quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Nostalgia no aniversário!!!

   

Hoje completo mais um ano de vida com uma forte dor de cabeça. Talvez tenha sido o sol muito quente de Divinópolis, que visitei ontem. Mas, a cidade já não é a mesma. Percorremos os lugares novos e antigos, como os endereços da casa onde morei e a de minha avó. Ambas não existem mais e as residências vizinhas estão completamente modificadas, com muros altos e janelas com grades. As reformas nas casas em nada lembram a tranquilidade de antigamente, e "impedem" uma visita a velhos conhecidos. Com o feriado de Sete de Setembro, Divinópolis quase parou e foi difícil encontrar restaurante aberto. Apenas um shopping funcionou, e dos painéis que enfeitam as paredes, pude observar a cidade do tempo dos meus avós.
Desta vez, nem o cheiro de Divinópolis me impressionou e quase não vi as árvores típicas que enfeitavam suas ruas quando eu era criança. A cidade cresceu e amadureceu, assim como um filho, que quando fica adulto, vai embora em busca de seus sonhos. As saudades sempre ficam, e na memória, os pais guardam lembranças de uma criança que nunca irá crescer. Me sinto assim, com dor de não encontrar mais uma cidade que ficou nos meus pensamentos, do jeito que a deixei, quando parti para a capital. Diferentemente das outras vezes, voltei para casa ontem, aliviada. Tudo o que eu pensava era na minha cama para descansar o corpo da viagem.
Acredito que me bastei das lembranças da minha cidade. Visitei os locais onde quis para fazer uma despedida verdadeira. Desde que me mudei de Divinópolis, meu coração ficou lá e precisava se juntar ao meu corpo, para que eu vivesse bem as angústias do meu passado. Fotografei as ruas onde passei por tantos anos e as paisagens marcantes para mim. Essa é a minha história viva. Os momentos felizes que vivi na minha cidade precisam morrer para que outros possam nascer, com mais intensidade. A nostalgia passa a atrapalhar quando incomoda nossos sentimentos, e era isso o que acontecia comigo. Essas lembranças passam hoje a existirem apenas em fotografias, guardadas num baú. A despedida foi dolorosa, mas ao mesmo tempo, um bálsamo para a minha alma. Esse foi um presente de aniversário para mim mesma. A forte dor de cabeça que sinto, talvez, seja emocional, um mal de amor. 






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