para as sete da noite quando Dudu nasceu. Tão pequenino e leve, nosso filho só reconhecia a voz do pai, que conversava com ele, na minha barriga. Não tive ciúmes desta relação, que incentivo até hoje.

No berçário, Eduardo não parava quieto. Com apenas dois quilos, ele empurrava a coberta, provocando risos em meus sobrinhos, que o viam através do vidro. Só fui para o quarto ás sete da noite e consegui amamentar meu filho, mas fiquei com medo de ficar com ele e alguém roubá-lo. Também tive depressão, medo de não dar conta de ser mãe. Eu não sabia trocar fraldas, curar o umbigo e dar banho num ser tão frágil, e no início, esta parte técnica ficou por conta do meu marido. Era ele também que levava o Eduardo para passear antes de dormir, subindo e descendo a nossa rua, chamando a atenção dos vizinhos. Esse lado pai me fez perceber o quanto o Humberto, que é tão frio ás vezes, pode ser carinhoso ao extremo.

Com Dudu, em casa
Eduardo me tornou uma mulher mais sensível, com maior capacidade de amar, de dar carinho. Ele diz que sou cuidadosa, mas reclama da minha braveza. Ainda tenho muito o que aprender, mas as mães são sempre insatisfeitas, acreditam que poderiam ser melhores e se culpam por tudo. Gostaria de ter mais tempo com o Edu, mas aproveito bastante os momentos que passamos juntos. Nem me lembro direito como era a minha vida sem o meu filho, que preenche a casa com seus brinquedos e barulhos. Minha rotina também foi alterada. Antes do Eduardo, eu dormia cedo, lia mais e conseguia me manter esbelta. Depois dele, só vou para a cama depois de contar muitas histórias e cantar cantigas para o meu filhote, e acordo a noite toda conferindo se ele está dormindo sossegado, se está coberto ou tendo pesadelos. Não há mais tempo livre desde que o Edu nasceu. Meu relógio anda mais rápido do que os outros, não há espaço para ginástica ou salão de beleza. Quando muito, deito-me para assistir desenhos animados, num colchão que coloquei na sala, já que acabo adormecendo, de cansaço.
Acho que me preparei desde criança para ser mãe e hoje essa é a minha maior realização. Pelo meu filho sou capaz de tudo, até matar ou morrer! Mas, tenho consciência do meu papel na vida do Edu. Sou a pessoa mais importante que ele tem, sem modéstia. Vivo para fazê-lo feliz, mas sem esconder os perigos que o mundo oferece. Tentarei, no mínimo, evitar os sofrimentos que passei. O resto é com ele. Pelo menos é isso que ensino. Mas, na verdade, como toda mãezona, estou à sua sombra, protegendo-o como toda fêmea faz com seus filhotes!!!

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