terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Emagrecer sem apelação!

Eu jamais faria uma lipoaspiração ou redução de estômago, por pavor a procedimentos cirúrgicos. Mas, desde que ganhei 30 quilos durante a gravidez, luto para perter peso todos os dias, há três anos. Contra mim, está o fato de adorar comer besteiras e detestar fazer ginástica. No entanto, voltar a ser magra, agora, não se trata apenas de estética. A saúde pode ficar comprometida e trazer prejuízos incalculáveis, como a diabetes e hipertensão. Sou viciada em café com leite, que tomo acompanhado de bolos, pães e biscoitos crocantes. Não há como tirar o carboidrato de uma vez, que dá tontura. Fiz isso há uns dois meses e passei mal, custei a dirigir, abaixou demais a minha pressão. E, substituir essas delícias por maçã ou barras de cereais, é muito doloroso.
Tenho saudades do tempo em que entrava numa loja e era só escolher o vestido, que tudo ficava certinho, lindo. Hoje, tenho que ficar horas provando um modelo que disfarce minhas gordurinhas do braço, da barriga, das pernas. Se o mundo fosse perfeito, bastava um sonho para acordarmos lindas e magras. Mas, como a realidade é dura, e a ciência ainda não descobriu um remédio milagroso contra a obesidade, ou adoçantes com gosto de açúcar, só me resta não ter ilusões. Perdi a conta de quantas vezes me matriculei numa academia de musculação e não frequentei. Também tentei fazer caminhadas, mas no terceiro dia invento uma desculpa e não vou mais.
Emagrecer ainda é uma tortura, desde que o homem passou a se alimentar mal. No tempo das cavernas, era preciso correr - literalmente - atrás da comida e isso fazia com que o ser humano perdesse calorias. E ele começou a engordar a partir do uso de equipamentos que passaram a substituir suas pernas e braços em tarefas diárias, como locomotivas e automóveis, controle remoto para televisão, rádio, garagem. Quase não se gasta energia para ir de um canto a outro, mesmo dentro de casa. Andar a pé passou a ser um tormento ao homem moderno. Até mesmo as compras fazemos por telefone, economizando os passos no supermercado.

Há alguns anos perdi 20 quilos, de forma abrupta. Eu saía o dia inteiro à pé e me alimenta muito mal, comendo apenas queijo e frutas, chegando a desmaiar algumas vezes. Foi um período delicioso, em que passei a vestir 36 ao invés de 42. No entanto, nenhum corpo aguenta isso por muito tempo, e de lá prá cá, fui engordando e hoje, novamente, a balança passou a ser minha inimiga. Na época, dependia do visual para conseguir emprego e namorado. Como tenho isso, hoje em dia, meu esforço diminuiu. Entendi, então, que a ilusão, os sonhos, podem ajudar a enganar o cérebro. Passei a imaginar que perderia meu marido quase continuasse gorda e consegui emagrecer bastante, mas ainda falta muito. Da primeira vez, fiz como Elizabeth Taylor: preguei várias fotos de mulheres lindas na geladeira e pendurei uma calça em tamanho pequeno para servir de estímulo. Mas, acho que vou fazer como no AA, Alcoólicos Anônimos: "Só por hoje não vou comer besteira. Só por hoje". Talvez dê certo.




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